Finalmente chegaram ao seu destino, Gendry pediu licença e se afastou e Arya sabia que ele ia se aliviar, mas ele nunca falaria na sua frente, Arya sorriu pra si mesmo, pois agora ele era uma Senhorita, não uma senhorita, mas uma donzela e Gendry tinha cortesia demais para fazer esse tipo de grosseria.

Tyrek a chamou:

– Tenho que ir agora, meu objetivo aqui é outro, mas lembre- se de quem você é, Jeyne-falou e sorriu.

– Sim, senhor meu tio. -ela também sorriu.

Gendry já estava voltando e então acólito se foi, e Arya deu por si pensando se reconheceria ele caso se encontrassem de novo, se alguma vez a vida viesse á cruzar seus caminhos novamente, concluiu que não, nem mesmo sabia como era o rosto dele de verdade.

– Onde vai seu tio?- Perguntou Gendry.

–Disse que tem algumas coisas á resolver.

– E agora o que vamos fazer? - Gendry perguntou, olhando para ela ansioso, e ela viu que ele se sentia perdido.

– Eu gostaria de ir ao Castelo e me oferecer pra trabalhar nas cozinhas, você deveria se oferecer para os estábulos, na cozinha com toda certeza seria reconhecido, um dos três iria te ver, mas... Gendry quer mesmo fazer isso?

– Quero!Aquelas pessoas que eles mataram eram a única família que já tive, eu nunca mais verei eles novamente os culpados tem que ser punidos!- Disse sem hesitar- e os Lannister já fizeram muito mal á todo mundo não somente á mim, mas também á uma amiga que tive, os Lannister mataram seu pai, e mais tarde sua mãe e seu irmão, ela era uma boa garota que nunca mereceu isso, e agora deve estar morta também... Ela era tão teimosa que não quis ficar conosco, mas talvez estivesse morta da mesma forma.

Arya fez um esforço sobre humano pra não chorar. "Essa é a história de outra pessoa não á sua você é Jeyne"mas apesar do esforço uma lágrima rolou.

–Você está chorando?-disse Gendry parecendo muito preocupado

–Eu sei como é perder um pai- a meia mentira veio fácil aos lábios- a guerra matou muitas pessoas boas e más. -Arya disse e pensou Valar Morghulis.

– Eu gostaria que ela não tivesse morrido, eu tentaria levar ela de volta pra casa como ela queria, eu nunca tive um lar, um lar meu, mas poderia levar ela para o dela, ela era uma Senhora bem nascida, mas não podia se dizer isso aos ouvidos dela sem ser espancado- sorriu um sorriso triste e carregado de lembranças.

– Se estiver viva quem sabe um dia se encontrem-consolou.

Depois disso seguiram em silêncio, até os portões da Fortaleza, e ela falou:

– É hora de nos separamos para não devemos ser vistos juntos.

Ele assentiu.

– Se puder te ajudar, farei, por você, por seus amigos e sua amiga, qual era o nome dela?

– Arya, Arya Stark.

E Arya se afastou sorrindo, era muito bom ouvir seu nome novamente.