Only escrita por NoMore


Capítulo 11
Primeiro Beijo


Notas iniciais do capítulo

não resisti, assim que a ideia veio em minha mente, tive que postar esse capítulo. Espero que gostem!
Boa Leitura :)



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Ashley e Jackson saíram pela manhã, eu e Nico sairíamos no final da tarde.

Todo o chalé de Afrodite simplesmente virara a cara para Ash, e por mais que ela dissesse que não se importava estava na cara que estava magoada. Eu corri para ela e a abracei forte

–Ah, eu vou sentir tanta saudade de você, Ash - sussurrei ainda apertando-a firme em um abraço

–Eu também Mel - ela murmurou.

Depois de ficar um longo momento abraçada a Ashley, dei um aceno para Jackson e esperei eles entrarem no carro da mãe de Jackson para sair dali. Quando virei-me deparei com Nico.

–Oi - sorri.

–E aí, Mel? - ele mordeu os lábios e bagunçou meus cabelos.

Descemos a colina rindo e conversando ele contou que as coisas dele já estavam arrumadas e pediu se as minhas já estavam,neguei com um aceno de cabeça.

Como o acampamento estava muito vazio, eu e Nico ficamos a tarde inteira praticamente sem ter nada pra fazer. Sentamos na praia e comemos doces contrabandeados pelos filhos de Hermes.

Jogamos tanta conversa fora que quando me dei por conta, o sol já se punha. Corri para o meu chalé e joguei as primeiras roupas que vi na frente na mesma mochila de quando cheguei no acampamento. Arrumei meus cabelos e dei um rápido tchau para os meus irmãos que ainda estavam aqui.

Encontrei Nico novamente no topo da colina, os seus cabelos estavam bagunçados por causa do vento, ele acenou para mim e fez gesto para mim me apressar. Iriamos pegar carona até um aeroporto com uma filha de Apolo, puxa, como aquelas crianças eram legais.

–Tá atrasada. - Nico disse entrando no carro logo após eu.

~

A viajem foi super divertida. A filha de Apolo se chamava Jane e tinha apenas onze anos de idade. Seus cabelos eram de um tom de loiro fraco e compridos, caindo em uma cascata de delicados cachos, seus olhos eram de um marrom intenso, era estranho, mas eu não conseguia falar com ela sem olhar para aqueles olhos bem delineados e perfeitos.

A mãe da criança era muito parecida, era minúscula, como uma fada, tinha os cabelos - também loiros - em uma trança escama de peixe e tinha um belo sorriso. Seu nome era Claire.

–Ah, que belo casal - Ela disse olhando pelo retrovisor para mim e para Nico. Nós nos entreolhamos desconfortáveis

–Sabe o que é Sra... ? - Nico começou

–Ah, me chame de Claire.

–Como quiser. Então, Claire, na verdade eu e Melanie nao somos... namorados

–É, nada a ver - concordei com Nico.

–Ah, não. Desculpe eu imaginei que... - Ela balançou a cabeça ligeiramente e voltou a nos olhar. - Se me permitem, vocês formariam um belo casal.

Pigarrei, novamente desconfortável e dei um sorrisinho envergonhado para Claire, Nico olhou para a janela fingindo totalmente distraído.

Nesse momento ouvi o sussurro de Jane:

–Ai, mãe que mico - ela sussurrou colocando a mão no rosto.

Nos despedimos de Claire e sua adorável filha, ela fez questão de parar bem em frente ao aeroporto e acompanhar-nos para comprar as passagens aéreas. Depois esperou com nós por alguns minutos o voo chegar, então pareceu se dar conta da hora e disse:

–Ah, desculpe, eu nem percebi o horário. Crianças, eu vou ter que ir - ela disse com um ar de desculpas e olhando afetuosa para mim - Eu tenho uma apresentação de piano daqui pouco tempo e ainda tenho que me arrumar e arrumar minha Jane.

–Não tudo bem - garanti a ela - Eu e Nico esperamos aqui.

–Mesmo? Olha, eu fico preocupada com vocês e...

–Não, não. Acho que podemos aguentar meia hora sem sermos atacados por monstros.

–Vocês estão em São Francisco - ela nos lembrou mordendo os lábios nervosa.

–Escute, Claire - Nico interveio - Vá tranquila. Sério, a gente se garante por aqui.

Claire me abraçou e abraçou Nico rapidamente, então nos murmurou um rápido tchau e saiu apressada quase arrastando Jane atrás que mal pode nos dar um tchau.

Eu e Nico não nos falamos muito depois daquele momento desconfortável com Claire. Parei numa lanchonete do aeroporto e pedi dois cafés então eu e Nico sentamos em uma mesa. Bebericamos nosso café em silêncio, Nico fingia olhar para frente mas eu podia sentir seu olhar em mim as vezes. Eu também fazia isso. Eu queria perguntar se ele ainda estava desconfortável com aquela situação, mas eu não sabia como.

–Então - Nico disse olhando para o copo em sua mão - Seu pai já sabe que eu estou indo de intrometido?

–Não, não sabe. - Disse olhando para o meu copo também.

–Olha, ficar em São Francisco deve ser mais fácil do que chegar lá, na sua casa. Seu pai vai pensar o mesmo que a Claire.

Revirei e os olhos e ri.

Ficamos em silêncio novamente, e isso estava se tornando desconfortável. Graças aos deuses ouvimos a chamada do nosso voo e corremos direto para ele.

Sentamos na nossa poltrona. Nico puxou seu telefone, o que era quase uma coisa impossível para um semideus, porque é pior do que você sair na rua com um enorme cartaz escrito: "Ei, eu sou um semideus sozinho aqui em São Francisco, venham me pegar monstros" Eu o olhei e arquei as sobrancelhas:

–Não vai ser legal você usar isso aqui.

–Tanto faz - ele murmurou. Nico conectou os fones a seu telefone e depois colocou um fone em seu ouvido e outro no meu. Depois sorriu de leve para mim e fechou os olhos.

Eu fiquei o observando que nem uma retardada, até perceber que sua respiração ficou fraca, o que significava que caíra no sono, então suspirei e lentamente apoiei a minha cabeça no seu ombro, até adormecer.

~

Acordei com o sussurro de Nico ao meu ouvido:

–Mel, acorde, chegamos - ele sussurrava.

Piquei rápido e bocejei, perguntei-me por um instante onde estava, olhei em volta e percebi que os passageiros desciam. Olhei para Nico novamente e ele riu.

–Vamos, Bela Adormecida.

Não consegui sorrir direito, porque estava cansada demais, e sorrir parecia exigir esforço, deixei Nico puxar meu braço e me guiar por mais da metade do aeroporto, a noite já caíra e o local estava pouco frio.

Eu parecia uma morta transitando pelo aeroporto, eu estava completamente grogue de sono, parecia literalmente chapada. Só acordei de verdade quando encontrei meu pai. Ele olhou para mim e deu um enorme sorriso, depois olhou para Nico com uma expressão estranha, olhou para mim com uma cara de: "Você está namorando?" Bufei e corri na direção dele, dando-lhe um abraço forte, me sentindo uma criança de dez anos.

–Pai - sussurrei quase chorando - Ai, pai! Que saudade!

Ele me apertou forte e sussurrou no meu ouvido: "Quem é ele?"

Me desentrelacei do abraço e apresentei Nico a meu pai:

–Bem, pai esse é Nico di Ângelo e ele é um amigo muito querido que eu convidei para passar as férias conosco - disse, as palavras saindo num jato de minha boca. Suspirei no final da frase esperando uma reação dos dois homens. Nico me lançou um breve olhar e então olhou para meu pai estendendo a mão:

–Olá, senhor Steve, é um enorme prazer em conhece-lo.

–Pra você é Sr. Horan - meu pai o avisou apertando sua mão e fazendo um gesto de "to de olho em você", nesse instante meu rosto queimou de vergonha, papai nos deu as costas e eu e Nico o seguimos.

–Ah me desculpe por isso Nico - sussurrei, assegurando-me de que meu pai não ouvira. - Ele é meio dramático.

–Não tem problema - Nico disse tirando a minha mochila de minhas costas e carregando para mim sem eu se quer pedir.

Quando chegamos em casa, já se passavam das dez horas, meu pai havia pedido comida chinesa e a casa parecia mais arrumada do que nunca, que não consegui segurar o "uau" quando chegamos.

Meu pai mal conversou comigo, eu falava, falava, falava, mas ele ficava olhando para Nico e a maioria das perguntas era para Nico como: "Quantos anos você tem, garoto?". E acho que é importante mencionar de cada dez perguntas que meu pai fazia, nove acabavam com a palavra "garoto" acho que para dar um ar de durão.

Nico respondeu calmo e educadamente cada pergunta de meu pai, e quando disse ser filho de Hades, os olhos do meu pai brilharam, ele chegou a deixar seu Yakisoba de lado por um instante para escutar a história de Nico.

Logo após eu tomar banho, quando estava saindo de meu quarto para ver televisão na sala com Nico, meu pai me apartou no pequeno corredor do apartamento e sussurrou:

–Melanie, gostei do seu namorado - ele disse fazendo um sinal de "positivo" e piscando.

–Pai! - reclamei - Ele não é meu namorado. Já falei pra você... Somos APENAS amigos.

–"Apenas" - ele disse fazendo aspas.

–Pai!

–Boa noite, pitoca - ele beijou o topo de minha cabeça. - Vou deixar a casa mais a vontade pra vocês!

–Chega, Pai! Agora, chega. Boa noite, Boa noite... Durma bem

O expulsei e corri para a sala, quando cheguei pulei no sofá ao lado de Nico

–Fala, boneca - ele disse sorrindo para mim

–Fala, grandão! - nós rimos.

Apanhei o controle da televisão e passei pelos canais rapidamente. Parei em um filme de romance, que não me lembro o nome, sei que a história me interessou e em quinze minutos de filme eu já estava chorando.

–Olha isso - funguei - esses filmes malditos só nos iludem

Apontei para tevê, onde o casal principal estava se beijando loucamente.

–Porque ? - Nico perguntou

–Ai, seu insensível - reclamei. - Olha isso. Quando isso vai acontecer comigo?

–O Beijo? - ele perguntou.

–Não... não exatamente é que...

–Melanie, você tá apaixonada? - Nico me interrompeu e eu olhei para ele com o olhar confuso - Porque parece muito

–Por favor, homens são tão insensíveis!

–Então, você tá querendo dizer que nunca beijou alguém?

–É, nunca - admiti - É que na verdade... Quem iria gostar da garota estranha da escola? Sabe? Eu era uma menina meio que excluída de todas, era quase como se eu fosse invisível. Só se lembravam de mim quando eu saia da escola "misteriosamente" expulsa.

Suspirei tristonha e Nico ficou em silêncio, olhei para ele, ele estava me encarando estranhamente.

–Que? - perguntei

Ele se inclinou para mim e segurou meu rosto com as mãos macias, meu coração acelerou, seus dedos acariciaram carinhosamente meu rosto quente e eu me inclinei para ele.

Nossos lábios se aproximaram lentamente, ambos hesitando, ambos com medo. Então eu deixei, Nico avançou em mim um pouco mais rápido e quanto vi, ele estava me beijando, eu cedi. Retribuindo o beijo.

Quando nossos lábios se separaram, nossas testas ficaram encostadas, as respirações ofegantes, eu pisquei rápido e arfei. Então me levantei e fui correndo para meu quarto, ignorando Nico atrás de mim. Fechei a porta na sua cara, não sendo rude, mas fraca o suficiente para não conseguir encarar o seu rosto.

–Mel - ele sussurrou na porta. Apurado - Mel por favor, me desculpe, eu não... Eu não deveria ter feito isso.

Atirei-me em minha cama, e inexplicavelmente comecei a chorar. Fechei meus olhos assim que deixei um soluço escapar, e pensei no quanto queria Ashley comigo agora.


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam do capítulo, estou aceitando sugestões também!



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