She Will Be Loved escrita por Carol Munaro


Capítulo 47
I promise


Notas iniciais do capítulo

HELLO! Boa leitura!



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POV Andrew

Estávamos deitados na grama olhando pro céu em pleno baile de formatura. Peguei na mão da Alice.

– Promete pra mim uma coisa? - Ela perguntou.

– O que?

– Promete que nunca vai me esquecer?

– Isso seria impossível. - Ela sorriu.

– Então você promete?

– Claro. Mas só se você prometer também.

– Isso também seria impossível. - Sorri e dei um selinho nela. Ficamos mais um tempo deitados. Depois, resolvemos voltar pra festa. A coisa tinha saído completamente do controle. Nunca diria que aquela festa acontecia dentro de uma escola.

Algumas meninas dançavam em cima de algumas mesas, mais que a metade do povo estava bêbado, um barman surgiu sei lá de onde e eu o via dando tequila pra um povo. Eu e a Alice pegamos bebidas pra nós e começamos a dançar.

Esse ano não teve aquele frufru de "rei e rainha do baile". A turma toda entrou em um acordo pra não ter.

Eu olhava em volta e tinha gente que nem era da escola. Eu não faço ideia da onde esse povo surgiu. Olhei pra Alice quando senti que ela grudou em mim, já que tinha começado uma música lenta. Sorri e peguei na cintura dela.

– Acha que já podemos ir embora? - Ela perguntou.

– Você que sabe. - Ela sorriu e me beijou. Peguei na mão da Alice e a arrastei entre aquele povo. Entramos no carro. Alice reclamou que estava com fome. Passamos num drive 24 horas da cidade vizinha e paramos o carro no topo de um morro, já que estava quase amanhecendo.

– Andy, eu não sei como te falar. - Alice disse do nada. Olhei pra ela. - Minha mãe já foi pra Inglaterra. - Não falei nada. - Meu pai vai semana que vem. - Ela mordeu o lábio. Ela não olhava pra mim.

– E você vai junto, claro. - Ela só concordou com a cabeça. - Desde quando você sabe disso?

– Faz algumas semanas. - E ela só me avisa agora!

– Já sabe o dia certo?

– Sábado. Desculpa não te contar, eu...

– Não precisa pedir desculpas. - Ficamos em silêncio.

– A gente podia dar uma fugida essa semana, já que não temos nada pra fazer. - Alice falou depois de alguns minutos.

– Noites de sexo selvagem? - Ela riu.

– Para de ser idiota, Andy. - Ri baixo.

– Só nós dois de novo? Ou vai chamar o Peter e a April?

– Pode chamar. - Alice respondeu sorrindo.

(...)

Dois dias depois lá estávamos nós. Eu, Alice, April e Peter dentro do carro indo pra Kingston. Alice que escolheu o destino. Lá não é exatamente uma praia, mas tem tipo uma areia sintética e água. Então...

Cinco horas dentro de um carro com o Peter. Eu vou acabar pulando a janela.

– Pegou tudo, né? - April perguntou. Estávamos quase saindo de casa. Depois, passaríamos na Alice e depois no Peter.

– Qualquer coisa é pra ligar aqui em casa. E, Andrew, eu to confiando em você! - Paul estava quase entrando em desespero.

– Pode ficar tranquilo. Tá comigo, tá com Deus.

– Sei... Igual a vez que fomos pra Vancouver. Quase fomos parar nos Estados Unidos com o sentido geográfico do Andrew. - Minha mãe falou e eu revirei os olhos. Ela me deu um tapa na cabeça!

– Ei!

– Não revira os olhos pra mim!

– Tá. Desculpa. Depois falam que os jogos de vídeo game que fazem os filhos ficarem violentos. - Ela me deu outro tapa! - Aí eu vou me mudar, e vai ficar chorando! - Minha mãe fez bico de choro e depois me abraçou.

– Você cresceu tanto!

– Mãe... - Ela me soltou.

– Pegou a escova de dentes?

– Peguei. - Ela começou a perguntar se eu não tinha esquecido até as cuecas.

Nos despedimos dela e do meu padrasto e fomos em direção a casa da Alice. Toquei a campainha e o pai dela nos atendeu.

– Bom dia, senhor Mendler. - Falei e April só sorriu. - A Alice tá acordada, né?

– Tá sim. - April pediu licença e foi até o quarto dela. Eu ia atrás, mas ele me barrou. - Acho que a gente precisa conversar, não?

– Por mim, tudo bem. - Fomos até a sala e nos sentamos no sofá.

– Alice me falou que você tem planos pra visitá-la na Inglaterra.

– Tenho sim.

– Eu não quero ver minha filha chorando.

– Eu não vou fazer ela chorar.

– Bom mesmo. Não quero que ela passe por tudo aquilo de novo.

– O senhor tem a minha palavra.

– Acha que isso de visitá-la vai dar certo? Namoros a distância costumam não funcionar.

– Eu quero que dê certo. Ela quer que dê certo também. Eu sei que tenho uma chance indo até lá. Não quero ficar no "e se eu tivesse feito diferente?". Eu amo a Alice. - Ele ainda tinha a feição preocupada.

– Me ajuda com a mala, Andy? - Alice gritou lá do quarto. Levantei e fui até lá.

– Bom dia. - Falei e dei um selinho nela.

– Bom dia. - Alice respondeu sorrindo.

– Eu sobrei. - April resmungou.

– Daqui a pouco o Peter chega, April. Acalme a pepeca. - Alice disse e eu ri. April fez uma careta. Peguei a mala e levei pro carro.

– Você sabe que só vamos passar DOIS dias lá, né? - Perguntei.

– O que tem? - Alice me olhou confusa.

– Eu só to levando uma mochila. Sou econômica. - April falou.

– Alice também devia ser, já que com esse seu tamanho ela cabe até na mochila. - Provoquei e ela me empurrou. Nos despedimos do pai da Alice e entramos no carro. - Agora vem a pior parte: apressar o Peter.

(...)

– Bom dia. - Falei pra mãe do Peter. As meninas só sorriram. - Ele já tá acordado, né? - Ela riu.

– Já sim. Tá na cozinha. - Pedimos licença e entramos na casa.

– Não precisa nem entrar porque eu já to saindo. - Peter falou com a boca cheia de cereais.

– Nojento! - Berrei e me joguei no sofá. O irmão mais velho dele olhou pra mim de canto de olho.

– Quem é a menina que o Peter tá pegando? - Ele perguntou pra mim. April corou.

– A ruiva. - Falei rindo.

– Muito bom gosto, Peter. - Ri. Ele revirou os olhos. Entramos no carro e fomos em direção a Kingston.

(...)

Hoje vai ter um festival aqui perto do hotel. Eu e Peter já estamos prontos. Só estamos esperando as meninas. Meia hora depois e elas apareceram já prontas. Saímos. Não era longe do hotel, então, fomos a pé.

Quando a moça da recepção falou que teria um festival, achei que seria algo foda. Mas não, era um pouco chato. Alice odeia esse tipo de música. Então, resolvemos ir embora. Só eu e ela. Paramos na prainha. Sentamos na areia e a Alice encostou a cabeça no meu ombro.

– Foi a melhor coisa que me aconteceu. - Ela falou de repente. Olhei pra ela por canto de olho. Alice levantou. - Me beija de novo.

– Aqui?

– Não. Lá. - Ela indicou com a cabeça a água. Sorri e me levantei também. Tirei a blusa. Alice olhou em volta. Olhei também. Não tinha ninguém. Ela tirou o vestido e deixou em cima do par de sapatos. Também tirei minha calça e deixei junto com a blusa e meu tênis. Fomos pra água de mãos dadas. Chegando lá, Alice mergulhou. Mergulhei também.

– Não vai sumir. - Gritei e escutei sua risada.

– Você tá olhando pro nada. Como não quer que eu suma da sua vista? - Fui até ela e a peguei pela cintura. Ela sorriu e eu a beijei.

– Melhor do que da primeira vez.

– Claro. Dessa vez você até pegou na minha bunda.

– E você tá de roupas íntimas. - Apertei de novo.

– Olha essa cara de tarado! - Ela disse rindo. Sorri e a beijei de novo. Eu poderia passar a vida inteira assim. Beijando a Alice dentro da água.

(...)

Passamos dois dias viajando. Poucas vezes saímos nós quatro juntos. Era mais quando íamos comer alguma coisa. Eu queria ficar sozinho com ela e eles entendiam isso. Engoli em seco quando vi ela e o pai saindo com as malas. As coisas pessoais já tinham sido enviadas em caixas pelo correio.

Eu, Peter, April e Alice entramos no meu carro e seguimos o pai dela até o aeroporto. Chegamos, e ficamos esperando o voo ser chamado. Alice ficou grudada comigo. Peter tentava fazer ela rir, mas não conseguia. Eu tremia desde a hora que acordei. Com medo de perdê-la.

– Quando você vai me ver? - Ela perguntou baixo.

– Assim que der. Na primeira oportunidade.

– Eu te amo.

– Eu também te amo. - Alice me beijou e depois me abraçou.

– Vai me ligar quando chegar?

– Vou. - Ficamos abraçados até o voo ser anunciado. Ela começou a chorar. O que só piorou a situação. Eu já tinha me conformado. Mas não suportava a ideia de ver a Alice chorando e eu não poder fazer nada.

– Eu vou te ver. - Murmurei.

– Eu tenho medo.

– Eu também tenho medo. Vamos ver isso como uma pausa temporária. Vamos continuar nos falando, mas sem se ver. É como se você estivesse viajando. Então, já que é uma viagem, você vai voltar algum dia. - Ela assentiu.

– Eu vou voltar.

– Promete?

– Prometo.


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Notas finais do capítulo

LINK DA SEGUNDA TEMPORADA: http://fanfiction.com.br/historia/475942/She_Will_Be_Loved_2/ Obg por lerem! Beijos no core