She Will Be Loved escrita por Carol Munaro


Capítulo 24
No... Its not necessary


Notas iniciais do capítulo

Hello, guys! Boa leitura :3



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- Mas da onde é isso? - Perguntei olhando pra uma das tábuas. Estávamos montando a casa da árvore. Ou tentando.

- Sei lá. - Alice respondeu.

- Eu vou poder subir? - Bia perguntou.

- Não. - Respondi. Ela fez bico e Alice me olhou incrédula.

- Deixa de ser ruim! Você vai ser a primeira a subir, Bia. - Dessa vez foi minha vez de olhar incrédulo pra ela.

- Não tenho mais respeito nisso aqui. Isso é um absurdo!

- Para de latir e me ajuda a pregar essas tábuas. - Alice tá muito folgadinha pro meu gosto.

- Ainda não sei onde colocar isso. - Ela revirou os olhos e pegou a tábua da minha mão. Juntou com a dela. Ajudei a Alice a colocar as outras. Tínhamos a primeira de quatro paredes.

- Preciso te contar uma coisa. - Alice disse pra mim. Ela olhou pra Bia, que brincava procurando não sei o que nas plantas, e depois voltou a olhar pra mim.

- É coisa séria?

- Sei lá. Acho que não. Bom… Natalie me procurou hoje na escola. - Ela disse sem olhar pra mim.

- Mas… O que ela queria? Ela falou alguma coisa de mal gosto pra você?!

- Não. Ela disse que gosta de você. Só isso. Tipo… Foda-se.

- E o que mais?

- Que sentia sua falta. - Alice falou com naturalidade. Não sei porque, mas levei isso pro lado ruim.

- E você respondeu o que?

- Não respondi nada. - Ela falou rindo. - Eu ia responder o que? - Dei de ombros. Ela ficou olhando pra mim. - O que foi, Andy?

- Nada.

- Você queria que eu respondesse algo pra ela? - Dei de ombros de novo.

- Não tinha o que responder. - Ela sentou do meu lado e continuamos juntando as tábuas em silêncio.

(…)

- Cadê a Alice? - Peter perguntou quando cheguei no shopping. O povo resolveu assistir um filme.

- Sei lá da Alice. - Ele não falou nada. Eu disse que, por mim, qualquer filme estava bom. Então, o povo foi comprar os ingressos e o Peter foi comigo pegar as comidas.

- Vocês brigaram?

- Não. - Respondi rindo.

- Vocês vivem grudados.

- É que… - Cocei a nuca pensando em como falar. - Eu pensei no que você falou.

- Sobre o que?

- Sobre eu gostar dela. Eu contei.

- Não me diga que foi no teatro…

- Não. Foi depois.

- E ela?

- Bom… Ela não tá aqui. Acho que isso já responde.

- Ela tá estranha, então?

- Tá. E pra piorar a Natalie foi chorar no ouvido dela.

- Mentira que teve treta e eu perdi? - Peter não consegue falar sério. Não sei pra que fui escutá-lo.

- Não teve treta, seu idiota. A Natalie só falou que gostava de mim e que sentia minha falta. - Revirei os olhos. - Nenhuma novidade.

- Hm… Por isso o risinho na cara dela hoje. - Olhamos pra fila dos ingressos, que era onde ela estava, e rimos.

- Mas, falando sério… Não sei o que fazer.

- Se tu não sabe, quem dirá eu.

- To pedindo ajuda. - Chegou a nossa vez. Fizemos os pedidos e a garota foi pegá-los.

- Ah… Sei lá. Acho que você devia falar com ela. - As vezes eu acho que o Peter cheira orégano.

- Falar o que pra ela? Não tem o que falar. Vou ficar tipo “to chateado porque fui rejeitado”.

- Que dó. - Peter disse rindo. Dei um soco no braço dele.

- Vai se fuder!

- Apesar que tu não foi rejeitado. Você tá ficando com ela. Ela só não tá apaixonada por você. - Puto.

- Tão fabricando as pipocas? - Natalie perguntou encostada no balcão do meu lado. Olhei pra garota que pegava as coisas.

- Na verdade, não somos eu e o Peter né. - A garota voltou e entregou as coisas pra gente. Fomos direto pra sala, onde o resto do povo esperava a gente.

- Comprou suco pra mim ao invés de coca? - Ela perguntou pra mim.

- Comprei. Comprei barrinha também. - Natalie sorriu parecendo que tinha ganhado o presente de Natal. Sentamos e ficamos esperando o filme começar.

- Dá licença aí, Natalie. - Peter disse “pedindo” pra ela levantar, já que ela estava sentada do meu lado.

- Tá querendo pegar o Andrew no meio do filme? Desculpa te decepcionar, mas acho que ele não curte experiências homossexuais. - Ri.

- Sai logo. - Ela levantou bufando e foi sentar na ponta da fileira.

- Que é? - Perguntei.

- Ela ia te beijar.

- Hm… Ia querer, na verdade.

- Que seja. - Apagarem-se as luzes.

- Boa noite, Peter.

- Tu vai dormir?!

- To morrendo de sono. Tchau. - Coloquei o capuz e fechei os olhos.

(…)

- Não acredito que você dormiu. - Ouvi a voz da Natalie e abri os olhos. - O filme não era chato.

- Esse babaca dormiu nos trailers. - Ela revirou os olhos. Todo mundo saiu do cinema comentando o filme. Eu saí bocejando.

- To sem carona. - Natalie disse. Senti uma indireta.

- To afim de um Big Mac. - Disse e ouvi minha barriga roncar.

- E eu de um milkshake. - Natalie disse.

- Tá. Eu te levo. Vamos? - Perguntei. Nos despedimos do povo e entramos no carro. Natalie ligou o rádio. Chegamos rapidamente no drive do Mc Donald’s. Estávamos conversando sobre nada de interessante. Como sempre. Paguei o lanche e o milk-shake, e entreguei o dela. Parei na frente da casa da Natalie.

- Obrigada por me trazer.

- Não precisa agradecer. - Respondi. Ela ia abrir a porta do carro, mas desistiu e voltou, me dando um selinho demorado. Nos separamos e ficamos que nem dois idiotas olhando um pra cara do outro.

- Até segunda, Andrew.

(…)

"Tá afim de ver algum filme aqui em casa?"

Mandei pra Alice.

"Só vou me trocar e já vou"

Esse domingo amanheceu chuvoso. Não dava pra terminar a casa da árvore. Depois de uns minutos, Alice tocou a campainha. Abri a porta e ela me beijou.

- Tá tudo bem? - Perguntei.

- Claro. - Sentamos no sofá. - Tava lembrando do teatro. - Ela disse sorrindo envergonhada.

- Qual parte?

- Tudo. - Alice deitou a cabeça no meu colo. - Principalmente depois.

- O que tem depois?

- Você… Tão bonitinho. - Senti minhas bochechas esquentarem. Qual é? Ela vai zoar com a minha cara? - Eu gosto de você, Andrew. - Não falei nada. Ela puxou meu rosto pra ela. - De verdade.

- Você bebeu? - Perguntei rindo.

- Não, idiota. É só que… Eu não respondi nada de volta. - Eu to apaixonado e ela… Gosta. Hm. Não é legal. Me abaixei e dei um selinho nela. Alice pegou na minha mão e entrelaçou nossos dedos. - Eu não quero perder você.

- Que ideia é essa, Alice? - Perguntei rindo. Ela deu de ombros.

- Eu tenho medo. - Ela falou muito baixo. Eu quase não escutei.

- Eu gosto de você. Eu… - Respirei fundo. - Eu to apaixonado por você. Você não vai se livrar de mim tão fácil. O que aconteceu?

- Eu sei que você saiu ontem e a Natalie tava junto.

- O que tem?

- Ela gosta de você. - Ri alto.

- É só a Natalie. Eu nunca te largaria pra ficar com ela. - Alice sorriu e não falou mais nada. Fiquei olhando pra ela e fazendo carinho em seu rosto. Pouco tempo depois a Alice já dormia. Novidade…

A porta de casa abriu e a Bia entrou saltitante.

- Oi!

- Oi. Ela tá dormindo.

- A tia vai demorar pra acordar? - “Tia”. Segurei o riso.

- Já achou a empresa de publicidade ou tá enrolando de novo? - Meu disse entrando na sala. Ele falou tão alto que a Alice acordou em um pulo e quase deu uma cabeçada no meu queixo.

- Vou em uma amanhã. Não vou pegar qualquer merda. E boa noite pra você também. - Meu celular começou a tocar. Era minha mãe. - Oi. - Disse atendendo.

- Oi! Eu tava pensando… A gente podia marcar um jantar.

- Qual o motivo?

- Tem que ter motivo pra jantar com o meu filho?

- É em casa?

- Não. Você tá em casa né?

- To.

- Se arruma, então. Daqui a duas horas te encontro naquela restaurante que você gosta, aqui perto de casa.

- Tá…

- Convida a Alice também. Te amo. Até mais tarde. - ODEIO quando desligam na minha cara. Qual a dificuldade de esperar eu responder?

- A gente vai sair. - Disse empurrando a Alice pro lado.

- Pra onde? Com quem?

- Jantar com a minha mãe.

- Eu posso ir? - Bia perguntou.

- Se sua mãe deixar, pode.

- Mãe! Eu guardei todos os meus brinquedos hoje mais cedo! - Isso, maninha. É assim que começa.

- Você é um mau exemplo pra sua irmã. - Alice disse rindo.

- Cala a boca. Vai se arrumar.

- Cala você! - Ela me deu a língua. Se meu pai não tivesse na sala, com cara de anus ainda por cima, eu agarraria a Alice ali mesmo. - Sabe pra que é o jantar?

- Não. Minha mãe tava… animada. Ela falou tudo muito rápido. Aí tem…

- E por que essa cara?

- E se ela estiver namorando? - Alice riu.

- E daí? Isso é bom.

- Bom pra quem?! Pro cara só né.

- Para de ser ciumento.

- Não to sendo ciumento. - Ela riu.

- Tá bom, Andrew. Vou me arrumar. Até mais tarde. - O que minha mãe quer? Por que essa animação toda? Só falta ela ter arrumado um padastro pra mim. Já pude imaginar ele querendo mandar em mim. Ou pior! Ele beijando minha mãe! Que absurdo! Minha mãe é linda. Verdade, verdade… Mas precisa namorar? Não. Não precisa.

- Mamãe deixou. - Bia disse sorrindo. Levantei sorrindo também e subi pra tomar banho.


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Notas finais do capítulo

GENTE! PRECISO DE AJUDA! Tipo, achei em um site q dá pra publicar livros de graça na Amazon. Se eu for fazer isso, aí publico I Hate You. Tipo, eu não pago nada (só reviso e coloco no site). E, se alguém comprar, aí sim o livro é impresso e eu ganho dinheiro. Mas to em dúvida se faço isso ou não, pq não sei se a história é realmente boa a ponto de virar livro. O q vcs acham? Me respondam, please! Bye :3