She Will Be Loved escrita por Carol Munaro


Capítulo 39
My Goodness


Notas iniciais do capítulo

Ooi! Bom, eu sei que eu demorei. Porém, eu avisei. Lembram? Enfim, boa leitura!



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– Andy, olha lá o que você vai fazer. Você não tem certeza disso. - Alice me disse quando parou o carro na frente da casa dela.

– Te chamo quando eu for embora. - Alice entrou na casa dela, mas me olhou preocupada antes de abrir a porta. Eu fui em direção a casa do meu pai. Toquei a campainha.

– Quem é? - Ouvi a voz da Bia do outro lado da sala.

– Adivinha. - A porta foi destrancada e ela me olhava sorrindo. - Oi.

– Oi! - Entrei na casa e fomos pra sala. Meu pai estava sentado vendo televisão do lado da minha madrasta.

– Oi, Andrew. Senta aí. - Ele disse pra mim.

– Não vou demorar. Só passei pra avisar que vi a Emma hoje. - Ele olhou pra mim na hora. Depois deu um risinho de nervoso.

– Tá falando de que?

– Da minha irmã de três anos. - Minha madrasta olhou pra mim e depois pro meu pai.

– Leva a Bia lá pra dentro. - Meu pai disse. Minha madrasta fechou a porta que dá pro corredor depois de passar por lá.

– Qual é o seu problema?

– Tá tentando acabar com o meu casamento?!

– Não. Quero que você tire a Emma de lá.

– E a Karen? Ela vai pedir o divórcio se eu trouxer a menina pra cá!

– Seria mais fácil se você não traísse ela.

– Você nunca me entende, não é?

– O que te faz pensar que eu vou apoiar isso?

– Se eu me separar, Karen pega a guarda da Bia. Isso é certeza. Você tem noção disso?

– Bem melhor pra ela morar só com a mãe. - A porta abriu de novo. Karen entrou na sala. Ela tremia mais que vara verde.

– Então é verdade? Como se não bastasse me trair, ainda tem uma filha com outra mulher?!

– Você tá conseguindo o que queria. Acabar com a minha vida! - Meu pai berrou e ia avançar em mim, mas Karen entrou na frente.

– Nem pense em encostar no Andrew! - Ele fuzilou-a com os olhos.

– Vai fazer o que? Acabar com o teu casamento que nem acabou quando era com a minha mãe? Ou vai me dizer que a Karen não sabe o que aconteceu? - Meu pai empurrou ela pro lado e socou meu rosto. Óbvio que eu revidei. Mas eu estava em total desvantagem. Meu pai além de ser mais alto, eu não conseguia andar cem por cento bem por causa da perna.

– Você nunca devia ter nascido!

– Sabia que ele bateu tanto na minha mãe que ela ficou três dias no hospital? - Perguntei pra Karen.

– Seu merda! - Ele berrou e eu levantei. Passei reto por ele e fui até o banheiro e lavei o rosto. Depois subi as escadas e entrei no quarto da Bia.

– Você e o papai tavam brigando de novo? - Ela perguntou quando me viu.

– Só estávamos conversando. Você vai dormir comigo hoje. - Bia sorriu. Peguei uma mochila dela e comecei a fazer a malinha. Depois, descemos. Assim que eles ouviram o barulho da porta, pararam de falar. - Acho melhor ela dormir lá em casa hoje.

– Obrigada, Andrew. - Karen disse.

– Qualquer coisa, pode me ligar. - Ela assentiu. Saímos de casa e fomos pra casa da Alice. Ela estava sentada na porta.

– Vamos? Depois eu peço pra minha mãe te dar carona. - Disse pra ela. Alice destravou o carro e Bia correu pra lá.

– Tá escorrendo um pouco de sangue do seu nariz. - Alice disse baixo.

– Pega papel pra mim, por favor? - Alice entrou em casa e não demorou a sair. Logo entramos no carro indo em direção a casa da minha mãe.

– Andy, eu ouvi você falando que tem uma outra irmã. É minha também?

– Quando a gente chegar falamos disso, Bia.

– Ela vai roubar meu lugar? - Olhei pelo retrovisor e ela estava com um bico gigante na cara. Virei pra trás.

– Nunca alguém irá roubar seu lugar, pirralha. - Ela sorriu.

(…)

Minha mãe arregalou os olhos quando me viu chegando em casa.

– Vem tomar banho pra você comer. - Alice disse pra Bia.

– Eu quero colocar a calcinha de ursinho. - Ri.

– Tá bom, Bia. E o pijama das princesas. - Quando as duas saíram, minha mãe voltou a olhar pra mim.

– Brigou onde? - Ela perguntou. April e Paul também olhavam pra mim. Não falei nada. - Vamos pro meu quarto. - Minha mãe levantou e fomos pra lá. Entramos no quarto e ela fechou a porta. - O que aconteceu?

– Briguei com meu pai.

– Andrew!

– Isso é porque você não sabe da ultima dele!

– Mas vocês precisavam sair no tapa?

– Ele me socou primeiro! - Respirei fundo. - Levei a Alice num orfanato hoje pra brincar com as crianças.

– O que isso tem a ver com a história?

– Comecei a brincar com uma menininha e a gente começou a conversar. Bom… Ela é minha irmã.

– Isso é sério? Andrew… Ele não deixaria uma filha num orfanato.

– Mas deixou. Eu odeio esse cara.

– Andy, eu sei que ele é desprezível, mas continua sendo seu pai.

– Não interessa.

– Um dia vocês tem que se acertar.

– E eu tentei. Mas ele sempre tem algum podre escondido.

– Andy, vocês deviam conversar com calma. Toda vez é isso.

– Não dá pra conversar com ele.

– Não dá porque vocês são iguais. - Olhei pra ela.

– Mãe, isso é uma ofensa.

– São parecidos sim! Você é teimoso que nem ele. Sabe qual a diferença de vocês? Apesar de você ser um garoto ainda tem mais maturidade do que ele, que é um homem feito.

– Graças a Deus. - Murmurei.

– Pensa em falar com ele, tá?

– Não te prometo nada. - Minha mãe beijou minha testa.

– Tenho orgulho de você. - Dei um abraço nela. - Te amo.

– Também te amo. - Bia saiu gritando do banheiro e se jogou na cama. - Mas o que é isso? Tá só de toalha ainda. - Ela sorriu.

– Tá bom aqui. - Alice apareceu com as roupas.

– Você que fez a malinha dela né? - Alice me perguntou.

– Foi. Por que?

– E cadê o pijama da menina? - Ah…

– Que pena. - Bia já tava escolhendo uma blusa minha de dentro da gaveta.

– Tia, eu lembro daquela cobertura de bolinho que tinha aqui outro dia.

– Mal chegou e já tá querendo colocar minha mãe pra detrás do fogão.

– Pelo menos agora eu sei que isso é de família. - Minha mãe disse.

– Entendi muito bem, viu?! - Falei enquanto ela saía do quarto.

(…)

– O de coração! - Bia pediu. Minha mãe tinha feito muffins de tarde. Ela só decidiu fazer a cobertura pra Bia.

– O de coração é o único de morango. - April disse com um bico na cara.

– E ainda é morango com chocolate! - Alice falou e lambeu os lábios.

– Agora as duas vão querer comer o muffin da minha irmã.

– Isso! Me defende! - Bia disse me abraçando. Ri.

– Esse é só seu. - Falei pra ela sobre o de coração.

– O de estrelinha também?

– Tem uns cinco de estrelinha, Bia. - Ela mordeu a parte de dentro da bochecha.

– Mas eu quero só pra mim.

– Tu come pra porra. Pelo amor de Deus…

– Andrew! - Minha mãe chamou minha atenção.

– Que foi? - Perguntei.

– Olha o jeito que fala com a menina.

– Mas eu não falei nenhuma mentira.

– Ela tá em fase de crescimento. Tem que comer mesmo. - Alice falou.

– Falou a outra que vive comendo.

– Não perguntei nada pra você. - Ela me respondeu. - Revirei os olhos.

– Você tá vendo a maturidade das pessoas daqui, né? - Falei pra minha mãe.

– Começando pela sua. - April disse pra mim. Elas riram. Até minha própria mãe riu de mim!

– Acho que alguém esqueceu de um acontecimento dentro de um carro. - Falei só pra ela se lembrar.

– Olha aqui, Andrew. Vá se foder.

– Eu só lembrei de algo que eu soube. Calma. Sem estresse.

– O que aconteceu dentro de um carro? - Minha mãe perguntou.

– April e Peter se pegaram. - Alice respondeu.

– Qual é, Alice?! - April se revoltou. Que menina estressada.

– Eu só sei disso. E o que tem? É só a mãe do Andrew. Ela é mulher também.

– Não vou fazer fofoca pro seu pai. - Minha mãe falou. - Mas me diz… Ele beija bem? - Alice riu alto.

– Nossa senhora… Deixa eu sair daqui antes de começarem a falar e eu vomitar em cima dos bolinhos. - Minha mãe se juntou a Alice e as duas riram. April revirou os olhos. E, obviamente, a Bia continuou comendo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse capítulo!