Just Like Heaven escrita por Vitória C


Capítulo 30
Paranoid.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Gente, espero mesmo que estejam gostando. Enfim, CAPÍTULO 30! UHUL! Estou feliz com os comentários. suahush vamos lá.



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Assim que o sinal indicou que era hora de ir embora, saí da sala meio apressada. Fui parada pelo meu ansioso namorado.

-Vamos? - ele chamou.

-Vamos. Que horas é a sua psicanálise?

-Tipo, agora. - ele sorriu.

-Então vamos. 

Nós entramos no carro dele. Ele levou a mão para ligar o rádio e o fez. Vi que tocava Angel, logo me lembrei de Brandom e um sorriso tomou conta dos meus lábios.

Blame estacionou o carro em frente á clínica de psicologia e psiquiatria. O lugar tinha uma aura um pouco estranho, era todo branco por fora, mas por dentro parecia ser sombrio, mesmo tendo aquele tom de azul claro. Uma vez eu li que colocam essas cores para não deixar os pacientes ansiosos ou desesperados. Mas ainda assim, tinha uma coisa que deixava até mesmo a mim, apreensiva.

Blame foi até o balcão e falou alguma coisa com a atendente, ela digitou algo no computador e apontou para a porta branca no fundo da portaria. Blame se virou para mim e me chamou. Eu o segui até a porta.

Ao entrar na sala, percebi que era um ambiente mais tranquilizante do que o lado de fora. Era uma sala revestida com pisos de madeira e haviam vários sofás espalhados. Tinham alguns pufes brancos nos cantos e uma mesa de madeira ao fundo. 

Sentado de trás da mesa havia um homem meio calvo que vestia um jaleco branco. Ele sorriu para nós com um sorriso meio amarelado e não muito convidativo, porém simpático.  

-Blame!- ele se levantou - Que bom que veio. 

-Sabe que não tenho escolha doutor. 

-E você sabe que vir, vai trazer uma melhora e tanto pra você. - o doutor fez uma pausa e olhou para mim - E essa? Quem é?

-Minha namorada. - Blame respondeu antes que eu pudesse abrir a boca para fazê-lo.

O doutor pareceu um tanto assustado com a resposta. Ele suspirou e estendeu a mão para mim.

-Sou o Doutor Hermon, trato o Blame desde quando ele fora diagnosticado. 

-Sou Page Watson, namorada dele.  - apertei a mão dele. 

-Então Blame, sentem-se por favor. - ele fez sinal apontando para duas poltronas de veludo pretas que estavam à frente da mesa - Blame, quer começar me contando o que fez essa semana?

-Claro. - Blame se ajeitou na sua poltrona apertando o braço dela com a mão um pouco trêmula - Eu fiquei em casa jogando vídeo game e assistindo filmes. E também falei com a Page no telefone. No domingo retrasado, conheci os amigos dela, e quase tive uma crise mas ela me ajudou. E também falei com a minha mãe ontem a noite. Depois disso, resolvi um cubo mágico.

-Pode repetir a última parte?  - o doutor pediu enquanto fazia algumas anotações.

-Resolvi um cubo mágico, em menos de três minutos.

-Não, - o doutor sorriu - isso você tem facilidade em fazer e sabemos disso, mas você disse que falou com a sua mãe?

-Sim. - Blame escorou na poltrona - Eu me sentei ao lado dela e nós conversamos por meia hora.

O doutor tirou os óculos e apertou os olhos. Ele se inclinou para frente com um grande sorriso.

-Sabe o quanto isso é importante para nós? 

-Foi só uma conversa. - Blame disse.

-Não Blame, fazia semanas que as conversas entre sua mãe e você não passavam de "oi, como foi seu dia? Bom e o seu?". 

-Como sabe disso? 

-Ela me disse, eu mantenho contato com ele Blame, sabe disso. - ele voltou a se escorar na cadeira giratória - Sinto que estamos avançando n seu tratamento. Agora pode me contar sobre sua nova namorada? Você não se importa não é querida? - Ele se voltou para mim.

-Não senhor, não me importo. - sorri.

-Ela se mudou faz um mês, eu acho, ou mais, não sei. - Blame começou - A conheci primeiro no posto de gasolina e depois na escola. Lembra do posto onde eu trabalho não é doutor? - ele levantou a cabeça e o doutor assentiu - Ela virou minha amiga e agora minha namorada. Só isso.

-Ótimo. - o doutor fez mais anotações - E quanto aos remédios? 

-Eu estou tomando. - Blame desviou o olhar quando o doutor Hermon disse "remédios".

-Blame, não minta para mim, somos amigos há tempos certo? 

-Tudo bem. - ele bufou - Eu não tomei desde segunda passada. 

-Por quê? - o Sr. Hermon levantou uma sobrancelha.

-Eu estou bem melhor, sério, acho que nem preciso mais deles.

-Blame, - desta vez eu que falei, segurei a mão dele e suspirei - você não pode ficar sem tomar remédios assim. 

Ele olhou para baixo e apenas balançou a cabeça, parecia triste, talvez decepcionado consigo mesmo, ou quem sabe comigo por ter dito isso a ele. A todo momento todos cobravam muito dele, o tempo todo, devia ser difícil suportar tanta pressão. 

-Desculpe doutor. 

-Tudo bem. Olha, eu preciso conversar um pouco com a sua namorada, posso? 

-Claro. 

-Ótimo, a senhorita Genrer tem alguns remédios novos para você, pode ir até o balcão e pedir a ela. 

Blame se levantou e saiu. Fiquei na sala quente, sozinha com o psicanalista do meu namorado, nunca imaginei que um dia isso aconteceria.

-Então, senhorita Page, temos muito o que falar.


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Notas finais do capítulo

Então? Oo suahsaushauhs



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