O Rapaz Do Parque escrita por Hadassa Nery


Capítulo 1
One-Shot




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Era uma tarde de sexta-feira úmida. O sol radiava toda aquela praça que circulava um fluxo intenso de pessoas. Num canto metade sombrio, e metade ensolarado, havia um banco. Um banco velho de madeira. Nele estava sentada uma garota. Uma jovem de vinte e cinco anos, cabelo louro, pele suavemente pálida e macia, alta, e magra.

Há alguns centímetros do banco, estava sentando um rapaz. Um homem bonito, esguio, magro, com olhos num tom de verde opaco, que deixava qualquer pessoa boquiaberta. Estava lendo um livro, um livro de Freud. Era muito perceptível que ele também era intelectual.

A jovem admirou cada traço do rapaz. Sempre fora apreciadora de bons livros e pessoas inteligentes. Não conseguia parar de fitá-lo, com sua beleza radiante.

-Você gosta de Freud? - A jovem tomara coragem para falar com o rapaz.

- Sim, é meu autor preferido. Sempre admirei a sua forma de escrever, e sua inteligência perspicaz. - O jovem agora olhava diretamente pro rosto da garota.

-Eu também tenho uma forte afeição por seus livros, e seus respectivos gêneros. - A garota estava se sentindo cada vez mais deslumbrada pela aparência dele.

-Também sempre fui um grande fã de livros de Aristóteles, Thomas More, Lewis Carroll, Heidegger, e Karl Marx.

-Ah claro, são realmente bons. - Ela estava incrédula, pois nunca havia visto alguém que possuía um gosto tão refinado pra esse tipo de literatura.

A jovem não conseguia cair em si, que estava a poucos centímetros de uma pessoa de tal beleza deslumbrante, e uma inteligência admirável. Os dois continuaram conversando por horas. Ela nunca havia conhecido alguém com tal álibi sobre assuntos diferenciados. Também nunca havia visto antes um rapaz de tamanho respeito.

-Sabe, a minha citação preferida é aquela que diz: ''Se compreendêssemos, nunca mais poderíamos julgar'', de André Malraux. - Ele agora estava sério, e ela estava enlevada por tamanho conhecimento.

Naquele momento, um outro rapaz estava vindo em direção ao banco. Com uma aura feliz, era perceptível a qualquer um. Ele também era bonito. E agora havia chegado no local. O rapaz que estava sentado ao seu lado, e que ela julgava tão inteligente, se levantou, abraçou e beijou o outro rapaz, mas só depois de algum tempo ela havia caído em si. Ele era homossexual, e sua citação preferida é aquela em que devemos entender o que passa ao nosso redor antes de julgarmos, sem ter algum conhecimento prévio. Ele ainda continuava a ser inteligente e uma ótima pessoa de inaudita personalidade. E era uma pessoa normal, assim como muitas outras.


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