According To We escrita por Júlia Lopes


Capítulo 1
01 - Você de novo


Notas iniciais do capítulo

Enfim não sei se terei leitores mas mesmo assim vou falar para quem estiver lendo ou para os fantasmas u.u

Espero que gostem e boa leitura :)



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Eu não acredito. Isso só pode ser brincadeira.

“Anna você está bem?” Amanda parecia está realmente preocupada comigo. Ela olhou na direção em que eu olhava, mas aparentemente não percebeu nada. Claro que ela não percebeu. Ela não lembra quem é ele. Ela não tem a mínima ideia quem poderia ser esse cara alto, de cabelos castanhos, pele pálida, sorriso encantador e olhar hipnotizante, a qual eu estava paralisada olhando há quase cinco minutos e ainda não pareceu notar minha presença aqui.  Ou poderia até saber, mas não o percebeu como eu o percebi.

“Acho melhor irmos embora.” Falei já saindo com o mesmo pé que entrei e sendo seguida pela Amanda que não entendia nada do que estava acontecendo.

“Ficou louca Anna Elisa?” Ela perguntou assim que me alcançou “Precisamos voltar, a Carolina vai nos matar se não estivermos lá quando ela chegar. Afinal por que saiu correndo?” Respirei fundo lembrando o motivo de estarmos ali, íamos nos encontrar com a Carolina, a irmã mais velha da Amanda que ia me ajudar no projeto da minha faculdade, e ela havia escolhido aquela sorveteria para nos encontrarmos.  “Anna, eu estou falando com você”

“Desculpa amiga, eu... estou com dor de cabeça. É isso, será que se importar de conversar com a sua irmã sozinha, depois você me passa tudo? Eu preciso ir pra casa.” Falei e vi minha amiga arquear as sobrancelhas como se vendo se acreditava no que eu disse ou não.

“Certo” Ela disse e veio me dar um abraço o qual eu retribuir “Fica bem, qualquer coisa me liga” Ela disse e então eu fiz sinal para um taxi e sai dali o mais rápido que pude.

***

“Eu ia te ligar” Falei sorrindo assim que abri a porta de casa, minha mãe tinha saído com o meu irmão para o cinema e então eu estava só. “Ia te chamar pra vir pra cá.” Eu fiquei na ponta dos pés para dar um selinho no moreno que estava na minha frente, mas ele desviou.

“Precisamos conversar” Ele disse serio e meu sorriso fechou. Alguma coisa tinha acontecido.

“Nossa, acho que nunca te vi tão serio.” Falei preocupada e abri passagem para ele poder entrar e logo em seguida fechei a porta “Aconteceu alguma coisa, amor?”.

“Não me chama de amor, Anna Elisa. Não dificulta as coisas” Ele falou, mas não demonstrava raiva. De qualquer maneira aquelas palavras me destruíram por dentro.  Eu respirei fundo.

“O que você queria conversar, Marcelo Brandão?” Ele fechou os olhos por um segundo como se aquilo fosse tão difícil pra ele quanto pra mim.

“Precisamos terminar.” Ele disse e eu juro que pude ouvir o meu coração despedaçando dentro do meu peito.

“Mas por quê?” Perguntei sem achar razão. Ontem mesmo foi um dia tão perfeito entre a gente.

“Não torna isso mais difícil, Anna” Ele disse.

“Mas, baby, o que...” Eu ia dizendo, mas ele me cortou.

“Não torna isso mais difícil” Ele abriu a porta e eu estava imóvel “Seu cuida”

As lagrimas banhavam meu rosto. Eu jurava que nunca mais o veria, eu jurava que já estava vacinada contra ele. Eu pelo menos achava. “É aqui” falei e o motorista parou em frente a um prédio alto, branco com azul.  Eu paguei o que devia e desci. Precisava falar com ela.

O porteiro já me conhecia e deixou-me subir sem anunciar. Decimo quarto andar. E eu cheguei.

Apertei a campainha sem parar.

“JÁ VAI, PORRA!” a pessoa do outro lado gritou.

Ele abriu a porta e arregalou os olhos quando me viu.

“NÃO ACREDITO QUE NÃO ME FALOU QUE ELE TINHA VOLTADO!”  Eu gritei entrando na casa e deixando as lagrimas correrem soltas.

“Ele foi atrás de ti?” Ele pareceu surpreso por eu saber sobre o Marcelo.

“Não, acho que foi até pior. Eu o vi numa sorveteria”  Ele apertou os olhos e suspirou em quanto pegava uma blusa que estava jogada em cima da mesa e vestia.  Ele suspirou e se sentou no sofá pequeno que tinha ali. Eu sentei ao seu lado apoiando o cotovelo nas pernas e enterrando a cara na mão.

“Calma Anninha” Ele falava passando as mãos pelo meu cabelo e eu levantei o rosto ainda banhado em lagrimas e o olhei.

“Porque não me disse, Eduardo?” Eu falei em um tom seco que eu tenho quase certeza que o magoou.

“Eu não entendo porque esta tão abalada.” Ele falou e eu percebi o que havia feito. Merda. “Pensei que tinha esquecido ele”

“Du” Eu falei com a voz mais doce “Você sabe que não da pra esquecer a historia que eu tive com ele. Você devia mais que ninguém me entender você disse que ia me entender.”  

Ele suspirou e eu entendi que ele não sabia o que dizer.

“Não queria que você ficasse mau, e além do mais pensei que vocês não se veriam.” Ele falou. “ Ele trancou a faculdade e vai passar uns meses aqui pra ajudar a cuidar da avó” Isso era a cara do Marcelo. “ Acho que só vai voltar pra São Paulo em agosto ou setembro.” Suspirei, isso era tempo demais, eu não queria vê-lo. 

“Tudo bem, desculpa. Eu não sabia que ia ficar tão abalada com isso.” Eu disse me levantando do sofá e Eduardo se levantou junto comigo e antes que eu falasse mais alguma coisa ele me abraçou.

“Ta tudo bem, minha pequena” Ele disse ainda no abraço.

“Posso ficar aqui essa noite?” Perguntei e ele se afastou de mim me olhando meio surpreso.

“Tem certeza?”

“To com saudades.” Falei sem medir direito o peso das minhas palavras.

“E o Marcelo, você veio aqui e...” O interrompi.

“Não fala mais dele, eu quero ficar aqui com você essa noite” Eu disse e sem aviso prévio o beijei como a algum tempo não fazia. Era algo urgente, desesperado e com saudades.

Suas mãos se fecharam ao redor de meu corpo e eu enlacei meus braços em seu pescoço e comecei a brincar com seu cabelo. Minhas pernas pegaram impulso e rodearam sua cintura e então caímos nos sofá bem na hora em que o ar ficou escarço. Ele por cima com as mãos ainda na minha cintura, eu por baixo com minhas mãos e seu pescoço e minhas pernas ainda enlaçadas em sua cintura.  Ele se separou dos meus lábios, mas seus olhos continuavam fechados e ainda estávamos na mesma posição. Nossa respiração era pesada e então ele riu.

“Pensei que não quisesse que...” Ele ia falar, mas antes que acabasse com o clima eu o cortei.

“Para de pensar, eu já disse que senti sua falta” Falei e então voltamos a nos beijar.


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Notas finais do capítulo

Eai?? Comentem e façam uma autora feliz.



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