I Won't Give Up escrita por Lena Potter Howe


Capítulo 61
Nova e única chance


Notas iniciais do capítulo

Heey pessoal! Espero que gostem do capitulo!



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POV Ally

– Você está perfeita, agora vá logo. Até Mel está impaciente – Mary avisou puxando-me para fora do quarto. Eu não duvidava que minha irmã realmente estivesse impaciente.

Era uma e meia da tarde e eu nunca tinha ficado ansiosa como estava agora. Eu vestia uma regata rosa claro estampada e uma calça jeans clara. Também usava uma sapatilha rosa clara e meu cabelo estava preso. Mary insistia que eu estava linda, mas eu apenas discordava. Afinal, a insegurança me dominava. Novidade.

Mel correu até mim quando cheguei à sala do apartamento. Thony e Thomas assistiam algo qualquer na televisão, que antes Mel também assistia.

– Até que enfim – a pequena reclamou e beijou minha bochecha. Mary sorriu convencida e eu revirei os olhos.

Os dois garotos nos olharam e Thomas sorriu orgulhoso.

– Até que enfim mesmo – ele concordou se referindo a tudo. Até que enfim que eu terminei de me arrumar. E até que enfim eu tomei uma decisão. Eu não o culpava por dizer isso, até eu já estava ficando cansada de como tudo estava antes.

Mary assim como eu também estava arrumada para se encontrar com um determinado alguém, o qual não era muito difícil adivinhar.

– Desculpe, mas ficará de babá por hoje – falei me despedindo de Thomas. Ele fez uma careta, mas depois riu divertido.

– Eu aguento – respondeu. Thony e Mel sorriram para ele. Pelo visto esses dois dariam muito trabalho a Thomas essa tarde.

– Vamos logo – Mary disse tão ansiosa quanto eu. Parecíamos duas bobas agindo desta forma.

Nós duas nos despedimos das crianças e depois saímos ansiosamente e felizes do apartamento. Mary pegou seu carro e nós duas entramos.

– Estou nervosa – confessei o óbvio no meio do caminho e Mary riu.

– Pelo menos ele aceitou falar com você – respondeu dando ombros e eu suspirei. A possibilidade de ele ter negado fez-me ficar ainda mais nervosa, se fosse possível.

– Todos nós fomos idiotas nessa história – observei repentinamente e ela concordou. – Agora sou uma idiota nervosa – falei rindo e Mary gargalhou.

– Ok, tão nervosa que faz piadas ruins – falou rindo e eu fingi estar magoada – Acho que você não tem noção de quantas foram às vezes que você falou a palavra “nervosa” desde que acordou – ela falou e realmente estava certa, porque eu não tinha noção que falei isso tantas vezes. - Mas, enfim, hora de ir – ela disse ainda rindo. Choraminguei ao perceber que ela estacionou na frente do Café que havia marcado com Austin.

Mary riu e fez um gesto me despachando. Suspirei e sai do carro tentando me manter confiante.

– Boa sorte – ela gritou e eu sorri.

– Pra você também – respondi e logo ela foi embora encontrar Adam.

Minhas mãos suavam frio e minha respiração estava descontrolada. Entrei no lugar e meus olhos percorreram em volta. O Café tinha um balcão enorme e todo decorado. Mesas por todo lugar, inclusive lá fora. Na frente de tudo tinha um pequeno palco para algumas apresentações. Ou para quem quisesse simplesmente cantar. Algumas pessoas esperavam ao lado para se arriscarem.

Percebi que de costas para mim, Austin estava sentado em uma mesa perto do balcão. Obriguei minhas pernas a andarem até lá, mesmo que lentamente. Com um enorme controle me obriguei a ficar calma. Sentei-me a frente dele sem olhar em seus olhos. Levantei meu olhar apenas quando ele falou.

– Oi – Austin falou seriamente e eu sabia que aquilo era culpa minha.

– Oi – respondi tentando ficar igualmente séria, mas minha voz não deve ter contribuído. Meu coração pulava e era como se ele fosse ouvi-lo. Após uns minutos discutindo comigo mesma acabei decidindo falar tudo, mas ele foi mais rápido.

– Colar bonito – Austin disse em um tom de divertimento. Acabei percebendo que continuava usando o colar que ele havia me dado há muito tempo. Toquei o colar como reflexo e dei ombros.

– Eu gosto dele – falei envergonha e ele disfarçou uma risada. Nós ficamos em um silêncio estranho por um tempo. Mas, decidi quebra-lo e fazer o que eu queria desde o começo. – Desculpe-me por tudo Austin – falei repentinamente. - Eu fui muito idiota por ficar confusa, quando não precisava de nada disso para ter certeza. Eu não queria admitir que estava com saudades. Tentava nem mesmo lembrar-me do seu nome. Mas, era impossível, ele me perseguia –falei rindo de mim mesma. Todas as vezes que era possível eu evitei falar o nome dele. Mas, foi algo definitivamente impossível de se fazer.

– Entendo que esteja confusa. Mas, saiba de uma coisa, toda essa fama para mim não é nada. Quero sim, realizar meus sonhos, mas com você ao meu lado – ele falou sincero e ao mesmo tempo lembrei-me da letra de uma de suas músicas. Sorri ao ouvir suas palavras, que tanto duvidei no começo.

– Podemos tentar novamente – afirmei e ele sorriu – Mas, sem, nenhuma garota dando em cima de você – falei fazendo uma careta e ele riu.

– Estamos livres disso – ele concordou e eu fiquei uma pouco confusa. Mesmo assim não queria entrar nesse assunto.

– Sem mentiras – falei e ele concordou rapidamente. Assim que falei isso lembrei-me de algo que ia fazer há muito tempo. – Antes de tudo isso acontecer eu ia te dar algo. No natal sabe? Você sempre quis ver minhas músicas escritas no diário. E eu ia dá-lo a você para mostra que eu confiava em você. E eu tinha mais um presente – falei lembrando-me de tudo e balancei a cabeça rindo. Austin pareceu surpreso com aquilo e também feliz por eu admitir.

– E o que era essa outra coisa? – ele perguntou curioso. Senti minhas bochechas esquentarem e abaixei a cabeça envergonhada. - Ah, qual é Ally – ele disse rindo. – Faça isso pelo nosso recomeço, e dessa vez é o único – ele disse sorrindo e pegou minha mão. Não havia como descrever o quanto eu sentia falta disso.

Desviei os olhos para o palco a frente que agora só tinha uma pessoa saindo. O que eu tenho a perder?


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Notas finais do capítulo

O que a Ally vai fazer hein? O que acharam do capitulo? Lembrando que só tem mais dois *-* Comentem!