Sweet Little Boy escrita por Chris llama


Capítulo 17
I Love You


Notas iniciais do capítulo

Heeey mais um capíutlo *~*
Como sempre, muito obrigada por todos os comentários, mensagens e tudo mais. Vocês são os leitores mais fofos ever



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Os dois passaram a metade da viagem em silêncio. Kurt sentindo muita dor de cabeça, tontura e enjoo e Blaine ainda tentando processar a cena que vira no carro.

Isso não entrava em sua cabeça, será que Kurt realmente queria ficar com um cara no banco de trás de um carro? Kurt estava bêbado, talvez ele não soubesse o que estava fazendo... Mas quando estamos bêbados fazendo aquilo que queremos fazer sem pensar, certo? Esses pensamentos martelavam a mente de Blaine e não deixava o moreno pensar com alguma coerência.

– Meu pai vai ficar tão desapontado... Eu não sei o que falar pra ele. – Disse Kurt quebrando o silêncio com a voz triste e com um olhar tímido, meio infantil, fazendo-o parecer apenas uma criança confusa.

Isso fez um arrependimento pesar nas costas de Blaine, como ele teve coragem de gritar com Kurt daquele jeito?

– Não se preocupe, tenho certeza de que ele já foi dormir. – Respondeu o mais velho docentemente.

Kurt não disse nada, ele continuou apenas assistindo a paisagem da janela do carro enquanto enrolava seus dedos na blusa com o cheiro de Blaine. Ele queria chegar em casa logo, dividir o mesmo ambiente que o moreno tornava difícil até respirar.

– Ele fez alguma coisa com você? – Perguntou preocupado, voltando ao diálogo.

– Não. – nesse momento um peso enorme saiu das costas de Blaine.

– Kurt, por que você fez isso?

– Isso o que?

– Deixar esse cara te agarrar no banco de trás de um carro, ficar bêbado em um bar, sair escondido... – Perguntou Blaine suplicante, ele não conseguia entender porque Kurt faria uma coisa dessas. - Eu não entendo... Você não é assim.

– Você não sabe como eu sou, você não me conhece... Você me conhecia quando eu era uma criança, e por algum motivo você acha que eu continuo sendo. – Disse Kurt um pouco magoado. –Eu esperava por você todos os dias, mas você nunca voltava você não ligava, nem Finn tinha contanto com você... Eu estava com tantas saudades, eu senti sua falta todos os dias. – O pouco álcool que restava no sangue de Kurt insistia em arrancar todas as verdades que ele nunca tinha dito. Blaine queria gritar, queria dizer que ele não iria embora mais, mas ele não conseguia, sua garganta estava seca e ele não se lembrava como falar.

– Eu estava com Adam porque a única pessoa que eu quero não me quer. – Blaine sentiu seu coração quebrando um pouco a cada palavra. – Santana me disse que a bebida curaria a dor de um coração partido, ela disse que eu poderia ficar com outros caras e esquecer, mas eu não consigo... e-eu... eu não quero esquecer. – Disse o mais novo com a voz embargada pelo choro.

Blaine estacionou o carro na porta da casa dos Hummel e se virou para encarar Kurt. Seus olhos estavam cheios de lágrimas insistindo para serem derramadas, era isso mesmo que Kurt sentia? Todo esse sofrimento de Kurt era culpa dele?

– Blaine, eu amo você. Eu sempre amei. – Kurt respirou fundo e fechou os olhos, incapaz de encarar Blaine, deixando as lágrimas correrem. Era isso mesmo que ele queria, depois de dizer em voz alta o sentimento parecia ainda mais real para Kurt.

Blaine levou seu polegar ao rosto de porcelana, e limpou as lágrimas cuidadosamente para não apertar ainda mais o hematoma do menino. Ele passou suas mãos cuidadosamente nos cabelos castanhos, retirando ele dos olhos do menino e tomou alguns segundos olhando o mais novo, ele amava Kurt também, não amava? Ele gastava suas noites sonhando acordado com o mais novo, gastava os minutos de seu dia assistindo e memorizando cada expressão no rosto bonito do menino, passava o dia todo pensando na sua pele de porcelana e seus olhos azuis, ás vezes verdes? Tantas cores misturadas, mas sempre perfeitamente brilhantes. Sim, Blaine amava Kurt.

– Kurt, eu... – Começou Blaine, sem saber exatamente o que falar.

– Por favor, não diga nada, eu não quero ouvir. – Disse Kurt com a voz grave, saindo com dificuldade por causa do choro. – Eu sei o que você vai falar, eu não estou pronto para ouvir isso... – Kurt fungou um pouco antes de limpar as lágrimas e voltar a seu raciocínio – Eu te amo tanto, e eu não entendo, por que você não pode me amar? O que faria você me amar?

– Kurt não é assim, é... É complicado, as coisas são mais difíceis do que parecem. – Disse Blaine calmamente, fugindo do olhar de Kurt.

– Não... – Sussurrou Kurt. – As coisas não são difíceis, Blaine. Você que faz questão de complicar. Eu gosto de você, eu te amo e tudo bem você não me amar; mas eu sei que você gosta de mim porque sempre que tem a oportunidade está tentando enfiar sua língua na minha boca, até lembrar que eu sou “apenas uma criança que não sabe de nada” – Disse irônico formando aspas no ar com os dedos.

– Então você se afasta... Qual o seu problema? Adam disse que você não tenta ficar comigo porque sabe que... Sabe que eu vou me preservar, mas... Se você realmente quisesse isso de mim eu te daria, eu te daria tudo de mim. – Disse Kurt mais suplicante do que necessário, com as bochechas em um novo tom de rosa. – Eu faria qualquer coisa pra você entender o quanto eu te amo.

Kurt deixou seus olhos verdes inflexíveis, fixos alguns minutos em Blaine antes de se inclinar e encostar seus lábios com os do moreno, Kurt deixou sua língua brincar com os lábios de Blaine, antes do mais velho entreabri-los e permitir a língua de Kurt deslizar em sua boca.

Blaine estava prestes a protestar, aquela situação já havia fugido do controle há tempos, tudo era errado de muitas maneiras diferentes. Mas os lábios macios de Kurt encaixavam-se tão bem nos seus que qualquer juízo ou pensamentos coerentes do moreno haviam desaparecido.

Kurt sentiu as mãos de Blaine apertarem sua cintura e o peso do corpo do mais velho em cima do seu. Blaine distribuiu beijos molhados por toda extensão do pescoço do mais novo fazendo Kurt jogar sua cabeça para trás e morder seus lábios para conter um grito. O castanho nunca se sentiu tão bem em toda sua vida. Sim, Kurt estava certo, a sensação dos beijos de Adam jamais se aproximaria da de Blaine, tudo era diferente com o moreno, ele só fazia coisas com Kurt que o castanho não conseguia explicar.

– B-ee... Eu quero você. – Disse Kurt sem fôlego.

Blaine teve de reunir todo seu autocontrole para não arrancar as roupas de Kurt e abusar dele.

– Kurt... – Disse Blaine docentemente antes de despejar um selinho na boca de Kurt. – Não podemos fazer isso, tudo bem?

– P-por... Por que não? Eu... Eu não sou bonito o suficiente? Você não consegue ficar comigo porque eu sou gordo e... Eu sei que você conhece muitos caras, provavelmente aqueles universitários inteligentes e malhados com abdomens bem definidos, mas... – Kurt se enrolou com cada palavra tentando formar alguma frase coerente, isso sem sucesso.

– Kurt, pode parar de falar por um minuto? – Kurt parou e olhou suplicante para o mais velho.

Blaine se afastou um pouco tendo uma vista do castanho. Porra, Kurt era lindo... Não, ele estava além de lindo, ele era perfeito, tudo sobre ele era perfeito. E Blaine sabia muito bem que as coisas não podiam ser desse jeito.

– Você é lindo Kurt, você é perfeito de todas as formas possíveis. E você também é especial, e as coisas com você tem que ser especiais. – Disse olhando nos olhos verdes aguados por lágrimas não derramadas. – E assim como você não devia ter ficado com aquele cara dentro do carro enquanto estava bêbado, você também não pode ficar comigo, você entende?

– Não... Eu não entendo, eu não queria Adam, mas eu quero você.

– Kurt... Você significa muito pra mim, e eu não quero errar mais com você, tudo bem? – Disse enquanto acariciava as bochechas coradas do mais novo. – Eu não posso falar dele enquanto eu estou cometendo o mesmo erro...

– M-mas... eu amo você, Blaine! E você é diferente de Adam, tudo sobre você é diferente. – Insistiu Kurt. - Exceto talvez o fato de que ele me queria e você não me quer... – Disse desanimado.

– Kurt, podemos subir? Você precisa tomar um banho e dormir um pouco e amanhã podemos falar sobre isso.

Kurt abriu a porta do carro irritado e correu para dentro de casa, deixando Blaine para trás.

O moreno suspirou encostando-se ao banco do carro, talvez ele devesse pela primeira vez em anos ser honesto com todos os seus sentimentos. Ele realmente gostava de Kurt, o que havia de mal nisso? Kurt merecia saber a verdade, ele não podia esconder o seu amor pra sempre.

~K&B~

Kurt passou um longo tempo embaixo do chuveiro, tempo suficiente para não saber quanto tempo havia passado. Ele estava cansado de Blaine, o que ele tinha de fazer para o moreno entender que ele o amava? Lágrimas de frustração insistiam em sair dos olhos verdes. A vida ás vezes simplesmente era uma merda.

Kurt terminou seu banho e se secou rapidamente com a toalha, vestindo seu pijama e voltando para o quarto, pronto para deitar e contar para Brittany como seu dia havia sido horrível. Ou talvez ele morresse no caminho, sua cabeça estava muito próxima de explodir.

– O que você está fazendo aqui no meu quarto? – Perguntou irritado, assim que viu Blaine sentado em sua cama.

– Vim ver se você estava bem, você estava demorando. – Respondeu Blaine calmamente.

– Agora você também quer controlar o tempo do meu banho? Meu pai já voltou, você não precisa mais cuidar de mim, obrigado.

Blaine ignorou o mais novo e lhe entregou um comprimido juntamente com um copo d’água.

– Blaine, já falei pra você sair daqui.

– Eu pensei que você poderia estar com dor de cabeça. – Blaine continuou, ainda rejeitando os apelos de Kurt.

– Sim, eu estou, e ajudaria se você saísse daqui e me deixasse dormir.

– O que você bebeu hoje?

– Eu não sei... – Disse Kurt exausto. – Se eu tomar esse remédio você me deixa em paz?

– Você não queria conversar? – Perguntou Blaine enquanto Kurt tomava o comprimido acompanhado do copo d’água.

– Eu não sei... Eu não quero ouvir você falando que eu sou muito novo, ou que eu sou “só o seu irmãozinho” – disse Kurt imitando a voz de Blaine. – Nem mesmo que você não pode me amar porque “é complicado”. Eu já entendi tudo isso, está bem? Já pode sair...

– Kurt, senta aqui. – Disse Blaine enquanto dava algumas batidinhas no colchão ao seu lado.

Kurt se sentou se falar nada, tomando um pouco de distância de Blaine para suas pernas não se tocarem.

– Você lembra disso? – Disse Blaine tirando uma foca de pelúcia um pouco gasta detrás do travesseiro. – Eu acho que lembra, porque eu você ainda tem o seu pinguim... – Continuou, enquanto Kurt arregalava os olhos para sua afirmação.

– Eu não entendi o que você quer? Por que estava mexendo nas minhas coisas?

– Eu te levei no aquário quando você tinha seis anos. – Blaine mal começou e a bochechas de Kurt já estavam esquentando. – Eu gostava de passear com você, sabe? Eu sempre preferi a sua companhia a de qualquer outra pessoa, você sempre estava lá, e você tinha aquele olhar impressionado para coisas tão simples e você ficava feliz com tudo o que eu fazia, você adorava qualquer lugar que eu te levava para conhecer. E mesmo quando você não tinha muita noção das coisas você conseguia me entender tão bem quanto Finn, meu melhor amigo, você que me ajudou a entrar em Julliard e você esteve lá pra mim na audição, você sempre dizia palavras doces, o que eu queria ouvir de tantas pessoas, mas você era o único que realmente dizia, e eu sabia que era verdade, porque você nunca mentiu pra mim.

Kurt sentia seu estomago torcer a cada palavra, aonde Blaine queria chegar? Tudo bem, Kurt sabia que ele tinha milhares de motivos para considerar Blaine seu irmão mais velho, mas ele simplesmente não pôde evitar se apaixonar.

– Você sempre foi o irmãozinho perfeito que eu nunca tive. Você foi a criança mais adorável que eu conheci em toda a minha vida. – Disse Blaine sorrindo um pouco, olhando para o nada perdido em seus pensamentos. – Mas você tem razão, você não é mais uma criança, você cresceu, e você está certo em dizer que sumi e que eu fui um idiota, eu realmente perdi tanto de sua vida... Eu queria ter estado aqui pra você Kurt, porque você precisou de mim, e eu não estava aqui, eu nem ao menos liguei, você tem noção do quão arrependido eu estou? – Blaine disse, agora olhando no fundo dos olhos de Kurt. – A primeira coisa que passou pela minha cabeça quando eu te vi agora que eu retornei para Ohio foi que você estava incrivelmente lindo e que você havia crescido tanto, e você já não era mais aquele garotinho.

– Blaine... Aonde você quer chegar? E-eu... Eu não estou entendendo mais. – Blaine sorriu para o castanho e continuou seu discurso.

– Eu fiquei enrolando enquanto falava tudo isso, mas o que eu realmente quero dizer é... Kurt, eu amo você. – Disse Blaine em um fôlego só, e nesse momento Kurt não sabia se iria morrer, chorar ou gritar, ele nem sabia o que fazer com tanta felicidade de repente. – Você cresceu, mas ainda assim você continua sendo esse menino adorável, só que desde que eu voltei pra cá eu não consigo te enxergar apenas como um irmãozinho. Você continua me fazendo sentir coisas que eu não deveria sentir, não por você, e eu não sabia mais o que fazer; mas por que eu devo lutar se você também sente o mesmo por mim? Se nós dois nos amamos então as coisas deviam funcionar, certo?

– B-Blaine... – sussurrou Kurt sem saber o que dizer, ainda olhando para o amado em estado de choque.

Blaine riu um pouco e puxou Kurt para perto de si, envolvendo o castanho em um abraço.

– Eu estava com tantos ciúmes...

– C-Cíumes?

– Daquele cara do carro que estava com você mais cedo.

– Por que você estava com ciúmes de Adam? – Perguntou Kurt confuso.

– Ninguém deveria estar te tocando daquele jeito, e então Santana disse que você queria aquilo... Eu fiquei louco, e eu gritei com você, sinto muito. – Disse Blaine sincero, enquanto seus dedos brincavam com os cabelos de Kurt.

– T-tudo bem...

– Eu sei que não era meu direito, mas eu não sei... Eu não sei de mais nada, o que eu vou dizer para o seu pai? Eu não consigo pensar em um jeito normal disso funcionar. Querendo que você fique comigo eu estou te tirando tantas oportunidades e...

– Você me ama. – Disse Kurt simples, ainda com um sorriso bobo no rosto.

– Isso é certo. – Respondeu Blaine com um sorriso igualmente idiota.

– E eu te amo, eu não quero as coisas difíceis agora... Podemos apenas falar disso amanhã?

– Tudo o que você quiser bebê. Dorme um pouco, amanhã podemos dar uma volta e conversar, tá? – Disse Blaine ensaiando um movimento para sair da cama.

– Fica comigo. – Pediu Kurt corado, segurando no braço de Blaine.

Blaine pensou um pouco, não era uma boa ideia, Burt já estava em casa. Mas, quando Kurt Hummel te pedia para dormir com ele, não existiam muitas opções de resposta.


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Notas finais do capítulo

Bom gente é isso. Eu sinto muito se eu deixei esse capítulo muito grudento ou 'zzzz' demais, não era minha intenção, mas não consegui me conter na hora de escrever essas cenas chicletes, principalmente porque o capítulo não estava saindo como eu queria.
É isso, me deixem saber o que acharam do capítulo (lembrem-se que reviews me fazem feliz) e me perdoem pelos erros de escrita e tudo mais.