Dália amassou o bilhete e jogou-o por cima do ombro.

–Então por onde começamos?-disse a garota sorrindo com o desafio.

Os tributos e estenderam o mapa sobre uma pedra lisa e se amontoaram ao redor dele.

–Bem,nós estamos aqui- começou Paloma,apontando com dedo indicador o centro do mapa onde havia algo dourado com a legenda cornucópia(Seja lá quem for que fez o mapa,não sabia desenhar .A cornucópia me parecia uma mistura de saxofone com uma girafa grávida.Ou qualquer outra coisa MENOS uma cornucópia).

–E esses rabiscos verdes devem ser a floresta dos esquilos psicóticos.-disse Jeff sabiamente.

–E esses trequinhos pontudos devem ser aquelas montanhas ali- comentou Leon com todo o seu conhecimento gramatical.Ele poderia ter dito “ e essas gravuras devem indicar aquela formação rochosa adiante”,mas não...Ele tinha que usar a palavra “trequinhos” (eu nem sei se existe essa palavra) e me fazer parecer burro!

Dália olhou fixamente para o mapa havia pontos indicados por todos os lados.Havia um pontinho marcado como cornucópia e outros tantos outros .Como a “ floresta da danação” (não,o nome não era floresta dos esquilos psicóticos),”o nariz do dragão “ (que era uma formação rochosa em forma de dragão,que originalidade!),”multidões de labirintos”,”a pedra do reino”(n/a:eu gosto de rei leão ♥) ,”os portões de Orfeu” e tantos outros minúsculos pontos.

Mas,a garota percebeu que não haviam linhas azuis indicando possíveis rios ou lagos e nem pontos indicando-os.O lago estava seco.E se aquela fosse a única fonte de água da arena?Jake pareceu ter percebido o mesmo.

–Vocês estão vendo algum lago ou alguma coisa assim?-perguntou ele.

Examinaram milimetricamente o mapa e encontraram....Absolutamente nada.

–A gente vai morrer!-gritou Toni.Até eu que estava apenas assistindo pacificamente em minha cela/quarto na capital(longa historia,vou explicar depois) estava começando a ficar com raiva daquele garoto.

–Para de ser dramático criatura!Como você é chato.-gritou Leon para ele.

–Sim.Vai dar uma volta para esfriar a cabeça.-disse Jeff dando empurrando,o que fez com que o garoto tropeçasse em um galho seco e rolasse para dentro do leito seco do lago.

–Toni! Porque você fez isso seu babaca?-gritou Shanow dando um tapa da parte de trás da cabeça de Jeff e correndo atrás do garota mala estatelado no fundo.

–E não entendo como você e a sua irmã podem ser tão diferentes- disse Brisa.

–Pois é.Acho que fiquei com toda legalzisse.-respondeu Felipe

–Essa palavra não existe!-disse Shanow enquanto subia de volta com Toni apoiado em seu ombro.

–Você só acha que não existe porque você não é legal- retrucou Felipe mostrando a língua.

–Ora seu...-começou Shanow e pulou em cima dela mordendo e socando enquanto ambos rolavam pelo chão seco.

Esse me parece um bom momento para fazer uma observação.Ninguém consegue de deixar tão louco quanto um irmão.NINGUÉM.Nem amigo,nem inimigo.Acredite,experiência própria.

–Parem com isso –disse Paloma separando a briga-temos coisas mais importantes para pensar agora.

–Como, por exemplo, em não morrer. -concluiu Jeff.

–É.Morrer é muito chato.-afirmou Leon.

–E como nós vamos “não morrer”?-perguntou Ramona sarcasticamente.

–Pra começo de conversa nós deveríamos achar água.-disse Jeff.Concordo que não tenha sido um comentário muito esperto,mas é bem melhor do que todos os outros que ele fez até agora.

–Deixa eu ver essa coisa!-disse Toni pegando o mapa.-o que são estas letras?

–Está de ponta cabeça seu imbecil!-disse Felipe batendo com a mão na própria testa -Shanow! Manda o seu namoradinho devolver o mapa!

–Ele não é meu namoradinho! –gritou a garota,suas bochechas estavam coradas.

–Eu sei o que estou fazendo! –afirmou o garoto.

Ele girou o mapa de um lado para outro olhando-o de todos os ângulos possíveis.Até que levanto-o acima da cabeça.

–Para!-gritou Robert.O rosto de todos os tributos se voltaram para ele com expressões de duvida -me da esse negocio.

Robert aproximou-se do garoto e retirou o mapa de suas mãos.

–Não estão vendo nada certo?Pois olhem agora!

Robert levantou o mapa acima da cabeça como Toni havia feito deixando o num ângulo em que o sou atravessava o pergaminho fino revelando dezenas de linhas azuis na ponta do mapa logo atrás dos “trequinhos pontudos”, quer dizer, logo atrás das montanhas. Lá havia um pontinho preto onde estava marcado como Flagetonte.

–Eu sou um gênio!-exclamou Robert.

Os tributos arrumaram o pouco que tinha rapidamente.

–O caminho mais rápido me parece por aqui. –disse Paloma apontando para o pontinho intitulado “Os Portões de Orfeu”.Eles caminharam pelo que pareciam horas seguindo fielmente as instruções do mapa.

Ao que parecia o mapa não levava a lugar nenhum. Pois,onde deveriam estar os tais portões encontraram apenas uma parede de pedra solida.