Os dois sempre foram apaixonados um pelo outro, só se sentiam realmente bem quando viam o sorriso um do outro. E assim se passou o tempo, com eles sendo melhores amigos e companheiros.

Mas ambos queriam mais, queria poder se entregar ao amor que nutriam e, quando o fizeram, se sentiram completos. Completos, finalmente entregues ao amor e, então, em paz!

Porém, como muitos dizem, as Parcas são cruéis.

O menino morreu em sua missão, deixando-a sem uma pedaço, que foi preenchido com culpa. Ela era a espiã, ela causara a morte dele e, quando morresse, provavelmente não o veria.

Felizmente o destino lhe sorriu uma segunda vez: Ela poderia salvar o Olimpo trazendo o chalé de Ares como a defesa final. A garotinha teve um ideia maluca que resultou em sua morte, mas com a salvação do Ocidente. E o melhor, ela se redimiu e, no lugar da culpa, estava a ansiedade.

O seu julgamento era o próximo. Com sorte ela iria ao Elísio reencontrar o Amor e a Paz.

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A pedra onde o menino sentava estava vazia. Naquele dia ele se sentou perto do lago, onde pensava nela.

Ele soube, quando entrou no Elísio, que ela a era a espiã. Mas não foi a raiva que preenche o vazio dele, foi, como ela, a culpa.

O menininho queria poder abraçá-la e dizer que não foi culpa dela, dizer que sabia que Cronos havia chantageado ela, que ela não teve escolha, dizer que estava tudo bem.

Porém, como muitos dizem, as Parcas são cruéis.

Ele não podia vê-la e impedir que fizesse algo estúpido apenas para ficar com ele, mesmo que fosse isso que ambos queriam. O garoto não queria ser o motivo dela deixar tudo por ele.

Ele praguejou.

Era isso que ele queria, tê-la ali.

Felizmente o destino lhe sorriu uma segunda vez: Ele viu ela nas portas do Elísio. O menino não acreditava. Então correu até ela, quando a menina notou, correu em direção à ele também.

Logo estavam abraçados: Ele, feliz por tê-la em seus braços e conseguir protegê-la; Ela, calma por se sentir protegida.

Eles se olharam e o vazio que sentiam, as partes que faltavam, foram preenchidos por Amor e Paz.

Assim eles se beijaram. Um beijos calmo, com ternura e paixão, demonstrando a saudade um do outro, coisa que não sentiriam de novo jamais.

Eles ficariam juntos para sempre, em meio a Paz e o Amor. Charles e Silena, a quem as Parcas foram cruéis, e também aqueles a quem o destino lhes sorriu uma segunda vez!