O Garoto De Reparos Da Rainha. escrita por Pamonha


Capítulo 10
...E o vento levou


Notas iniciais do capítulo

Hello queridos ! Mil perdões por ter demorado ! Mas é que comecei a fazer curso técnico e fora que tive um ataque epilético anteontem tive que ficar no hospital.
Enfim, AMEI os reviews do capítulo anterior. Estava ansiosa para escrevê-lo e fico feliz por terem gostado !
Capítulo curtinho porque como eu disse, ando sem tempo, mas prometo escrever um maior até o final de semana.
Espero que gostem !



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POV Leo.

Leo se espreguiçou na cama vazia.

O fato de Reyna não estar lá, deitada com ele, o preocupou e o deixou um pouco chateado. Mas ele pensou que talvez tivesse sido um pouco demais para a pretora e ela precisasse de um tempinho sozinha. Mesmo assim, temia que a garota voltasse a o tratar daquela forma estranha. Isso Leo não agüentaria.

Se deixou ficar deitado, com os braços atrás da cabeça. Relembrou da noite maravilhosa. Nunca antes havia se sentido tão bem ! Reyna era incrível e Leo suspeitava que estava apaixonado por cada centímetro do corpo e alma da romana. Afinal, como não se apaixonar por aquele pele macia, pela maneira como os cabelos dela balançavam suavemente quando andava, por aquele intensos e poderosos olhos escuros, pelos lábios rosados que se curvavam graciosamente quando ela pronunciava seu nome e principalmente, como não se apaixonar pela determinação delicada e coragem honrosa daquela menina ? Era absolutamente impossível não se apaixonar !

Ele teria continuado o resto do dia a pensar em sua musa romana, mas maior que seu desejo que pensar nela, era vê-la. Por isso, levantou-se e vestiu-se. Quando olhou no espelho, viu um Leo diferente.Um Leo ainda mais vivo e iluminado.

Sem nem ao menos comer, subiu para o convés, que era onde sentia que a pretora estava. Acertou. Apoiada na amurada, de costas para ele, Reyna olhava para o horizonte com uma expressão solene.

-Bom dia ! Como vai a sua tia ? - Exclamou Leo, arriscando passar o braço ao redor dos ombros da garota.

-Bom dia, Leo. – Respondeu a pretora, sorrindo docemente. O grego adorou aquele sorriso.

- Você está bem ?

- Sim. Talvez um pouco confusa e assustada, mas eu estou bem. É só que...

- Só que ?

- Só que estou com um pressentimento ruim. Há algo pesado pairando no ar. Não consegue sentir ? - Leo parou um minuto e tentou captar o que Reyna sentia mas não conseguiu. Talvez a pretora só estivesse nervosa.

- A coisa mais pesada que consigo sentir no ar é o cheiro do pum que acabei de soltar ! – Ele não tinha feito nada disso, mas queria vê-la rir.

- Leo ! – Indignou-se a romana, rindo – Estou falando sério ! Temos de nos preparar caso algo aconteça.

- Tenho de consertar o resto a parte interna do motor e do sistema operacional do maquinário inferior. As peças que fiz ontem serviam para isso. Se conseguir terminar tudo isso hoje, poderemos chegar em Nova Roma em dois dias.

- Isso é maravilhoso, Leo ! – A empolgação na voz dela fez que Leo minguasse – Nesse caso, não se preocupe com nada ! Vou ficar atenta por você.

- Gostaria que ficasse atenta a mim, el señor supremo deleite ! – A pretora sorriu mais uma vez e ele lhe beijou a testa, deixando-a sozinha a contemplar as colinas que se estendiam abaixo deles.

A verdade é que ele não sabia o que pensar ou fazer agora que a convivência dos dois chegava ao fim. Será que seriam amigos ? Inimigos ? Colegas de trabalho ? Ou será que conseguiriam viver o romance que Leo queria viver ? Ele não sabia, mas tinha de terminar de consertar o Argo, tinha de levá-los de volta a Nova Roma e tinha de ajudar os amigos. E ele rezava para todos os deuses que eles já não estivessem além de sua ajuda.

Foi direto para a sala das máquinas e se pôs a trabalhar freneticamente. Às vezes cantava, às vezes falava sozinho e pensava intermitentemente em Reyna e em sua volta ao lar romano. As máquinas ao seu redor o faziam sentir mais confortável mas um pouco desconsolado ao saber que logo voltaria a ser apenas o garoto de reparos e que sairia numa missão da qual provavelmente não voltaria. Isso se conseguisse sobreviver aos romanos furiosos, claro.

‘’Tirando ser morto furiosos legionários romanos ou ser morto por servos psicóticos de Gaia, o que poderia dar errado ¿?’

POV Reyna.

Olhando para o horizonte verde, a romana sentia-se uma traidora. Sentia como se houvesse traído seu legião, seu acampamento, Leo e a ela mesma.

Ela havia não apenas fugido com o grego que tocara fogo em Nova Roma como havia se apaixonado por ele. Será que as coisas podiam ficar mais complicadas ?

A noite anterior havia sido maravilhosa. As coisas haviam acontecido muito rápido, mas havia um motivo para tal. Quer dizer, além do desejo natural que Reyna já andava sentindo por Leo. Ela não era de fazer coisas impulsivas, mas decidiu sucumbir a sua vontade.

O motivo ? A pretora começava a temer que teria que fazer uma escolha. Uma escolha que decidiria o destino da missão. E o destino de Leo.

E talvez o destino do grego não fosse bom se dependesse da romana. Não por não gostar dele, mas sim porque ela tinha um dever e teria de cumpri-lo custe o que custasse.

Com esses pensamentos sombrios e desagradáveis, Reyna ficava de guarda. Ela podia sentir no ar que algo ruim iria acontecer e aprendera desde cedo a confiar em seus instintos.

O céu ao longe estava escuro, cheio de nuvens cinza e escuras. O ar tinha um cheiro quase fétido de ozônio. Uma tempestade se movia rapidamente em direção ao Argo. Mas será que era essa tempestade que preocupava a pretora ? Sim, era exatamente isso. Aquela tempestade não era m simples tempestade normal, Reyna podia sentir. Mas que tipo de riscos poderiam estar escondidos nas nuvens ?

A romana sacou a espada e as nuvens continuaram avançando rapidamente, até que ela pode ver formas e rostos sinistros em meio à tempestade. Eram figuras humanóides feitas de vapor e relâmpagos. As figuras pareciam rir enquanto voavam em direção ao barco e Reyna soube que tinha de impedi-los de danificar outra vez a trirreme.

Agora, as estranhas criaturas pairavam acima de sua cabeça, fazendo as velas farfalhar. Suas vozes pareciam feitas de trovão e sua presença deixava tudo gelado.

- Filha de Roma, então ainda está tentando voltar para seu acampamento ¿ Não entendeu os avisos da Mãe Terra ? Sua luta é inútil. Qualquer resistência sucumbirá a nós, servos de Gaia !

O sangue de Reyna gelou. O que eram aquelas coisas ?

- Eu não teria tanta certeza – Ralhou a pretora, tentando soar mais corajosa do que se sentia e levantando a espada em direção as criaturas nebulosas.

As criaturas rodopiavam a sua volta como um tornado, deixando-a atordoada e sibilando com suas vozes retumbantes. Ela tentou acertá-los, mas viatori os atravessava. Como se luta contra uma nuvem ?

- Desista, filha de Belona. Seu amigo Jason quase nos venceu uma vez, mas você não terá a mesma sorte.

Ao dizerem isso, soltaram uma rajada de vento mais forte, fazendo com que a pretora perdesse o equilíbrio e fosse parar pendurada na amurada. Tinha de pensar rápido ou aqueles monstros-nuvem a jogaria do Argo.

Então lembrou-se de algo. O apito de bronze que Leo havia lhe dado. Apanhou-o do bolso e o soprou a plenos pulmões.

POV  Leo.

Definitivamente, Leo não ficou feliz em reencontrar os venti.

Porque eles não faziam algo normal, como encher uma represa, girar um moinho d’água ou qualquer coisa que o valesse ?

Mas não ! Eles tinham de atacar seu barco e tentar jogar sua futura (ele esperava) namorada de 15 metros de altura!

Armado com um martelo e uma chave inglesa, Leo tentava manter os espíritos de tempestade longe de Reyna.

- Dessa vez seu amiguinho filho de Júpiter não está aqui para protegê-lo, Valdez. O que acha que pode fazer contra nós ?

Leo atirou seu martelo bem no rosto deformado do cara de nuvem, mas não surtiu muito efeito. O que ele iria fazer ? Precisava apresionar os espíritos em algum lugar. Olhou a sua volta, tentando achar algo que servisse como prisão. Não havia nada a vista.

- Leo, o fogo ! Tente o fogo ! – Avisou-lhe Reyna. Ele assentiu. Evocou todo o poder que fora capaz de encontrar, lançando uma enorme coluna de fogo em direção aos venti. Alguns deles se dissiparam. Outros, apenas se enfureceram ainda mais e começaram a rugir com mais força ao redor dos semideuses. Leo tentou evocar o fogo mais uma vez, mas um dos espíritos o atravessou, fazendo-o perder o equilíbrio. Com mais outra rajada, Leo se viu pendurado na amurada.

Reyna correu até ele, mas um vento forte a fez cair para trás.

- Diga adeus a sua pequena missão, protótipo de herói.

Com essas palavras, o venti principal assombrou e Leo soltou as mãos do navio e se viu caindo pelos céus, encarando uma Reyna apavorada


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado *o*
Sério, me desculpem MESMO estar postando tao pouco ):
Vocês são os melhores leitores do mundo !
Reviews ?
Beeeeeixos !