A 6ª Parada: Dunkin’ Donuts 

Entramos no estabelecimento ainda molhados. Sam e Dean pingavam e as calças molhadas já tinham encharcado os bancos do Impala. 

- Quero três donuts de chocolate, um de morango, dois de doce de leite e três cafés tamanho grande – eu disse para a atendente. 

Depois de pegar nosso pedido, fui até a mesa e começamos a comer. 

- Que horas são? – Sam perguntou.  

- 5 da manhã. - Dean olhou no celular. 

- Alguém já ta sóbrio? – Perguntei.

Dia seguinte, no Motel Sunset... 

Eu estava deitada de bruços na cama de casal quando acordei. Olhei em volta e vi Sam deitado ao meu lado só samba-canção. Passei a mão no rosto. Descobri que tinha babado. Levantei com um pouco de esforço e fui procurar por Dean. 

- Dean. – Eu chamei enquanto esfregava a cabeça. 

Fui até o banheiro e ele estava deitado, dormindo na banheira. Eu sorri. Quando me virei para voltar até o quarto eu acidentalmente me vi no espelho. Meu cabelo estava sujo e despenteado, minha blusa xadrez antes azul agora era marrom. O mesmo com a minha calça. Olhei pro meu relógio de pulso. Parado. 

Olhei para Dean. Sua calça estava úmida e suja. Fui verificar Sam. 

- Meu Deus, espero que metade do que eu tenha feito tenha sido só em sonho. – Eu pedi e me joguei na poltrona.

Estávamos colocando as malas no porta-malas do Impala. Ninguém tinha dito uma só palavra sobre o que tínhamos feito na noite anterior. Dean e Sam estavam com uma cara horrível de ressaca. Eu estava com uma enxaqueca digna de um dia inteiro de cama. 

O sol de meio-dia sobre as nossas cabeças só piorava as coisas. 

- Nunca mais quero voltar pra essa cidade – Dean comentou quebrando o silêncio. 

- Eu nunca mais vou beber. – Sam disse tacando a mochila dentro do carro. 

- E eu nunca mais vou numa casa de stripe. – Eu acrescentei. 

Nós nos olhamos, silenciosos, até que começamos a rir sem controle. 

- Essa foi a melhor noite da minha vida – Sam desabafou. 

- A gente devia fazer isso mais vezes – comentei. 

- É, nenhum de nós teve uma noite de sexo selvagem mas acho que valeu a pena. – Dean gargalhou. 

É isso que tornava tudo especial. Não precisávamos de alguém, só de nós mesmos, uma garrafa de vodka e um Chevy Impala 67.