Falling Skies - Ben Mason, When Oddities Match escrita por Many Things at Once


Capítulo 4
Pain


Notas iniciais do capítulo

Hey!!!
Eu sei que eu andei muito sumida esses tempos...
Sem postar em nenhuma das minhas fanfics....
Foi mal... Eu fiquei sem criatividade e sem tempo
...mas graças a minha leitora mais intrometida (no bom sentido!) aqui estou eu...
Obrigada Giovanna Lu Directioner Sempre por me trazer de volta para a vida...
Kkkkkkkkkkk
Aqui está um capítulo fresquinho, recém saído do forno



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The Phoenix (Fall Out Boy)
"Bring home the boys and scrap, scrap metal the tanks
Get hitched, make a career out of robbing banks
Because the world is just a terror
And we are wearing black masks
'You broke our spirit', says the note we pass"
A Fênix (Fall Out Boy)
"Traga para casa os meninos e a sucata dos tanques
Amarre-se e faça uma carreira roubando bancos
Por que o mundo é apenas um terror
E nós estamos usando mascaras pretas
'Você quebrou nosso espírito' diz o bilhete que passamos"

...Minutos depois do ataque...

Tom Mason Point of View

A escapada estratégica havia sido um sucesso! É claro que houve baixas e perda de suprimentos e armamentos. Mas agora ficaríamos sossegados por um tempo. Havia sido uma cena convincente... A 2nd Mass fugindo enquanto o inimigo atacava. Isso nos daria tempo para planejar um bom ataque.

Aquele esconderijo era uma base militar antiga que tinha sido abandonada a pouco tempo. Era o local perfeito para ficarmos, seguro, bem localizado e escondido. Os três adjetivos eram praticamente sinônimos, mas eram tudo que importava.

Os Machs estavam nos procurando há dias, e sua área de busca se aproximavam cada vez mais de onde estávamos então simulamos nossa pequena cena para que achassem que tínhamos ido para outro lugar. Isso nos custou a vida de pelo menos oito ótimos soldados e a do capitão Weaver.

Flashback On

–Há! Conseguimos! – eu disse apoiando as mãos nos joelhos, tentando recuperar o fôlego.

Mas Weaver não compartilhou seu sorriso comigo, em vez disso olhou para baixo aonde sua mãe repousava acima de seu umbigo. Foi então que eu vi o sangue. Dan caiu no chão, consegui segurar sua cabeça antes que batesse no chão.

–É – ele sussurrou tentando esboçar um sorriso – conseguimos!

–Dan... – comecei

–Está tudo bem – ele disse – eu morri lutando

–Você não vai morrer! Anne vai cuidar de você e você vai ficar bem. Já passou por piores...

–Eu morri no momento em que Sophia morreu – ele disse

–Sua outra filha pode ter morrido, mas Jeanne ainda está viva, e precisa de você! – eu disse por impulso, já que não fazia ideia do paradeiro da menina

–Jeanne... – ele sussurrou como se lembrando de uma memória boa – cuide dela por mim

–Dan!

–Você será um bom líder Tom – ele disse antes de fechar os olhos

–Dan!? – Eu chamei com os olhos cheios d’água

E naquele momento eu soube que meu melhor amigo estava morto

Flashback off

Agora eu estava no comando de mais de 300, e para piorar num mundo pós apocalíptico em que a cada dia damos graças por ver o sol nascer novamente. Cheguei na porta da casa do sítio junto com meu grupo de escape e Matt abriu a porta e me abraçou.

– ai! – ele disse sorrindo

–Hey, Matt! – eu disse abraçando ele de volta

–Tom – disse Anthony me saudando

–Somos os últimos a voltar? – perguntei

Seu sorriso se desmanchou

–Na verdade são os primeiros

...23 horas depois do ataque...

Maya Stark Point of View

Os ponteiros do visor passavam de 200 km/h e eu estava prevendo que aquilo não iria dar certo. Estávamos com uma pessoa que estava entre a vida e a morte no banco de trás, enquanto eu dava uma de médica e Jeanne de enfermeira tentando controlar a tremedeira. E Ben continuava a acelerar

–Ben! – eu o alertei

–Eu sei o que estou fazendo – ele disse apertando as mãos no volante

–Se batermos Diego não suportará o impacto

–Eu sei o que estou fazendo! – ele repetiu alterando a voz

Apesar do que disse notei uma desacelerada no carro. A agonia dele era óbvia, ele queria chegar no acampamento mais rápido, o que era melhor para Diego, mas conforme ele acelerava o risco de vida aumentava. Era um paradoxo, se ele acelerasse Diego poderia morrer com o possível impacto, e se ele não acelerasse segundos preciosos seriam perdidos.

Bem ao longe era possível avistar o fim da estrada, aonde viam-se portões de quatro metros de altura de puro metal negro, e Ben continuava acelerando em direção a eles. Coloquei minha jaqueta para me cobrir como um escudo. Eu conhecia Ben a menos de um dia, mas já sabia que quando estava determinado a algo, ninguém o para.

–Estarás bien, mi amor – disse Jeanne me despertando de meus devaneios

Diego continuava sangrando, e se fossemos apostar, eu apostaria que ele tinha mais cinco minutos antes de seu coração parar, a julgar por seu pulso extremamente fraco. Rasguei mais uma tira de minha camiseta e a enrolei, fazendo um nó largo que enfiei no apertado buraco no peito do garoto deitado a minha frente.

Se fosse um tiro no braço, ou na perna, poderíamos fazer um torniquete, mas o tiro era no peito, e tinha acertado os pulmões. Ele só havia aguentado até ali pelo fato de já ter usado o arreio em algum momento de sua vida.

Pelo canto do olho eu via o portão se aproximando, e por isso preferi não olhar. Fiquei concentrada apenas no ferimento de Diego. O impacto que eu tanto esperei pareceu um peteleco em comparação ao que eu havia imaginado. Talvez pelo tamanho do carro, ou pelos braços firmes de Ben que não desviaram da rota traçada, mesmo com a pancada. A freada que veio depois, porém nos jogou para frente com tal força que se não fosse o banco da frente eu teria sido atirada pelo vidro.

Ben desceu do carro e abriu a porta de Jeanne enquanto eu tentava encontrar o pulso de Diego.

–Ele está sem pulso! – eu disse confirmando a informação pela ausência de movimentos respiratórios.

Então Jeanne foi praticamente arrancada do carro por Ben, que em seguida pegou Diego com cuidado e o colocou deitado na grama. Me joguei de joelhos ao seu lado fazendo uma massagem cardíaca.

–Não dá tempo – disse Ben

–Ele precisa de sangue! – eu disse – nem toda a massagem cardíaca vai adiantar nesse momento.

–Precisamos tirá-lo daqui – ele disse pegando-o no colo e o levando para a casa do sítio que estava ao nosso lado.

Jeanne correu na frente e tentou abrir a porta, mas a mesma estava trancada. Ela então se jogou contra a porta tentando arromba-la, mas logo em sua segunda tentativa, a porta foi aberta com tal violência que a jogou três metros para trás.

De dentro da casa saíram vários homens armados apontando armas para todos nós.

–Anthony! – disse Ben para o homem negro a sua frente – Chame Anne, ele está morrendo!

–Abram a rampa – disse Anthony abaixando a arma

Em seguida o chão a nossa frente começou a abaixar, se transformando em uma rampa gigante que levava a um abrigo subterrâneo, onde vários carros estavam estacionados e pessoas passavam correndo por nós.

Anthony pegou o walkie-talkie que estava preso em seu cinto e disse “Lourdes prepare duas bolsas de O-, estamos com dois feridos aqui precisando de sangue urgentemente”. Fiquei imaginando quem seria o outro ferido a quem ele se referiu enquanto eu corria junto com eles para dentro do abrigo.

Dentro do local, havia fileiras de Jipes militares estacionados, uns 10 ônibus escolares e um enorme caminhão tanque. Ao fundo era possível ver o que podia ser chamado de refeitório, com centenas de pessoas sentadas em mesas coletivas comendo juntas. Isso me fez lembrar a fome que eu sentia.

Para minha infelicidade, os homens que eu estava seguindo viraram para a direita, me fazendo desviar do refeitório que eu tanto queria alcançar. Entramos por uma porta larga de uns três metros de altura, por três de largura. Aquele lugar me lembrava uma daquelas bases militares ultra-secretas que eu costumava ver em filmes.

A ala aonde entramos era um hospital improvisado, com leitos espalhados por todos os cantos e pessoas vestidas de branco espalhadas por ali correndo de um canto para o outro com seringas e bolsas de soro nas mãos.

Diego foi posto em uma das macas e imediatamente a médica que havia me atendido antes de eu escapar chegou com duas bolsas de sangue nas mãos, seguida por duas pessoas que eu julgava serem enfermeiras. Em seguida um dos homens que antes apontavam armas para nós me pegou no colo pelas costas

–O que está fazendo? – eu gritei enquanto ele me colocava em uma maca– me solta!

–Acalme-se – disse uma das enfermeiras – só vamos cuidar do seu ferimento.

Foi então que eu percebi que os pontos da minha perna haviam estourado, e a minha perna estava coberta por toda a sua extensão de sangue. Desde a metade da panturrilha até o começo da minha cintura. A adrenalina estava tão alta em meu sangue que eu nem havia percebido a quantidade de sangue que eu tinha perdido.

Por um momento esqueci-me de mim mesma e olhei para Diego. A médica havia colocado um cateter intravenoso nele e já começava a colocar o sangue, enquanto a outra enfermeira aplicou suavemente uma injeção nele, que fez seu coração voltar a bater imediatamente. Eu nunca tinha visto algo como aquilo, até onde eu sabia, elas precisariam de um desfibrilador para tal tarefa. Eles estavam começando a fazer a drenagem do líquido dos pulmões quando fecharam uma cortina entre nossos leitos.

A enfermeira pegou uma tesoura e cortou minha calça com rapidez, logo em seguida limpando o local da ferida. Com um algodão molhado, enquanto outra mulher enfiou uma agulha com forma curva no ferimento.

–Ai! – gritei enquanto a enfermeira segurava meus braços

–Desculpa – ela disse sem olhar para mim – A anestesia está em falta, temos que guarda-la para os para os pacientes mais graves. Morda o casaco se quiser. Isso vai doer muito.


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Notas finais do capítulo

Hey, o que acharam???
Amaram? Odiaram? Vomitaram? Adoraram?
Me contem o que acharam.
É sério mesmo... Eu fico meio desanimada quando descubro que dos meus 5 leitores só um ou dois me deixam reviews...
Eu só postarei o próximo capítulo quando todos os meus leitores me deixarem reviews...