Quando O Sol Se Encontra Com A Lua escrita por Duda Vasconcelos


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo




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Quando O Sol Se Encontra Com A Lua

One Short, Apotemis 

Levantei a mão para as caçadoras, elas subiram Colina Meio-Sangue, levando consigo seus arcos e flechas prateados. Não perdi tempo, fui para o Olimpo, somente com um estralar de dedos estou lá, passo por meio dos corredores amplos, e desço as longas escadarias, e me encontro assistindo uma cena inusitada, Athena, a deusa da sabedoria subindo as escadarias com uma pilha livros nos braços, até ai tudo bem, mas Poseidon está indo atrás dela falando coisas sobre Percy e Annabeth, sobre o pequeno bebê que está para chegar, todos os deuses sabem que isso era apenas uma desculpa para Poseidon ficar mais perto de Athena, que agora se encontra cada vez mais amiga do mesmo, acho que isso é horrível, claro que é! Minha irmã é uma deusa casta, não pode nem sonhar em ter a companhia de homens. Continuei a descer as escadarias longas, que pareciam não ter fim, finalmente chego ao andar dos templos, ando calmamente pelas ruas de pedra, e admirando as construções de mármore, desde que cheguei ao Monte Olimpo não me canso de admirar os palácios feitos para a moradia dos deuses. Chego ao meu, cuja tem um jardim farto, em flores, e árvores frutíferas, que deixaria a própria Deméter com inveja. Olho para a casa que fica de frente com a minha, uma construção de mármore branco que chegava a me cegar com seu brilho, o jardim tinha uma grama mal cuidada, e a inscrição que estava na frente de seu palácio era de um arco dourado, meio brilhante, ele estava em alto relevo. Levo um susto ao ver a porta se abrindo, Apolo, ele sai com uma mulher perfeita, pele morena, cabelos negros, com olhos verdes, provavelmente uma ninfa. Não sei porque, mas por um momento me vejo com lágrimas nos olhos, e quando me viro para entrar em meu templo, sinto braços quentes envolvendo minha cintura.

-Algum problema maninha? – Pergunta.

-Não de maneira alguma... – Digo com uma voz mansa e calma, me confortando em seus braços fortes. Pera aí OQUE ESTOU FAZENDO? –  ME SOLTA! – Ele me abraça ainda mais forte, não me sinto sufocada apenas um calor que o corpo dele transmite, por mim eu ficaria a eternidade em seus braços,  ele é meu irmão, isso é errado! – COMO POSSO AMAR MEU PRÓPRIO IRMÃO!? – Eu olho para Apolo e para o templo que fica ao meu lado, o Jardim de Athena,  Poseidon está nos olhando os livros que vi ele segurando nas escadas estavam no chão, Zeus, meu pai está vermelho como um tomate nos olhando como uma fera prestes a nos destroçar ali mesmo. Athena sai de seu Templo, ela encara a pilha de livros no chão.

-POSEI... – Ela desvia o olhar para meu pai, ela se recompõe, a coluna assume uma posição rígida e reta. Ela se aproxima do deus dos raios, e o cutuca, ele parece imóvel assim como Apolo ela me envolvendo entre seus braços, mas por algum motivo não consigo sair dali do conforto de seus fortes e musculosos braços que me faziam sentir-me segura mesmo sabendo que a fúria do meu pai poderia me matar agora mesmo apenas com o indicar de um dedo. – Pai? –Ela se volta para Poseidon. – Eu perdi alguma coisa, Poseidon?

-Se você me beijar eu te conto... – Disse o senhor dos mares com um sorriso malicioso no rosto.

-Não aconteceu nada! – Eu digo me soltando dos braços de Apolo, e indo em direção ao meu templo pretendendo assim me cobrir num ninho de cobertas e chorar até meu pai sair de seu estado de choque e esperar que sua esposa Hera, o faça me matar, que fim detestável! Quando me dou conta mãos calejadas me puxam de volta.

-Espere! – Dizem Apolo, mas percebo que outra voz o acompanhou a voz do meu pai, esperava  que minha vida durasse mais...

-Você se declarou para mim! – Disse Apolo.

-Você quebrou seu voto de castidade. – Disse Zeus.

-Eu... Eu... – As palavras não saem. Saio aquele jardim, como uma menina medrosa, que é mandada para cima enquanto o pai briga com o namorado safado, daria uma cena de filme perfeita só que Zeus nunca foi um pai pra mim nunca, ele passava tempo com sua mulher e suas amantes inclusive minha mãe era uma delas. Subo as escadas quase caio nos últimos cinco degraus, e entro no quarto caindo na cama, choro rios que nem mesmo Poseidon poderia deter, enfio a cabeça num travesseiro na tentativa de abafar o choro.

-Ártemis... –Diz a voz do deus do sol. Levo um susto viro para ele me levantando.

-Sai daqui... Por favor. – Eu imploro.

-Ele não vai te fazer nada! Por enquanto... Poseidon e Athena estão segurando ele. – Ele fala serio e como tudo que é bom acaba rápido ele apela para o deboche. – Então você me ama?

-Quer saber! Eu te amo sim, tantos séculos que passei longe de você, por você eu abriria mão da castidade... Mas a questão é você abriria mão de suas festas, suas farras, suas diversas mulheres que você descarta com facilidade, será que serei como elas? 

-Árt... – Ele diz.

-Eu entendo que sou magra, pálida e tenho uma aparência doentia, mas... Eu vou entender se você escolher as outras...

-Árt... –Repete ele.

-Volte pra elas! – Eu empurro seu peito.

-Ártemis eu te amo como nunca amei nenhuma mulher em todas as eras, você sempre foi a minha amada, a mulher que eu tentava esquecer, quando eu me deitava com as outras eu pensava em seu corpo, seus cabelos, seus olhos, e seu sorriso único. Você é linda, seu corpo é perfeito, eu ficava com outras para ver você nelas. Mas você é única, perfeita, verdadeira, guerreira e única... Eu também te amo, como nunca amei ninguém. 

-Apolo você sabe oque teremos de enfrentar? Deuses tentando nos matar... – Eu falo, mas sou interrompida ele coloca o dedo indicador na minha boca impedindo as palavras de saírem. 

-Nada mais importa nós vamos dar conta! – Ele me beija, esse era o começo do NÓS.


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