I Won't Give Up escrita por Lena Potter Howe


Capítulo 23
Apresentações & Irmãs?


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEY! Sim eu passei a véspera de natal escrevendo um capitulo para vocês u.u Agradeçam a Escritora anônima.
UMA RECOMENDAÇÃO. Obrigadaaaaa *-* Presente de Natal perfeito kkk . Eu to tão feliz ^-^ Amei tudo que você (Escritora anônima) escreveu, esse capitulo é para você c: Boa leitura!



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Todo o caminho até a casa de Austin foi em silencio, mas um silencio confortável. Suspirei observando o cara ao meu lado, sua atenção estava toda na estrada, mas pareceu perceber que eu o encarava.

– Algumas coisas suas estão na minha casa já, tudo bem? – Perguntou e deu um sorriso confiante.

– Tudo – Respondi sincera. Era assim que eu me sentia perto dele, sincera, única, verdadeira. Balancei a cabeça espantando todos os pensamentos sobre Austin, aquilo apenas me deixava mais confusa.

– Minha família esta ansiosa para conhece-la – Ele confessou envergonhado.

– E eu a eles – Sorri tranquilizando-o, mas logo meu sorriso sumiu dando lugar a uma careta nervosa – Não acredito que vou fazer mesmo isso – Falei constrangida. Morar com Austin era uma situação estranha. Ele apenas riu de mim, o que me fez estreitar os olhos em sua direção.

– Fique calma, não é nada de mais – Disse se defendendo. Olhei incrédula para ele.

– Nada de mais? Vou morar com você e sua família. Isso é muito estranho – Admiti nervosa.

– Nós vamos nos dar bem, quer dizer, todos nós – Disse convencido e confiante. Revirei os olhos e decidi acreditar dele.

Austin estacionou na frente de sua casa poucos minutos depois. Meu estado era terrível, minhas mãos suavam e eu tremia. Sinceramente? Eu parecia uma menininha indo conhecer os pais do namorado. Era isso? Pensei confusa. Definitivamente não. Austin mais uma vez me tirou de meus pensamentos enrolados.

– Ally você está bem? – Perguntou visivelmente preocupado. Respirei fundo varias vezes e olhei para ele mais calma.

– Estou bem – Assegurei e ele assentiu curioso. Observei-o sair do carro e vir ao meu lado calmamente.

– Precisa mesmo me pegar no colo? – Perguntei com vergonha.

– Sim – Afirmou sorrindo divertido. Eu ainda iria fazer Austin pagar por tudo isso.

– Okay – Suspirei derrotada.

Ele se aproximou de mim e colocou seus braços com cuidado em volta de mim, como havia feito no hospital. Ele me tirou do carro com cuidado extremo. Ele fechou a porta do carro da melhor forma que pode. Como havia parado o carro bem em frente do portão de sua casa não havia muito que andar o que me deixou mais nervosa. Ele abriu o portão da casa habilidosamente. No mesmo momento minha perna formigou, provavelmente por causa da cicatrização.

Analisei a casa a minha frente. Grande, branca, linda. A casa tinha dois andares e muitas janelas. Sua pintura por fora era toda branca a deixando mais elegante. Antes da porta tinha um pequeno jardim cheio de flores lindas.

– Você não pode ficar nervosa – Austin lembrou enquanto atravessava o pequeno jardim da frente.

Tarde de mais. Pensei respirando pesado. Eu devia estar parecendo muito idiota, mas o momento era propicio para isso. Austin tinha seus braços fortes em volta de mim, e qual é, eu estava usando uma saia, não muito curta, mas mesmo assim uma saia. Além de uma blusa que mais parecia um top. Portanto, muita pele a mostra perto de Austin. Pensamento bobo, eu sei.

Antes de Austin abrir a porta peguei sua mão fazendo-o olhar para mim.

– Eu posso, por favor, ficar no chão? – Implorei. – Não é muito legal ser apresentada a pessoas no colo de alguém – Argumentei e ele me olhou pensativo – Pode me segurar, mas comigo no chão – Impus e ele pareceu concordar.

Ele me deslizou cuidadosamente e de forma lenta até o chão. O impacto com o chão me fez ficar um pouco tonta. Não senti dor alguma, pois Austin praticamente me tirou do chão novamente. Um braço seu envolveu minha cintura em um aperto firme. Ele me fez colocar um braço em sua cintura para ter mais apoio e eu também não alcançava seu pescoço. Era quase como se eu andasse, mas Austin estivesse com meu peso todo.

– Estou bem – Falei tentando tranquilizar seu olhar preocupado sobre mim.

Austin me olhou apenas por mais alguns segundos para ter certeza, mas logo girou a maçaneta da porta destrancada.

– Vamos lá – Ele sussurrou novamente confiante.

Nós entramos em uma sala bem ampla, sua pintura era bege, a mesma cor dos sofás. Havia vários eletrônicos no lugar, deixando a sala mais moderna, mas ainda clássica por causa das cores. Enquanto admirava a sala não percebi uma mulher se aproximando.

– Oi filho. E você é a Ally – Isso era uma afirmação.

Virei-me em direção há voz. A mulher, mãe de Austin, parecia muito jovem. Seus cabelos loiros e lisos iam até o ombro, seus olhos castanhos eram iguais os de Austin, algumas rugas causadas pelo tempo, mas também haviam marcas causadas por vários sorrisos. Sua roupa era composta por uma calça jeans clara um pouco larga, uma blusa larga verde com listras brancas até os cotovelos e usava uma rasteirinha com detalhes verdes. Sua expressão era maternal e carinhosa a deixava ainda mais linda.

– Prazer em conhecê-la senhora Moon – Falei educadamente e sorri.

– Oh, por favor, apenas Helen – Ela disse divertida e carinhosa. Eu apenas assenti com vergonha.

– Onde estão todos? – Austin perguntou curioso.

– Lá em cima – Ela explicou e revirou os olhos. – Desculpe Ally, mas eles não obedecem se não for assim – Ela se desculpou sincera – Audrey, Adam e Andy venham aqui AGORA– Ela gritou demonstrando impaciência, mas continuava maternal ao falar dos filhos. Eu realmente gostei dela.

Segundos depois uma menina loira desceu correndo a escada seguida por outros dois garotos. A garota parecia ser mais velha que eu, mas ainda sim muito jovem. Ela se parecia muito com a mãe, cabelos loiros que passavam do ombro e uma franja cobrindo a testa. Ela usava um short jeans, uma camiseta caída no ombro, branca e um simples chinelo branco.

Os outros dois garotos estavam muito parecidos, os dois de bermuda e uma camiseta. A diferença era mais no cabelo, o que parecia ser mais velho, talvez Adam pelo que Austin descreveu, tinha os cabelos mais escuros, quase castanhos. O outro, mais novo que eu, tinha os cabelos iguais de Austin. No momento em que me viu a garota abriu um sorriso radiante, já os outros dois se puseram a me analisar.

– Ally – A garota praticamente gritou de animação. Fiquei assustada com o seu jeito espontâneo, mas retribui o sorriso. Ela praticamente correu até nós e me abraçou isso me deixou ainda mais surpresa. Fiquei sem reação, mas logo retribui o abraço cuidadoso.

Não era apenas eu que estava surpresa naquela sala. Todos nos encaravam sem expressão, fiquei desconfortável com esse silencio. Entretanto, Austin sorriu para mim, senti meu corpo relaxar com apenas aquele gesto. Quando a garota me soltou Austin nos olhou divertido.

– Eh... Essa é minha irmã – Falou de uma maneira obvia, mas se divertindo com a situação – Audrey – Apresentou a apontando – E acho que você já sabe quem – Completou apontando para mim. Mesmo com toda aquela situação ele continuava com o braço em minha cintura, e eu acho que foi isso que todos perceberam.

Novamente fiquei desconfortável com todos os olharem sobre mim. Mas, logo a atenção de todos foi desviada para Audrey. Ela fez uma careta engraçada e resmungou:

– Oh Deus – E depois saiu correndo para a escada. Apenas isso. Ainda surpresos e confusos ficamos esperando ela voltar.

Poucos segundos depois ela apareceu na escada, mas dessa vez com minha irmã. A pequena tinha um olhar sonolento, mas alegre também. Meu coração começou a dar saltos quando ela chegou com a menina finalmente na sala. A pequena quando me viu sorriu estendeu seus braços em minha direção. Como eu não conseguia ir até lá, Audrey a trouxe do meu lado. Tirei meu braço da cintura de Austin com a intenção de pega-la, mas ele me olhou com preocupação.

– Eu consigo – Falei confiante e com calma. Ele me olhou ainda preocupado, mas assentiu. Seu braço continuou no mesmo lugar, mas eu não me importei apenas peguei a pequena.

Suspirei quando ela saiu totalmente dos braços de Audrey, afinal ela não é assim tão pequena. A menina colocou seus bracinhos em meu pescoço e eu apenas enterrei meu rosto em seu pescoço esquecendo todos naquela sala. Finalmente estávamos juntas e não naquele hospital. Meus olhos se encheram de lagrimas de felicidade e também de saudade, mas eu não as deixei cair. Eu a abracei com o máximo de força que consegui, mas também percebi que aquele era meu limite. Afastei meu rosto dela acariciando seus cabelos e no mesmo tempo senti algo desconfortável nas costelas. Aquele era mesmo o meu limite. Não sei como, mas Austin deve ter percebido, pois olhou para Audrey e pediu:

– Pode pega-la – Falou calmo e sua irmã assentiu. Mesmo relutante deixei a pequena que estava choramingando ir para o colo da menina.

Eu definitivamente havia esquecido todos naquela sala. Os dois irmãos de Austin e sua mãe me olhavam com uma expressão de talvez, admiração. Percebendo meu desconforto Helen falou:

– Desculpe. Esses aqui são Adam – Falou apontando para o mais velho, eu acertei – E Andy – Disse apontando o mais novo. Eu sorri para eles e os dois sorriram tímidos.

– Olá – Cumprimentei.

– Oi – Os dois falaram ainda tímidos e eu sorri.

– Okay, todos já se conheceram e Ally está cansada – Austin se pronunciou de uma maneira responsável que me fez querer sorrir. Mas, não era mentira eu realmente estava cansada.

– Concordo – Sua mãe falou – Ally você pode ficar no quarto de hóspedes – Completou e eu assenti.

– Obrigada – Falei sincera – Por tudo – Completei.

– Não é nada – Falou sorrindo carinhosamente.

– Vamos – Austin disse com um pequeno sorriso. Meu olhar caiu sobre na escada um pouco grande. Austin percebeu e ergueu uma sobrancelha sugestiva para mim.

– Você só pode estar de brincadeira – Reclamei indignada e com vergonha.

Não pude falar mais nada, pois em um gesto rápido ele me pegou no colo ali mesmo na sala. Seu sorriso era convencido e feliz. Bati rapidamente em seu peito e ele apenas sorriu mais. Droga! Todos os olharem estavam sobre nós novamente. Audrey e Helen transbordavam felicidade. Adam e Andy nos olhavam surpresos e divertidos. Eu apenas abaixei a cabeça envergonhada.

Ainda sorrindo descaradamente Austin subiu a escada com cuidado. Pude perceber que sua irmã veio atrás com Mel. Austin apenas me soltou quando estávamos na frente de um quarto.

Audrey se aproximou de mim e percebi que era por causa de Mel. Seus olhos demostravam o quanto ela estava assustada.

– Eu estou aqui agora, bebê – Falei beijando sua bochecha. Ela riu infantilmente, mas acho que ela estendeu o que eu disse, pois ficou mais calma. Audrey sorriu e trocou olhares com Austin.

Como eu estava em pé novamente Austin tinha seu braço em minha cintura. Eu já estava me acostumando com isso.

– Audrey vai te ajudar a se trocar tudo bem? - Perguntou atencioso e eu concordei – Qualquer coisa vou estar no quarto ao lado. Mais tarde volto para te ver – Ele parecia querer dizer mais algo, mas apenas sorriu para mim. Ele beijou minha testa carinhosamente e de forma lenta. Austin se afastou de mim e infelizmente tirou o braço que me dava apoio. Segurei no batente da porta enquanto Austin se virava para irmã.

– Vem para o tio Austin – Esse foi Austin falando com a voz estranha. Instantaneamente sorri e Mel fez o mesmo. Ela foi para o colo dele sem hesitar.

– Tchau titio – Audrey disse sorrindo debochado. Austin apenas se virou e mostrou a língua, depois entrou no quarto ao lado do meu. Agora estávamos apenas eu e Audrey. Ela sorriu doce para mim e disse:

– Venha vou te ajudar – Disse sorrindo eu aceitei sua ajuda e nós entramos no quarto.

O cômodo era bem espaçoso também com cores claras. Havia uma cama de casal ocupando muito espaço. Na frente da cama tinha uma cômoda grande com uma TV. Também havia uma porta que provavelmente dava para o banheiro. O quarto era realmente lindo.

– Fui eu que peguei suas roupas então desculpe se não gostar – Audrey disse e deu ombros, envergonhada.

– Vou gostar sim – Garanti e ela assentiu.

– Elas estão todas ali – Audrey falou atenciosa. Percebi que realmente gostei dela, pois ela era tão parecida com o irmão – E tudo o que você precisa já está no banheiro – Ela avisou e sorri.

– Vou pegar uma roupa mais confortável – Falei e ela concordou. Nós pegamos um short curto para não alcançar em meu curativo e uma blusa como a dela, caída em um ombro e bem larga.

– Precisa de ajuda para se trocar? – Perguntou e eu assenti com vergonha.

– Pode contar comigo – Disse sorrindo. De repente Audrey parou no meio do quarto e abriu um sorriso estranho – Ally percebi que precisa de muita ajuda – Observou e eu fiquei com mais vergonha ainda – Não fique com vergonha – Ela disse percebendo meu estado – Quer ficar no meu quarto? Por favor – Disse prolongado o pedido como uma criança – Eu sempre quis ter uma irmã, mas minha mãe só teve essas pestes – Disse com raiva, mas ao mesmo tempo carinho – É serio vou te ajudar com tudo. Além disso, meu quarto é maior que esse – Isso era possível? – Claro se você não se importar – Acrescentou sorrindo tímida. Essa era provavelmente a família que mais sorria.

– Ah – Disse sem reação. Eu já confiava muito em Audrey, mas eu não queria invadir sua privacidade afinal tínhamos acabado de nos conhecer – Audrey eu não quero dar trabalho. Sério, eu realmente não me importaria de ficar no mesmo quarto que você, mas você não precisa fazer isso apenas por mim.

– Ally – Chamou minha atenção – Eu gosto muito de você mesmo te conhecendo hoje. Alguém que fez Austin ficar responsável? Já ganhou meu respeito. E sua história? Eu realmente te admiro. Assim como já amo sua irmã como a minha própria tenho certeza que com você vai ser igual. Não vai nos atrapalhar em nada, todos nós gostamos de você, como família – Admitiu e eu fiquei surpresa – Todos os dias eu pedia noticias suas para meu irmão, pois me preocupo. Então você definitivamente é minha irmã – Ela sorriu para mim carinho. Eu acredito nela, pois era assim que eu me sentia em relação a ela.

– Obrigada, por tudo que fez por mim e minha irmã. E eu me sinto do mesmo jeito em relação a vocês – Sorri com os olhos cheios de lagrimas – E se for assim, tudo bem – Aceitei e ela me olhou incrédula.

– Vamos ser companheiras de quarto – Disse pulando de alegria. Ela sorriu de um jeito maquiavélico e disse: - Vou fazer Austin ter inveja, nossa relação de irmãs foi mais rápida que a dele com você – O que? Arregalei os olhos e ela deu ombros – Isso é verdade – Disse levantando uma sobrancelha para mim. Não pude responder por que ela logo continuou – Já falei de mais. Venha vou pegar suas coisas e você finalmente vai descansar – Ela avisou e me fez sentar na cama enquanto pegava duas caixas que eram minhas coisas. – Eu peguei apenas isso, mas podemos pegar mais coisas se você quiser. Ou pegue minhas coisas, não ligo – Disse indiferente. É, ela realmente queria uma irmã.

Depois de levar minhas coisas para seu quarto ela voltou para me ajudar. Seu quarto era do outro lado de Austin. Passamos por lá e a porta estava fechada, mas eu definitivamente confiava em Austin com minha irmã. E então finalmente entramos no quarto de Audrey. Minha boca abriu no mesmo instante.

Aquele quarto, provavelmente, era o maior da casa. As paredes do quarto eram rosa claro. O guarda roupa ocupava quase uma parede inteira e no meio dele abria espaço para uma TV. Ela também tinha uma porta que dava para o banheiro. Tinha uma cama de solteiro e também uma cama de casal. Elas eram separadas por uma pequena cômoda. O guarda roupa com a TV ficava de frente para as camas. No meio do quarto tinha um tapete branco com rosa. Ela havia colocado minhas coisas, nas caixas, encostadas no guarda roupa. Todo o quarto de Audrey era muito organizado e limpo.

– Sim eu tenho 20 anos e meu quarto ainda é rosa – Ela disse rindo enquanto eu admirava o quarto, maravilhada.

– É lindo – Observei e ela concordou.

– Eu tenho bom gosto – Disse se gabando. – A cama de casal é por que muitas amigas minha vinham aqui quando éramos pequenas, e ela acabou ficando ai. Tudo bem você ficar ali? – Perguntou esperançosa.

– É perfeito – Concordei e ela sorriu mais alegre.

– Há apenas uma coisa. Sua irmã estava dormindo ai, pois não tínhamos berço e... – Falou se desculpando e eu a interrompi.

– Não é problema, eu durmo com ela – Avisei e ela assentiu.

– Venha você precisa descansar por mais tarde eu, Trish e Mary vamos te arrumar para o jantar – Disse pulando de alegria novamente, eu revirei os olhos, mas sorri. Finalmente algo estava dando certo em minha vida.


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Notas finais do capítulo

Revisei o máximo que pude, espero que não tenham erros '-' Comentem o que acharam *-* O jantar vai ficar para o próximo capitulo okay? Um jantar emocionante haha
Agora é verdade FELIZ NATAL!