O corredor era iluminado por apenas uma luz central que ameaçava se apagar a qualquer momento. Os sete caminharam pelo corredor olhando tudo a sua volta. As primeiras portas continham nomes escritos ao invés de números. Nomes de pessoas conhecidas e familiares que já morreram. O que chama a atenção do grupo está no fim do corredor. Um altar havia sido levantado, nele havia fotos, bonecos representando pessoas, agulhas, crânios, e várias velas ocupavam boa parte da mesa enquanto a outra parte era ocupada por uma bacia com sangue e sete bonecos dentro.

—o que isso significa? — Mya perguntou se aproximando da mesa

—Uma oferenda? — perguntou Déia — E esse andar não tava em reformas?

Ninguém sequer ousou a responder o obvio. Uma brisa gélida soprou apagando algumas velas, Mya e Su se entreolharam.

—Sentiu? — perguntou Mya ao lado da amiga. Surya balançou a cabeça afirmando.

O grupo olhava os nomes nas portas, quando percebem que seus nomes estão entre a lista.

 —O que pode ser isso? —Su perguntou passando a  ponta dos dedos pelos nomes — tem os nomes de nossos familiares e amigos aqui

—Sim de todos que já morreram — Mya disse

Ane se afastou do grupo caminhando de volta a primeira porta. Diogo a seguiu parando ao seu lado, nenhum dos dois disse nada por um curto período de tempo. Aqueles nomes estavam na ordem das mortes. Dois nomes estavam grafados.

—Nossos nomes estão grafados — Ane murmurou sem olhar Di

Di não disse nada, ficou apenas observando seus nomes. Seus olhos percorreram os outros um pouco mais abaixo dos seus tinha outro nome grafado. Miguel.

—Quem é Miguel? — perguntou Di fitando Geane

—Não sei — respondeu sem olhá-lo, virou se pros amigos  — Alguém ai conhece algum Miguel?

Todos negaram indo em direção aos dois. — Por que? —Josh perguntou

—Meu nome e dela estão grafados aqui — Disse Diogo mostrando os nomes — e aqui, Miguel, também está

—Vamos entra nesse primeiro — Sugeriu Soraya pegando o molho de chaves — vai que descobrimos quem ele é

—Ou foi — Mya concluiu

Com a porta já destrancada, o coração a mil e o medo tomando conta, o grupo abriu a porta. A primeira impressão que tiveram era de um simples apartamento vazio e escuro, porém quando um relâmpago clareou o cômodo a impressão mudou rapidamente. Os moveis caindo aos pedaços, sangue pelas paredes, espelhos tampados e pedidos de socorro escritos em vários papéis espalhados pelo ambiente.

—Parece até cena de um seriado que vi — Comentou Déia — de um serial killer

—Isso é real — Josh disse

—Vamos nos dividir — Soraya informou  quando os protestos iria começar concluiu — será mais fácil de achar pistas

—É verdade —Su disse depressa — Vou com a Mya

—Então fazemos o seguinte Su com a Mya, Josh e Déia, Eu, Ane e o Di pode ser?

Concordaram.

—Quem procura onde? —Josh perguntou pegando na mão de Déia

—Vocês na cozinha, Su e Mya por aqui e Nós no quarto — Soso disse puxando Diogo e Geane pelas mãos.

Na cozinha....

—O que procuramos? — Perguntou Déia se livrando das teias de aranha

—Qualquer coisa que aparente ser pista do que pode ta acontecendo

Josh procurava nos armários e gavetas, enquanto Andréia apenas observava o lugar com nojo e medo. Um barulho atrás de um dos armários fez Déia dar um pulo.

—O que foi isso? — perguntou agarrada no braço do garoto

—Acho que um rato — respondeu abraçando a garota — para de frescura e me ajuda

Voltaram a procurar nas gavetas, armários e até mesmo na geladeira.

Enquanto isso na sala....

—Su olha isso — pediu Melya mostrando umas fotografias que pegara do chão —São fotos do Walter com um garoto

Surya pegou as fotos da mão da amiga e as observou bem. — é verdade, será que filho dele?

—Tem alguma coisa escrita atrás — Melya disse colocando a luz da lanterna na fotografia — o que diz?

— ‘’ajude- me ‘’ — leu a garota — alguém quer ajuda

—Será Liana? — perguntou Mya

—Não, acho que tem mais gente querendo ajuda

—Essas aqui também tem coisas escrita — Disse Mya pegando as outras fotos do chão — também ta escrito ‘’Ajude-me’’ ,  porém todas elas mostram apenas o garoto.

—Será Miguel? — Su perguntou

—Não sei — Disse Mya — vamos procurar mais alguma coisa

 No quarto...

— Um apartamento com apenas um quarto — Disse Ane saindo do banheiro

—Queria que tive quantos? Quatro? Cinco? — perguntou Diogo da cômoda — droga de gaveta

—O que foi ? — Soso perguntou indo até ele

—Tá trancada — Di respondeu — por que alguém trancaria uma gaveta?

—Pra esconder alguma coisa? — Perguntou Ane

—Não diga — replicou Di

—Parem, Ane vem Ca tenta abri com esse grampo — Disse Soso pegando um grampo do cabelo e estendendo a amiga

—Você sabe abri gavetas com grampos? — Di perguntou surpreso —  essa eu duvido

—Vai duvidando então — rebateu Geane

Depois de varias tentativas frustradas, ela finalmente consegue abrir. Soraya  puxa a gaveta revelando seu interior, nela havia papeis de cartas em branco, recortes de jornal com noticias de desaparecimento, suicídios e de um suposto serial killer. Um caderno aveludado prende a atenção de Soraya.

—O que é isso? — pergunta Di vendo o  objeto nas mãos da garota

 — Acho que é um diário — responde

—De quem quer que fosse esse apartamento ele investigava alguma coisa — Disse Ane lendo os recortes

—Se for mesmo um diário nós vamos descobri se ele investigava e o que investigava — Diogo disse   

—O que já se pode ver por esses recortes, Hernandez — ANE mostrava as folhas pro garoto que deu de ombros — tudo aqui só tem uma ligação — continuou ela — esse prédio

— Vamos voltar pra sala — disse Soraya pegando o diário e os recortes

Na cozinha...

—Achou alguma coisa? — Josh perguntou fitando Déia

—Não... — a garota parou de falar quando esbarrou num vaso e o mesmo caiu no chão fazendo um barulho alto

—O que... — dizia Josh — espera tem alguma coisa ali — Josh se abaixou e pegou uma folha de papel dobrada

—O que isso fazia num vaso? — Andréia questionou

—Eu também quero saber — disse abrindo o papel — Aqui tem datas

—Datas?

—Sim, 21/07/ 13 e 21/08/13 — disse Josh

—Hey a primeira foi o dia em que viemos olhar o apartamento — Déia disse

—E o que quer dizer a segunda? — Perguntou Josh fitando o papel em suas mãos

—Não sei

—Pessoal achamos uma coisa — ouviram Soraya gritar da sala.