She Will Be Loved escrita por Carol Munaro
Notas iniciais do capítulo
Ooi! Mudei a capa! Foi feita pela linda da Boow. Obg, anjo! Cap dedicado a vc u_u Boa leitura!
– Só um! - Alice quase berrou no meio do restaurante.
– A barca é minha.
– Porra, Andrew. É um só. - Ela fez bico.
– Tá. Pega. - Ela abriu um sorriso do tamanho da Rússia. Já estava quase pegando o segundo sushi. - A barca é minha.
– Como você é egoísta! Eu que paguei.
– Porque perdeu a aposta. Isso é problema seu. - Falei rindo e ela me olhou indignada.
– Isso é um absurdo!
– Isso aqui tá muito bom. - Alice revirou os olhos. Comecei a ouvir os primeiros acordes da música. - Vem. Vamos dançar. - Disse me levantando. Ela olhou em volta.
– Nem fodendo. Só vai ter nós dois.
– Deixa de frescura. Vem logo. - Peguei na mão dela, que se levantou revirando os olhos de novo. “Comparisons are easily done once you’ve had a taste of perfection…”. Alice abaixou a cabeça enquanto dançávamos. Já estava pensando em que porra de merda eu fiz quando ela levantou a cabeça e olhou pra mim sorrindo. Sorri também.
– Eu não sei o que seria de mim sem você. - Dei um selinho nela.
– Eu também não. - Alice pousou a cabeça no meu ombro.
– Como você sabia que eles iam tocar?
– Minha mãe conhece o sushiman daqui. - Falei dando de ombros. Ela assentiu. Ficamos dançando em silêncio. Pelo canto do olho pude ver que outros casais dançavam agora também.
– Eu te amo também. - Alice falou do nada. Olhei pra ela.
– Como?
– Eu não te respondi no carro. Agora to falando. - Dei outro selinho nela.
Continuamos dançamos até a música acabar. Depois, resolvemos ir embora.
– Pensei no que você falou. - Disse já dentro do carro.
– No “eu te amo”?
– Não. - Falei rindo. - Que meu pai foi conversar com você.
– Ah… E aí?
– Vou falar com ele. Amanhã.
– Espero que vocês se resolvam. - Fiz uma careta.
(…)
– Como foi a escola? - Perguntei pra Bia assim que a tia trouxe-a lá de dentro pra encontrar comigo no portão.
– Chata. - Ela fez careta e eu ri.
– Por que chata?
– A menina quebrou minha Barbie. - Bia disse com um bico do tamanho do mundo.
– A tia não falou nada?
– Brigou com ela. Mas e a minha Barbie?
– Eu compro uma pra você.
– Bem bonita?
– Claro. Que nem você.
– Que bom que não é que nem você. - Olhei indignado pra ela.
– Eu sou feio agora?
– É. - Bia disse sorrindo.
– Vai ficar sem Barbie.
– Olha, a gente pode… Negociar. Que nem eu ouvi você falando uma vez. - Ri.
– Pega o dinheiro pro ônibus no meu bolso, Bia. E estende o braço. Aí vem ele.
– Achei que a gente ia de carro.
– Não dá pra eu dirigir. E não vamos morrer.
– Papai não deixa eu e a mamãe andar nem de táxi.
– “Papai” não precisa saber. - O motorista parou. - Vai. Sobe.
– Calma que eu to indo. - Bia subiu e eu quase me matei. Obviamente eu não estava com a cadeira. Estava de muletas. E pra subir os degraus? O motorista teve que levantar e vim me ajudar. Odeio essa perna quebrada. Bia achou um lugar e nos sentamos.
Uns 15 minutos depois, descemos no ponto perto da casa do meu pai. Bia foi pulando na minha frente e eu andava lentamente.
– Achei que vocês fossem almoçar fora. - Minha madrasta falou quando abriu a porta.
– Mudei de ideia. - Falei enquanto entrávamos. - Ahn… Meu pai vai vim pro almoço?
– Vai. Ele vai ficar feliz de ver você. - Forcei um meio sorriso.
– Vem ver minha nova casinha! - Bia berrou já de lá de cima. Subi. Passei pelo meu quarto e abri a porta. Estava do jeito que eu deixei. Fechei a porta de novo e fui até a Bia.
(…)
Almoçamos e meu pai ainda não havia chegado. Estava vendo desenho com a Bia na sala quando ouço a porta abrir.
– Desculpe o atraso. Tive um problema no escritório. - Ouvi meu pai dizer.
– Imaginei. - Minha madrasta disse.
– Oi, princesa.
– Papai! Quebraram minha boneca hoje na escola. - Ela disse com bico.
– Eu compro uma pra você. Não precisa ficar com bico.
– Andy disse que compra pra mim. - Aí ele notou minha presença.
– Oi, Andrew.
– Oi. - Respondi.
– Não sabia que viria.
– Alice me falou que você foi procurá-la. - Ele assentiu.
– Pode ser no escritório? - Fiz que sim com a cabeça e levantei. Fomos pra lá. Sentei e meu pai sentou na poltrona que tinha na minha frente.
– Por que não veio falar diretamente comigo? - Ele se mexeu desconfortavelmente.
– Sabia que você não me ouviria. - Mordi o lábio. Não ouviria mesmo. - Eu não queria mais ficar brigado com você.
– É que…
– Eu sei que eu errei. Reconheço isso.
– Não foi qualquer erro.
– Eu sei disso. Mas não quero ficar sem falar com você pro resto da vida. - Só dei de ombros. - Poderíamos pelo menos tentar.
– É…
– Que tal um jogo de hockey no próximo fim de semana? - Sorri de canto.
– Por mim tudo bem.
– Então… Vai ficar pra janta?
– Acho que sim.
– E você e a Alice?
– O que tem? - Perguntei rindo.
– Vocês estão namorando ou estão só… Se pegando?
– Pai! - Ri.
– O que tem?
– A gente tá namorando.
– Ela é uma boa menina.
– Aham.
– Olha o que eu fiz! - A voz da Bia encheu o escritório. Ela correu e sentou no colo do meu pai.
– Quem é essa? - Ele perguntou apontando pro papel.
– Mamãe.
– E essa?
– Alice. Esse é você e esse é o Andy.
– Tem alguém a mais aí.
– É o tio Peter. - Ri.
– Deixa eu ver. - Pedi. - Qual é o tio Peter? - Perguntei com o papel em cima da mesa, pra ela também poder ver.
– É esse aqui. - Ela apontou pro boneco mais cabeçudo.
– Por que a cabeça é desse tamanho?
– Porque o tio Peter tem a cabeça do tamanho do mundo. - Ri de novo.
– Bia… Só você. - Meu pai disse rindo também.
(…)
– Demorou hein. - Minha mãe falou quando eu entrei.
– Eu peguei ônibus pra vim pra casa. - Disse e ela riu.
– O ônibus demora quantas horas pra chegar do outro lado da cidade que não tem 30 mil habitantes? - Revirei os olhos.
– Vou tomar banho. Já venho. - Beijei a bochecha da minha mãe e acenei pro Paul e pra April.
Saí do banho e ia voltar pra sala quando ouço um choro vindo do quarto da April. Bati na porta.
– Tá tudo bem? - Nossa… Que trouxa, Andrew. É óbvio que não. Ela não respondeu. - April?
– Eu to bem. Só… Daqui a pouco eu vou pra sala. - Tentei girar a maçaneta.
– Abre a porta.
– Já disse que eu to bem.
– E eu pedi pra você abrir a porta. - Ela abriu e eu ouvi sua risada.
– Você não pediu. Você mandou.
– Mesma coisa. - Falei entrando no quarto dela. - Tava chorando pelo o que?
– Nada.
– Quem é o menino? - Ela me olhou estranha.
– Bosta. - Ri. - Ele é um idiota. - Lembrei das palavras do Peter. “Acho que ela é afim de você”.
– Ele namora? - Resolvi “jogar verde”.
– É. Ele namora. - Ela disse revirando os olhos. - Não quero falar disso com você. Não me leve a mal, Andrew. Mas você não é uma menina. - Ri.
– Tá. Tudo bem.
– E eu to bem. Sério.
– Espero mesmo. - Ela sorriu envergonhada. Levantei. - Vou voltar pra sala.
– Tá. Eu vou dormir já. Boa noite, Andrew.
– Boa noite, April.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Bom, sobre o capítulo, lembrem-se que nem tudo são flores. E eu queria desejar um feliz Natal pra vcs! Que vocês comam bastante peru (mesmo que não tenha peru. Aquelas aves que fazem no Natal são tudo peru pra mim), e que não tenha nenhum tio do pavê, pa cumê na casa de vcs. Amém. Bye!