Walkerland escrita por Shadow


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Ok, eu sei q muitos vão se confundir ao ler isso (a fanfic), mas é que foi tão de repente que eu não consegui modificar nada, só arrumei um pouco a escrita, mas a historia em si está confusa mesmo....



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Um dom e um amigo

1978

Eu estava correndo pela floresta, estava chovendo e o vento fazia-me tremer de frio. De certa forma eu não sabia o que estava fazendo ali, apenas não entendia como eu uma garota de cinco anos acabara perdida em meu próprio quintal, mas se pararmos para pensar crianças de cinco anos sempre se perdem por aí. A questão era aquele não era meu quintal, pelo menos não mais de qualquer forma, de algum jeito bizarro e inesperado eu acabara indo parar em uma reserva florestal em sabe-se lá onde, como isso aconteceu? Bem ai é que as coisas ficam mais complicadas eu não tinha a mínima ideia. Talvez tenha algo relacionando com meu desejo de ir parar em um lugar cheio de arvores depois de ter visto sobre isso na televisão.

-É isso! – gritei animada. – Desejo estar em casa!- pedi em voz alta e em também em pensamentos, Senti o mundo se desdobrando vi as cores se misturando e tudo ficou branco.

Assim que abri meus olhos constatei que estava em casa, na verdade estava no quintal de onde nunca deveria ter saído. Mamãe estava sentada e parecia preocupada já vovó estava calma e com sorriso discreto, as duas me viram ao mesmo tempo. Mamãe correu e me carregou ate onde vovó nos esperava sentada em sua cadeira de embalo.

-E então como foi sua primeira aventura? – perguntou sorrindo.

2013

Aprender que eu era uma “Desdobradora” como minha avó nos chamou, foi uma experiência muito estranha mais também muito boa. Os desdobradores eram pessoas que podiam alterar a realidade, cria-la ou ate mesmo viver em uma delas, podemos viver uma nova vida se escolhermos ficar em uma dessas realidades e com isso nós voltávamos a ser crianças de cinco anos (infelizmente não podemos escolher a nossa família ou seu caráter, simplesmente aparecemos em suas vidas e como num passe de magica, temos memorias e sentimentos uns pelos outros), mas não somos eternos só voltamos a ser crianças apenas uma vez talvez duas se tivermos sorte, sim somos estranhos, mas esse é nosso único “superpoder”, também podemos saber sobre o futuro da nossa realidade é bem estranho, mas é a melhor forma de saber sobre as consequências de nossas ações. Ao longo dos séculos alguns desdobradores nasciam e alteravam o destino dos outros, alias foi um de nós que matou Hitler, mas voltando ao assunto nós somos poucos e apenas um nasce à cada cinquenta anos e somos da mesma família, ou seja, minha avó era uma desdobradora e quando eu fizer cinquenta anos minha neta será uma, geralmente nosso “dom” se manifesta aos cinco ou sete anos dependendo de cada desdobrador. E o mais legal e importante, poderíamos ir e vir mesmo que descidíssimos ter outra vida.

Ultimamente eu havia desenvolvido uma obsessão com o seriado The Walking Dead, então escolhi ter minha outra vida com alguma família que vivesse nessa realidade. Oh sim, isso seria bem interessante.

1978

Daryl estava perdido na floresta, sentia medo, frio e fome. Merle estava preso por vandalismo e seu pai devia ter caído de tão bêbado em algum lugar, se fosse por algumas horas ele estaria rindo de sua burrice, mas já haviam se passado dois dias, hoje em seu terceiro dia o pânico o dominava, parecia que a cada passo que dava mais distante do caminho certo ele estava... talvez se Merle voltasse para casa hoje como ele havia dito pelo telefone há dois dias, houvesse uma chance de ele ser encontrado por seu irmão.

O barulho de um galho se partindo lhe chamou a atenção, seria seu irmão que veio regata-lo? Daryl correu em direção ao som e acabou se chocando contra um corpo menor que o seu, ele não registrou isso naquela hora, mas a menina havia aparecido do nada.

-Au! Você me derrubou! – gritou uma voz fina de garota.

-Não! Você me derrubou! – rebateu ao levantar-se.

-Nem pensar! Não era eu quem estava correndo! – disse ela ao cruzar os braços  sem fazer menção de se levantar.

-Tudo bem, tanto faz. Qual o seu nome garotinha?

-Garotinha? Garotinha? Você tem o que? Oito, talvez nove anos, então não tente parecer um velho de trinta anos! E eu me chamo Ana, Ana Silver. – resmungou ao finalmente levantar-se.

-Você fala demais, você tem o que três anos? – debochou ele.

-CINCO! – rugiu ela. Daryl riu e estendeu a mão.

-Daryl, Daryl Dixon.

A garota arregalou os olhos minimamente, é claro ela sabia que poderia encontrar um dos personagens da serie, mas encontrar Daryl Dixon isso foi algo inesperado e também muito bom, talvez possa ser chamado de destino ou quem sabe era apenas o seu estranho poder. O mais estranho foi que Daryl não era o caipira mal humorado e sem educação como na primeira temporada, com certeza ainda não estava à sombra do irmão mais velho, talvez Ana pudesse mudar os irmãos Dixon muitos anos antes do apocalipse zumbi.

-Você não me falou sua idade. – disse depois de uma pequena pausa enquanto ponderava a descoberta.

-Oito, ou melhor, acabei de fazer nove. E então o que você está fazendo nessa floresta?

-Era o que eu deveria perguntar para você. – falou.

-Estou perdido e você? – respondeu timidamente.

-Passeando.

-Passeando? – indagou o garoto descrente.

-É claro, por que não posso? – grunhiu ela começando andar na direção oposta ao que o garoto havia tomado achando ser à saída da floresta.

-Poder pode, mas queria saber o porquê, além do mais nunca vi você ou sua família pela cidade.  – disse e começou a segui-la, ele não queria ficar sozinho novamente.

-Nos mudamos hoje. Consegui fugir da minha família e resolvi entrar no meio do mato, não foi a melhor das ideias, mas foi legal. – as duas crianças andavam em silencio ate Daryl quebra-lo.

-Você sabe o caminho de volta? – perguntou receoso da resposta.

-É claro! - -disse ela como se aquela fosse uma pergunta idiota. Daryl soltou um suspiro de alivio, mesmo não gostando de casa ele não queria ficar perdido na floresta e muito menos morrer de fome ou sede.

Os dois seguiram caminho e falavam um pouco sobre a vida de cada um, acabaram descobrindo coisas em comum algumas boas e outras nem tanto. Levou quase quatro horas para saírem da floresta e avistarem um adulto, o homem se mostrou gentil e os levou ate a residência de Daryl, ao chegar lá o garoto correu e abriu a porta, não havia ninguém em casa e pela aparecia do lugar ninguém havia entrado ali há pelo menos dois dias. Daryl sabia que seu pai devia estar desmaiado em algum bar por ai e que Merle talvez não voltasse para casa aquele dia por não querer encontrar o pai logo após sair do confinamento, isso o deixou triste e ao mesmo tempo com raiva.

-Vai entrar ou tá esperando um convite? – debochou o garoto.

-Desculpa é que eu acho que deveria ir pra casa agora.

-Relaxa, eu levo você na minha garupa. – disse sorrindo ao apontar para a bicicleta tombada ao lado da casa.

-Tudo bem então. – disse sorrindo de volta.

Os dois fizeram um lanche rápido e como prometido Daryl a levou para casa, a mãe da garota estava parada em frente à casa e aparentava estar apavorada, mas assim que a viu correu para abraça-la surpreendentemente ela também abraçou Daryl, o garoto ficou tenso, mas retribuiu o gesto.

-Onde é que você estava? – gritou a mulher.

-Fui passear por aí. – respondeu vagamente.

-Você tem ideia do que eu passei? Eu quase enlouqueci você tem apenas cinco anos e desapareceu do nada! Nunca mais faça isso está me entendendo?

-OK, ok mãe! Estou bem e você está assustando meu novo amigo.

A mulher observou o garoto magro a sua frente, ele não devia ter mais que dez anos, tinha uma semelhança com o homem que vira hoje cedo, um bêbado grosseirão que havia encontrado jogado perto de um bar, ela apostava que o garoto fosse seu filho. Não que fizesse alguma diferença, mas toda a vizinhança a havia avisado sobre a família Dixon ou o que restara dela, Will Dixon pai de Merle e Daryl Dixon, um dos garotos estava em um reformatório ou talvez na prisão o outro era muito novo para qualquer coisa, mas as más línguas não perdoavam ninguém e já corriam boatos que o menino gostava de matar esquilos e outros bichos pequenos, ela nunca se deixaria levar por aparência ou boatos sabia que nem tudo era verdade é claro que havia tido uma péssima primeira impressão de Will Dixon, mas não deixaria isso afetar seu julgamento sobre os filhos do homem.

-E quem é o rapazinho?

-Daryl Dixon.

-Prazer, Maria Silver. Acompanha-nos? – disse apontando a casa com um gesto de cabeça.

-Não moça, eu preciso voltar, acho que meu pai já deve estar em casa me esperando.  – disse ele já virando a bicicleta a se preparando para sair.

 -Te vejo amanha? – perguntou Ana.

-Talvez. – disse ele e saiu em direção a sua casa.


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Notas finais do capítulo

Já deu pra perceber com quem ela vai ficar, ner?
E então o que acharam?
E sim eu sei que para uma garota de 5 anos ela está muito desenvolvida, mas eu era assim quando pequena então não sei fazer um personagem muito infantil...e tecnicamente seria a segunda "vida dela"....