Sai do quarto da minha mãe e fui para o meu, deitei na cama e dormi. Acordei no outro dia atrasada, puts. Me arrumei correndo e sai de casa depressa cheguei arfando na escola. As turmas já tinham entrado. A primeira aula de hoje era de música. Sorte minha.

–Licença, posso entrar? – perguntei e o professor e toda turma me olhou.

–Pode sim Mei. – ele fez sinal pra que entrasse, entrei e sentei com a Dany. – Como eu ia dizendo, o que eu estava dizendo mesmo? – ele perguntou e todos riram menos eu, não estava com humor hoje.

–Estava falando sobre o show de talentos. –Dany o lembrou.

–Ah sim, obrigado Daniele, como ia dizendo a diretora Cida junto com os professores está organizando um show de talentos para que os alunos possam mostrar seus talentos ocultos. – ele deu uma pausa pra risadinha sarcástica. – E como essa sala é cheia de talentos ocultos. – ele olhou pro Rick, Matt e Arthur. Tem treta ai. –Quero saber quem de vocês vai querer participar.

–Vai valer ponto? – eu perguntei.

–Que isso Mei? –o professor arregalou os olhos pra mim. –Vai sim querida. – ele riu. Realmente sem graça. – Mas é só pros alunos que forem participar.

–Então tá de boa. – disse e abaixei a cabeça na minha bolsa. Eles ficaram lá falando do show de talentos e tal, acho que eu dormir. Até que alguém cutuca minhas costas.

–Escola não é lugar pra dormir. – era o Matt.

–E costas não é lugar pra cutucar, mas nem por isso brigo contigo. – ralhei, eu estava num mau humor do cão e eu nem sabia por quê.

–Calma mulher, precisa me bater não. – ele levantou as mãos em sinal de paz.

–Desculpa.

–Qual foi à treta que te deixou de mau humor? – ele perguntou.

–Não sei, só acordei assim. – eu respondi.

–Hm, então vai participar do show de talentos? – ele me perguntou.

–Claro que não, você vai?

–Talvez.

–Como assim talvez?

–Não tenho certeza se eu vou.

–Devia você canta muito bem. – disse lembrando do dia que ele cantou pra mim.

–Você acha? –ele perguntou sorrindo.

–Acho sim.

–Obrigado. Hm, Mei quer ir comprar munhequieras comigo? –ele perguntou passando a mão no cabelo, lindão ainda passando a mão no cabelo.

–Quero. – aceitei, ainda bem que ele não tá lembrando que eu tenho que responder uma coisa pra ele.

–Passo na sua casa as três viu?

–Ok. – disse e o sinal tocou. – vamos. – saímos da sala e fomos pra quadra.

–Não fala mais com os pobres não querida? – Arthur perguntou fazendo voz de gay.

–Claro querido não me misturo com rale. – respondi com voz de metida e abracei-o. Vi o Rick e o Matt revirarem os olhos. Tenso.

–OIIIIII RICARDOO – eu gritei pro Rick.

–Oi Mei. – ele pulou em mim, uma pequena correção todos eles pularam em mim, resultado caímos no chão.

–Bando de crianças. – Sally falou enquanto passava por nos.

–Bando de crianças que você adoraria fazer parte. – Matt disse olhando pra ela.

–Uiiiiiii. – Rick e o Arthur começaram a rir loucamente.

–Sally por que você é tão implicante? – eu perguntei.

–Como se você não soubesse. – ela falou com sua voz irritante.

–Se eu soubesse não estaria te perguntando. – eu disse e ela se virou e foi embora. – Por que ela me odeia? – perguntei pros meninos.

–Ainda não percebeu Mei? – Rick piscou.

–Não.

–Sally e as amigas gostam da gente. – Rick disse apontando pros meninos.

–Mentira! – eu comecei a rir.

–E como você tá andando com a gente ela tá com ciúmes. – Matt completou.

–Que ridícula. – eu disse.

–Ela precisa ter mesmo, você dá de dez em todas elas. – Arthur disse e eu corei.

–Bom vamos lá jogar. – eu disse levantando do chão e correndo pra onde estavam as meninas.

–E ai gente vamos jogar? – perguntei pra Gabi e pra Dany.

–Vamos, hoje a Sally não vai jogar. –Dany disse e fez uma dancinha engraçada.

–Finalmente paz. – eu levantei a mão pro céu.

Jogamos felizes e lindas, até que o Sr. Martins expulsar a gente da quadra e colocou os meninos, digamos que eu fiquei babando os vendo jogarem, cara o Rick tinha umas pernas que meu Deus! (Se controla Mei). A aula de educação física acabou e voltamos pra sala e tivemos as outras aulas chatas, eu percebi que sempre os meninos estavam olhando pra mim. Eu tinha que me resolver o mais rápido possível.

A aula acabou e eu voltei pra casa e almocei, liguei pra minha mãe e perguntei se podia sair, ela deixou, coloquei ração pro Ciel que a minha mãe tinha comprado, e fui me arrumar. Que fiquei bem claro eu nunca, NUNCA fui de ficar horas escolhendo uma roupa pra vestir, mas hoje eu queria ficar bonita. Especialmente pro Matt. Eu escolhi uma roupa legal. Acho que eu ia ficar gatinha nela. (Shorts, camiseta de panda *-*, all star).

Arrumei meu cabelo e o Matt berrou lá no portão.

–Tô indo. – disse saindo e trancando a casa. Abri o portão.

–Nossa! Ta linda. – ele me elogiou corei.

–Obrigada, você também tá... – eu fiquei vermelha que nem um tomate.

–Eu sei que eu sou lindo. – ele começou a rir.

–Vamos? – perguntei.

–Vamos.

Andamos até o metrô e logo chegamos ao shopping.

–Quer lanchar? – ele me perguntou.

–Pode ser. –fomos até a praça de alimentação e ficamos na fila eu logo percebi que tinha uma menina encarando o Matt, ela faltava comer ele com os olhos, eu estava ficando indignada.

–A fulana ali tá faltando voar em você. – disse pra ele.

–Onde? – ele perguntou.

–Ali. – apontei discretamente e ele olhou.

–É bonitinha. – ele disse idiota ele só pode ser idiota em achar essa menina bonita.

–Você achou mesmo esse projeto de cruz credo bonita? – eu perguntei.

–Achei, por que ficou com ciúmes? – ele perguntou arqueando as sobrancelhas.

–Eu?Ciúmes? Claro que não. – respondi na defensiva.

–Então tá beleza. – ele disse saindo da fila e indo até a filhote de cruz credo.

Eu realmente não acredito no que eu estou vendo.