Tu Eres Para Mi. escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 40
Capítulo 40 Penúltimo


Notas iniciais do capítulo

Hey! Eu sei que demorei, mas eu tive um probleminha com a internet, mas estoy aqui. Como podem ver o capítulo está enorme, e por isso peço muitos reviews :D Espero que gostem de verdade.

AGORA EU QUERIA AGRADECER POR TER RECEBIDO DUAS MARAVILHOSAS RECOMENDAÇÕES, A PRIMEIRA FOI FEITA PELO "Vini" E A SEGUNDA FOI FEITA PELA "Paradise", QUERIA AGRADECER A VOCÊS DOIS, E DIZER QUE FIQUEI MUITO FELIZ, EU ESTAVA MEIO DESANIMADA COM O BAIXO NUMERO DE REVIEWS, E AS RECOMENDAÇÕES ME DERAM UM ÂNIMO, OBRIGADA.



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Pov’s Violetta

–Violetta? –Ele perguntou novamente, Leon parecia pasmo.

–Não acredito que está aqui. –Ele disse se aproximando, e quando ele chegou perto o suficiente para receber um abraço, a raiva se misturou com a minha tristeza, e comecei a estapeá-lo sem dó.

–Você termina comigo me deixa em casa sozinha aos prantos, sai para se divertir, fica bêbado, aparece em plena madrugada na delegacia, e ainda quer que eu te abrace? –Eu disse.

–É que...... eu não queria.....as coisas não são assim. –Ele disse tentando se explicar. –Por favor me dá um abraço, ontem eu fiquei bêbado pela primeira vez, eu estou angustiado, eu estou perturbado, confuso, olha ao nosso redor, eu nunca me imaginei preso, Vilu eu estou com medo, estou assustado, por favor me dá um abraço? –Ele perguntou com os olhos marejados.

Leon estava assustado com tudo isso, dava para ver. Ele permaneceu parado a poucos centímetros de distância de mim, dei um passo à frente e meu rosto deu de cara com seu peito, elevei meu rosto para poder olhar em seus olhos, abracei Leon da melhor maneira que consegui, e ele retribuiu de uma forma carinhosa, o cheiro de bebida não estava tão forte, mas era capaz de sentir com a nossa proximidade.

–Obrigado. –Leon disse contente, aí que reparei com atenção em seu rosto, além das olheiras profundas, Leon havia vestígios de sangue no canto de sua boca, e um pouco na parte esquerda do nariz, pelas marcas que estavam ali deduzi que Leon deveria estar pior antes, mas provavelmente alguém o ajudou.

–Vamos sair daqui. –Eu disse.

–Achei que teria que esperar pelos meus pais, já que sou menor de idade. –Ele disse se encurvando e botando as mãos no bolso.

–Não vai ser preciso, parece que seu caso não é tão grave assim. –Eu disse, e por falar em menor de idade, me lembrei de que o aniversário dele estava chegando, Leon era um ano mais velho que eu, sim eu estava adiantada na escola, seria uma pena que provavelmente não teríamos tempo para comemorar, já que estaríamos estudando para as provas finais.

–Vou te levar para minha casa, meus pais estão no hospital, e tecnicamente você teria que estar lá mesmo. –Ela disse rindo. Chamamos um táxi e fomos para minha casa em silêncio.

Pov’s Leon

–Vem você precisa de um banho. –Ela disse me guiando pelas escadas. –Você acabou deixando suas coisas aqui, sua mala está no meu quarto.

Entrei no quarto dela cautelosamente, minha mala estava aberta ao lado de sua cama, e minhas roupas estavam jogadas em volta, mas uma me chamou a atenção, havia uma blusa minha que estava sobre sua cama, estava levemente dobrada, o que deu a entender que Vilu tinha ficado abraçada com aquela blusa.

–Me desculpe pelas suas roupas, é que eu fiquei com um “pouco” de raiva de você. –Ela disse recolhendo tudo rapidamente. Naquele canto tem o meu banheiro pode ir lá, eu vou preparar algo para você comer. –Ela disse e saiu apressadamente. Comecei a reparar no quarto dela, eu nunca havia ficado lá por muito tempo, ou sequer entrei. Havia fotos nossas em alguns lugares, o lugar era todo rosa e era tudo impecavelmente arrumado, fui tomar meu banho como ela havia mandado, e acabei relaxando um pouco.

Quando saí do banho não demorou muito e Vilu subiu com um prato de sopa, pediu para que eu me sentasse em sua cama. Eu praticamente devorei a sopa, eu não comia a sei lá quantas horas, e ela não parou de me olhar um segundo, estava evidentemente preocupada com meu estado.

–Como se sente? –Ela perguntou preocupada.

–Bem melhor, obrigado. –Eu disse, pude perceber que ela estava com um pequeno quite de primeiros socorros na mão.

–Me deixe limpar isso. –Ela disse virando meu rosto delicadamente e passando um algodão molhado no canto da minha boca, aquilo ardeu demais, porém o toque dela sobre a minha pele me fez relaxar.

–Vilu. –Eu a chamei. –E nós? Como ficamos?

–Não existe “nós” Leon, você terminou comigo. –Ela disse com dificuldade.

–Um grande erro. –Eu disse.

–Conversamos sobre isso depois. –Ela disse. –Agora se deite, você precisa descansar. –Ela disse empurrando meu ombro, fazendo com que eu me deita-se.

–E você vai dormir aonde?

–Bom, o Fede não me deixa entrar no quarto dele, o quarto de visitas está interditado pelas coisas do meu pai, e sem condições de eu dormir no quarto dos meus pais, então me resta à sala. –Ela disse com um sorriso cansado.

–Então fica aqui comigo? –Eu perguntei e ela arregalou os olhos.

–Não! Acho que não é uma boa ideia. –Ela disse assustada.

–Então eu durmo na sala e você fica aqui, eu não vou deixar você dormir no sofá. –Eu disse, Vilu fechou os olhos e suspirou profundamente.

–Está bem, eu me deito com você. –Ela disse nervosa.

–Não vou fazer nada Vilu, além disso, nós dormimos juntos na viagem. –Eu disse tentando acalma-la. Ela se aproximou da cama e se deitou no espaço vazio.

–Na viagem era tudo tão mais simples, era mais fácil. –Ela disse e logo pegou no sono, eu pensei várias vezes em abraça-la, mas achei que não seria o certo, pelo menos não naquele momento.

Pov’s Violetta

Acordei apoiada em algo que com certeza não era meu travesseiro, eu estava com a cabeça apoiada no ombro de Leon, o mesmo já estava acordado e me olhava com ternura.

–Bom dia. –Eu disse bocejando.

–Boa Tarde, já são duas horas. –Ele disse rindo, eu iria me desesperar, mas por sorte era domingo.

–Temos que ir ao hospital ver o Fede e os outros, é claro se você quiser ir. –Eu disse e ele assentiu.

–Espera Vilu! Podemos conversar? –Ele disse me impedindo de sair da cama.

–Claro.

–Sobre ontem, eu errei e errei feio, me falaram uma coisa e eu fiquei com aquilo na cabeça, eu não quero te fazer mal Vilu, e então eu cheguei à conclusão que se estamos separados nós sofremos, e eu indiretamente continuou te fazendo mal. Eu prefiro estar com você e tentar resolver as coisas, do que ficarmos separados e sofrermos. Eu sei que não é a melhor declaração, mas eu não sei o que te falar. –Ele disse envergonhado.

–Então só para ter certeza, isso é um pedido de desculpas e você quer voltar? É isso? –Eu disse soltando um pequeno riso e ele assentiu alegremente. Eu não sou de perdoar facilmente, mas Leon estava arrependido, e alguém tinha enchido a cabeça dele de besteiras, e eu já tinha ideia de quem havia sido.

–Foi meu pai, não foi? –Eu perguntei e ele arregalou os olhos. –Responde Leon!

–Foi, mas não brigue com ele, se seu pai souber que eu te contei, pode dar adeus ao nosso namoro.

–Está bem. –Eu concordei, eu queria evitar qualquer briga com meu pai.

–Então estamos juntos novamente? –Ele perguntou me olhando com aqueles olhinhos brilhantes que estavam cheios de esperança.

–Sim Leon, estamos juntos novamente. –Eu disse e ele praticamente me atacou, ele me puxou tão rápido para um abraço que eu nem reagi.

–Você não me escapa mais Vilu. –Ele disse com um sorriso enorme no rosto.

–Assim espero Vargas. –Eu disse me aproximando, mordisquei meu lábio inferior e pude ouvir os batimentos de Leon dispararem, afinal estávamos abraçados e como eu sou bem menor que ele, minha cabeça estava recostada em seu peito. Ele apoiou sua mão em minha bochecha e com a que estava livre entrelaçou nossos dedos, logo selou nossos lábios, eu não diria que tínhamos saudades durante o beijo, pois havíamos ficados separados por algumas horas, por outro lado ficar sem ele parecia uma eternidade. Nos separamos com leves selinhos, e depois ficamos trocando algumas caricias.

Duas semanas depois...

Muitas coisas aconteceram nessas duas semanas, meu irmão e nossos amigos saíram do hospital, meu pai está começando a ficar mais calma, ou seja, ele não tenta matar o Leon toda vez que o vê. E por falar em Leon, nós nem temos tempo para ficarmos juntos, com as provas finais e inscrições para as faculdades nós nem nos vemos direito.

–Amor! –Ouvi Leon gritando do andar de baixo da minha casa, como não tínhamos tempo para ficarmos juntos, decidimos por estudar juntos, não era grande coisa mais já ajudava, Leon estava digamos que carente, e qualquer oportunidade que ele tinha para ficar comigo, ele usava como desculpa.

–O que foi Leon? –Eu disse com a voz cansada.

–Você não sabe o e-mail que eu acabei de receber. –Ele disse afobado e ao mesmo tempo animado, eu senti que meus olhos pesavam, eu estava necessitando tirar um cochilo, indiquei que Leon prosseguisse, pois palavras mal saiam de minha boca. Leon pegou o celular e começou a ler o tal email:

–Tenho o prazer de informar que as inscrições para o vestibular de: Leon Vargas e Violetta Castillo, à Universidade de Oxford (Inglaterra), foram aceitas com sucesso. Favor comparecer ao endereço ao lado, para executar o exame de aprovação ou reprovação.

Atenciosamente: University of Oxford

Leon encerrou a leitura e eu esqueci todo o cansaço que tomava conta de mim, abri um largo sorriso e pulei nos braços de Leon. Eu sei que ainda teríamos que fazer a prova para ver entrar na universidade, porém só o fato de nossas inscrições terem sido aceitas já era um grande passo, principalmente pelo fato de não haver muitas vagas para Latino-americanos.

–Entende a importância de tudo isso Vilu? Entende? –Ele perguntou pasmo com a notícia.

–Sim Leon, mas temos um problema, agora nós vamos ter que triplicar os estudos, e eu preciso revisar algumas matérias, e ainda tem as provas finais do colégio e... –Ele me interrompeu.

–Vilu você é a garota mais inteligente que eu conheço, você de dedicou o ano inteiro, sei que vai passar. –Ele disse acariciando meu rosto. (N/A Gente, eu sei que não falei muito sobre os estudos deles, mas os dois são dedicados e são bons alunos).

–Você também vai passar. –Eu disse tentando mostrar confiança, mas acho que não deu muito certo, Leon poderia ser meio preguiçoso, idiota e um pouquinho retardado, mas ele era estudioso, ele sempre quis entrar em uma boa universidade para que seu pai se orgulhasse dele, e se ele estrasse em Oxford seria uma excelente oportunidade.

–Agora vá dormir, eu vou para minha casa e farei o mesmo. –Ele disse me dando um selinho e indo em bora. Arrumei meus livros na ordem que eu iria estudar, e quando eu iria finalmente dormir, meu computador fez um “bip” indicando que eu recebi um e-mail.

–Isso é hora de me mandarem um e-mail. –Eu resmunguei, e com muito esforço fui até o computador.

A Universidade da Califórnia-Berkeley (EUA) tem a honra de informar que: Violetta Castillo foi escolhida para realizar uma prova de aprovação ou reprovação para entrar em nossa Universidade.

Atenciosamente: A direção.

Eu fiquei em estado de choque, essa Universidade estava entre as cinco melhores do mundo, se eu passasse meu futuro estava praticamente garantido, somente minha família tinha conhecimento sobre essa universidade, nem Leon sabia que eu havia me inscrito. Decidi por não contar nada ainda, as chances de eu passar são de uma em um milhão.

Porém eu tinha um problema, se eu passasse nas duas universidades, eu teria que escolher a da Califórnia, e isso com certeza magoaria Leon, por dois motivos: Primeiro eu não tinha contado sobre a minha inscrição. Segundo: Tudo que havíamos planejado iria para o lixo, pois ficaríamos separados, e era uma enorme distância dos Estados Unidos à Inglaterra. Decidi esquecer isso por um tempo, como eu disse as chances de passar na Universidade da Califórnia são raras, mas não impossíveis.

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Os dias dos resultados estão chegando, eu já havia feito todas as provas que tinha que fazer, agora era só esperar os resultados. Leon estava extremamente feliz com a possibilidade de irmos para Inglaterra, eu não havia conseguido ter coragem para contar sobre a outra universidade.

–Vilu! –Leon gritou.

–Para que gritar? Quer me deixar surda? Eu estou do seu lado. –Eu disse colocando a mão sobre o ouvido.

–Está do meu lado, mas está ignorando totalmente o que eu te digo. –Ele disse rindo, ri também, ele estava feliz demais, e era isso que impossibilitava de dizer a verdade. –Tem algo te incomodando, não tem? –Ele perguntou preocupado.

–Leon é que...-Eu iria contar sobre a outra universidade, mas quando olhei para ele eu percebi que não poderia estragar a alegria que ele estava sentindo, pelos menos não naquele momento. –É que eu estou com medo de não passar. –Eu disse, não era bem uma mentira, porém não era isso que me incomodava.

–Entendo, acho que você precisa relaxar um pouco. –Ele disse e eu assenti. –Vamos dar uma volta. –Ele disse me estendendo a mão. –Vou te levar em um lugar especial, acho que vai gostar. –Ele disse sorrindo, chamamos um táxi, e fomo no tal lugar, era um pouco longe, o táxi parou e nós descemos.

–Você me trouxe para o meio do nada. –Eu disse olhando para a floresta que estava a nossa volta.

–Não é no meio do nada, vem comigo. –Ele disse me guiando no meio daquele matagal, que até então eu não conhecia.

–Sabe para onde estamos indo? –Eu perguntei e Leon soltou um riso.

–Não imagina, eu estou arriscando a vida da minha namorada, levando ela para uma floresta que eu não conheço. –Ele disse irônico, e tudo que ele ganhou foi um tapa nas costas.

–Você sabia que eu sinto dor? –Ele perguntou tentando massagear o lugar, eu não respondi apenas dei risada.

–A gente já chegou? –Eu perguntei impaciente.

–Não. –Ele disse calmamente

–E agora? –Eu perguntei novamente, vendo até que ponto Leon manteria a calma.

–Ainda não. –Ele disse bufando.

–E agora? –Eu perguntei novamente.

–Não Violetta, a gente ainda não chegou. –Ele disse, esperei mais um tempinho e:

–A gente já cheg....-Ele me interrompeu.

–Violetta! Quando chegarmos eu te aviso. –Ele disse bravo, me restou dar risada baixinho. Uns cinco minutos depois comecei a ouvir o barulho de água, provavelmente batendo em uma cascata ou pedra.

–Chegamos! –Ele disse risonho, ele afastou algumas folhas que tampavam a nossa visão e logo depois pude ver do que se tratava. Leon chegou pertinho de mim e sussurrou em meu ouvido e disse: - Espero que goste de cachoeiras. Eu apenas assenti, ele tirou a camiseta e os sapatos, nem me esperou, quanto cavalheirismo, e pulou na água.

–Não vai entrar? –Ele perguntou.

–Não tenho roupa para isso. –Eu disse, Leon saiu da água e veio até mim.

–Entra de roupa. –Ele disse como se fosse a coisa mais obvia do mundo.

–Claro, e depois eu vou em bora só de roupas intimas. –Eu disse e ele fechou a cara.

–Definitivamente não. –Ele disse emburrado. Leon me olhou de cima abaixo, e eu já sabia o que ele pensava. –Prometo que não olho. –Ele disse, e eu neguei. –Vilu, vai nós viemos aqui para aproveitar, estamos sozinhos, e eu prometo que não te olho. –Ele disse, eu suspirei pesadamente tentando arrumar um outro jeito, mas não achei nenhum.

–Está bem, mas você não vai me olhar, e pega a sua camiseta. –Eu disse e ele fez o que eu pedi.

–Para que quer a camiseta?

–Você vai me tampar vai que tem alguém me olhando. – Eu disse preocupada, Leon apenas deu risada.

–Estamos sozinhos aqui Vilu. –Ele disse rindo.

–Você não sabe! –Eu disse brava. –Agora faz o que eu te pedi, por favor.

–Sim senhora. –Ele disse e me tampou, eu rapidamente tirei a camiseta e a calça e mergulhei na água. Leon veio logo atrás de mim. Por mais que não desse para ver meu corpo, eu estava completamente envergonhada, me apoiei contra uma pedra que havia ali, e tentei inutilmente me cobrir. Leon se aproximou ainda rindo, provavelmente percebeu o meu “pânico”.

–Vilu, é a mesma coisa se você estivesse de biquíni. –Ele disse e não conseguia conter a risada.

–Não é, tem muita diferença. –Eu disse corada. Leon se aproximou mais ainda e colocou um braço de cada lado da pedra, me impossibilitando de sair. Ele acariciou meu cabelo e eu fechei os olhos tentando aproveitar a caricia.

–Por que não me conta o que está acontecendo? –Ele perguntou, abri os olhos com rapidez e Leon me fitava preocupado.

–Eu já disse, é apenas o nervosismo para a universidade. –Eu disse.

–Certeza? –Ele perguntou, e eu assenti.

–Por favor, não quero falar sobre isso, pelo menos não agora. –Eu disse. Leon se aproximou e colou nossos corpos, senti um arrepio passar por minha espinha, era a primeira vez que nossas peles entravam em contato uma com a outra, ele começou a beijar minha bochecha, e como ele estava com a barba rala e isso fez com que sua boca fizesse cócegas em minha bochecha, em seguida desceu os beijos úmidos até o meu pescoço, ele parou aí, não estávamos prontos para um próximo passo na relação. Logo subiu o beijo até meus lábios, e eu puxei seus cabelos contra mim, ele soltou uns risos durante o beijo, eu não entendi mais ignorei. Assim que nos separamos, Leon estava todo risonho, e eu não estava muito diferente. Passamos mais um tempinho lá, e quando começou a anoitecer nós fomos em bora.

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Leon me deixou em casa, e assim que entrei lá me deparei com a minha mãe me esperando na sala, ele andava de um lado para outro, porém não parecia preocupada.

–Mãe? Está tudo bem? –Eu perguntei.

–Ainda bem que você chegou, olha o que tinha no correio. –Ela disse me dando duas cartas, ambas endereçadas a mim. Uma da Universidade de Oxford, a outra da Universidade da Califórnia-Berkeley, abri as duas ao mesmo tempo, li dos resultados e não esbocei nenhuma reação.

–E então? –Ela perguntou preocupada.

–Passei...-Eu disse ainda estática.

–Em qual? –Ela perguntou animada.

–Nas duas. –Eu disse, minha mãe veio correndo me abraçar, ela estava mais animada do que eu.

–Isso é ótimo, mas por que não está feliz? –Ela perguntou.

–Por que eu vou ter que ir para a Universidade da Califórinia. –Eu disse.

–Mas é claro, a Universidade da Califórnia é a melhor, então naturalmente você tem que escolher a melhor. -Ela disse como se fosse a coisa mais fácil do mundo. –Mas eu não entendo o motivo para você não ficar feliz com isso.

–Mãe, você não percebe? Como eu vou contar para o Leon? Eu não disse a ele que tinha me inscrito na Universidade da Califórnia, ele vai ficar completamente decepcionado. –Eu disse cabisbaixa.

–Ele te ama Vilu, ele vai entender. –Ela disse, fomos interrompidas com a campainha tocando, minha mãe foi atender, pois eu não tinha condições nem de me mexer.

–Sr. Angie como está? –A pessoa disse, reconheci a voz: Leon, joguei a carta da Universidade da Califórnia no sofá, fiquei com a outra na mão, Leon também tinha uma carta em mãos, eu queria que ele passasse, mesmo que não ficássemos juntos, era o futuro dele que estava em mãos, e eu só queria o seu bem.

–Bem Leon, obrigada. Vou deixa-los sozinhos. –Minha mãe disse e subiu correndo para o quarto.

–Vejo que recebeu a carta. –Ele disse apontando para minha mão.

–Sim, mas não abri. –Eu menti.

–Eu também não. –Ele disse rindo.

–Abre primeiro. –Eu pedi e ele assentiu.

A Universidade de Oxford tenha a honra de dar as boas vindas a: Leon Vargas. Parabenizamos o senhor pelo bom desempenho na prova, e lhe desejamos sorte no inicio do ano letivo.

Leon deu o maior sorriso que alguém pode dar, eu não pude evitar de sorrir também, afinal ele estava feliz, e isso era o que me importava.

–Não acredito. –Ele disse.

–Você merece. –Eu disse o abraçando.

–Abre a sua também. –Ele disse esperançoso.

–Leon, eu já abri, eu passei...

–Serio? Isso é ótimo, eu disse que não precisava se preocupar, eu não acredito, vamos estudar em Oxford juntos. –Ele disse sorrindo feito uma criança, aquilo só poderia ser um pesadelo.

–Leon tem um pequeno detalhe. –Eu disse nervosa.

–Qual? –Ele perguntou preocupado.

–Bom, é muito difícil o que eu tenho para te contar, mas eu quero que me escute, além de Oxford, eu me inscrevi na Universidade da Califórnia-Berkeley, e eu passei...-Eu disse, Leon parecia confuso, acho que a ficha dele não havia caído, enquanto a mim? Eu não conseguia continuar.

–O que isso quer dizer? –Ele perguntou confuso, porém sua expressão começou a mudar, pelo visto ele estava entendendo, mas mesmo assim eu decidi ressaltar o que eu queria dizer, comecei agora termino.

–Quer dizer que eu não vou com você para a Inglaterra...


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Notas finais do capítulo

Entonces? O que acharam? Mereço reviews? Provavelmente posto o ultimo amanhã, em homenagem ao Jorge já que é niver dele :D Beijos e até logo... e não se preocupem com Leonetta