Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim escrita por Suzy Cullen


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! E acho que vocês talvez não gostem por enquanto, mas acreditem o que vai acontecer aqui é preciso...
Boa leitura!



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PDV Esme

Fazia praticamente uma semana que estávamos na casa que alugamos em Paris. E eu estava frustrada. Mais que isso, com medo.

Havia estranhado o acontecimento no avião. Aquela forma que ele me beijou... Não era Charles. Não o Charles que me fez assinar o divórcio dizendo que eu seria feliz, que seria uma princesa.

O homem com quem eu dividia a casa era um completo estranho. Ele começou a sair todas as noites. Não voltava tarde, mas saia sem dizer para onde. Sem contar que ele estava irritado. Charles estava muito irritado, chegava até a ser agressivo comigo, mas nunca me tocava nem me machucava.

Respirei fundo antes de bater na porta da sala de TV.

- Charles? – o chamei, ele apareceu atrás de mim. – que susto! – exclamei.

- Desculpe. – ele disse ligando a TV e se sentando no sofá.

- Por que está assim?

- Assim como?

- Você... – respirei fundo. – anda irritado e não está presente.

- Ah... – seu fôlego se foi em uma lufada. Ele parecia estar surpreso e ao mesmo tempo preparado.

Não era difícil saber por quê. Ele sabia que eu iria tocar no assunto, era óbvio. Mas para ele, talvez eu não tivesse coragem de fazer aquilo tão cedo.

- Então? – perguntei.

- Esme, é que só estou sobrecarregado. Estou tentando ver para onde vamos agora, arrumar um bom emprego e sem contar que a toda hora minha família me mando mensagens dizendo que eu vou me arrepender.

- De se casar comigo?

- Não. De ter feito isso com o Dr. Carlisle Cullen. Ele é muito conhecido naquele hospital e você sabe.

- Sei... – abaixei a cabeça.

Era verdade. Carlisle era um ótimo médico e numa cidade como Boston, onde vivíamos, ter alguma habilidade era o mínimo.  Ele era muito conhecido no hospital por sua simpatia e seu empenho.  

Quando a bomba de nós dois explodiu, não foi diferente. Saí como ingrata e infiel perante os olhos dos nossos vizinhos e conhecidos. Uma parte disso podia até ser verdade, mas a culpa não foi só minha.

Carlisle nunca estava em casa. Nunca tinha tempo para nós. Não estava mais feliz com aquilo. No início, tolerei. Vida de médico é assim mesmo. Plantão, plantão, plantão. Mas então começaram as brigas. Cada vez mais frequentes e mais pesadas.

Até o dia em que quase bati nele. Era de se esperar o contrário, mas ele não tocava em mim com agressividade. Se me puxava pelo braço, era para um beijo. Se me empurrava na cama, era para muitos beijos. Mas naquele dia, quase fiz  que não devia. Mas respirei fundo. Não queria machuca-lo.

Depois daquilo, passou-se dias e dias e não trocamos uma sequer palavra. A casa era um breu. Foi durante aqueles dias que conheci Charles. Mas não havia nada entre nós, ainda.

Tudo o que realmente me lembro foi que minha consciência pesou tanto que quando Dr. Cullen chegou em casa, eu o esperava com um vinho e duas taças. Acabamos na cama. Pensei que ali era o fim de todas brigas e discussões. E era, por um tempo.

PDV Carlisle

Fazia uma semana desde minha separação. E eu estava no carro rumo ao shopping com Rosalie. De novo. Era a décima vez desde o dia em que assinei o divórcio que minha irmã me arrastava para o shopping.     

   

Mas dessa vez, ela não me encheria de sacolas ou me faria fingir ser seu namorado. Pois é, Rosalie dizia que erámos o casal de irmãos mais bonito e atraente que ela mesma já viu. Quando andávamos de mãos dadas, atraíamos todos os olhares. As pessoas nos olhavam admiradas.

- Você vai amar esse passeio. – ela disse, batendo em meu braço.

- Ah, claro.

- Ai, será que você não pode ficar só um pouquinho animado? – ri. – dessa vez será diferente. – franzi a testa. Diferente?

Entrei no estacionamento e desliguei o carro. Abri minha porta, dei a volta e abri a do passageiro.

- Como assim diferente? – perguntei. Rose riu daquela forma bem “eu sabia”.

- Você vai ver. – sorri quando entrelaçamos nossos braços.

Fomos e direção a escada rolante, ela me puxou  para a praça de alimentação. Começamos a caminhar em direção a uma mesa onde estava apenas uma mulher. Ele tinha cabelos chocolate, num tom ruivo. Sua pele era clara, parecia porcelana. Ela se virou e abriu um sorriso quando nos viu, seus olhos eram um marrom denso.

- Bella, esse é meu irmão Carlisle. – Rose disse.

Como não pensei nisso? Minha irmã estava tentando me arrumar uma namorada, claro. Aquela não sossegava.

- Olá Carlisle. – Bella disse e estendeu a mão. A apertei e sorri.

- Olá Bella. – ela assentiu levemente com a cabeça. Aquilo era familiar. Eu conhecia aquela fisionomia. Já havia estado com alguém parecido. – te conheço de algum lugar, não?

- É a Bella Swan, Carli. Aquela minha amiga que durmia lá e casa quase todo final de  semana. Você fazia guerra de almofadas com a gente.

- A pequena Bella chorona? – brinquei, as duas riram.

- Você não se cansa disso, não é? – Bella respondeu e ri.

Nos sentamos com ela e conversamos, mas o celular de Rosalie tocou.

- Deu minha hora queridos! – ela se levantou. Peguei seu braço e a olhei da forma que só nós entendíamos.

Ela disfarçou me dando um beijo na cabeça e indo embora. Bella sorriu sem graça. Eu não queria ficar sozinho com ela. Não que não fosse legal, a amiga da minha irmã era super divertida, mas eu acabei de sair de um casamento de cinco anos.

Não queria me envolver de novo, não agora. Sem contar que não posso magoa-la. Isabella era uma irmã mais nova para mim e era a melhor amiga da Rosalie. Quando ia dormir lá em casa,  as duas com seus dez anos e eu com quinze, meu pai e minha mãe viajavam e eu tomava conta das duas.

Minha irmã disse uma vez que a amiguinha tinha uma queda por mim. Mas nem dei bola, era normal. Só que agora a pequena Bellinha era uma mulher. E eu um homem.

- Rosalie me disse o que aconteceu com você. – Ela disse, olhei para baixo.  – você vai dar a volta por cima. Merece ser feliz.

- Obrigado Bella. Por falar em felicidade, como você está?

- Tudo indo bem. Quando minha amiga disse que ia trazer o irmão pirracento nem acreditei.

- Eu nem era tão abusado assim.

- Ah não, imagina. – rimos. – vamos dar uma volta? Não é muito a minha ficar na praça de alimentação.

- Vamos. – nos levantamos.

Rodamos um pouco, até ela parar na frente do cinema.

- Quer ver um filme? – perguntei.

- Oh, com certeza. – animou-se.

A fila andou rapidamente, chegamos no caixa e Bell pagou seu próprio ingresso, mesmo com os meus protestos.

Fomos para a sala, sentamos em nossos lugares com a pipoca grande e dois refrigerantes. As luzes se apagaram, os trailers foram rápidos e nosso filme começou. Quando coloquei a mão dentro do saco para pegar a pipoca, Bella fez o mesmo e nossas mãos se tocaram sem querer. Mesmo no escuro, tive a impressão de vê-la corar. 

- Carlisle. – ela chamou. Virei o rosto sem nem imaginar a proximidade que o dela estava do meu.

Nossas respirações se aceleraram. Sabia que estava nervosa, e eu também. Era estranho pensar assim sobre a garota que vi quando era pequena. Não me dei conta de que a distância entre os nossos rostos estava diminuindo gradativamente.

Nos beijamos. O beijo se intensificou. Minha mão alisou seu cabelo. O beijo não foi ruim. Mas me senti diferente em olha-la daquela forma, mas não parei. Ela se afastou e olhou para baixo.

- Eu sinto muito...

- Tudo bem. – cortei. Seus olhos se fixaram nos meus, e sorriu.

Voltamos nossa atenção ao filme. Talvez considerar um novo amor não fosse tão ruim assim. Talvez Bella fosse meu novo começo.


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Notas finais do capítulo

Não gosto de Carlisle com Bella, mas numa fic, temos que mudar algumas coisas, então só peço que e digam o que acharam!



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