I Always...? escrita por Kayran


Capítulo 3
Capítulo 3 - De novo não...


Notas iniciais do capítulo

Mais um... Enjoy



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Ver a minha atual namorada, - a qual eu já cogitava assumir para todos, considerando sair de casa já que meu pai jamais aceitaria uma relação do tipo-, se agarrando no banheiro da biblioteca com outra garota, mais alta que eu e no mesmo sentido mais gorda, não fora preciso dizer nada, a situação se explicava, Brenda estava agarrada ao pescoço da garota como fazia comigo, empurrando-a contra a parede como realmente fazia comigo, pigarreei para que elas notassem a minha presença e só acenei saindo, agradecendo a todos os sete Deuses por ser o ultimo horário, não olhei para trás para saber se ela me seguia ou não, sai do colégio e cumprimentei com um aceno de cabeça quem me cumprimentava, segui pelo caminho mais longo, um que eu nunca ia, mas de igual modo me levava para casa, foi impossível segurar as lagrimas, eu agradecia aos Deuses por não me deixarem realmente ama-la, pois seria mais uma vez em que meu coração se partiria. O bairro por onde passava era meio vazio por ser novo então sentei no meio-fio e liberei toda a tristeza mesclada com o alivio que meu coração segurava. Ninguém estava vendo, eu só precisava desabar um pouquinho, longe de todos e de tudo, era o que eu imaginava pelo menos, o choque se passou por meu corpo ao ouvir uma voz conhecida, mas que meu cérebro simplesmente achará melhor tornar uma lembrança muito distante...

- Jennifer? J-jenny? – A voz próxima ficou tensa por perceber meu choro e o seu toque em meu ombro me fez olhar para cima ainda com os olhos cheios de lagrimas e só então pude notar o mesmo olhar que me consolava quando meus pais se separaram e então recebi o abraço de Ana Paula de bom grado, chorando em seu ombro... Ela não falou absolutamente nada, não mudará nada, só o fato de estar bem mais alta que eu agora. Ana me levantou e sorriu doce como há anos atrás e eu enxuguei as lagrimas que ainda caiam de meus olhos pequenos...

- Vamos para casa, quando se sentir bem me conta o que houve... Ok? – Perguntou claramente aflita pela minha falta de resposta, somente acenei com a cabeça e entrei no taxi que ela chamou, achou melhor irmos de taxi, pois chegaríamos mais rápido e ninguém me veria naquele estado, ela sabia que momentos como aqueles eram raros então eu não gostaria que ninguém visse.

Não demorou muito para que eu estivesse em seu quarto, ainda agarrada ao pescoço da loira, ela não havia mudado muito porem o cheiro de nicotina nela era mais do que chamativo, apesar de não fumar sempre gostei daquele cheiro que todos odiavam.  Ela esperou até que eu estivesse consideravelmente calma, me afastou um pouco e quase que me impulsionei para abraça-la de novo, mas isso não fazia o meu tipo e nem o dela.

- Desculpa, Aninha, eu... Eu só precisava chorar sabe. Ainda bem que foi você que me encontrou – Dei risada para tentar mudar de assunto, mas ela me olhava de forma penetrante, sabia o que eu fazia para mudar de assunto então tive de me render, girei os olhos e sussurrei quase inaudível, mas ela sempre teve uma ótima audição. – Foi só o termino de algo que não deveria nem ter começado, só lembrei-me de alguns anos atrás, nada com que se preocupar, juro. – Levantei a mão como se fosse um cumprimento, mas ela sabia que era só a minha jura, sorri e ela fez o mesmo. Por Deuses como senti falta daquele sorriso fofo e gentil da minha loira, levantei-me e fui ao banheiro, limpei os olhos e a irmã da loira chegou junto a minha irmã. Ana era um mês mais novo que eu, já sua irmã tinha 12 anos e se chamava Ana Flávia, eu costumava chama-la de Flavinha, ela vivia em casa por ser a melhor amiga da minha irmã e me pergunto por que diabo me manteve afastada de Ana este tempo todo, ela sempre me fez tão bem. Sorri para elas como se nada tivesse acontecido, minha irmã tem 13 anos e se chama Nicolly, era para ser Nicholas já que no ultrassom deu que seria menino, isso tudo era bem engraçado, pois ela realmente parecia um menino com suas ações e a vida despreocupada, ela já sabia da minha opção sexual erradica antes mesmo de mim, e nunca disse nada contra já que seu primeiro beijo também foi com outra garota. Despedi-me de Ana e segui para minha casa com as duas pequenas, mas tive de voltar correndo parando na porta da loira e respirando fundo soltei, queria voltar a tê-la próxima e sabia o que fazer.

- Aninha, vai ter churrasco em casa neste sábado, sei que domingo vai estar de folga, seria legal se fosse. Okkay? – Fiz minha carinha de cachorro pidão, baixei um pouco a cabeça e ergui meus orbes carameladas para a loira que bufou e soltou um “Claro, claro”, derrotada. Sorri e voltei para casa. Dei um jeito para que o churrasco acontecesse no final de semana, mas ainda era quarta e eu estava ansiosa. Por fim o churrasco foi adiado para o outro sábado porque meu pai teria que tratar de coisas urgentes no final de semana que impossibilitaria a disponibilidade da casa.

Claro que me chateou um pouco e o final de semana foi bem frio o que eu agradeci, pois dormi quase que as 48 horas, na segunda dei um pulo da cama, era um dia especial para todas as fans, era 15 de Julho e faria dois anos que Harry Potter havia acabado, o dia foi de choro, tanto para mim quanto para bilhões de outros fãns ao redor do mundo, Flavinha estava viajando mas me mandou um sms avisando que na quinta iriamos a sua casa assistir os dois últimos filmes da saga, e assim foi passando os dias, estava ansiosa para ir a casa da Ana, claro que era só por conta de assistir o filme. Quinta chegou, mas eu havia me esquecido do compromisso o que implicou em uma mocinha muito irritada gritando que viria a minha casa me buscar, em todos os anos que se passaram nenhuma de nós nos mudamos o que significava nem 5 minutos de caminhada para a casa uma da outra, o que era realmente bom. Quando a menina chegou em casa eu só era capaz de rir, apesar de ter 12 anos já era mais alta que eu considerando meus 1,57 de altura, ela era o oposto de sua irmão, tinha olhos pouco mais escuros e cabelos bem lisos e de um tom bem mais escuro que os meus, chegava a ser engraçado a diferença, fui quase arrastada para a casa da Ana e me joguei no sofá assim que chegamos, já era de casa. O pensamento me fez rir, mas não era total mentira, em anos nada mudará. Flavia colocou o DVD para assistirmos e era incrível como já conhecíamos todas as falas, estava dando por volta de 17:30 e Ana chegou, pausamos o filme e ela nos cumprimentou, foi para seu quarto largando a mochila, nem me lembrava que ela trabalhava ainda, estranhamente a loira piscou para mim e obviamente que estranhei, ela estava sendo sorrateira ou era impressão? Flavia falou que aproveitaria o intervalo nos filmes e iria ao banheiro, afirmei quieta e Ana se aproximou de mim, não como qualquer outra pessoa no mundo, estava sem reação e só então me dei conta que sentia sua respiração se misturando a minha de tão próxima que a loira estava, estremeci e olhei em seus olhos, ela encarava minha boca, pude jurar que me beijaria e nunca desejei tanto uma coisa como naquele momento, senti seus lábios roçarem aos meus e então pude perceber que ela havia ouvido algo, pois sorriu travessa e se desviou de mim pegando uma chave que estava no encosto do sofá e se afastando exatamente quando sua irmã saia do banheiro e se aproximava de nós. Olhei para ela disfarçadamente como que perguntando que porra que ela estava pensando, mas ela só piscou e foi para seu quarto. Flavia soltou o filme novamente e eu voltei minha atenção para ele, não que realmente estivesse prestando atenção. A vontade de que sábado chegasse logo realmente cresceu dentro de mim. Acabamos de ver os filmes já era 22:00 e tive que correr para casa. Obviamente, como há anos atrás, sonhei com a loira aquela noite e não pude acordar mais perturbada na sexta, não era possível. De novo não, eu não queria sentir o que havia sentido anos atrás, ou queria? Sexta acordei com um humor maravilhoso e o dia passou lentamente para meu desgosto.


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Notas finais do capítulo

Provavelmente somente mais dois capítulos.
Espero que gostem.
Obrigada.



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