I Won't Give Up escrita por Lena Potter Howe


Capítulo 20
Lágrimas & Sonhos


Notas iniciais do capítulo

Heeey. Acho que demorei neh? hehe Desculpe. Capitulo meio pequeno, mas pelo menos é algo neh? Eu fiz o capitulo ouvindo Let Me Go – Avril Lavigne and Chad Kroeger, não sei porque motivo '-' mas fica legal se alguém quiser ouvir.
Boa Leitura!



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– Traga água para ela – Pediu para mais alguém que eu não notei estar ali. – Ainda está doendo? – Neguei com a cabeça e logo depois um homem, enfermeiro me deu um copo de água. Senti o liquido passar pela minha garganta seca. Quando senti que já conseguia falar, perguntei com a voz rouca e ansiosa.

– Onde está minha mãe?

Vi a médica hesitar, mas logo se aproximou mais de mim com cuidado.

– Não posso lhe contar tudo agora, você ainda está se recuperando– Falou receosa.

– Pode sim, estou bem – Acho que já era hora de saber tudo que tinha acontecido e acabar com essa agonia que crescia em meu peito.

– Me desculpe, mas temos que medicar você. Vamos fazer uma bateria de exames em algumas horas – Explicou – Eu vou falar com alguns médicos e já volto para terminar de te examinar, mas entenda que não posso falar tudo agora – Pediu.

Antes que ela saísse eu entendi um pouco, alguma coisa ruim tinha acontecido com minha mãe. Eu queria que ela falasse tudo que havia acontecido, mas de alguma forma parecia que eu já sabia o que aconteceu com minha mãe. A cena de suas desculpas e depois de seus olhos se fechando passou por mim. As lágrimas já caiam sem restrição. Eu não sei como eu ainda tinha forças para chorar, me sentia tão fraca. Entretanto, todas as nossas brigas não paravam de passar por meus olhos, o que me fez soltar um soluço cheio de dor.

– Ally? Tente se acalmar se não teremos que te sedar – Falou preocupada. Talvez fosse melhor mesmo. Mas, uma pessoa veio em minha cabeça.

– Austin – Falei quase sem voz. Eu não sabia por que tinha aquele sentimento por ele, mas eu me sentia segura e calma perto dele, e isso era a única coisa que eu sentia neste momento. Eu não ouvi se a medica tinha falado mais comigo, tudo o que eu sentia era minha dor, não física. Apenas a ouvi falando algo sobre adiar um pouco meus exames, nada fazia sentido. Meu choro não era silencioso, tudo o que eu queria era colocar aquela dor para fora.

Suspirei quando senti dois braços fortes e quentes ao meu redor. Austin. A médica provavelmente o deixou entrar, mas não antes de me medicar. Não enxergava quase nada por causa das lagrimas que continuavam a descer, mas senti quando ele deitou em minha cama e me puxou para seu peito com cuidado por causa do soro em minha veia.

Eu sabia que havia outras coisas para me preocupar, como o fato de eu estar no hospital, mas eu não queria ouvir mais nada. Queria apenas continuar nos braços do loiro e chorar. Uma mão fazia carinho em meu cabelo enquanto a outra afagava minhas costas, ele dizia coisas que para mim não faziam sentido, mas por incrível que pareça, me acalmava. Meus soluços cessaram, mas algumas lagrimas teimavam a cair. Minha respiração se controlou, mas minha mente fez uma ligação na noite do acidente.

Minha mãe esta morta. Era isso não era?

– Não, não... – Balbuciei meio desesperada para que aquilo não fosse real. Tentei me afastar de Austin ainda sussurrando uma negação, mas seus braços se apertaram mais, não para doer, e sim passar conforto. Foi o que ele conseguiu.

– Está tudo bem. Estou aqui, não vai acontecer nada – Sua voz foi meio que um choque de segurança para mim. Soltei todo o ar que prendia e me encolhi contra ele, como se ele pudesse me proteger de tudo, talvez pudesse. A dor continuava lá, mas de uma forma anestesiada por Austin.

Meus olhos inchados de tanto chorar teimavam em querer fechar, provavelmente por causa dos remédios. Ele percebeu isso, pois falou:

– Durma. Não vou sair daqui em momento algum – Falou convicto e eu acreditei.

Eu queria dizer algo, mas com os olhos já se fechando, apenas o abracei mais. Os remédios me fizeram dormir, mas não evitaram sonhos, portanto deixei os sonhos me levarem.

Olhei em volta. Um campo com grama pequena se estendia por todos os lados. Minha mãe estava na minha frente, tão... Jovem. Seu cabelo castanho como os meus estavam em seus ombros. Seus olhos brilhavam de alegria. Ela vestia um vestido florido e uma sapatilha branca, fazia tanto tempo que eu não havia daquele jeito. Ela segurava Melissa carinhosamente. Beijou a testa da pequena e disse:

– Eu te amo – Meus olhos se encheram de lagrimas, eu não me lembrava de ter visto ela fazer isso alguma vez. Estendeu a menina em minha direção e eu confusa a peguei. Minha irmã dormia tranquilamente agora em meus braços. - Não se esqueça de colocar um casaco em sua irmã – Minha avisou para mim. Era tão bom ouvir sua voz, mas aquilo me deixou confusa. – Não se esqueça de fazer a comida, quero minhas garotas fortes e lindas. Ah, e também não se esqueça de sua inscrição na faculdade de musica. – Eu nunca tinha contado aquilo para ela – Eu presava muita atenção em você, mesmo não parecendo – Sua voz se tornou mais triste – Já fiz muita coisa que me arrependo, mas vocês duas é a melhor coisa que já tive. E também seu pai – Um sorriso surgiu em seu rosto, cheio de lembranças – Não se esqueça de tudo que te falei. Chegou minha hora – Parecia que ela ia viajar e deixar a casa comigo – É isso mesmo – Falou lendo meus pensamentos e eu ofeguei surpresa – Não bote fogo na casa – Falou brincalhona. Observei-a se aproximar de mim e beijar minha testa. Seus braços passaram ao meu redor, me confortando. Sentia-me uma criança novamente, seus braços me fazendo me sentir menor e melhor. Ficamos por um tempo assim, ela acolhendo eu e Mel.

– Eu te amo – Falei verdadeiramente e com a voz embargada pelas lagrimas. Aquilo era uma despedida.

– Eu te amo mais – Respondeu com ternura fazendo mais lagrimas caírem. Suas mãos passaram carinhosamente por meu rosto afastando todas elas. – Não chore. Seja forte como sempre foi. Acima de tudo, me perdoe – Falou melancolicamente.

– Eu te perdoei. Apenas não notei – Falei rouca e ela sorriu.

– Eu não mereço uma filha como você – Disse incrivelmente calma.

– Podemos ir com você? – Falei chorosa.

– Não – Sorriu – Vou encontrar seu pai – Falou e eu assenti. – Amo vocês – Falou e envolveu seus braços em nós cheios de tranquilidade. Ela se afastou de nós e começou a andar tranquilamente. Observei-a e quando ela chegou a uns 30 metros de distancia se virou alegre – Ah – Exclamou – Nós aprovamos Austin – Gritou e então eu percebi que um homem andava de encontro a ela.

PAI. Meu coração gritou. Lagrimas escorriam. Os dois tinham sorrisos enormes, mas eu não conseguia fazer o mesmo. Chegaram perto o bastante e eu notei de longe o olhar de amor que trocaram. Os dois se abraçaram e rindo olharam em nossa direção.

Amo vocês.

Esse sussurro veio através do vento, saindo da boca de cada um. Comecei a correr. Queria gritar, mas antes que chegasse tudo se esvaiu deixando apenas a lembrança de seus sorrisos.

Só há uma coisa a dizer aqui

O amor nunca vem tarde demais

(Let Me Go – Avril Lavigne and Chad Kroeger)


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Notas finais do capítulo

Então? Muito bléhh ou legal? Ficou meio real ou ridículo? kkkk Apenas falem o que achou ok? *-* Desculpe os erros, Bjs



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