Erza Scarlert, a ‘’Titânia’’ da Fairy Tail.

Lá estava ela, a famosa ruiva estressada, lutando contra um monstro poderoso usando suas espadas.

O motivo? Bom, digamos que... Hoje pela manhã os jornalistas anunciaram o assalto de uma confeitaria. A confeitaria de Erza, especializada em bolos de morango.

-MORRA!  -Ela gritava, quando já estava prestes à dar o último golpe no pobre monstro.

Dando o último golpe, ela parte de volta para casa. Era seu mês de férias, iria descansar.

Chegou rapidamente em casa, digo, dormitório, e foi para seu alojamento ‘’5 em 1’’. Quando ia tomar banho viu um bilhete estendido sobre ela, com a letra de um de seus amigos... Que na verdade era mais que amigo, era sua paixão.

‘’De Jellal Fernandes.

Para Erza Scarlet.

Olá, Erza.

Faz um certo tempo desde que não nos vemos, não é? Eu gostaria de lhe encontrar hoje por volta de 18:30 na cerejeira que fica pertinho do seu dormitório.

Apareça, por favor. Tenho que lhe contar algumas coisas, sobre nós.’’

-Ma-ma-mas o que será que ele quer dizer sobre nós? –Ela resmungava, de rosto corado enquanto tirava suas roupas e observava o relógio. Eram 15:30.

P.O.V Erza On

Será que o Jellal quer falar sobre a nossa relação...? Bom, eu gosto dele, mas acho que ele não gosta de mim do mesmo jeito. Até pelo fato de que no ‘’time’’ dele, duas mulheres são a sua companhia.

Duas mulheres graciosas, delicadas, o meu contrário. Acho que é como uns dizem por aí... Dizem que eu sou ‘’um dos garotos’’. Mesmo que eu queira ser ‘’uma das garotas’’, mesmo que eu queira ficar ‘’bonita em pérolas’’, me dizem isso.

Achei melhor tomar um banho logo, esse assaltante infeliz me deixou suada. Vou tomar meu banho e pegar uma outra missão.

Assim sendo, entrei para o banheiro e preparei o meu banho. Passei dez minutos na banheira e saí, me sequei e reequipei minha roupa habitual. Fui para a Guilda e encontrei a mesma briga de sempre... Gray e Natsu, enquanto Lucy tentava acalmar os dois.

-Natsu, Gray. Parem de ser crianças! –Ela falava, enquanto acariciava a sua barriga. Lucy estava casada e grávida de Natsu, o mago de fogo.

-Mas, Luce! Foi esse cueca de gelo que me provocou! –Ele grita, mas eu não agüentei mais aquela barulheira toda e apenas os separei, dando um soco na cabeça de cada.

-Vão parar isso agora? –Lhes mandei um olhar ‘’Erza jeito de ser’’ e eles se abraçaram,  cantarolando um ‘’Aye’’.

Fui para o quadro de pedidos e achei uma missão perfeita, mas que dessa vez eu faria sozinha. Ultimamente eu ando fazendo missões só, eu falei com o meu time, eles não se importaram muito. Até pelo fato de Gray ser sempre tomado por Juvia praticamente o dia inteiro, Lucy não poder ir trabalhar por causa da sua barriga e Natsu ficar sempre com ela. Então, só resta Happy, Wendy e Charles. Wendy começou a sair praticamente todos os dias com Romeo, enquanto Charles vai junto, para ‘’proteger a Wendy’’ e o Happy vai junto, mas para cantar a Charles.

Então, resumindo tudo, eu ando só. Reli a missão, era apenas para ir num armazém de doces e levar a carga para uma padariazinha qualquer, chamada de... Espera! Esse armazém fica na esquina da base que o Jellal se instalou! E a padaria ‘’doce sonho’’ fica praticamente colada na casa dele!

Ah, que droga... Também, que se dane. Eu vou fazer isso. Aproveito e como um bolo de morango.

Avisei para Mira que estava indo nessa missão. Ela assentiu e saí, era bem pertinho.

Cheguei no armazém, ele estava aberto. Falei com o dono e logo peguei a carga, mas quando eu saí do armazém e cheguei na metade da rua, dois moleques apareceram.

-Ei, ei. Quer se divertir conosco?  -Um falava, enquanto girava sua cabeça de um lado para o outro. –Vamos, lá...

-Não quero, obrigada. –Respondi, seca.

-Vamos lá, man! Vai ser divertido, man! –Ele torna a falar.

-Não que-ro. –Falei pausadamente.

-Pois é agora mesmo que você vai! –Ele já ia usar alguma magia em mim, mas eu fui mais rápida e guardei a carga com minha magia, logo reequipando uma armadura e atingindo um. Ele logo se levantou novamente. Soquei o outro, com pouca força, mas mesmo assim ele cambaleava. Eu estava concentrada nele, quando escuto uma voz muito bem conhecida por mim.

-Ei! Larguem a Er...Za... –Jellal trava quando me vê segurando um dos malandros pelos cabelos e outro em baixo de mim. Esse segundo era tão frouxo, que com apenas um soco que eu lhe dei, desmaiou.

-Je...llal? –Pergunto, meio que assustada e envergonhada. Só agora que eu percebo que a armadura que eu estava usando, era  uma armadura de oncinha. Era forte, porém vergonhosa.

-En-então. Eu escutei sua voz e olhei ela janela... Vi que esses dois estavam aqui, pensei em vim te salvar, mas fui meio idiota ao pensar que você estaria em perigo, hã? –Ele comenta rindo... CORADO?!

-É... Mas, ei. Vou ter de levar essa carga... –Fiz uma pausa, desfiz a ‘’reequipação’’ e peguei novamente a pequena carga –Para aquela padariazinha, tudo bem?

Ele assentiu e nós fomos para a padaria, que não tinha quase nenhum cliente. Eu entrei e dei a carga para uma funcionária, quando um bolo enorme de morango chamou minha atenção. Comecei a babar, e quando voltei ao meu estado normal, vi que Jellal estava me cutucando e com um bolo idêntico ao da vitrine nas mãos.

-Comprei esse bolo aqui... Para nós dois. –Ele fala. –Ei, creio que você leu o bilhetinho que eu pedi para te entregarem hoje, não foi?

-S-sim. Que tipo de coisas você quer falar? –Pergunto, já corando.

-É melhor irmos falar na cerejeira, Erza... –Ele falava, também corando.

-Ok.

Então, saímos da padaria e caminhamos por uns vinte minutos em silêncio, era constrangedor.

Assim que chegamos na maior cerejeira do parque, vi poucas crianças brincarem ali enquanto tinham uns quinze casais. Comecei a corar, eram todos namorados.

-En-então, Erza. Eu queria te falar de uma coisa... Que eu venho percebendo em mim. –Ele respira fundo e vira o rosto para o outro lado, para perder um pouco de sua vergonha, creio eu. –Eu acho que... Estou gostando de você. –Ele fala, na lata.

-HÃÃÃÃ?! –Eu grito, quando a ficha cai. Percebo depois que todos estavam olhando na minha direção, eu me escondi de vergonha. –Je-Jellal? Isso é verdade? –Pergunto.

-É claro! Eu gosto de você, mas acho que você tem o direito de não gostar de mim, principalmente depois do que eu fiz quando tinha outra pessoa habitando minha alma... –Ele ainda ia continuar, mas então eu o surpreendi e me surpreendi ao mesmo tempo. Lhe dei um beijo na bochecha.

Pelo menos era essa a intenção, já que sem querer minha boca parou na sua.

Ele parecia tão assustado como eu, mas logo fechou os olhos. Eu fechei os meus também e estávamos aproveitando, quando um tempo depois paramos, eu olho nos olhos dele mesmo morrendo de vergonha e ele me abraça.

-Erza... – Ele susurra.

-Jellal, eu também go-gosto de você.

Ele fez um silêncio mas logo depois senti ele sorrir na minha pele.

Já estava anoitecendo quando saímos dali do meu primeiro ‘’piquenique’’ . Finalmente eu fiz um... Na companhia de quem eu amo.