The Death Of Akashi Seijuuro escrita por MuraAkaFanGirl13


Capítulo 3
Apenas um olhar..


Notas iniciais do capítulo

AHHHHHHHHHHH GOMEN!! DEMOREI TANTO!!! EU NÃO CONSEGUIA ARRANJAR COMO ESCREVER O QUE EU QUERIA E DEMOROU-ME SÉCULOS!! PERDOEM-ME!!
Este capítulo é um pouco diferente dos outros hehehhe....
Espero que gostem!!



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Sombrio. Se lhe pedissem para descrever o seu ex-capitão naquele momento diria que a palavra "sombrio" seria a ideal. A aura negra que estava a ser emitida do corpo do ruivo conseguia fazer todos os ossos do corpo de Kuroko estremecerem. E quando olhava para aqueles olhos frios sentia medo. Olhos frios - não expressavam nenhuma emoção. Mas não eram como os seus; os seus eram inexpressivos pois recusavam-se a mostrar algo a partir deles. Mas os do outro, os dele eram frios porque não havia nada para mostrar. Era apenas um grande vazio, tão profundo que parecia sugar lá para dentro quem olhava diretamente, e fazia a pessoa mais poderosa sentir-se pequena e indefesa.

Era assim que Akashi Seijuuro era; gélido, intimidante e controlador. Pelo menos, era assim que ele agora era, e talvez seria para o resto da sua vida; o azulado sabia que não podia trazer de volta o passado por mais que pensasse nisso. Ele sabia que as probabilidades da versão gentil do seu capitão voltar eram poucas, muito poucas, mas mesmo assim ele ia combater por isso, combater com o seu basquetebol, não, com o basquetebol da Seirin.

A Seirin era a sua nova luz, os seus amigos, a sua equipa, aqueles que ele sabia que ele podia contar qualquer que fosse a situação. Eram os seus companheiros e ele queria fazer tudo menos desapontá-los, então ia ganhar com eles em todos os jogos mesmo que o adversário seja o Akashi Seijuuro.

Tirar o imperador do seu posto era o seu objetivo actual e que só se agravou mais ao vê-lo ali a andar com aquele ar superior. Mas o que sentia não era raiva, não era inveja, não era desgosto, nojo, ira, desagrado. Era pena. Sentia pena daquela alma confusa que andava ali às cegas, caminhava sozinha e não sabia que estava perdida mesmo não sabendo onde ir. Mandava os outros a baixo mesmo estando caído no chão sem saber-se levantar e sem ter ninguém a quem apoiar-se. E estava ofuscado por uma ilusão que tapava para encobrir a solidão em que vivia. A solidão em que se tinha posto.

Mas quando ele finalmente vir a verdade, quando voltar a si mesmo, ele vai estar assustado e confuso, e ninguém o poderia ajudar pois a sua barreira impediu todos de criar amizades com ele, mas nesse momento o Kuroko ia apoiá-lo, e quando chegar essa altura ele vai ser o primeiro a estender-lhe a mão e lhe desejar boas-vindas de volta.

-X-

Irritava-o mais que tudo saber que alguém que antes podia ter chamado de amigo agora lhe olhasse daquela maneira. A maneira como andava, como examinava os outros, como avaliava-os e como se achava o melhor dava vontade de fazer o sempre sereno Midorima Shintaro esmurrar o ruivo até que ele estivesse deformado.

E pensar que o outro já foi um amigo, um rival, um companheiro, alguém que ele confiava e admirava mas agora os dois eram inimigos e desprezavam-se. Era demasiado orgulhoso para admitir que tinha saudades dos momentos em que os dois olhos do outro eram aquele amigável vermelho, que transmitiam conforto e simpatia. Tinha saudades dos momentos em que os dois estavam sozinhos na sala do clube a conversarem sobre assuntos triviais, partilhavam leve risos, dividiam a dor de momentos dificeis ou simplesmente ficavam em silêncio, o único som presente o das peças de Shogi a serem movidas pelo tabuleiro.

Contudo, o tempo mudou-o, depois daquela partida a pessoa gentil transformou-se numa desagradável e cruel que apenas pensava em vencer e mesmo assim já pensava nisso como algo lhe garantido. E ficou assim até ele graduar da Teiko.

Ele pensou mesmo que lhe poderia ganhar. Ele pensou que poderia tirar a arrogância dos olhos de Akashi junto com o seu novo pareceiro, Takao Kazunari e a sua equipa, à qual ele agora confiava plenamente. Porém ele foi derrotado, não, esmagado completamente pelas habilidades do outro, e todas as suas esperanças de conseguir ver de novo o seu amigo forem destruçadas.

As lágrimas que escorreram dos seus olhos no fim daquela partida não foram só de tristeza e desespero de ter perdido por mais que se tivesse esforçado e lutado com tudo o que tinha. Num fundo ele sentia-se arrependido, arrependido de não ter dado atenção ao seu ex-capitão quando notou ele agir estranhamente em certas situações, arrependido por não ter-se questionado porque é que às vezes o ruivo dizia coisas sem sentido no meio de conversas e sussurrava para si "Isto é temporário, vai tudo passar...", arrependido por não ter respondido quando o outro murmurou "Ajudem-me..." no fim de um jogo em que tinham esmagado o adversário, por ter virado costas e ignorado aquelas palavras.

E agora era o outro que lhe virava as costas e ignorava as suas lágrimas.

- X -

Aomine Daiki e Akashi Seijuuro nunca se deram bem. Dar bem é dizer pouco, eles eram completamente opostos: um sendo mal-educado e impulsivo, fazia sempre o que lhe apetecia e não se importava com as consequências enquanto o outro era sempre formal e maturo, agindo sempre de uma maneira calma e composta e pensando na segurança de todos à sua volta e na sua antes de fazer alguma coisa.

Discutiam muitas vezes por pensarem de maneiras diferentes mas respeitavam as habilidades um do outro. Aomine, mesmo quando estava afundado na mentalidade de que o único que lhe podia ganhar era ele sempre olhava de maneira diferente para o ruivo, e sentia um certo entusiasmo quando o pensamento de jogar uma partida contra ele vinha à sua cabeça.

Ele sabia que os melhores da Geração dos Milagres eram ele e o Akashi e talvez possuísse uma pseudorrivalidade com o outro para ver quem seria o melhor. Não que o outro alguma vez tenha mostrado interesse numa competição e por fora o moreno também não demonstrava querer. Era algo que ele mantinha para si; aquela sensação de querer jogar, de querer derrotar quem nunca ninguém tinha derrotado e de puder admitir "Eu sou o melhor jogador!".

Infelizmente nunca surgiu a oportunidade de lutar com o Akashi e talvez fosse por isso que tinha tanta esperança que Kagami fizesse o que ele não pôde fazer, e mesmo que não fosse ele a derrotar Akashi queria que o outro sentisse a amargura da derrota. Podem chamar-lhe o que quiserem mas ele desejava mais que tudo naquele momento, ver a cara de desespero do outro ao perder. Afinal agora sentia-se injustiçado pois já tinha sido derrotado e o outro ainda estava no seu altar a vangloriar-se.

E Aomine estava confuso, estava confuso e queria esclarecer-se ao ver a derrota do outro; mas afinal quem não estaria confuso se num dia ele visse o Akashi, o seu colega da equipa de Basquete que conhecia há quase 3 anos que usava sempre aquela cara calma e amigável (contudo nos últimos dias expressava um pouco de preocupação) que ao vê-lo relembrou-o de não faltar aos treinos, palavras quais ele tentou ignorar mas falhou e por causa disso ele irritou-se dizendo coisas que se arrependeria de ter dito o resto da sua vida, e no dia seguinte a esse viu alguém que era idêntico ao ruivo mas expressava um sorriso aterrador e afirmou-lhe com uma solidez implacável "Não precisas de ir mais aos treinos, só preciso que vás aos jogos." e deixou-o ali confuso, tão confuso como ainda está.

No fim deste jogo, quando Akashi perdesse (ou pelo menos esperava que perdesse) iria obter as respostas para as suas dúvidas de uma vez por todas.

-X-

A primeira impressão que Kise teve daquela figura à qual agora tem um imenso respeito foi que ele era pequeno. Apenas que era pequeno. E alguém tão pequeno não era capaz de ser o capitão de uma equipa de basquete. Ele tinha um ar tão inocente e indefeso a pairar nele, e os seus sorrisos eram tão gentis que pelo que o Kise viu ele tinha que estar enganado, aquele não podia ser o recente capitão de que todos falavam, aquele que era rígido e tinha um olhar sério ao qual ninguém conseguia enganar.

E quando viu aquele ruivo baixinho no treino de Basquete a dar ordens e controlar todos de uma maneira tão forte mas ao mesmo tempo cautelosa, preocupando-se se puxava de todos mas não cansá-los demais ou fazê-los magoarem-se e tentando sempre balançar os esforços de todos com os seus. Parecia uma magia, de como via tudo no campo ao mesmo tempo que movia todos para o seus respetivos lugares para concluírem os seus objetivos, era um verdadeiro trabalho de génio; pôr todas as notas na respetiva linha e completar o acorde que ia dar a mais bela sinfonia, era assim que era o basquete de Akashi Seijuuro, firme mas delicado.

E foi assim que ele foi durante aquele 2º ano. A controlar tudo com aquela maneira de ser, a arranjar novas maneiras de incentivar todos a melhorar e fazer com que todos os jogos fossem vitórias garantidas. Foi assim que ganharam jogos atrás de jogos e estava tudo perfeito. Até que as notas começaram a cair, e a sinfonia começou a desafinar.

Por mais que Kise nunca tivesse sido chegado ao Akashi ele sentia-se incomodado quando via a expressão cansada e um pouco arrebatada na cara dele, parecendo mais desesperado por esforçar-se em não mostrar as suas emoções. Ele não conseguia fazer mais nada quanto ao moreno, e o peito do loiro doí um pouco ao ver o seu capitão olhar as costas de Aomine quando saia dos treinos e dar um suspiro, aquele suspiro que ele libertava de cada vez que sabia que era inútil tentar fazer alguma coisa. E quando um desafio imprudente vindo de Murasakibara se pôs como obstáculo no caminho de Akashi, ele viu a mente dele a partir-se em mil pedaços. E o compositor daquela bela melodia desapareceu.

Ele viu a expressão gentil tornar-se em algo terrífico; viu como ele era diferente, maníaco e assustador; como não se importava com a equipa e apenas concentrava-se em certificar-se que todos iam ao jogos e esmagavam cruelmente o adversário, tal como fizeram com a equipa daquele amigo do Kuroko, Ogiwara era o nome dele se a memória não lhe escapava. Se pensasse bem tinha sido Akashi a apresentar-lhe o seu real talento e ele estava muito agradecido pois agora era muito feliz a jogar Basquete mas também tinha sido ele a voltar-lhe a pôr no estado em que tudo na sua vida era aborrecido.

Mas agora, ao olhar para o ruivo a preparar-se para a final, a observá-lo junto com a sua equipa, a equipa em que agora confiava plenamente e dependia, podia afirmar que o mundo em que Akashi vivia ia voltar a partir-se porque tinha plena certeza de que Kuroko ia ganhar o jogo. E quando Akashi se quebrasse de novo, desejava que se reconstruísse naquela pessoa harmoniosa de sorriso gentil.

-X-

Dourado. Era a única coisa que conseguia ver; um dourado penetrante que lhe tinha feito cair ao chão e agora olhava-o de cima e julgava-o. Era até irritante como até o piscar de olhos era tão perfeito, tão invulnerável, mas sobre aquele olhar continuo ele não conseguia sentir qualquer outra coisa sem ser medo.

Ele era diferente. Este Akashi era diferente do que aquele que ele conhecia e ele não gostava. Sentia uma sensação estranha quando o olhava, sentia-se incomodado com os olhares frígidos do outro. Ele queria voltar a sentir-se feliz por ver a delicadeza nos olhos do menor, aquela que agora tinha desaparecido e parecia nunca alguma vez ter estado lá. Era como se houvessem duas pessoas distintas e uma tivesse morrido e a outra aparecido.

Porém, o que estava-lhe a custar mais era que estava-se a sentir sozinho, muito sozinho. O Akashi tinha sempre sido aquela pessoa com qual ele sempre conversava e sentia-se realmente relaxado ao pé dele, ele confiava nele, dependia, e sabia que acontecesse o que acontecesse o ruivo nunca o iria julgar, criticar ou rebaixar. Lembra-se ainda do dia em que estavam a fazer os testes para entrar para o clube de basquetebol, foi irritante ver tantas pessoas de bocas abertas e a comentar como é que um caloiro poderia ter 1,86m mas apenas aquele rapaz pequeno e magro, de cabelos vermelhos como o sangue, ignorou a grande diferença de alturas dos dois e falou com ele como se fosse qualquer outra pessoa, não, risquem isso, ele falou-lhe como se já o conhecesse à muito e fossem amigos, como se sentisse que os dois iam acabar por ter uma longa amizade.

Uma longa amizade que acabou com o seu desafio idiota. Se não fosse ele...se não tivesse duvidado das capacidades do outro talvez ainda tivesse o seu Akashi simpático junto dele...aquele Akashi que lhe dava doces de cada vez que tinha um nota boa num trabalho, aquele Akashi que lhe sorria gentilmente quando ele fazia algo certo, aquele Akashi que era um capitão ágil e forte. Queria que fosse aquele Akashi que ele partiu.....que ele partiu em pedaços tão pequenos que duvidava que alguma vez fosse concertado.

Tentou ignorar a culpa que sentia até se graduar da Teiko e tapou-a com um novo sentimento de amizade descoberto ao conhecer o seu novo parceiro, Himuro Tatsuya. Mas aquela sensação não desaparecia e sentia a consciência muito pesada. Ele que tinha sempre aquela expressão de aborrecimento sentia-se perto de chorar quando via como o outro tinha mudado, sentia o coração pesar quando viu a expressão de arrogância do outro quando negou o aperto de mão com Midorima esmagando o pacote de doces que tinha na mão, e ainda mais quando o outro não lhe dava mais do que um olhar de relance....o Akashi que ele conhecia não era assim.

A culpa era dele e mesmo que o outro fosse curado ele sabia que nada iria alterar que foi ele que partiu Akashi Seijuuro.

-X-

Andava nos corredores no pavilhão calmamente, afinal não havia grandes pressas; estava apenas 5 minutos atrasado pois tinha estado a reconfirmar as estratégias que seriam usadas para o jogo que ia jogar a seguir, dentro do hotel onde estava a ficar e agora ia ter com a sua equipa aos balneários.

Sentia os olhares de admiração e os sussurros de cada vez que passava por alguém e ao curvar para a o corredor dos balneários la encontrou a equipa adversaria; Seirin.

Apenas um olhar e o corredor ficou num silencio sepulcral. Não estava admirado, ele seria um oponente muito forte e sabia que não seria derrotado. Navegou o olhar por toda a equipa até pairar em Kagami Taiga, que ao avista-lo pôs logo um cara de raiva, mesmo que se detestasse nos olhos outra emoção lá demonstrada. Entusiasmo talvez? Não perderia o seu tempo nele, não era merecedor.

Sorriu maliciosamente quando viu o jogador fantasma, parado com a sua expressão melancólica habitual. Não eram preciso serem ditas quaisquer palavras para enviarem a mensagem que tinham em mente, um ao outro.

"Domo, Akashi-kun."

Apenas um olhar...

" Domo, Tetsuya."

..E a conversa estava acabada.


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Notas finais do capítulo

Por agora é tudo!!
Obrigado por lerem e por favor deixem um comentário com a vossa opinião!!
Bjs!



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