Just Like Heaven escrita por Vitória C


Capítulo 53
Coming back to finish


Notas iniciais do capítulo

Olá! O capítulo de hoje está legal :) espero que gostem.



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Na segunda feira me levantei e me arrumei para ir à escola. Tomei café e segui de carro com o Brandom, tudo normal. Mais ou menos, já que quando cheguei na escola recebi a informação de eu fazia parte do comitê de formatura.

Não entendi porque me colocaram nesta droga mas não dava tempo de renunciar segundo o professor de história.

–Professor, - falei batendo na mesa - eu não quero participar disso, não tenho habilidades.

–Senhorita Watson, você não estava no dia que decidimos e faltava uma garota no comitê e a colocamos.

Revirei os olhos e praguejei entre os dentes, o Sr. Quinter mandou que eu me sentasse.

Blame viu que eu sentia raiva e aproximou o corpo da minha carteira. Ele pôs a mão no meu ombro.

–O que houve?

–Estou no comitê de formatura. - falei com o maxilar comprimido.

–Sinto muito. - ele se forçou a não rir.

–Ei! - dei um tapa de leve nele - Não ria! Não tem graça.

Ele riu ao mesmo tempo que pedia desculpas e eu voltei a atenção para a aula de história. Foi quando caiu a ficha de que eu estaria me formando daqui um mês. Um mês passa tão rápido...

Deixei escapar um sorriso, esperei tanto tempo da minha vida para isso e agora eu já estava me formando. Eu fizera tantos planos para a faculdade com a minha mãe mas até agora não havia me inscrito em nenhuma.

Pensar na faculdade me fez pensar se Blame já havia se inscrito em alguma. E isso me fez pensar em morarmos separados e longe um do outro. Decidi que perguntaria isso depois, e perguntaria sobre Rebeca também. Talvez eu devesse ser cautelosa, seriam duas perguntas um tanto quanto abaladoras de uma vez só. Dois assuntos delicados, um sobre morarmos longe e outro sobre a ex namorada, mas eram assuntos que tinham que ser falados.

No intervalo do lanche, puxei-o para um canto. Iria falar da faculdade primeiro ele me olhava esperando que eu disse algo. Então respirei fundo e perguntei.

–Você já se inscreveu em alguma faculdade?

–Já. - ele piscou - Você não?

–Não. - suspirei - Sabe que vamos morar longe um do outro né?

Ele sorriu como se eu tivesse dito algo engraçado e depois balançou a cabeça.

–Não se for na mesma cidade. Tipo na sua.

–Você se inscreveu na faculdade local da minha cidade? - eu sorri mas depois meu sorriso desapareceu - Mas você sonha tanto em ir para a Princeton, por causa do programa tecnológico. E você pode ser selecionado para um estágio na Apple ou no Google.

–Me inscrevi para ela também, mas você sonha em voltar a morar na sua cidade.

Bufei, era verdade, desde quando me mudara planejava voltar para a outra cidade. Mas as coisas haviam definitivamente mudado, minha mente, meus planos...

–Talvez eu me inscreva para o programa de fotografia da Princeton... - falei com um sorriso sugestivo.

–É sério? - pude ver seus olhos brilharem - Eu te amo. - ele me beijou.

**

Naquele dia mais tarde, fui para a casa do Blame para que ele me ajudasse a enviar meus dados e histórico para a Princeton.

–Dá para acreditar? - ele falou - Vamos para a faculdade.

Eu ri.

–É... e se eles não me aceitarem?

–Vamos te inscrever em várias outras, assim alguma vai ter que te aceitar. Certo? Seu histórico é muito bom. - ele disse lendo-o. - Você até já tem carta de recomendação de dois professores!

–Consegui no começo do ano, precisaria de credibilidade se quisesse ir para a faculdade.

Ele estava concentrado selecionando uma série de faculdades para as quais eu poderia ir. Acabou sendo divertido passar esse tempo com ele, planejando o futuro. Mas eu precisava perguntar algo, para que esse futuro pudesse ocorrer independente do passado.

–Blame, - chamei - preciso te perguntar algo.

–Claro. - ele disse sem tirar os olhos dos papéis e da tela do computador.

–O que aconteceu com a Rebeca? - esperei uma reação avassaladora mas ele agiu indiferente.

–Não tenho a menor ideia. - ele deu de ombros - Ela foi embora quando o Vini não deu a mínima para ela. Ouvi dizer que se matou com remédios. - ele disse isso como quem diz "ouvi dizer que tem um circo na cidade".

–E você não se importa?

–Não muito. - ele continuou indiferente - Algo que você tem que saber sobre pessoas como eu é que quando alguém não faz mais parte do seu mundo, ela simplesmente não faz mais parte. Ela não faz mais parte do meu.

Me lembrei de quando o psicanalista dele dissera que se alguém rompesse o "muro" muito abruptamente ele sofreria. Me perguntei se ele sofreu mas depois simplesmente esqueceu.

Sacudi minha cabeça e voltei a atenção para a tela do computador.


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Notas finais do capítulo

E aí? uahsuah Blame sempre surpreende a gente.