O Mistério de Winter escrita por Marykelly


Capítulo 5
Histórias de Terror


Notas iniciais do capítulo

Gente, que semana viu. Aliás, semanas. Por onde eu começo?Me desculpem pela demora! mesmo...Eu estava com o capitulo praticamente pronto pra postar na quarta passada, mas meu pc lindo e maravilhoso deu pau, perdi tudo. TUDO. Nessa quarta eu peguei um Not emprestado e comecei do zero. Virei a noite aqui pra terminar de escrever. Por isso postei tão cedo. KKMe desculpem também se tiver muitos erros, pois escrevi na madrugada só com a luz do pc mesmo.* Fui presentada por uma garota americana :D hehe MUITO MUITO MUTO Obrigada pela recomendação :3 Quase chorei quando vi :') meenthera... chorei não, mas pulei de felicidade. :D Esse capítulo eu dedico pra você e pra todos que acompanham e comentam a fanfic. ♥Espero que gostem. Boa leitura.



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− Você vai ficar só olhando ou vai fazer alguma coisa? − Tate rosnou enquanto tentava desmontar partes de uma estante.

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− O que vai fazer? – Corm o perguntara enquanto tentava acompanhar seus passos apressados pelos fundos da biblioteca, quase o empurrou quando ele parou abruptamente e começou a esvaziar uma estante antiga. – O que é isso? Será que você pode usar o seu cérebro alguma vez na vida?

Era querer demais que Corm entendesse.

Quando a estante já estava mais leve, ele a empurrou, se esforçando enquanto seus sapatos escorregavam pelo piso liso. A estante tombou fazendo um estrondo incômodo. Não perdera tempo e andara até cada junção soldada e enferrujada das vigas da estante. Seguia repetidamente o ritual de respirar fundo, concentrar suas forças em seu calcanhar e empurrá-lo em direção as juntas enferrujadas, fazendo-as se partir no segundo golpe. Quando já quebrava a terceira viga, reprimiu um grunhido de dor. Corm levantou uma sobrancelha, finalmente entendendo o que ele pretendia.

− Você está realmente pensando em fazer isso? Vai acerta-los até que morram?

− Você tem ideia melhor? – Rosnou, enquanto se agachava e recolhia os pedaços de metal caídos no chão. – Se não tem, cale a boca.

− Eu tenho que fazer tudo. – Bufou de e revirou os olhos.

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− Eu não me importo que me odeie, Tate. Na verdade, o sentimento é mútuo. Mas eu sei ser civilizado quando preciso

Tate respirou pesadamente, pressionando o dorso do nariz para se convencer a não esmurrá-lo. – Tudo que você sabe fazer é ser um imbecil. Não vou deixar que você a manipule.

− Oh, sim. Tenho certeza que ela quer o mesmo. – Disse, debochando. – Está tão desesperada por não conseguir se livrar de você que está aceitando a companhia de qualquer um. – Aquelas palavras eram traiçoeiras. Tate sabia que tudo que Corm queria era provocá-lo. Mas quando pensou em se conter já o havia jogado contra parede e estava pressionando o antebraço contra seu pescoço.

− Não abuse da sorte, Corm. – Esperou até que ele ficasse vermelho e depois o largou e saiu.

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***

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Sam tinha cansado de esperar por Tate e Cormyn. Em nenhum momento pensou realmente em ficar apenas sentada enquanto os dois agiam.

Boa parte dos insetos já havia saído da janela, desobstruindo a visão para a noite nublada e sombria. Começara e empacotar e levar as suas coisas e de Tate para o carro. Deviam sair dali o quanto antes.

Ela seguia sua linha de pensamento quando foi atingida por uma forte dor de cabeça. Sentiu sua visão escurecer e se apoiou na parede para não desabar. Pressionou as mãos contra as têmporas até que a dor passasse.

Ela respirou fundo, desnorteada. Despertou do torpor e foi em direção à escada.

Imagens haviam passado rapidamente pela sua cabeça. Concluiu que talvez tenham sido uma forma de se manter consciente. Os flahs de cena não era algo que ela se lembrava. Mas era provavelmente de um dia em que esteve na biblioteca.

Mas agora precisava ter certeza.

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Forçou sua mente até se lembrar de onde ficava a plataforma com o desenho que mapeava as estantes e livros. Espreitou em cada canto até acha-lo.

Seguiu a trilha no desenho pelo vidro frio até encontrar o lugar que queria. Uma pequena placa indicava:

“VOCÊ ESTÁ AQUI.”

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Estremeceu.

A boa notícia é que o local que procurava não era tão distante de onde estava agora.

Mas a parte ruim... Era que “aqui” era justamente o terceiro andar.

Eu devo ter mesmo muita sorte. Zombou.

Bom, era desistir e ir embora. Ou arriscar.

Não. A dúvida não era uma opção agora.

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Esfregou os pulsos na lateral da calça e respirou fundo. Seu pai lhe dissera uma vez que o inseto que aparecera na janela de seu quarto não a faria mal. Se não fosse ameaçado. Não pode ser muito diferente agora.

Ela começou com um passo de cada vez, entrando pela ala em reforma. Encolheu os ombros quando começou a ouvir os barulhos de asas batendo. Voando ao seu redor. E outras vezes passando de raspão pelos seus braços.

Era impossível identificar aquelas coisas. Nunca vira nada parecido. Alguns tinham asas pequenas, outros maiores. Alguns pareciam apenas com borboletas gigantes.

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− Sam! – instintivamente virou o rosto em direção à porta. Xingando baixinho.

− Fiquem parados. – Sussurrou alto o suficiente para que eles ouvissem, quando tentaram ir atrás dela. Os insetos já começavam a se agitar. – Não. Se. Movam.

− Você não sabe o que está fazendo. – Cormyn a alertou.

Os ignorou e continuou a andar. Sentiu um arranhar mais doloroso no antebraço. O zumbido se tornara alto o suficiente para não se ouvir mais nada. Os filetes de sangue escorriam pelo braço.

Dane-se. Era tarde demais para se agir com cautela.

.

Escutava passos acelerados logo atrás, mas estranhamente não vinham em sua direção.

− Sam! O que está fazendo? – Tate levantou a voz para que fosse ouvido. Ela tirava os plásticos de proteção de cima das estantes e passava os dedos trêmulos pelas lombadas dos livros, tentando ler os títulos e ainda sim espantar os insetos que agora tentavam ataca-la. Seu braço esquerdo já começava a formigar.

Deu um tapa no pescoço quando sentiu uma picada e sua mão retornou com uma gosma verde.

− Droga. – Cormyn gritou quando viu a mão de Sam. – Eles vão começar a atacar.

− Começar? – Soltou, com sarcasmo. Tate e Cormyn faziam uma bagunça com latas, cordões e outras coisas que não conseguiu identificar. Enquanto tentavam a todo custo eliminar o máximo de insetos que pudessem. Assim que Sam esmagou outro inseto na parede com um livro, eles se entreolharam e Tate começou a correr na direção dela.

Ela acelerou ainda mais.

Não estava lá, ela corria as mãos pelas estantes.

Ela empurrou Tate quando ele a alcançou a começou a puxa-la para fora. – Vamos embora, agora!

− Não! Tate... – gritou, desesperada. – Me de um minuto, apenas um minuto.

Ele fixou seus olhos nos dela.

Aproveitou-se desses segundos de hesitação e soltou o aperto em seu braço. Indo o mais rápido possível até a última prateleira.

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− Não dá pra segurar por muito tempo. – Cormyn urrou, enquanto brandia uma barra de ferro.

Ela já havia chegado à última fileira de livros.

Pense. Pense. Onde poderia estar?

.

− Não temos mais tempo. – Ele a puxou pela cintura e a jogou em seus ombros. e urrou para Cormyn. – Faça agora.

Ela puxava as costas da sua camisa, para fazê-lo soltá-la. Mas era ignorada. – Me ponha no chão!

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Tate corria em direção as escadas. No último segundo ela pôde ver o que Cormyn estava fazendo. Ele enrolou um pano grosso na ponta da barra de ferro e estava riscando o isqueiro para acendê-la, que pegou fogo no instante seguinte.

− O que ele vai fazer? – sua voz saiu cortada enquanto Tate descia rapidamente os lances de escada.

− Você não vai querer assistir.

.

***

.

−Você não pode deixa-lo! – Mesmo com seus protestos, Tate só a soltou para coloca-la no banco do carro. Contornou e assumiu a direção. Dando partida.

− Eu não vou. – Ele não parava de olhar para cima, em direção à janela quebrada. Parou o carro há alguns centímetros do lugar onde a cadeira os havia atingido. – Fique olhando.

Ela estava pronta para obriga-lo a voltar quando ouviu um grito de desespero vindo do alto. Arregalou os olhos.

Cormyn saltara pela janela quebrada, sacudindo os braços e pernas freneticamente, caia na direção deles.

− Ai, meu Deus. − Puxou a alavanca para abrir a porta, mas não conseguiu. No mesmo instante sentiu o carro sacudir com um estrondo de algo atingindo a caçamba da caminhonete.

Era Cormyn.

Um gemido de dor veio da parte de trás do carro. Tate voltou a liga-lo e saiu cantando pneus.

Ela foi jogada pra trás. Um segundo, contou. Apenas um segundo até ouvir a explosão no terceiro andar. Todos os vidros da biblioteca se estilhaçaram, dando espaço para as ondas de fogo se propagar até metros no ar.

Outras explosões se seguiram, não sabia se era no mesmo ou em outro andar. O lugar era antigo. As pilastras de sustentação cederam.

Zumbido ecoava pelos tímpanos mesmo depois de não ouvir mais nenhuma explosão. Estava atônita.

Tate começou a rir baixinho.

Ela observava a cena, embasbacada.

− Mas o que deu em vocês? Têm ideia do que fizeram? Explodiram tudo! − Ela recriminava os dois. − Alias... como fizeram isso?

− Ei – Comyn gritou. − pare o carro. Não quero ficar aqui fora.

Ela soltou um palavrão baixinho.

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− Está tudo bem. – Cormyn iniciou a conversa quando notou que ela estava irritada, encolhida entre os dois.

− Você poderia ter morrido. Pensou nisso? − Ela fechou o semblante. − Pensou em alguma coisa?

− Não. − Ele estranhou o que ela dizia, como se só agora se desse conta dessa possibilidade. − Olhe, nem foi tão alto assim, alem do mais... Os sacos lá trás amorteceram bem. – Olhou para trás.

Ela não havia notado os sacos, mas eles realmente não estavam ali na ultima vez que ela vira o carro.

− Vocês planejaram isso? − Era inacreditável. Não precisou que respondessem, suas reações os denunciaram.

Ela encarou Tate até que ele não aguentasse mais e a olhasse.

− Como sabia que tinha estacionado no lugar exato?

− Eu não sabia. – Disse, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Estava cercada por loucos!

Como podem ser tão sem noção?

− Falando em coisas sem noção... – Cormyn esticou o corpo, se lembrando do que ela fizera. − O que você estava fazendo? – Cormyn murmurou.

− Nada importante. − Tate claramente não gostara nada da resposta. Mas o olhar que ela lhe lançou estava deixando bem claro que ele não se atrevesse a insistir.

Não é tão legal quando é você que fica na ignorância, não é? Ela pensou em dizer.

− Não faça mais. – Tate disse, com um semblante sombrio. – Não se meta em situações perigosas sem ter certeza de que pode controla-las. Poderia ter acontecido...

Agora ele vem com o "Poderia ter acontecido". − Eu sei me cuidar. − o cortou.

− Sei disso.

.

.

.

Sam estava quase caindo no sono profundo quando sentiu um movimento contra sua bochecha. Abriu os olhos só o suficiente para se dar conta que o cinza da camisa de Tate estava próximo demais. Só então ela percebeu que estava recostada em seu ombro. – Não quis te acordar.

Ele passou seus braços pelos seus ombros e por trás dos joelhos e a arrastou lentamente até a outra ponta do banco. Onde deveria estar Cormyn. Ela o viu entrar pela outra porta e assumir a direção O carro, que estava parado, voltara a andar.

Tate não tirou o braço em torno dos seus ombros e ela se recostara nele novamente. Sentindo pequenos círculos sendo feitos em seu ombro direito.

Ele perguntou baixinho: − Quer dizer o que estava procurando?. – Ela protestou, resmungando algo inaudível. Queria mantê-la nessa linha de sonolência. Mas que ela ainda pudesse falar.

Corm estava mais desperto e queria algo para fazer, então assumiu a direção. Sam havia adormecido em seu ombro e ele não queria acorda-la enquanto mudava a marcha

Ela estremeceu quando ele passou os dedos do ombro para sua orelha, sentiu a pele dela se arrepiar e abriu um pequeno sorriso.− Vai falar agora?

− Humpf... um L-ivro.

− Era importante?

− A minha mãe guardou algo nele. Um papel talvez, não vi muito bem. Mas ela parecia estar com medo. – Disse, ficando desperta. Tate quis conforta-la, mas obviamente ela não queria isso. Havia se afastado e tirado suas mãos.

− Sua mãe? − Devia estar imaginando que estava tendo alucinações. Ele a olhava de forma cética, mas contida. Não queria demonstrar isso.

− É. Mas não fisicamente. Aqui. − Disse, espalmando a mão nas têmporas.

− Pff... Então foi por causa de um sonho? – Ela estava tão perdida que se assustou com a voz de Cormyn.

− Não foi um sonho. Eu estava acordada. − Fechou o semblante.

− Bom, isso foi muito desnecessário. – Falou aquilo como se fosse obvio. – Você não vai encontra-los.

− Do que está falando? – Disse, sua voz saiu trêmula.

− Ora... do mistério de tudo isso. Eu sei o que aconteceu... Duas palavras: Abdução. Alienígena.

− Fala sério. Você não tem nada melhor pra fazer? Cala essa boca. – Tate o fuzilava.

− Veja... siga meu raciocínio. Sei que deve ter pensado como tudo isso aconteceu. E já sei qual são suas conclusões. – Enquanto Tate saíra da sala, eles ainda conversaram sobre outras coisas. Sam contara para onde estavam indo, e quem estavam procurando. E ainda falaram sobre o que achavam que tinha acontecido. Estava quase se arrependendo disso. – Mas a questão é: Tudo aconteceu rápido demais. Onde estava a confusão, o barulho, crianças chorando, pessoas gritando? Nada. Não houve sequer um barulho de galho sendo partido.

− Você sente prazer em ser idiota, Corm? Se continuar com essa merda eu não hesitarei em quebrar a sua cara. – Tate o ameaçou enquanto olhava para o rosto de Sam. Ela estava exaurida.

− Chegue a mesma conclusão que eu. – Sam apenas ouvia, não tinha a mínima vontade de falar. Não estava dando importância. Não até ele dizer: – E além do mais... seus pais a deixariam? Eles realmente a deixariam se fosse algo tão grave a ponto de não encontrarmos mais ninguém?

Sentiu uma forte ânsia de vômito a tomando.

− Pare o carro. – Forçou a voz a sair o mais normal que pôde. Aprendera a destravar a porta no carro. Descera rapidamente antes mesmo dele estacionar totalmente e saiu correndo, sem se importar onde estava.

Pelo barulho também estavam discutindo. Teria apenas alguns minutos e depois voltaria, para evitar que se matassem.

Andou até um jardim enorme e bandoando, com plantas altas que batiam nos seus joelhos.

− Espere! – Cormyn gritou. Ela ia se virar, mas no segundo seguinte não havia mais nada para sustentar os seus pés. Perdeu o equilíbrio e despencou num buraco escuro.


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Notas finais do capítulo

Será que ficou bom? *-*
Espero que tenham gostado.
Comentem. Bjs bjs... bom dia pra vocês, e boa noite pra mim.

Até o próximo.
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**REVISADO**