Tem Alguma Coisa No Armário? escrita por Gato do Mal


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Tem alguma coisa no armário que você não quer que eu veja?



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Era uma noite como outra qualquer, meu pais tinham ido em uma festa na casa do vizinho com minha irmã pequena Diana. Eu? Não sou muito sociável e estava de castigo, tinha que arrumar o meu quarto ( meu e de minha irmã, costumávamos dividir), comecei pelo chão, tinham vários brinquedos da Diana espalhados, até que eu vi uma boneca, ela havia sido feita sob medida para minha irmã em um natal, ninguém sabia quem havia dado, ela só estava lá embaixo da árvore após uma grande festa, não havia nome na caixa, mas ficamos com ela mesmo assim.

A boneca era a cópia exata da minha irmã, porém estava totalmente destruída, faltava um olho, o braço estava todo arranhado, a boca havia sido... Costurada e tinha uma aparência repugnante. Diana era um pouco psicótica com os brinquedos então achei tudo normal, muito bem, peguei a chave do armário dela (minha irmã era esquisita, trancava o armário e escondia a chave em um lugar que ela achava que eu não sabia onde estava), guardei a boneca e logo fui arrumá-lo, abri algumas gavetas e lá encontrei papeis muito estranhos, alguns estavam escritos mensagens que diziam: Socorro! Ela não é quem parece!, mas imaginei que eram apenas pegadinhas que Diana gostava de aprontar... Pensando bem ela era bem psicótica...

Joguei os papéis fora,já que me assustaram um pouco, mas continuei arrumando, até que... No fundo do armário achei algo que me fez estremecer.

Uma enorme poça de sangue seco e marcas de mãos ensanguentadas nas paredes foi o que avistei. Eu nunca havia aberto o armário de minha irmã... Será que estava ali à muito tempo?

Jogadas no chão haviam cordas ensanguentadas como se algo, ou alguém, tivesse sido amarrado e estraçalhado dentro daquele compartimento, aquilo me deixou paranoica, pensei em ir à casa dos vizinhos falar com meus pais mas eles provavelmente não acreditariam em mim, como sempre.

Não conseguia mais arrumar e só fiquei lá, parada, olhando para a poça enquanto milhões de pensamentos obscuros se passavam por minha mente, pensei em revirar mais o armário para achar a resposta, mas ficava pensando no que mais eu poderia encontrar...

Naquele momento, Diana entra em casa, não queria que ela soubesse de nada, aquilo poderia deixá-la traumatizada para sempre, assim como eu tinha certeza que ficaria, rapidamente fechei o armário e saí para recebê-la

– Oi Di! - Falei, tentando transparecer que nada havia ocorrido, porém, aquelas imagens se repetiam e repetiam em minha mente de tal forma que não consegui esboçar um mísero sorriso, gostaria de saber o que aconteceu, mas ao mesmo tempo, tinha medo de quais seriam as respostas...

– Oi, o que aconteceu? - Perguntou minha irmã

– Nada! Porque não está na festa?

– Estava frio, vim pegar um casaco no armário...

Estremeci! Eu não poderia deixá-la ver - Ok, deixa que eu pego para você!

– Que nada, eu pego!

– Não! deixa que eu pego Di!

– Porque? Tem alguma coisa no armário que você não quer que eu veja??

– Não!!! - eu disse, minha insegurança estava tão grande que não conseguia parar de tremer - eu pego!!

– Tem alguma coisa no armário que você não quer que eu veja? - Diana falou em um tom mais sério do que o normal

– Não - eu tremia cada vez mais

– Tem alguma coisa no armário que você não quer que eu veja? - a voz dela ficava mais grossa e mais obscura a cada palavra

– Nã...

–Tem alguma coisa no armário que você não quer que eu veja? - Ela gritou, não parecia Diana, aquela garota meiga que costumava conhecer

– O que aconteceu Diana? - perguntei extremamente assustada

– Você abriu o armário??? - Diana gritou com uma voz absurdamente grave. Se conseguia sentir o que estava acontecendo, minha irmã tinha feito aquilo? Não podia ser verdade... Nisso, ela me empurrou com uma força brutal, subiu as escadas e foi diretamente para o quarto, abriu o armário e viu que estava todo revirado, com a enorme mancha de sangue à mostra, nesse momento Diana deu um urro feroz e desceu as escadas, o cólera transbordava de seu corpo magro, ela me olhou fundo, me estapeou com uma força que eu não imaginava que ela tinha e me disse com aquela voz que tanto me perseguia- O que você sabe?

– Como assim? - Eu disse rapidamente, lacrimejando de pavor, vários pensamentos vinham na minha cabeça e o pior deles, era o mais provável - Você matou alguém, Diana?

– Eu não matei ninguém - Ela disse com um sorriso sádico e macabro nos lábios - Ela ainda está viva!

– Ela? Ela quem?

– Diana...

Passei de assustada para paralisada... Comecei a analisar o que havia visto e percebi algo que já deveria ter percebido à muito tempo!!

– Quem é você?- perguntei

–Como assim? - Ela disse - Você já me conhece à muito tempo!!!! Já brincamos muitas vezes!! Desde aquele natal!!!

...

– Onde voce guardou a minha irmã?

– Eu não sei, você acabou de guardá-la?

– A boneca! Você é a boneca!

– Muito bem! Imaginei que teria descoberto antes, mas meu disfarce foi realmente muito bom!

Amedrontada e quase paralisada, tentei correr escada acima, ela me empurrou para trás e me deu um tapa forte

– Não não não... - ela disse desdenhosa enquanto balançava a cabeça negativamente

Tentei mais uma vez e dessa consegui, subi as escadas, abri o armário, peguei minha irmã e pulei pela janela, nisso escutei a boneca gritando logo atrás, ela estava correndo enfurecida atrás de mim, continuei correndo, tentei ir à casa do vizinho avisar meus pais, mas a boneca me alcançou, puxou meus pés e tentou me apunhalar com uma faca que havia pegado, eu desviei, peguei a faca e cortei a cabeça da boneca, peguei Diana , cortei as costuras da boca com a faca, e ela disse:

– Mana? - disse Diana completamente acabada, sua voz saiu quase como um suspiro, extremamente baixo e rouco - você me salvou!

– Está tudo bem agora Di!- eu disse enquanto abraçava minha verdadeira irmã, chutei aquela maldita boneca para longe e fui paa a casa do vizinho, mas antes de chegar lá, ouvi uma risada, era a boneca!

– Não se mata um brinquedo arrancando sua cabeça! - disse aquela criatura enquanto tentava encaixar a cabeça de volta

– JÁ CHEGA!!! - eu gritei enquanto atirava a faca na direção da boneca, a faca atingiu seu coração, ou seja lá o que tivesse lá, e a fez explodir e virar poeira na hora - finalmente! - disse enquanto abraçava minha irmã - vamos ver a mamãe!

entrei na casa dos vizinhos, e da porta de entrada pude ver, meus pais, os vizinhos, todos, haviam sido esfaqueados até a morte...


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Notas finais do capítulo

História real se gostou comente que tosco, se n gostou comente amei!!!



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