Férias Do Instituto Gore escrita por JWHFhiiii


Capítulo 7
O começo de tudo


Notas iniciais do capítulo

grandinho esse/ heheApressados? '-':)



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Eu não sei onde estavam meus amigos, mas eu não tinha o menor interesse em saber. Eu liguei do telefone do hotel para a minha casa e ordenei para uns empregados enviarem com urgencia roupas e um novo cartão, eu precisava disso na manhã do dia seguinte.

Eu iria tornar seus sonhos realidade, ela iria se casar e iria ser a noiva mais feliz do mundo, no que dependesse de mim.

Acordei cedo, Annie ainda dormia na sua parte do quarto quando eu saí. Mas quando eu voltei para o hotel, a vi sentada em uma mesa de café da manhã, estava sozinha, mas ela sorria lindamente olhando o cardápio. Ela parecia simplesmente feliz, como se nada daquilo de ontem fosse real.

Ela estava usando um vestido longo de praia e seu cabelo estava preso hoje, estava ainda mais deslumbrante do que eu lembrava dela ser, se é que isso é possível.

Eu vinha acompanhado de um cara que colocou um pedaço de bolo sobre a mesa e um outro que tocava violino. Quando ele começou era quando eu começaria a cantar parabéns. Se eu não estiver enganado, ela disse ontem, que hoje seria o seu aniversário.

Annabel sorria ouvindo a música começar, sem saber de onde ou para quem era, ela simplesmente começou a bater palma, virando lentamente o rosto para o lado para entender melhor de onde vinha a comoção. Quando ela me viu e eu comecei a cantar, sua boca e seus olhos se abriram em uma expressão de surpresa, ao mesmo tempo que ela caiu na risada e vi suas bochechas corarem.

Sorri também e quando eu me aproximava, ela colocou o cardápio em frente ao rosto se abaixando na mesa e se escondendo atrás dele. Eu ri de sua reação envergonhada e puxei o cardápio. Ela começou a tampar o rosto com a mão.

Sentei com ela, dizendo:

– Prova. O melhor bolo de aniversário de todo o país. Ele me garantiu. – Apontei para o homem do lado do cara do violino.

Ela fez uma expressão de surpresa forçada, mas que deixou seu rosto lindo. Então levantou as sobrancelhas para mim, se mostrando ansiosa para provar do bolo.

Depois de ela comer um pedaço, Annie fez um sinal de joia para o cara em pé e disse:

– Não podia mesmo ser melhor. – Ela sorriu sem graça olhando para mim. – Obrigada por isso... Tudo. – Completou. Logo se apressando para achar um assunto mais confortável. – Mas onde você conseguiu dinheiro? Acharam suas coisas?! – Animou-se, abrindo um largo e esperançoso sorriso, eu tive vontade de aperta-la naquele momento, me controlei para não fazê-lo a muito custo.

Vê-la demonstrando interesse em mim, simplesmente me deixava sem ar. Não esperava despertar qualquer reação verdadeira ou intensa em uma garota como ela... Então era muito incrível quando eu podia perceber algo assim.

Desde que meus olhos bateram nela ontem, eu sinto um milhão de vespas no meu estômago, é muito pior e mais intenso que aquelas ridículas borboletas que tanto falam. Não digo que eu gosto disso, pelo contrário, é de vários modos, muito ruim.

– É acharam. – Então eu disse. – Algumas coisas. – Naquele momento eu me senti como se as vespas propositalmente me atacaram dentro do estômago. Não sei porque eu menti, talvez puro costume. Eu era simplesmente tão bom em mentiras, que elas não só saíam naturalmente, mas elas soavam como verdades, então não faria diferença, certo? Com outras pessoas sim, com Annie... Era errado de tantas formas e eu percebi isso logo que minha boca se fechou. Mas antes que eu pudesse consertar, Annabel me empurrou o resto do bolo me obrigando a experimentar.

Percebi que ela não tinha levado a sério mesmo o que eu lhe falei ontem sobre casamento, então quando a levei a praia, onde havia um cara tomando conta de algumas garrafas que você disparava com a pressão da água, ela voava e você deveria correr para pega-la e ver que presente ela carregava dentro, eu fiz Annabel aceitar jogar.

Ela disparou primeiramente uma para mim e eu corri para pega-la a alcançando e a pegando antes que ela caísse no chão. Quando me aproximei de Annie batendo palmas com seu grande sorriso para mim, ela disse:

– Uau, você treinou muito isso antes? Ou eu que tenho que melhorar minhas habilidades em catapultar garrafas? – Ela ria me dizendo aquilo, percebendo que ela estava brincando comigo, eu puxei a alavanca, disparando uma nova garrafa ali do nosso lado.

O jato de água que saía ao lançar uma dessas garrafas, espirrou todo na gente. Annie gritou, tentando se afastar e não molhar seu vestido. Então abriu a boca tentando parecer indignada, mas mal podia conter sua risada. Eu já disse o quanto eu amo essa garota? Queria ela nos meus braços, agora.

Nesse momento, nesse vestido, com essa risada contida e divertida em seus lábios, eu a queria mais do que nunca. Mais do que já pude querer qualquer outra coisa. Chegava a doer o tanto que eu precisava dela.

Tentando quebrar minha tortura, recobrei meus pensamentos, voltando para a situação atual.

– Vai lá. – Apontei para a garrafa que ainda voava alto. – Você tem que pegar.

– Ah não! – Ela respondeu fazendo manha. – Dispara outra, eu não vou conseguir mais pegar essa... – Disse com olhos brilhantes e sonhadores, no alto, olhando para onde a garrafa ia.

– Vai sim. Corre lá que você consegue! Vem. – Passei ao seu lado correndo, sem tirar os olhos dela, vi quando ela me viu correndo em direção a garrafa e veio atrás de mim com um enorme sorriso animado.

Quando ela chegou a toda velocidade, perto de onde eu estava, onde a garrafa estava indo cair, ela pulou e a pegou milímetros antes de tocar o chão.

– Você viu isso? Eu devo ser tipo um prodígio do beisebol. Pena que eu não sei as regras, estão me desperdiçando. – Ela dizia ainda rindo, se levantando, com o vestido todo sujo de areia.

– Eu diria mais algo como vôlei de praia. Mas estou apoiando o que você quiser. – Eu disse isso, por impulso passando a mão do lado da saia dela, tirando parte da areia, quando olhei para o rosto de Annie, ela olhava para mim com certa confusão nos olhos.

Percebi o que eu estava fazendo e tirei as mãos dela. Não eramos intimos assim, não é? Eu a assustei? Que imbecil. Por que eu sempre tenho que estragar as coisas? Ela não ficou brava por isso, certo?

– Me desculpe . Eu nem... Reparei no que eu estava fazendo. – Levantei as mãos, mostrando distância. Eu fiz realmente sem pensar... Só não quero que ela tenha qualquer pensamento ruim sobre mim... Ou sobre isso.

A vi então sorrir e me estender a garrafa.

– Quer abrir? Vê qual é o presente! – Exclamou animada.

– Não, essa é sua. Abre.

Ela me olhou curiosa, entortou os lábios colocando a mão dentro da garrafa e puxando a parte que prende o presente. Viu uma concha fechada, quando a abriu, havia um anel. Eu achei que um anel de pérola seria demais, eu corria o risco de ela ficar com raiva ou ter um motivo a mais para negar.

Então preferi em algo divertido, que é realmente o que essa garota é. Foi algo simbólico, com uma pérola simbólica.

A via abrindo, tirou o anel e olhou para mim, estava escrito ao redor dele com rena “mantenha seu sorriso”. Ela o girou um pouco tentando ler. Quando finalmente conseguiu ler, vi o inverso acontecer, o sorriso dela morreu.

Por um instante eu senti que meu coração parar. A frase eu ferrei com tudo, passou pela minha cabeça. Mas então lentamente seu olhar caiu sobre o meu, ela me olhava com pura surpresa e... O que mais era aquilo nos seus olhos? Não tenho certeza, só sei que eles brilhavam.

Eu sorri e indiquei meus lábios subindo para ela com meus dedos, felizmente isso foi o suficiente para aquela expressão deslumbrantemente feliz e iluminadora aparecer em seu rosto de novo.

Farei de tudo para manter esse seu sorriso em seu rosto.

Então ela começou a dizer em um tom de voz muito racional, que eu não gostei nada:

– Alexander, eu...

– Alex. Acho que a gente já ficou entendido que você me chama assim, certo? – Ela desviou o olhar, parecendo confusa sem saber para onde olhar, o que acabou caindo sobre o anel. – Eu quero dar isso a você. – Não era só o anel, mas a promessa de que eu não deixaria aquele sorriso desaparecer.

– Mas... Alexander, eu...

– Pshii – Eu soltei a interrompendo ao levantar um dedo para ela parar. Enquanto sua frase começasse assim, ela teria que começar de novo. – Você já disse o suficiente com esse nome.

Ela respirou fundo parecendo perturbada, não de uma forma ruim. Então com alguma dificuldade recomeçou dizendo:

– Alex, - Sorri ao ouvir meu nome soando tão bem na sua voz. – Eu agradeço o que está fazendo por mim. Entendo que queira me ajudar com meus sonhos. Você é de verdade uma pessoa muito boa. Eu nem... Merecia conhecer um cara como você. Você tem mais do que me ajudado já, você tem feito o suficiente.

Peguei o anel da mão dela e sua mão junto. Arrumei o anel para colocar em seu dedo e então a encarei.

– Annie, me dê uma chance de manter você sorrindo.

Bom, eu já estava fazendo um monte de coisas que eu nunca me imaginaria fazer, então me ajoelhar em frente dela, era só mais uma delas e parecia somente o natural.

– Annie. Casa comigo. – Annabel parecia tanto que ia aceitar, eu vi sua respiração sumir e eu não sabia se deveria pensar que isso é bom ou ruim. Ela era diferente de qualquer outra coisa que eu já tinha visto.

Porém a garota na minha frente, só olhou para o céu, um pouco antes de andar para longe ao dizer:

– Tudo isso é tão precipitado. Você não faz ideia de onde está se metendo e na verdade nem eu. Você não precisa disso. Eu agradeço, mas você não precisa. Eu quero um tempo para pensar, pensar sobre minha doença, sobre o futuro...

Me levantei e fui atrás dela.

– Não pense. Não pense em mais nada. – Annabel se virou para mim, parecendo não entender. – Deixe tudo para mim, Annabel.

Ela respirou fundo, mas continuou me olhando. Não parecia confiar em mim o suficiente, mesmo que ela parecesse querer lutar contra isso. Não a culpo por não confiar em mim ainda, mas isso teria que mudar.

Peguei sua mão e ela desviou o rosto. Esperei com o anel pronto para coloca-lo em seu dedo, até que ela voltou a olhar para mim.

– A partir de agora, Bel. Lembre-se de cada palavra que eu vou dizer. A cada dia que passar, nós vamos criar memórias para um vida. Vamos namorar até os seus vinte e cinco, então vamos nos casar. Você vai ter nosso primeiro filho aos 28, combinado? Vamos passear juntos pela praia, ver o sol se por... Vamos juntos fazer os seus sonhos realidade.

Mostrei para ela o pequeno altar que eu mandei colocarem na areia da praia, estava coberto com véus brancos, eu não pretendia chamar ninguém para a cerimônia, mas pretendia que fosse claramente sério.

Eu cheguei com o vestido no quarto dela mais tarde e ela tinha me prometido com os olhos cheios de lágrimas que ela não seria uma noiva em fuga.

– Isso parece um sonho. – Ela dizia tentando conter as lágrimas ao se olhar no espelho com o vestido na frente. Eu o segurava em sua frente, me mantendo atrás dela. – Você é bom demais para ser real Alexander...

– Alex para você, amor. – Eu sorri, sentindo meus olhos queimarem quando a ouvi dizer sua frase seguinte.

– Alex, isso é um sonho. Você pode só... Por favor, manter esse sonho por seis meses?

– Vai ser mais que isso. Muito mais que isso. Ninguém sabe quando é a nossa hora, Bel. Eu posso ser atropelado amanhã e tudo isso acabar. Mas eu estou disposto a fazer dos dias que eu estiver aqui real. Vou fazer seus desejos se realizarem, eu prometo. A felicidade que você irá sentir, vai ser verdadeira.

Estava no crepúsculo agora e eu a esperava no altar. Tinha chamado um celebrador de cerimônias local. Só estava nos dois aqui. Não era um casamento tradicional sem dúvida, mas eu não via problema nisso, eu nunca fui ligado a convenções.

Eu queria que ela realizasse o sonho dela e Annabel parecia mais do que feliz quando viu esse lugar aqui, que eu mandei fazer para gente. Nós dois somente. Era algo nosso e por mais que eu imaginava que ela entendia bem esse conceito, a felicidade que eu vi nela quando lhe mostrei esse lugar, me fez entender ainda mais porque minha sanidade morre quando a vê. Nós dois não precisamos de palavras para nos comunicar. Somos tão iguais, simplesmente ela é perfeita para mim.

Não pensei que eu iria ficar, mas eu estava nervoso pra caralho. Eu vesti um terno e ela parecia estar demorando séculos a mais do que deveria para chegar. Olhei para o senhor que faria a cerimônia e ele me lançou um sorriso que acho que ele pensava que seria reconfortante. Bom, não foi, eu só ficaria bem quando a visse aqui, eu precisava dela agora, junto comigo.

Então quando me virei, Annabel estava andando pela areia. O vento de fim de tarde fazia seu vestido e seus longos escuros cabelos voarem. Aquela cena não parecia verdadeira, ela parecia um anjo. Essa aqui não é minha vida, talvez ela tivesse razão sobre tudo isso ser um sonho, mas eu não acordaria nem a deixaria acordar, não importa o que aconteça.

Ela olhava para o chão parecendo preocupada onde pisa, até que ela chegou ao pequeno tapete vermelho que tinha até o altar. Quando ela chegou na ponta e subiu nele, levantou seu rosto na minha direção. Eu via o nervosismo no seus olhos, ela estava corada sobre a luz avermelhada no horizonte. Involuntariamente meu sorriso começou a nascer e aumentar largamente. E eu vi o mesmo acontecer no rosto dela, junto com o meu.

Aquilo foi como se dissesse que estávamos juntos nessa, acho que ela entendeu assim também, porque parecendo mais confiante, ela começou a andar na minha direção.

Tudo aconteceu tão rápido, eu sabia tão pouco dela, não tivemos tempo para muito, mesmo assim eu simplesmente a tinha agora como algo essencial a minha existência.

Annabel chegou na minha frente, ela não olhou diretamente para mim, ela voltou a parecer nervosa, olhava para baixo, para seu vestido, parecendo preocupada em pisar no lugar certo e se manter no lugar certo à minha frente.

Um vento bateu e fez seu cabelo ser lançado em seu rosto, ela riu sem graça, mas antes que ela pudesse levantar a mão para tira-lo do rosto, eu já estava fazendo isso por ela, foi a primeira vez que eu toquei seu rosto dessa forma, ela olhou para mim e a gente estava tão perto. Annie me deslumbrava. A gente se encarava agora e eu estava perdendo a consciencia. Eu iria fazer o que eu não deveria.

Foi aí que o mestre de cerimônia me salvou, ele pigarreou e nós dois olhamos para ele. Annie olhou para mim de relance lançando-me aquele seu sorriso sutil, ela estava claramente nervosa.

Ele perguntou finalmente se aceitávamos a união, quando foi a vez de Annabel responder, todas as vespas malditas no meu estômago entraram em coma por um segundo, junto com o restante do meu corpo. Foi o momento de mais tensão da minha vida, porque de certa forma eu tinha depositado tanta esperança nisso, eu necessitava tanto dela, que eu tinha medo que qualquer coisa desse errado e eu a perdesse. Isso simplesmente não podia acontecer.

Mas então ela aceitou e eu voltei a ouvir os barulhos ao redor, do mar, do vento, dos animais; as vespas voltaram a se movimentar no fundo da minha bariga, tudo voltou ao normal... Com exceção do meu rosto que parecia ter um sorriso carimbado na frente dele, porque aquele sorriso simplesmente não diminuía. Nunca achei que eu pudesse sorrir tanto, por tanto tempo e tão sinceramente quanto agora.

Quando eu coloquei o anel em seu dedo, dessa vez um mais verdadeiro, era prata, mas era delicado e tinha pequenos cristais, eu tinha achado tão parecido com ela, nesse momento eu estava casado com Annabel. Ela sorria para mim com tanta felicidade que me fez simplesmente o cara mais feliz da face da Terra, pode ser exagerado, mas era exatamente assim que eu me sentia.

– Pode beijar a noiva. – O mestre de cerimônia então disse, com objetivo de selarmos o matrimônio.

Sim, isso deveria acontecer, para que Bel tivesse um casamento completo, ela precisava disso. Mas eu ainda não tinha qualquer interesse em desrespeita-la ou transformar seu sonho em algo para mim, eu estava fazendo isso por ela.

Então peguei seu véu, coloquei sobre seus lábios e assim depositei um selinho sobre ele, sorrindo para ela em seguida. Annie sorriu para mim em retribuição e disse:

– Obrigada.

Aquilo podia ter parado meu coração por si só, mas o que ela fez depois disso, o ressuscitou em uma velocidade de batimentos quase sobrehumana. Annabel se aproximou de mim e ela mesma me beijou.

Não foi um grande beijo, até porque eu fiquei parado. E se não sendo um grande beijo aquele simples toque um pouco mais demorado, aquele pequeno envolvimento dos seus lábios nos meus, fez todas as terminações nervosas do meu corpo se ativarem bruscamente, imagina o que algo mais não faria. Não, eu não podia pensar sobre isso, eu iria enlouquecer com essa garota. Eu deveria manter sempre meus pés no chão. É importante eu lembrar porque eu estou fazendo isso. Por ela.


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Notas finais do capítulo

Sim, foi tudo no mesmo dia. Mas é que eles estão brincando de fazer de conta, que a cada minuto que passa é tipo, uma semana... '-'v



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