– Bom dia , - eu acordei com a voz rouca dele sussurrando no meu ouvido e passando as mãos pelo meu cabelo e então me virei e vi os olhos mais lindos do mundo.
– Sam - eu disse o nome dele quase não acreditando que ele estava ali .
– Dean acabou de me chamar e ... - ele disse e eu o interrompi.
– O que ? Dean me viu aqui ?
– Qual o problema ? não precisa ter vergonha - ele disse alisando meu rosto que nessa altura estava queimando de vergonha.
– Não sei ... er ... estranho , não acha ? - eu disse sorrindo de nervosismo.
– Bom ... eu vou cair na estrada e ...
– Ei , você vai caçar ? eu quero ir junto - eu protestei.
– NÃO ! - ele gritou - er ... por favor , fique ! - ele continuou arrependido do grito.
– okay - eu disse com a cabeça baixa
– Ei ... - ele disse levantando minha cabeça com a mão no meu queixo - desculpe , er ... não quero que você se machuque - e beijou minha testa.
eu sorri , - okay , eu fico ... boa sorte - e então ele saiu e naquele momento eu me lembrei dos acontecimentos até aquele dia , listinha :
– Ser possuída ;
– Conhecer Dean e Sam ;
– Saber da morte do tio Bobby ;
– Ver a Andy outra vez;
– Doença (câncer);
– Salvar Sam e Dean;
– Quase morrer;
– A conversa com o " clã dos anjos " e finalmente a noite de ontem ... a melhor de todas, comecei a lembrar de como Sam me tocava e de como eu estava sendo injusta , não contando a ele.
– Amanda ? - ele chamou .
– Oi ! - eu respondi e rapidamente limpei uma lágrima nos meus olhos antes que ele entrasse.
– Me ajudava com a gravata ? - ele disse chegando na porta
– Claro - eu respondi - seu cabelo estava pra trás e a única coisa que faltava era a gravata e eu sorri por vê-lo "trabalhando" , arrumei a gravata, ele me puxou pra perto , pela cintura e me beijou , quando ele se afastou eu ainda fiquei por uns 5 segundos de olhos fechados.
– Tchau - eu quase sussurrei sem fôlego, ele arrumou novamente o cabelo e saiu ...

[...]

"Ai meu DEUS! eu tenho que contar pra ele" eu pensava enquanto acelerava por uma estrada vazia e fria , o ronco da moto ensurdercia meus pensamentos , meus cabelos estavam pra trás , jogados pelo vento e eu só pensava em acelerar , correr o mais rápido possível porque talvez assim eu pudesse esquecer das minhas ... asas ? só de pensar nisso minha pernas ficam bambas.
meu telefone tocou , estacionei a moto em um bar e atendi .
– Alô ? - eu disse já sabendo quem era.
Sam.
– Oi , onde você tá ? eu já cheguei em casa, er ... chegamos !
– Ah , desculpe Sammy , perdi a hora ...
– Estava andando de moto ? - ele me perguntou já sabendo a resposta.
– Sim - eu sorri - estou indo - finalmente eu disse.
decidi adiar a "notícia" porque ele parecia tão bem , tão confiante em mim ...
Dirigi o mais rápido possível e quando cheguei Sam estava em frente a casa , provavelmente me esperando .
– Oi - ele disse chegando mais perto.
– Sammy - eu falei descendo da moto - O que faz aqui fora ?
Sam estava com os cabelos ao vento a gravata afrouxada e sem a parte de cima do terno , apenas com a camisa desabotoada.
– Não sei ... te esperando , talvez - ele disse sorrindo e me abraçou - nos braços dele eu me sentia tão segura , poderosa , pronta pra qualquer coisa, meus braços que estavam em volta do pescoço dele , eu tirei e comecei a acariciar seu rosto e mexer no seu cabelo.
– Você está bem ? - era incrível como ele me conhecia,
– Bem - eu sussurrei e beijei sua testa .