Sam abriu os olhos com um pouco mais de dificuldade, e assim que conseguiu enxergar tudo com clareza novamente, percebeu que estava em um quarto, estava todo sujo e bagunçado, deduziu logo de inicio que estava em uma casa abandonada.

Tentou se levantar e viu que estava deitada em uma cama, que também não estava nas melhores condições, viu alguns pingos de sangue seco no chão, estava começando a se apavorar, não sabia o que estava acontecendo e muito menos por quanto tempo dormira. Tentou movimentar suas mão, mas estavam amarradas assim como seus pés e apenas sua boca estava livre.

Escutou algumas risadas do outro lado da porta, e passos se aproximando, logo escutou o ranger da porta e viu uma figura morena parada na porta, e não demorou muito para reconhecer. Tyler. E logo atrás veio os outros dois. Jason e James.

_Deve se lembrar da gente, certo? - Sam apenas assentiu - E agora deve estar se perguntando do porquê que estamos fazendo isso, não é? - Sam assentiu novamente - Devemos dizer que queremos conversar com o seu amigo, o Freddie, mas ele andou meio sumido depois daquele dia, então acho que a melhor forma de fazer ele vir até aqui seria pegando você, sei que ele não é bobo e vai saber quem teria feito isso com você - se aproximou mais da loira, passando a mão pelo o rosto dela - Pode ficar tranquila, que por enquanto você vai ficar bem - foi para a porta novamente - James, arrume comida para ela.

_Tudo bem - o garoto respondeu e logo a deixaram sozinha no quarto novamente.

E a única coisa que estava pensando era em Freddie, ele não poderia saber onde ela estava, tudo menos ele, não queria que ele se machucasse ainda mais.

[...]

Freddie chegara em seu horário normal, talvez até um pouco mais cedo do que de costume. Foi em direção as escadas, onde sabia que Sam sempre ficara, queria pelo menos dizer um 'oi' para a loira. Assim que olhou as escadas não a vira, estranhou, afinal sempre que chegava costumava ver que ela estava ali, foi em direção onde o armário dela fica e também não a viu. Viu Carly saindo do banheiro e se aproximou da morena.

_Oi - começou.

_Oi - a morena respondeu simpática.

_Você viu a Sam hoje?

_Não, cheguei faz meia-hora mais ou menos, mas não a achei.

_Qual foi a última vez que viu ela?

_Ontem, depois que terminamos de arrumar a quadra, ela foi embora, para não ficar muito tarde.

_Obrigado, afinal, você tem celular, certo?

_Tenho.

_Me empresta?

_Claro - retirou o celular do bolso e entregou ao moreno.

_É rápido - se afastou um pouco da morena e discou o número do celular de Sam.

O celular tocava mais ninguém atendia, achou ainda mais estranho, pois Sam nunca largava o celular para nada mesmo. Desligou e tentou o número de sua casa. No terceiro toque a mãe de Sam atendeu.

_Alô?

_Senhora Puckett, sou um amigo da Sam e queria saber se ela está ai.

_Não está, ela dormiu na casa de uma amiga chamada Carly e deve estar na escola agora.

­_Ah, tudo bem, muito obrigado - desligou.

Se aproximou novamente da morena e entregou o celular.

_Sam dormiu na sua casa?

_Não, por que?

_Liguei para a mãe dela e ela disse que sim.

_Mas não dormiu.

Freddie ficou mais alguns minutos pensando no que poderia ter acontecido, e então se tocou.

_Droga! - resmungou.

_O que foi?

_Aconteceu algo com a Sam e preciso ir atrás dela, e vou tentar voltar antes de duas horas, ela deve estar no final da cidade em uma casa abandonada, agora preciso ir.

Ele nem esperou uma resposta e saiu correndo da escola, escutando professores gritando seu nome. E então foi para o lugar onde achava que Sam estaria.

[...]

Sam ficara deitada naquela cama, já que não tinha jeito de fazer nada, estava praticamente presa naquela cama e ainda por cima deve que receber comida na boca, como uma bebê, por James, pelo menos esse não tinha cara de ser tão mal, mas mesmo assim ainda a assustava.

Ficava apenas escutando o plano que os três tentavam armar, sabia que eles não estavam nem ligando se ela estava escutando ou não, afinal, eles fariam com ela mesmo. E pelo o que ela escutava, eles planejavam que alguém saísse morto ainda.

Ficara encarando o teto, pensava em Freddie, ele não saia mais de seus pensamentos, estava com medo de que algo acontecesse com ele e não queria isso, estava desesperada só que em preocupação com ele, não estava nem se importando mais se ela iria se machucar ou não, mas seria qualquer coisa por ele.

Escutou a porta sendo destrancada e logo viu James entrando no quarto, e fechando a porta atrás de si, como se ela pudesse fugir. Ele foi até um pequeno armário e pegou uma bolsa pequena, Sam imaginara que lá dentro estava guardado o "tesouro" deles.

_O que querem?

_Como assim? - ele se virou para ela.

_Por que estão fazendo isso?

_Não sei se devo te falar.

_Por que?

_Isso é secreto do nosso grupo.

_Só o motivo deles estarem fazendo isso e o que pretendem fazer – James ficou a olhando meio hesitante e largou a pequena bolsa no armário novamente.

_Freddie andou meio desligado da gente, só vinha para comprar e ia embora, nem nas nossas festinhas ele não ficava mais, então Tyler estava pensando em um modo de fazer uma festinha que ele pudesse participar e seria com você, todos sabemos que ele gosta de você e vice-versa, então Tyler achou melhor pegar no ponto fraco dele... Você, e o que estão esperando é ele chegar.

_Mas não tem sentido.

_Tyler não gosta que ninguém o abandone e ainda mais que alguém saiba de nosso grupo.

_E eu sou a ameaça?

_Pra ele sim, ele acha que você pode nos denunciar para a polícia e deixar o Freddie livre, porque se pegam a gente com drogas e ainda com o histórico que temos, seria perigoso.

_Mas eu não vou dizer nada, não podem machucar o Freddie!

_Não diga isso, só vai tornar o jogo deles ainda mais divertido. Eles querem ver vocês sofrendo, é a diversão deles.

_JAMES! VENHA AGORA COM A BOLSA! – gritou Tyler do outro lado.

_Tenho que ir – pegou a pequena bolsa novamente e saiu do quarto da garota a trancando novamente.

Sam ficou ainda deitada ali, tentando entender tudo o que ele havia falado pra ela, agora só faltava rezar para que Freddie aparecesse.

_Cadê ela? – perguntou uma voz que indicava que era alguém que havia corrido muito.

Mas então não demorou muito para que Sam reconhecesse aquela voz... Freddie.