Você Merece Ser Feliz escrita por Titina Swan Cullen


Capítulo 4
Adeus




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Adeus

Pov Edward 

- Eu já disse minha senhora, estou perfeitamente bem.- Falava com a enfermeira que insistia que devia ficar mais tempo como um invalido naquela cama de hospital. Ainda estava com o peito enfaixado devido as costelas que quebrei e um maldito tubo intravenoso no meu braço esquerdo.

- Coronel eu sei, mas não posso tirar o soro sem o medico lhe dar alta. - Ela falava pausadamente como se estivesse falando com uma criança de dois anos- Caso contrario se o senhor tiver que ficar mais tempo aqui terei que furá-lo de novo. - Estreitei os olhos em sua direção. Ela estava me ameaçando?Furar meu braço de novo?

- Ouça aqui minha senhora,- comecei a descobrir minhas pernas e posicioná-las para o chão - ou tira isso de mim agora ou...

- Ou o que Edward Masen?- minha mãe escancarou a porta do quarto com uma das mãos na cintura.- Lá do elevador escuto seus berros. Trate de se deitar nessa cama agora mesmo ou não me importarei em lhe dar uma bela sova com minha sandália.

Olhei de minha mãe para a senhorinha que nos olhava com os olhos assustados. Principalmente quando muito a contra gosto voltei com as pernas para a cama e me deitei. Era muito humilhante, eu com 31 anos, 1,91m ter que aceitar as ordens de D.Esme, baixinha com seus 1.65m.

Fiz uma careta de dor quando minhas costas encontraram com o travesseiro.

- Está vendo seu teimoso, você ainda não está bem.

- Eu estou perfeitamente bem, já estou aqui a dias e …

- E nada. Eu quase tive uma síncope, é isso que você quer? Que eu morra logo para levar meu caixão com seus irmãos? - minha mãe começou a chorar e a enfermeira que fazia não sei ali me lançou um olhar reprovador.

- Mãe pare com isso.- estiquei o braço puxando ela pra mais perto.- Veja, já estou deitado, vou esperar o medico vir aqui e a senhora vai ver quando ele disser que já posso ir embora.

- Promete ?- perguntou ainda com as mãos no rosto.

- Claro mãe, você vai ver.

- Vou acreditar em você coronel, ela levantou a cabeça e vi que seus olhos estavam secos. Ela estava me enganando. Sabia que meus irmãos e eu não suportavamos vê-la chorando.

Soltei um suspiro derrotado. Ai minhas costelas. Até pra respirar essa merda doía.

- Trouxe visitas.- minha mãe disse com um largo sorriso em direção da porta. A velha senhorinha mexeriqueira finalmente se mancou e resolveu sair do quarto, sabendo agora que eu não iria pra lugar algum.

Logo entraram meus três irmãos. Emmet, o mais velho, de 37 anos, Antonny, com 35, um dos do meio e Alec, nosso caçulinha. Com 19 anos e 2,12m de altura ele é um dos melhores jogadores de basquete da liga. Era o único que ainda não tinha vindo me visitar, devido aos compromissos com os jogos. Estava em temporada viajando com o time pelo exterior.

- E aí meu irmão? - ele disse me dando um abraço.

- Calma aí meu velho, minhas costelas.- fiz uma cara de pobre coitado - Sou agora um homem inválido.

Claro que estava só zoando ele. Era mnuito dificil Alec se juntar a nós depois que entrou pra liga e minha mãe só faltava morrer literalmente quando ele tinha que partir de novo; por isso tive que encenar para que assim a dor na consciência dele pesasse e ele ficasse um pouco mais com D.Esme.Somos oito irmãos.

Tá, eu sei, naquela época eles não tinham televisão. Era nossa piada interna quando queríamos zoar os velhos.

Depois que nosso pai Philiph falecera, há quatro anos, resolvemos ficar mais próximos de nossa mãe. Eu e alice , sua única filha mulher, já moravamos próximos, além de Alec que morava com ela e meu pai.

Meus irmãos resolveram se mudar para as mediações de Seatle, e sempre que possível estavamos todos juntos, com exceção agora de A lec.

- O medico já disse quanto tempo vai ficar de molho em casa?- perguntou Emmet. Com a morte de nosso pai ele literalmente asssumiu a função de irmão mais velho e por isso sempre nas reuniões familiares dava algum sermão em cada um de nós. Tínhamos respeito por ele até mesmo porque desde cedo ele sempre fora resonsável ou pelos cascudo que dava na gente. E doiá pra caralho.

- Ainda não mais pelo tempo que me segura nessa cama quando sair já devo ir direto pro grupamento.

- Não acredito! Você não tem jeito mesmo.- começou minha mãe. Caramba, foi só uma piadinha.

- Mãe, é calro que ele não vai voltar tão cedo, as costelas demoram um pouco pra cicatrizar – disse Antonny abraçando nossa mãe e como também era alto deu perefeitamente pra ver o sorrisinho dele sacana quando continuou - e ele vai precisar de todo carinho e ajuda possível da senhora. - me lançou um beijo descarado.

Viado, filho da puta. Assim que pudesse quebraria as pernas dele.

Eu podia exatamente me cuidar sozinho, sem a ajuda de ninguém. Mas com meu irmão falando aquilo ela com certeza se ocuparia de cada minuto enquanto eu estivessse de licença.

- Boa noite.- uma enfermeira rechonchuda apareceu na porta. Ela olhou espantada por algum tempo para o monte de homens imensos com a cabeça quase batendo no teto. A de Alec literalmente batia. - Desculpe atrapalhá-los. Apenas vim pedir para se despedir que a visita já está se encerrando.

- Já estamos saindo. - repondeu Alec se virando pra mim - Amanhã eu volto.

- Ah. -disse minha mãe juntando as mãos – Então vai passar mais tempo aqui?

- Sim, talves mais alguns dias. – repondeu me lançando um olhar cumplice.

Minha mãe depois de tanto tempo parecia um pouco mais alegre. Veio até minha cama e me abraçou.

- Cuide-se querido. - disse e sussurou – obrigada. - referia-se a Alec.

Assim que se despediram, fechei os olhos por alguns minutos. Me sentia um pouco sonolento, provavelmente devido aos remedios para diminuir a dor nas costelas.

Ouvi ao longe batidas na porta.

- Coronel costelinha?- disse Jacob entrando no quarto já soltando seus gracejos- Como está se sentindo?

-Bem. E para seu governo costelinha é a mãe.

-Calma Masen, só estou tentando descontrair. - disse apontando a porta. - Trouxe a Sra. Swan e a filha dela.

Merda, porque autorizei ele a trazê-las.

Tentei todos esses dias esquecer daquela moça determinada e que sem mais nem menos vinha povoando meus sonhos e o pior de tudo, sempre estavam naquele maldito incêndio só que ela de camisola fina transparente e em meio aquela fumaça seus olhos pareciam desejá-los. Ela não corria, pelo contrário ficava chamando-o com as mãos e por mais que ele tentasse alcançá-la não coinseguia

Maldita hora que essas vitimas de incendio resolviam agradecer de qualquer jeito à seus salvadores.

- Falarei a Isabella e a filha que ainda não se sente bem e que deixem para outro dia.- disse Jacob ao ver minha cara de censura.

Isabella, esse nome era perfeito. Uma mistura de mulher com a delicadeza de uma menina que precisava ser protegida.

Novamente senti a incrível necessidade aflorar de proteção em relação a elas. A mesma sensação que todos esses dias vinha afastando para que não pegasse o telefone e pedisse pra alguém na central informar como estariam após o incêndio.

Mas e se ela fosse casada? Se tivesse um marido, noivo? Onde estaria o incompetente que as largou sozinhas naquele lugar? Era melhor acabar com toda essa merda que sentia, deixando-a me agradecer e indo embora de uma vez por todas.

- Espere. - pedi - Deixe-as entrar.

Logo em seguida Jacob voltou com a mãe e a filha. Sentindo a vontade de acabar com aquilo de uma vez ir por água abaixo, tentei sentar-se mais reto na cama ignorando a dor aguda nas costelas.

Sem me dar conta do sorriso que brotou em meu rosto ao ver Isabella, minha mente traiçoeira já trabalhava a anos a frente. Ela era ainda mais linda, que minhas lembranças permitiam. E os olhos....os olhos eram ainda mais chamativos do que me lembrava antes. Podia ver agora que eram de intenso azul, quase celeste. Usava uma calça jeans apertada e embora a bata fosse folgada evidenciava seus pequenos seios, delicados como ela. Seu cabelo estava preso num rabo de cavalo mal feito deixando alguns fios cairem ao lado pelo ombro. Desejei imensamente poder tocar aquela pele e conferir se era tão macia quanto aparentava ser.

- Eu posso falar mamãe?- perguntou a filhinha ao lado dela e vi que Isabella estava tão distraida quanto eu. Ela sorriu meio sem graça enquanto Jacob nos olhava de um pro outro com os olhos semicerrados.

- Claro filha. - disse trazendo a menina até a grande cama.- Sr. Masen, precisavamos lhe agradecer por tudo que fez pela gente. Sinto muito que esteja nessa situação por nossa culpa.

Estreitei os olhos. Ela achava que era culpa dela, eu estar nessa cama?

- Brigada por salvar minha mamãezinha, Sr. bombeiro. - a filhinha de Isabella era a coisa mais fofinha que já tinha visto. Segurou minha mão e deu um beijo estalado. - Posso por favor entrar no seu caminhão e tocar a sirene? - pediu com os olhos radiantes.

Naquele momento, aquele pequeno ser acabara de roubar meu coração.

- Por favor Renesmee. - a mãe segurou a menina a afastando um pouco – O Sr Masen é um homem muito ocupado e não tem tempo....

- Sra Swan, seria um prazer assim que Masen sair daqui receber Renesmee no batalhão para uma visita. - Jacob boca grande falou. Tinha até esquecido que ele estava ali.

Meu cérebro começou a fantasiar ao sentir seu perfume tão perto agora. Uma mistura floral e levemente adocicada. Imaginei em como ela ficaria agora coma quela camisola..... droga, maldita testosterona.

-Não se preocupe comigo, Sra Swan, -disse recuperando o pouco controle - são ossos do oficio. Poderia ter acontecido com qualquer um de nós.

-Entendo e fico feliz em ver que o senhor logo sairá daqui.- ela me lançou um sorrisinho e meus olhos acompanharam o contorno da boca carnuda, quente, macia e vermelha. Sacudi a cabeça. Tinha que acabar com isso de uma vez por todas ou não responderia por mim se a visse de novo.

- E vocês,- minha voz saiu mais rouca que o normal- estão bem? Inalaram muita fumaça.

- Estamos beeeeeeemmmm – disse Renesmme chamando minha atenção de novo.- Só as vezes que minha gargantinha dói e minha mãe passa um remédio geladiiiiiiinho – ela disse se arrepiando balançando os cachos escuros. Essa menina era uns coisa de louco. Tinha que tirá-las logo daqui ou não as largaria mais.

Com certeza Isabella só estaria me gradecendo dessa forma devido a situação em que passaram; ela logo já estaria de volta a vida dela e eu devia fazer o mesmo.

Soltei um bocejo alto, rezando para que Jacob entendesse e as levasse daqui.

- Acho que os remédios estão fazendo efeito. - disse Jacob já indo em direção a porta. Imbecil, não esqueça delas.

-Nós tambem já estamos indo. Queria apenas lhe agradecer mais uma vez.- disse e seu sorriso era tão sincero que vi covinhas aparecerem no seu rosto.

- Ah mãe vamos ficar mais um pouco? – Renesmee implorou.

-Podemos ficar aqui vigiando o sono do Sr. bombeiro e quando chegar o bicho papão a gente espanta, igual você faz pra mim.

Isabela se abaixou ficando da altura da filha.

- Tenho certeza que nenhum bicho papão vai se atrever a mexer com um bombeiro tão corajoso como o Sr. Masen.- garantiu e meu ego inflou ainda mais. Era um caso perdido. eu estava apaixonado por essa mulher.- E além do que ele precisa descansar Nessie.

A filha fez um bico cinematográfico, com direito ao oscar mas que de algum modo Isabella conseguiu ignorar.

- Se despeça do Sr Masen, Nessie.

Ao invés disso, ela se virou com um sorriso sem dentes pra mim e disse

- Não se esqueça do meu convite. Vou lá no seu trabalho ver o caminhão. - lembrou-me.

Queria dizer que sim, iria esperá-las com o maior prazer do mundo. Mas sabia que era melhor para a gente que não nos víssemos mais.

- Adeus Nessie. - foi tudo o que consegui dizer lançando um olhar ríspido para a mãe, para que ela achasse que estava sim, incomodando-me.


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Notas finais do capítulo

olá, boa tarde. Mais um cap. fresquinho. Estou amando as reviews e agradeço a todos pelo carinho; bjos.