I Won't Give Up escrita por Lena Potter Howe


Capítulo 18
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey. Demorei muito? Espero muito que gostem desse capitulo, adorei escrever ele. *u* Desculpe se tiver algum erro, boa leitura



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POV Austin

No mesmo dia chegamos em casa na hora do almoço, ou seja, já estavam todos lá. Peguei a menina que tinha acabado de acordar no colo novamente. Entramos em casa e todos vieram a conhecer. Vi os olhos da pequena se arregalarem e ficarem mais assustados do que já estavam, ela apertou seus bracinhos em meu pescoço. Os meus irmãos, irmã e meus pais me observavam enquanto eu abaixava e colocava Mel em pé. Ela continuou entre minhas pernas e segurando meu pescoço.

– Ally? – Ela sussurrou perguntando pela irmã. Tentei a acalmar dando um sorriso.

– Ela teve que resolver algumas coisas e não poderá nos ver agora – Tentei pensar em algo para acalma-la enquanto toda a minha família me encarava – Mas, Ally pediu para nós cuidarmos de você porque ela te ama muito – Falei e a pequena deu um pequeno sorriso, aliviado peguei-a no colo novamente – Pessoal ela menina linda aqui é a Mel – Apresentei e fiz cocegas nela arrancando uma gargalhada. Minha irmã se aproximou maravilhada.

– Oi Mel. Meu nome é Audrey – Ela disse chegando perto de Mel. Sua voz era carinhosa.

– Drey? – Mel disse sem conseguir falar o nome inteiro a encarando com aqueles olhos grandes parecidos com os da Ally. Todos nós rimos com sua fala inclusive Audrey.

– Sim, fofa – Minha irmã respondeu e ficou surpresa quando Mel abriu seus braços agora em direção a ela. Mel se apegava muito fácil as pessoas. Ri com a cara de espanto de Audrey e entreguei Mel para ela.

Olhei em volta, meus irmãos apenas observavam tudo com um pequeno sorriso, como se não quisessem admitir que gostaram da criança, meus pais riam do jeito de minha irmã com Mel.

– Depois terminamos de nos apresentar. Drey? – Essa foi minha mãe brincando com a cara de Audrey. Minha irmã apenas deu um sorriso sarcástico – Ok. Mel pode dormir no seu quarto? – Ela falou agora séria.

– Claro que pode. Não é bebê? – Audrey perguntou balançando Mel e arrancou gargalhadas de todos nós.

– Austin você pode pegar as coisas dela? – Minha mãe perguntou.

– Sim – Falei e fui até o carro.

É talvez não fosse tão ruim assim cuidar de uma criança.

Nas semanas seguinte nós conseguimos nos adaptar um pouco. Todos na minha casa acordavam cedo, minha mãe e pai para trabalharem, Adam para dar aulas de guitarra na loja, Andy para ir ao ultimo ano da escola e Audrey para trabalhar na construção de uma escola de musica que ela ajudava, menos eu. Entretanto, agora era diferente. Mel aprendeu a acordar cedo assim como a minha irmã, ou seja, eu tenho que cuidar dela. Quando mais ou menos todos saem de casa Mel acorda e vem no meu quarto me chamar, já que aprendeu o caminho.

Em casa há cinco quartos, um ocupado por meus pais, outro por minha irmã e agora Mel, um para Adam e Andy e um para eu e Adrian, que não mora mais aqui, e outro é quarto de hospedes. Eu deixo Mel com Trish e Dez quando vou visitar Ally no hospital e Harry sempre vai visitar a criança também.

Toda essa rotina estava dando certo, mas toda vez que eu visitava Ally ficava mais apreensivo e também mais triste. O pior de tudo era como se Mel soubesse, sempre que chegava em casa exausto depois de passar um dia no hospital, a pequena vinha até mim e me perguntava sobre Ally.

– Quando ela vai vim? Ela não vai vim me buscar? – A menina fazia essas perguntas, esperançosa, e eu era obrigado a dar um pequeno sorriso e dar respostas vagas como:

– Espere só mais alguns dias – Mel às vezes ficava impaciente, mas eu sempre a distraia. Uma vez ela também me perguntou da mãe, e eu? Apenas olhei triste para ela e falei que Ally explicaria tudo quando voltasse.

Durante tudo isso, já estava passando um mês do prazo que a assistente social havia nos dado. Hoje era o dia que completava esse primeiro mês, terça-feira. Como um dos dias que visito Ally, deixei Mel com Trish depois do almoço e voltei para casa apenas para pegar meu celular. Entretanto, quando cheguei em casa minha mãe estava lá, e não trabalhando.

– Austin preciso pedir algo a você – Ela avisou e eu assenti – Pode me levar para o hospital com você? – Ela pediu.

– Ahn... Porque? – Perguntei confuso, e talvez um pouco lerdo.

– Para visitar Ally – Esclareceu como se fosse obvio e eu estranhei, ela nunca tinha visitado Ally. Mas, era bem carinhosa com Mel, assim como Audrey.

– Pode – Falei e nós fomos em silencio para meu carro. E assim também foi o caminho todo, em silencio.

Fiz o caminho bem conhecido e saímos do carro pouco tempo depois. Fomo em direção a recepcionista que já me conhecia e sorriu para mim. Depois de minha mãe ser autorizada a entrar a guiei em direção ao quarto de Ally. Como ela não precisava mais de ajuda para respirar foi transferida para o quarto sozinha. Isso porque meu pai fez questão de pagar o hospital, mesmo não conhecendo Ally ele parecia simpatizar com ela. Minha mãe entrou primeiro no quarto. Respirei fundo e a segui.

O lugar estava igual eu conhecia branco, com aparelhos e silencioso. E infelizmente com Ally também do mesmo jeito. Os machucados de Ally já estavam um pouco melhor, os mais leves já havia se fechado deixando apenas uma marca vermelha que segundo a medica desapareceria, os mais fundos continuavam sem curar completamente. As costelas de Ally continuavam enfaixadas e sua perna também. Sua aparência era magra e fraca, mas parecia apenas dormir.

Olhei para minha e vi que ela estava em choque e os olhos cheios de lagrimas.

– Mãe? Esta tudo bem? – Perguntei preocupado.

– Sim – Ela tentou se acalmar. Assenti ainda preocupado, mas me aproximei de Ally. Sempre que vinha visita-la a primeira coisa que fazia era dar um beijo em sua testa e começar a conversar. Sua medica dizia que isso era bom. Portanto, foi isso que fiz, dei um beijo carinho em sua testa e sentei na pontinha de sua cama.

– Olá Ally – Falei como sempre fazia. Minha mãe se aproximou de nós.

– Você é tão parecida com sua mãe – Ela falou e passou a mão pelos cabelos de Ally. – Sua mãe e eu éramos grandes amigas. Helen e Penny, para sempre. - Ela disse rindo. Esse é o nome da minha mãe, Helen – Sabia que fizemos uma promessa? Nós primeiros filhos deviam ter o nome iniciado por A. Entretanto, Pen adorava o nome Melissa. Disse para mim que uma de suas filhas devia ter esse nome. Sabe por que A? Pode ser bobo, mas é amizade – Ela disse dando um sorriso triste - Isso era a coisa mais importante para nós, enfrentamos tantas coisas juntas. Foi muito difícil quando ela disse que teria que se mudar. Jurarmos continuar nos falando, mas perdemos contato. E a vida continuou seguindo. Como Pen chegou naquele ponto? Queria estar ao seu lado, a ajudar. Poderíamos ter enfrentado juntas como antigamente. Mas, Pen sempre foi cabeça dura, acho que tentou enfrentar tudo sozinha. E quando chegou na cidade não me procurou, nem sei porque fui amiga daquela doida – Helen falou se lembrando de muitas coisas – Mas, tudo aconteceu por um motivo não é? Temos que tentar seguir em frente. E você também garota. Quero te conhecer melhor, da próxima vez talvez se apresente como namorada desse garotão – Ela disse divertida apontando para mim e piscou para Ally. Com lagrimas nos olhos ela se aproximou de Ally e deu um beijo em sua bochecha. – Vou cuidar bem de sua irmã até você acordar e espero que não seja muito tempo tudo bem? – Disse e se virou para mim – Vou te esperar lá fora ok? – Perguntou e eu assenti, mas antes a puxei.

– Mãe, você é demais – Confessei e a abracei.

– Eu sei garoto – Disse dando tapinhas em minhas costas – Agora fale com ela – Disse e saiu do quarto.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Odiaram? Comeentem, mas antes, para deixarem vocês curiosas... Ally pode dar uma surpresa em todos no próximo capitulo, talvez melhorando ou piorando... Ok, agora comentem. :3