Pov’s Violetta

Meu pai nos encarou perplexo com a pergunta de Leon, minha mãe parecia pensativa, Leon que estava ao meu lado, tremia em preocupação, estavam todos naquela sala completamente estáticos.

–Bom, eu acho que se vocês tiverem responsabilidade suficiente não há problemas, já que em minha opinião vocês já são quase adultos, e ambos tem senso de responsabilidade, eu autorizo vocês a viajarem. –Disse minha mãe com um sorriso simpático no rosto. Todos olharam para meu pai para saber se ele iria deixar ou não, porém ele não disse nada, ele saiu e se trancou em seu escritório.

–Ele encarou melhor do que eu esperava. –Eu disse.

–Bom, já que provavelmente ele não vai responder a pergunta de vocês, só a minha autorização já basta, mas eu quero saber: Para onde vocês vão, quando voltam e como vão! –Minha mãe disse.

–Então, nós vamos para o colégio agora, e na volta nos te passamos todas as informações. –Leon disse e minha mãe sorriu. Nós saímos junto com Fede, já que ele e Ludmila estavam em uma “crise” de relacionamento, ele optou por não acompanha-la ao colégio.

Chegando lá, Fede se distanciou e foi conversar com Emma, ela é uma líder de torcida, e pelo que o Leon me contou, ela é a ex do André. Eu não me conformo, o Fede mal termina um relacionamento e já “vai para cima” de outra garota.

–Garotos! –Eu exclamei, porém esqueci que Leon estava ao meu lado, o mesmo me olhou confuso. –Esquece oque eu disse. –Eu falei novamente, deixando o coitado mais confuso ainda.

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–Mas então, para onde vamos viajar? Você gosta de frio ou calor? Neve talvez? Ou uma praia? Ou acampar no meio da floresta? –Leon me encheu de perguntas, e eu só dei risada de sua afobação.

–Ah não sei, acho que todas as opções boas.

–Tem razão, mais por mim nós iriamos em algum lugar que tenha neve.

–E se fossemos para uma praia deserta? –Eu perguntei animada, ignorando oque Leon tinha dito, porém Leon fez uma careta, ele não gostava muito de praia mais sabia que eu adorava.

–Já sei! –Ele gritou. -Vamos para Bariloche (N/A É um lugar que tem neve) dizem que é um belo lugar. –Ele disse completamente empolgado.

–Mas ir para lá e ficar dois dias. –Eu disse, mas Leon praticamente implorou, não que eu não quisesse ir, dizem que lá é um lugar muito romântico, e já que Leon estava quase de joelhos eu tive que ceder.

–Tudo bem! –Eu disse aceitando sua proposta.

–Ok, hoje mesmo eu providencio as passagens, nós podemos ir na sexta de tarde, depois da escola. –Leon disse completamente animado, e eu ficava feliz com isso, já que eu passei semanas vendo o mesmo cabisbaixo, triste, sem esboçar nenhum tipo de reação. Logo o sinal tocou, e Leon não conseguia esconder sua felicidade, ele passou as primeiras aulas completamente impaciente, e eu só conseguia rir.

Pov’s Leon

Logo chegou o intervalo, Violetta foi na frente com as meninas, e eu fiquei para arrumar algumas coisas.

–-Leon! Como está? –Disse André.

–Bem, na verdade ótimo. –Eu disse, André estava sorrindo demais, oque foi estranho, ele parecia querer contar algo.

–Está tudo bem? –Eu perguntei ficando preocupado, se ele continuasse sorrindo daquele jeito, ele nunca mais conseguiria fechar a boca.

–Bom, eu não queria falar, mas já que você insiste. –Ele disse e eu dei risada. –Adivinha quem é o novo vice-capitão do time de futebol americano?

–Você!

–Sou eu! –Ele exclamou todo feliz, nem percebeu que eu já sabia dessa novidade.

–Parabéns. –Eu disse dando um tapa em seu braço. Logo eu sai para encontrar com a Vilu, e André ficou para trás comemorando sozinho. Os corredores estavam praticamente vazios já que era hora do intervalo. Ouvi um ruído, andei mais um pouco, e pude ouvir um barulho de alguém chorando, procurei o tal barulho até que encontrei. Ludmila estava apoiada no canto de um armário, praticamente aos prantos.

–É Ludmila? Oque aconteceu? –Eu disse me aproximando dela, meio confuso se estava fazendo o certo.

–Leon, é o meu primo (Diego) ele está em um reformatório, ele pode até não ser uma pessoa decente, mas ele é meu parente e eu o amo. –Ela disse e me deu um abraço, eu não tive como recuar, a garota praticamente se jogou em cima de mim. As coisas estavam sobre controle, até ouvirmos alguém pigarreando.

–Vilu? –Eu disse assustado, mesmo sabendo que não havia feito nada de errado.

–Posso saber oque está acontecendo aqui? –Vilu perguntou cruzando os braços na altura do peito.

–Meu amor, a Ludmila estava chorando e eu vim APENAS ajuda-la. –Eu disse para que as coisas ficassem bem claras.

–Vamos! –Ela disse ignorando oque eu disse, e esticando a mão para que eu saísse de perto da Ludmila, me senti uma criança. Vilu caminhou comigo pelos corredores, ela estava impaciente e bufava de raiva, eu achei que ela iria arrancar meu braço, eu apenas a seguia.

Eu que já não aguentava mais, a parei e puxei seu braço calmamente, fazendo com que ficássemos próximos.

–Não fica brava, eu só estava ajudando. –Eu disse e depositei um beijo em sua testa.

–É só você se afastar dela está bem, ela ainda gosta de você.

–Não se preocupe. –Eu disse e a abracei. O sinal tocou e eu não comi nada, mas mesmo assim fui para a aula. Tivemos duas aulas seguidas do Pablo, e o resto foram aulas não muito agradáveis. O sinal tocou novamente, indicando que era o fim das aulas.

–Até que enfim! –Eu exclamei jogando as mãos para o alto, com sinal de impaciência.

–Para que tanta pressa? –Disse André que ainda estava eufórico.

–Preciso comprar minhas passagens. –Eu disse enquanto socava minhas coisas na mochila.

–Você vai se mudar? –Disse André mudando para uma expressão de desespero.

–Você é meu melhor amigo, acha mesmo que se eu fosse me mudar eu não te avisaria?

–Tem razão, mas enfim por que você tem que comprar passagens?

–Vou viajar com a Vilu! –Eu disse voltando a ter aquele tom animado, André me olhou de uma maneira estranha.

–E para de me olhar assim, eu respeito muito a Vilu, e não vai ter nada do que você está pensando. –Eu disse me defendendo.

–Sei, sei!

–André, para de ser pervertido. –Eu disse dando um tapa em suas costas.

–E agora eu tenho que ir, e vê se não faz besteira! –Eu disse.

–Sim senhor! –Ele disse batendo continência, eu só dei risada.

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Depois de longas horas eu consegui comprar as passagens, fui correndo para casa de Vilu, estava quase chegando quando trombei com alguém.

–Leon? –Ouvi uma voz feminina, olhei para a pessoa e me surpreendi.

–Oi Lara, como está?

–Bem e você?

–Ótimo! Me desculpa mais agora eu tenho que ir. –Eu disse me despedindo e saindo, porém ela me segurou antes que eu pudesse concluir o meu ato.

–Espera! Eu queria saber se você vai fazer alguma coisa neste fim de semana? –Ela perguntou esperançosa.

–Sim, eu vou viajar com a minha namorada neste fim de semana. –Eu disse, Lara que até agora sorria, fechou a cara.

–Ata, divirta-se com a sua namoradinha. –Ela disse e saiu. Eu nem liguei, continuei andando, ou melhor, correndo em direção a casa de Vilu. Chegando lá toquei a campainha, e fui recebido por um senhor Germán de cara amarrada.

–Boa tarde Sr. Germán. –Eu disse assustado, tudo bem que ele era meu sogro, mas aquele homem me dava pavor.

–A MINHA filha está na sala. –Ele disse me dando espaço para passar e logo em seguida batendo a porta força. Caminhei cuidadosamente até a sala, sobre o olhar fulminante de Germán.

–Leon! –Disse Violetta animada, e se pendurando e meu pescoço, e logo em seguida me jogando, literalmente, no sofá.

–Nossa como você é delicada. –Eu disse na ironia, Vilu soltou uma gargalhada gostosa, mas logo parou, e começou a olhar para uma pessoa que nos encarava.

–Será que vocês dois podem para de se agarrar? –Dr. Germán disse.

–Pai, não estamos nos agarrando, tem algo de errado em ficarmos abraçados? –Vilu perguntou, Sr. Germán iria responder, mas foi interrompido.

–Não, não tem nenhum problema. –Angie disse, ela pegou no braço de Germán e o arrastou para cima.

–Já sei de onde você puxou esse jeito de ficar me arrastando pelo braço. –Eu disse suspirando pesadamente.

–Ah, não seja tão dramático. Mas porque você demorou tanto? Eu já estava ficando agoniada pela sua demora, em comprar apenas duas simples passagens. –Ela disse inconformada.

–Não sou duas simples passagens, eu tive que chamar a minha mãe, já que eu sou menor de idade, e ela ficou com aquele discurso: “Ai meu bebê cresceu” ou “Eu não acredito que você vai viajar com a sua namorada”. E quando eu estava no caminho eu acabei encontrando com a Lara, e nós conversamos um pouco. –Eu disse despreocupado, porém pelo jeito que Vilu me olhou, ela parecia ter esquecido tudo oque eu havia dito, e só escutado: “E quando eu estava no caminho eu acabei encontrando com a Lara, e nós conversamos um pouco”, oque não fazia nenhum sentido, já que eu não tinha nada com a Lara.

–Você oque? –Ela perguntou me fuzilando com os olhos.

–“Ferrou”.........-Eu pensei. Aqui jaz Leon Vargas.........