I Won't Give Up escrita por Lena Potter Howe


Capítulo 59
Entre incertezas


Notas iniciais do capítulo

Hey! Primeiro: vocês me surpreenderam com a quantidade de comentários, obrigada meninas. Segundo: Uma recomendação perfeita da Helena Barros para a fic, obrigada, amei ela *-* Capitulo para você.
Algumas pessoas acertaram sobre o que ia acontecer aqui, estava bem fácil hein. Capitulo bem importante, gosto muito dele e que gostem também.
Música do capitulo: http://www.vagalume.com.br/nickelback/far-away.html
Um link que não está abrindo lá embaixo: http://www.bobcatravel.com/uniquestays/wp-content/uploads/2012/01/SHHS-Miami-Restaurant.jpg
Boa leitura! E tentem não chorar muito hahahaha.



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POV Ally

Eram oito da noite quando estávamos saindo pra jantar. Mary havia escolhido onde iriamos. É um restaurante que ela sempre adorou, além de ser um dos mais famosos de Miami. Thomas adorou a ideia.

Eu realmente não estava muito animada para ir a restaurante tão chique assim, mas por fim acabei aceitando. Consequência disso foi Mary ter encarado isso como um sim para ela escolher nossas roupas. No entanto, admito que não ficamos tão mal assim.

Mary usava um vestido azul escuro soltinho até metade da coxa. Um cinto fino marcava sua cintura. O salto combinava com o pequeno cinto e no final deixou o cabelo loiro totalmente solto.

Já pra eu, usava vestido bege um pouco solto até o meio da coxa. Ele tinha uma faixa preta justa na cintura. Mary me obrigou a usar um salto preto muito alto. Deixei meu cabelo naturalmente solto.

Isso tudo me lembrava de todas as vezes que as garotas me usavam como boneca para me vestir. Lembro-me de que no meu aniversário cada uma delas me entregou algo. Aquele dia com certeza é impossível de esquecer.

– Que coisa mais linda – falei pegando Mel no colo.

A menina usava um lindo vestidinho rosa claro um pouco rodado. O lacinho rosa em seu cabelo combinava com ele. Minha irmã deitou a cabeça em meu peito e começou com sua mania de brincar com meu colar.

– Uau, ela está igual uma boneca – Thony falou carinhosamente apontando para a prima. Mel pareceu não se interessar, mas Mary gargalhou.

– Isso mesmo – ela disse pegando no colo o pequeno. Mary adorava ficar com o menino no colo.

Thomas que só observa tudo divertido logo pediu para irmos. Nós duas concordamos e Mary deixou-o dirigir seu carro.

Durante o caminho nós conversávamos animadamente. Thony contava para Mary de seus desenhos preferidos, o que era muito fofo ver. Mel só assistia a ele, às vezes fazendo comentários de como aquele desenho era chato.

– Chegamos – Thomas avisou estacionando aquele carro muito confortável e espaçoso.

Continuei com a preguiçosa da Mel no colo, assim como Mary com Thony. Nós entramos no restaurante e logo fomos levados à uma mesa. Agora eu entedia porque famosos vinham aqui. O restaurante era como se fosse ao ar livre. Plantas decoravam o lugar assim como luzes pequenas.

As mesas eram lado a lado, algumas menores, outras maiores. O ambiente era bem romântico e ao mesmo tempo para famílias. Tudo do restaurante parecia madeira, deixando tudo ainda mais lindo e clássico. A parte da frente tanto como a de trás tinha árvores pequenas decorando. E mais no fundo tinha uma pequena fonte. Havia um bar ao lado e garçons andavam habilidosamente entre as mesas.

Nós pegamos uma mesa de quatro. Thomas se sentou na cadeira enquanto eu e Mary nos sentamos em um pequeno sofá que tinha a frente dele. Mel se sentou no meio de nós duas e Thony ao lado de Thomas. Poucos minutos depois nós fomos atendidos por um garçom.

Depois dos pedidos feitos ele pediu-nos simpaticamente para esperar pelo pedido.

– Aqui é lindo – falei observando o lugar e Mary sorriu convencida.

– Sim, eu vim aqui uma única vez – ela falou sorrindo com a lembrança. Pelo seu sorriso de saudade eu imaginava quem veio com ela.

Pouco tempo depois nossos pratos já haviam chegado. Durante o jantar nós falamos pouco. E com todo esse silêncio eu só consegui pensar no que havia acontecido pela tarde.

Ah, como eu queria Austin no lugar de tudo isso, mas sem todo aquele medo da fama. Mas, mesmo assim, eu aguentaria tudo se ele não tivesse desistido tão rápido. Assim como eu.

– Vamos lá, Ally – Mary falou se levantando da mesa. Mel e Thony olhavam curiosamente para a fonte. Ri pegando a menina no colo.

Olhei para Thomas e ri quando vi que ele iria ficar sozinho.

– Já voltamos – avisei e andei com Mel. Mary puxou Thony pela mão e os dois vieram atrás de mim.

Algumas pessoas estavam sentadas ao redor da pequena fonte. Muitas mesas também eram em volta. Luzes pequenas decoravam a fonte fazendo tudo brilhar ainda mais.

Ao fundo músicas começaram a tocar mais alto do que estava quando nós estávamos jantando.

Mel pareceu encantada com o lugar. Ela apontava para tudo, ainda no meu colo. Eu ri e beijei sua bochecha. Ao mesmo tempo ouvi várias risadas ao nosso lado. Mary estava ainda mais distraída com Thony. Por um tempo as risadas de várias pessoas pararam e depois eu vi Mel olhar por cima do meu ombro.

A menina se remexeu inquieta e ao mesmo tempo algo me surpreendeu.

– Ally? – a voz rouca que sempre me despertou tantas emoções me chamou. Meu coração estava ainda mais acelerado de que qualquer momento.

“This time, This place

Misused, Mistakes

Too long, Too late”.

“Esse tempo, esse lugar

Desperdícios, erros

Tanto tempo, Tão tarde”.

Reconheci a música Far Away, Nickelback. Eu quase nem conseguia respirar. Por segundos de coragem virei-me para trás. Lá estavam todos os Moon sentados, junto com Alex, Dez e Trish. Eles me olhavam surpresos outros tinham emoções diferentes.

Austin– este nome que eu tanto evitei -, estava em pé atrás de mim. Minha única reação foi perceber o quanto ele era lindo. Austin me deixou sem palavras, mas não sem emoções. Minha vontade de chorar era tão grande quanto a de sorrir.

Mel choramingou e tentou se soltar de meus braços. Antes que ela caísse, coloquei-a no chão. A menina riu e correu para o loiro sem pensar duas vezes. Ele abriu os braços e pegou-a no colo. Lágrimas caíram por meu rosto. Eu me sentia sufocada por emoções.

Sem pensar virei-me e andei rapidamente para longe.

POV Austin

Oh, Ally. A reconheci segurando Mel carinhosamente nos braços. Há quanto tempo eu não a observava fazer isso. Meu coração parecia querer sair. É possível ama-la ainda mais depois de tudo isso? Ally estava ainda mais linda, se fosse possível.

Sem nem mesmo pensar direito seu nome saiu entre meus lábios.

– Ally? – perguntei baixo, mas ela me ouviu.

A pequena em seu colo já havia me visto. Sorri para ela e vi a menina chamar mais a atenção de Ally. Uma música que eu conhecia muito bem começou a tocar. Ally colocou Mel no chão. A morena parecia muito abalada, fiquei com medo de ela realmente não querer me ver.

Poucos segundos depois vi Ally correr para longe. Ah não, de novo não. Beijei a testa de Mel e entreguei-a para a primeira pessoa que vi. Audrey. E sem esperar mais nada, corri atrás de Ally.

POV Ally

Andei para perto do bar. Parei perto de uma pequena árvore cheia de luzes. Lágrimas escorriam por meu rosto, mas eu não me preocupava. Percebi que o lugar que eu estava era uma parte ao ar livre do restaurante. Era totalmente aberto e todo decorado. Poucas pessoas estavam aqui fora.

Passei as mãos no rosto tentando fazer com que as lágrimas parassem. Mas, não foi possível. Por que ele tinha que apareceu tão repentinamente causando toda essa confusão em mim?

Mesmo um pouco longe ainda era capaz de ouvir a música tocar por todo o restaurante.

“Who was I to make you wait

Just one chance

Just one breath

Just in case there's just one left”.

“Quem era eu para te fazer esperar?

Apenas uma chance

Apenas um suspiro

Caso reste apenas um”.

Mesmo de olhos fechados foi possível sentir quando alguém me puxou para trás. Abri os olhos e vi o rosto de Austin bem perto do meu. Chorei novamente. Austin limpou algumas lágrimas. Eu queria tanto me afastar.

– Desculpe-me – ele sussurrou.

– Por que fez aquilo? – sussurrei de volta sentindo toda a mágoa voltar lembrando-me de quando ele me pediu para ir embora.

– Porque sou idiota. E nunca te mereci de verdade. Não percebi que você era mais importante que tudo – falou sincero. Eu via sua sinceridade, mas estava cada vez mais confusa.

– Não percebeu isso tarde de mais? – falei com a voz instável.

– Sim. Mas, eu posso correr atrás – falou limpando novamente minhas lágrimas.

– Mas, não fez isso antes – acusei magoada. Ele assentiu e suspirou.

– Fui burro, demorei.

– Você não o fez. Durante todo esse tempo, nenhuma vez – falei tentando me afastar.

– Ally, eu sabia desde o começo que você viria para Miami – paralisei ao ouvir isso - A escola de seu trabalho é a escola de Audrey. Fiquei sabendo da pesquisa e apenas confirmei seu nome. Você conquistou tudo isso sozinha – falou sorrindo feliz – Sim, eu demorei muito para perceber. Mas, nunca desisti de você.

“Cause you know,
you know, you know
That I love you
I have loved you all along
And I miss you
been far away for far too long
I keep dreaming you'll be with me
And you'll never go
Stop breathing if
I don't see you anymore”

“Porque você sabe

Você sabe, você sabe

Eu te amo

Eu sempre te amei

E eu sinto sua falta

Estive tão longe por muito tempo

Eu continuo sonhando que você estará comigo

E você nunca irá embora

Paro de respirar se

Eu não te ver mais”

– Você sabia? Por quê? – perguntei confuso. Aquela música não ajudava. Era como se Austin a tivesse escolhido para aquele momento.

– Porque eu queria te encontrar e dizer o quanto eu fui burro. O quanto eu não te mereço – ele provavelmente continuaria com os insultos a si mesmo. Sorri minimamente depois voltei a chorar. Austin fazia isso comigo. – Mas, também o quanto eu te amo.

Choraminguei e funguei. Austin não pode fazer isso. Não pode mexer tanto assim com meus sentimentos, que são tanto que me dão medo. Lembrei-me de tudo aquilo que levou a nós dois nos separarmos. Mas, e se aquilo tudo acontecesse? E o tal relacionamento dele?

Tudo isso rodava em minha mente fazendo-me sentir mais confusa. Eu não sabia o que falar. A resposta mais obvia e mais verdadeira: Eu também te amo. Mas, o medo me confundia.

– Eu... Austin – gaguejei. Minha voz instável deixava tudo pior. Como eu queria ter previsto isso tudo, apenas para ter minha única resposta sem dúvidas. – Preciso... Pensar – completei. Mas, na verdade eu queria somente tirar essas incertezas da minha cabeça.

Austin pareceu levar um choque. Sua expressão era de tristeza só que ao mesmo tempo compreensão. Ele se afastou de mim. O que eu estava fazendo? Mais uma vez fugindo.

Comecei a chorar novamente. Sabe quando você tem tanta incerteza, tanto medo que você quer apenas chorar? Isso que eu fazia. Dei alguns passos e olhei novamente para Austin.

“On my knees, I'll ask

Last chance for one last dance

Cause with you, I'd withstand

All of hell to hold your hand

I'd give it all

I'd give for us

Give anything but I won't give up”

“De joelhos, eu pedirei

Uma última chance para uma última dança

Porque com você, eu resistiria

A todo o inferno para segurar sua mão

Eu daria tudo

Eu daria tudo por nós

Eu daria qualquer coisa, mas não desistirei”

Mas, aqui estava eu indo embora novamente enquanto Austin pedia uma chance. Voltei a andar o mais rápido possível. Mas, mesmo assim, ninguém podia questionar-me. Eu o amo.

I wanted

I wanted you to stay

Cause I needed

I need to hear you say

That I love you”

Eu quis

Eu quis que você ficasse

Porque eu precisava

Porque eu preciso ouvir você dizer

Eu te amo”.

POV Mary

Assustei-me assim que vi Ally correr. Ao mesmo tempo um loiro, mais conhecido como Austin, correu atrás dela. Eu estava perdida sem saber de nada. Porque todos os Moon estavam aqui?

Meu olhar percorreu a mesa inteira, mas eu não encontrei Adam. Esse pensamento logo foi interrompido quando alguém agarrou minha cintura virando-me para trás. A essa altura Thony já havia voltado para Thomas.

Respirei pesadamente por causa do susto. Antes mesmo de focar a cara do sujeito, identifiquei Adam por seu perfume. Eu estava com tantas saudades disso. Lágrimas ameaçaram inundar meus olhos.

– Não precisa chorar – ele falou atencioso quando eu abri os olhos. Adam estava com o cabelo um pouco diferente e havia deixado à barba crescer um pouco. Estava ainda mais lindo. – Não grite comigo também. Sei que fui o maior idiota que existe. E que apenas te ignorou, mas saiba que eu realmente descobri tudo isso sozinho. – ele disse me fazendo rir – E descobri que você, loirinha, me fez ama-la mais do que o possível – ele disse apontando para mim.

Adam sempre foi do tipo conquistador cafajeste sensível. E eu o amava ainda mais por esse motivo. Eu não precisava de muito para saber que tudo que ele falava era verdade.

– Nunca mais minta para mim. E não vou dar mais chances para você, idiota – falei chorando. Ele riu e me abraçou.

– Eu sei disso, loirinha. Essa é a única – ele prometeu e me beijou repentinamente.

Não foi difícil perdoar Adam. Não porque eu sou idiota, mas porque não havia desculpas para não fazer isso. Adam havia me magoado, mas não tanto quanto Ally foi. Eu não passei por tantas coisas com Adam assim como ela passou com Austin. Além disso, eu não tenho muito problema para confiar nas pessoas. Já Ally foi decepcionada muitas vezes.

Nossos destinos eram tão diferentes. Mas, uma coisa das coisas que nós temos muito em comum é amar um Loiro Idiota Moon.


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Notas finais do capítulo

E a opinião de vocês? Acham que Ally tem mesmo o direito de pensar um pouco ou tudo o que Austin disse é o suficiente? Mary e Adam são uns fofos, não? Comentem babys, leitoras fantasmas que quiserem aparecer eu vou amar. Beijos.