Thor e Jane - Uma Vida escrita por Giovana AC


Capítulo 18
Esperança


Notas iniciais do capítulo

Olá leitoras do meu coração! Este capítulo não ficou muito longo, porque é de transição, porém essencial para o rumo da história, espero que gostem!



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O inferno havia terminado ou começado? Thor se fazia esta pergunta abraçando Jane que chorava desesperada, num momento que não sabia se consolava ou chorava também. Sua mãe havia ido embora juntamente com seu filho, tinha vontade de se entregar e esperar o dia de sua morte, entretanto olhava a sua volta e algo dizia para continuar, aquela cientista mais que especial, aquela menininha dos ondulados fios loiros, aqueles amigos que lutaram ao seu lado, seu pai, é seu pai... Mesmo por todas as desavenças, transmitiam uma espécie de sentido, de por quê.

Asgard, 13 de dezembro de 2016

Três dias de uma espécie de luto cinzento haviam se passado, tudo estava em processo de reconstrução, Odin não saíra dos aposentos reais desde a noite do dia da devastação, Thor apenas perambulava pelos arredores do castelo muitas das vezes sem trocar uma palavra com a esposa, que nem sabia mais o que fazia naquele lugar, embora entendesse a necessidade de um tempo para Thor processar aquela enxurrada de perdas e desolação.

–--

Thor Já havia circundado as aldeias perto do castelo e voltava, quando avistou seu pai de mãos dadas com Elli, andando sob o sol dourado e o vento cortante daqueles dias frios. A garotinha parecia puxá-lo para andarem mais rápido, pôde ouvi-la falando:

_ Você vai ficar triste por muito tempo?

_ Não sei – respondeu Odin seco, totalmente estranho a tal carinho.

_ A vovó Frigga não ia gostar de ver o senhor triste...

_ É, ela não ia... – respondendo baixo mais para si do que para ela.

Soltou da mão da neta, viu Thor e encarou-o , a menina viu também e chamou:

_ Papai! Venha aqui! – Thor foi para não descontentá-la.

Depois de um silencio sepulcral:

_ Precisamos conversar – pronunciou Odin.

_ Elli querida, não quer ir lá brincar com as garotas, elas estão na praça, preciso conversar com seu avô.

_ Tudo bem, pode ser – Foi até as demais crianças.

_ Então...

_ Eu, estou cansado... Perder sua mãe, Loki permanecer na prisão até seus dias acabarem... Preciso descansar a alma de tudo isso, passar o reinado, no entanto você estará disposto a assumi-lo? - continuaram andando pelas ruas de pedra.

_ Quer que fiquemos em Asgard? – perguntou Thor desacreditado.

_ Me importo que você fique, e a criança...

_ A, estava achando estranho mesmo tudo isso, você realmente acredita que eu vá levar minha esposa embora e viver aqui como rei com Elli? – perguntou inconformado.

_ Não, não é capaz de agir com a razão, sempre coloca as emoções, o maldito coração em tudo! Por isso digo que aceito a cientista, contudo existe um entrave.

_ E qual seria?

_ Sua mortalidade, ela não estará segura aqui, onde todos possuem poderes, além de atrair sempre olhares de mais e humanos não serem aceitos. Já abrimos exceções de mais.

_ Então o que sugere, se é que ficaremos ?

_ A única solução seria dar poderes a Jane foster!

_ Poderes?

–--

Após a conversa totalmente inesperada com o rei, Thor subiu para o quarto, pela primeira vez desde a guerra, alegre, pensando em como seria viver no lugar em que ele pertence, com sua família tão especial, contudo precisaria conversar com Jane e ver o que ela achava de se tornar uma deles. Abriu a porta e viu Jane deitada lendo um livro de histórias de povos intergalácticos. O príncipe sentou ao seu lado, deu-lhe um beijo na testa e disse:

_ Me desculpe por não falar com você esses dias é que eu...

_ Tudo bem, você está falando agora, certo? – pegou em sua mão.

_ Certo – deu um pequeno sorriso perante a resposta direta.

A cientista puxou-o para perto e deu-lhe um beijo longo e carinhoso.

_ Senti falta desse Thor, mas entendo que precisava de um tempo para assimilar as coisas, foi bom para mim também, apesar de ainda não acreditar que eu perdi o nos... – foi cortada por Thor.

_ Não vamos falar disso, tudo bem? Sei que não vai esquecer, nem eu, no entanto vamos fingir que não lembramos mais? – aquilo mexia intrinsecamente com seu equilíbrio emocional.

_ Aham – arrumou o cabelo.

_ Preciso tratar de um assunto importante com você.

_ Pode dizer – sentou na cama.

_ Nós vamos voltar para a Terra?

_ Eu não sei, estou muito dividida entre tudo!

_ Eu conversei com meu pai e ele gostaria que ficássemos aqui e assumíssemos o reinado.

_ Que? Assumir o reinado? – inconformada.

_ Calma, fica calma. Você iria gostar e se dar muito bem!

_ É que governar um reino, inteiro, é muita responsabilidade, além de que, sei que você quer ficar, mas você sabe o como é difícil abandonar tudo o que você tem em um lugar para viver em outro.

_ Jane, eu sei, eu não vou te forçar a ficar, vou onde você for... Eu acho que nunca disse isso para ninguém, mas eu vou onde você quiser, por que eu seria incapaz de viver sem você e nossa filhinha– colocando a mão em sua nuca.

Ficaram em silêncio por um tempo.

_ Agente vai ficar.

Ele tirou a mão de seu pescoço e Jane prosseguiu:

_ Nós fomos muito felizes na Terra, podemos ser aqui... Acredito também que não faz mais sentido voltar, eu já sei tudo o que eu queria saber, já vi que todas as teses em que eu acreditava com relação aos mundos eram reais, e aqui é tão bom, ainda mais que agora já nos acostumamos e Elli adora aqui.

_ Então, só tem mais uma questão.

_ Qual?

_ Para nós ficarmos você terá que se tornar uma Deusa, como nós!

_ Que? – indagou afogando com a própria saliva.

_ Sendo mortal, você está muito vulnerável as ameaças desse mundo, além do mais, não recebem mortais aqui.

_ Mas como é isso? O que vão fazer comigo?

_ Eu não sei como funciona, meu pai vai fazer isso, nunca vi acontecer, apenas ouvi relatos. Contudo entenda, só vai acontecer se você quiser.

Levou as mãos à cabeça.

_ Meu Deus isso é loucura! E se der algo errado?

_ Você vai ter que aprender a controlar os poderes somente, nada vai dar errado, agora, você precisa decidir.

_ Eu quero, mas não quero, acho que estou com medo. Este lugar é incrível, é um sonho, todavia penso, será que vou ser a mesma depois desses poderes?

_ Claro que vai meu amor, vai sempre essa cientista curiosa e brava.

_ É sério – falou sorrindo.

A cientista pensou um pouco e avaliou o que estaria perdendo se fosse embora. Ela poderia virar uma Deusa, viver no mundo que sempre sonhou, ainda mais agora, que tudo estava voltando ao normal e finalmente Odin aceitou a sua presença, não poderia perder tudo por apreensão, essa não era ela.

_ Eu quero, além de que, sei que existem muitas coisas para você me mostrar, é tão grande e belo... – decidiu determinada.

_ Se quiser um tempo, tudo bem...

_ Não, eu já decidi - sorriu levemente.

Thor abraçou a esposa e foi até a grande janela de cortinas brancas, abriu-as, reparou em Elli sendo trazida para a refeição da tarde por Sif, Jane disposta a permanecer ao seu lado em seu reino e constatou que sua cientista mais que especial, aquela menininha dos ondulados fios loiros, os amigos que lutaram ao seu lado, seu pai, é seu pai... Mesmo por todas as desavenças, transmitiam uma espécie de sentido, de por quê, de esperança.


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Notas finais do capítulo

Manisfestem suas opiniões e lembrem-se, criticas construtivas são sempre bem vindas!