Just Like Heaven escrita por Vitória C
Notas iniciais do capítulo
Olá! O capítulo de hoje está legal :) espero que gostem.
Na segunda feira me levantei e me arrumei para ir à escola. Tomei café e segui de carro com o Brandom, tudo normal. Mais ou menos, já que quando cheguei na escola recebi a informação de eu fazia parte do comitê de formatura.
Não entendi porque me colocaram nesta droga mas não dava tempo de renunciar segundo o professor de história.
–Professor, - falei batendo na mesa - eu não quero participar disso, não tenho habilidades.
–Senhorita Watson, você não estava no dia que decidimos e faltava uma garota no comitê e a colocamos.
Revirei os olhos e praguejei entre os dentes, o Sr. Quinter mandou que eu me sentasse.
Blame viu que eu sentia raiva e aproximou o corpo da minha carteira. Ele pôs a mão no meu ombro.
–O que houve?
–Estou no comitê de formatura. - falei com o maxilar comprimido.
–Sinto muito. - ele se forçou a não rir.
–Ei! - dei um tapa de leve nele - Não ria! Não tem graça.
Ele riu ao mesmo tempo que pedia desculpas e eu voltei a atenção para a aula de história. Foi quando caiu a ficha de que eu estaria me formando daqui um mês. Um mês passa tão rápido...
Deixei escapar um sorriso, esperei tanto tempo da minha vida para isso e agora eu já estava me formando. Eu fizera tantos planos para a faculdade com a minha mãe mas até agora não havia me inscrito em nenhuma.
Pensar na faculdade me fez pensar se Blame já havia se inscrito em alguma. E isso me fez pensar em morarmos separados e longe um do outro. Decidi que perguntaria isso depois, e perguntaria sobre Rebeca também. Talvez eu devesse ser cautelosa, seriam duas perguntas um tanto quanto abaladoras de uma vez só. Dois assuntos delicados, um sobre morarmos longe e outro sobre a ex namorada, mas eram assuntos que tinham que ser falados.
No intervalo do lanche, puxei-o para um canto. Iria falar da faculdade primeiro ele me olhava esperando que eu disse algo. Então respirei fundo e perguntei.
–Você já se inscreveu em alguma faculdade?
–Já. - ele piscou - Você não?
–Não. - suspirei - Sabe que vamos morar longe um do outro né?
Ele sorriu como se eu tivesse dito algo engraçado e depois balançou a cabeça.
–Não se for na mesma cidade. Tipo na sua.
–Você se inscreveu na faculdade local da minha cidade? - eu sorri mas depois meu sorriso desapareceu - Mas você sonha tanto em ir para a Princeton, por causa do programa tecnológico. E você pode ser selecionado para um estágio na Apple ou no Google.
–Me inscrevi para ela também, mas você sonha em voltar a morar na sua cidade.
Bufei, era verdade, desde quando me mudara planejava voltar para a outra cidade. Mas as coisas haviam definitivamente mudado, minha mente, meus planos...
–Talvez eu me inscreva para o programa de fotografia da Princeton... - falei com um sorriso sugestivo.
–É sério? - pude ver seus olhos brilharem - Eu te amo. - ele me beijou.
**
Naquele dia mais tarde, fui para a casa do Blame para que ele me ajudasse a enviar meus dados e histórico para a Princeton.
–Dá para acreditar? - ele falou - Vamos para a faculdade.
Eu ri.
–É... e se eles não me aceitarem?
–Vamos te inscrever em várias outras, assim alguma vai ter que te aceitar. Certo? Seu histórico é muito bom. - ele disse lendo-o. - Você até já tem carta de recomendação de dois professores!
–Consegui no começo do ano, precisaria de credibilidade se quisesse ir para a faculdade.
Ele estava concentrado selecionando uma série de faculdades para as quais eu poderia ir. Acabou sendo divertido passar esse tempo com ele, planejando o futuro. Mas eu precisava perguntar algo, para que esse futuro pudesse ocorrer independente do passado.
–Blame, - chamei - preciso te perguntar algo.
–Claro. - ele disse sem tirar os olhos dos papéis e da tela do computador.
–O que aconteceu com a Rebeca? - esperei uma reação avassaladora mas ele agiu indiferente.
–Não tenho a menor ideia. - ele deu de ombros - Ela foi embora quando o Vini não deu a mínima para ela. Ouvi dizer que se matou com remédios. - ele disse isso como quem diz "ouvi dizer que tem um circo na cidade".
–E você não se importa?
–Não muito. - ele continuou indiferente - Algo que você tem que saber sobre pessoas como eu é que quando alguém não faz mais parte do seu mundo, ela simplesmente não faz mais parte. Ela não faz mais parte do meu.
Me lembrei de quando o psicanalista dele dissera que se alguém rompesse o "muro" muito abruptamente ele sofreria. Me perguntei se ele sofreu mas depois simplesmente esqueceu.
Sacudi minha cabeça e voltei a atenção para a tela do computador.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E aí? uahsuah Blame sempre surpreende a gente.