I Won't Give Up escrita por Lena Potter Howe


Capítulo 14
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Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora, eu sei que era para eu ter postado há umas duas semanas, mas fiquei muito ocupada então... E adorei os comentários, (mas podemos ter mais não é?) enfim Boa Leitura!



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POV Austin

Quando voltei para casa expliquei tudo o que tinha acontecido. Meu pai me entendeu e me mandou dormir para depois voltar para o hospital, entretanto minha mãe implicou com o motivo de eu querer ficar com Ally no hospital já que a conhecia há pouco tempo.

Subi para o meu quarto já não aguentando as minhas pernas. Olhei em volta para meu quarto um pouco grande, mas não consegui fazer nada, apenas fechei a porta e me joguei na cama com a mesma roupa. Eu queria pensar no que ia fazer com Ally no hospital, mas apenas dormi rapidamente sem pesadelos, nem sonhos.

Acordei lentamente e de repente fui lembrando do acontecido. Balancei a cabeça como já havia virado um habito e tentei permanecer forte. Levantei ainda cansado e entrei no banheiro do meu quarto e me assustei comigo mesmo, meus cabelos estavam mais bagunçados do que nunca, havia olheiras embaixo de meus olhos e eu tinha a expressão cansada, pois era como eu me sentia o tempo todo. Além disso, eu tinha dormido no máximo 4 horas. Tomei um banho rápido e tentei melhorar minha aparência, sem muito sucesso. Já arrumado peguei meu celular e olhei a hora. 08:12.

Droga. Eu estava atrasado. Peguei apenas o celular e sai quase correndo, como não encontrei ninguém na casa, não me importei, pois já tinha avisado ontem, que iria ao hospital. Entrei no meu carro e dirigi rapidamente para o hospital, apenas pensando que poderia ver Ally. Andei rapidamente para dentro do hospital que parecia um pouco mais cheio. Encontrei Harry que parecia também ter acabado de chegar.

– Vamos ver se Trish e Dez estão no quarto da menina – Harry falou e eu concordei, começamos a andar para o quarto dela, sem falarmos com a recepcionista, pois acho que já estávamos registrados. Observei Harry, ele parecia um pouco melhor, mas ainda triste.

Bati duas vezes na porta e entrei sem esperar resposta. Quando observei o que acontecia fiquei sem fala. Trish estava sentada na poltrona e chorava, ela estava inclinada para a criança e segurava a pequena mão, Dez estava no braço da cadeira com a mão nas costas da namorada, como se desse apoio. Mas fiquei preocupado principalmente com a garota, ela se contorcia na grande cama e chamava algo que eu não conseguia entender, lagrimas escorriam por seu rosto. Cheguei perto e percebi que era seguido por Harry, no momento em fiquei do lado da cama entendi o que ela falava: Ally. Ela chamava pela irmã com aquela voz infantil, mas como se tivesse sentindo dor.

Aquilo fez com que eu sentisse ainda mais tristeza e ainda mais dor. Aproximei minha mão de seu rosto e lentamente limpei as lagrimas de seu rosto. Ela parou de se mexer um pouco e com a mão livre segurou minha mão como se procurasse Ally.

– Vamos chamar a enfermeira – Dez anunciou e assentiu para Harry que o seguiu para fora do quarto. Ela continuou chamando pela irmã, mas um pouco mais calma.

Poucos minutos depois uma enfermeira entrou e seguiu rapidamente para o lado da cama que eu estava me fazendo soltar a pequena mão e ir para o outro lado. Vi ela apertar um botão no soro ligado a Mel, logo a menina foi se acalmando totalmente , com todos nós a observando.

– Desculpe pelo susto – A enfermeira disse simpática. Ela tinha uma aparência bem jovem e calma. – Isso pode acontecer algumas vezes, por isso ela esta mantida medicada. Vamos diminuir a dose, até ela não precisar mais no quarto dia, tudo bem? O medicamento não é nada para se preocupar, são apenas leves remédios para dor. – Ela explicou pacientemente.

– Tudo bem. Obrigada. – Trish respondeu um pouco mais calma. A enfermeira assentiu e se virou para ir embora.

– Com licença – Chamei educadamente e ela se virou – Você sabe me dizer se Alicia Dawson pode receber visitas?

– Hm... É a menina que esta em coma? Desculpe-me, ela pode receber visitas sim, mas apenas dois por vez.

– Obrigada – Então ela saiu do quarto.

– Você e Trish podem ir primeiro eu e Harry ficaremos para cuidar de Mel – Disse Dez depois de um tempo ainda assustado.

– Vamos – Trish disse ansiosa.

– Vamos na recepção primeiro- Falei e saímos do quarto. Não aguentava mais esperar para ver Ally, mas ainda não conseguiria ver seu sorriso.

– Nós poderíamos visitar Alicia Dawson? – Trish perguntou para a recepcionista que não era mais a mesma de madrugada.

– Pode primeiro devem saber de algumas coisas. A paciente por enquanto, ainda esta na UTI em um quarto especifico, logo ira para quarto normal, mesmo vocês não podem tocar nos aparelhos; não pode ter muito barulho, mas podem conversar com ela; vocês não precisaram usar roupas especificas, mas tentem não levar nenhuma sujeira para contaminar; e tentem não levar muitos objetos como celular... – Ela explicou cuidadosamente.

– Tudo bem – Falei ansioso. E colocamos nossos celulares em uma caixinha da recepção – Podemos entrar?

– Sim, quando precisarem cuidar da paciente vamos chamar vocês. – Ela orientou e chamou uma enfermeira para nos levar até o quarto.

Passamos por um lugar que não tinha ninguém e finalmente chegamos no lugar. A enfermeira abriu a porta e saiu, até então não conseguia nem respirar e como a Trish estava atrás de mim dei um passo e entrei no quarto. O pior momento de todos foi quando vi Ally naquela cama, na verdade estava muito difícil até mesmo ficar em pé, pode até parecer meio idiota, mas eu não aguentava vê-la naquele estado. O quarto era grande cheio de aparelhos desconhecidos por mim, totalmente branco e muito iluminado. A cama não estava muito longe de mim, mas ao mesmo tempo parecia que eu não conseguiria a alcançar. Seu pequeno corpo parecia ainda mais frágil cheio de curativos. Ela tinha sua coxa esquerda estava totalmente coberta por um grade e grosso curativo; Mesmo com a roupa do hospital era possível perceber o corpo de Ally totalmente enfaixado, por causa de suas costelas; além disso, seu corpo estava cheio de arranhões, principalmente suas pernas. Seu corpo estava inclinado, para não deixar todo o peso sobre suas costelas. Mas não é só, Ally estava ligada a vários aparelhos que eu não saberia dar nome, mas provavelmente a matinha sem dor, e também por causa de seu coma.

Uma mecha de seu cabelo caia por seu rosto calmo, e eu nunca quis tanto estar perto dela. Aproximei-me lentamente até estar ao seu lado, levantei a mão cuidadosamente e peguei seu cabelo o pondo para trás e observei seu rosto. Sua expressão era tão relaxada que parecia estar dormindo e era isso que me dava medo, ela não acordar.

Escutei um soluço que me tirou de meus pensamentos, olhei para trás e vi Trish que estava chorando novamente, lembrando que ela veio comigo ao quarto fui até ela e a abracei.

– Eu não suporto mais chorar, mas... – Ela sussurrou confessando e eu entendi, era como se Ally tivesse entrado em nossa vida e roubado toda ela apenas com seu jeito de ser.

– Eu sei – Disse com a voz baixa tentando a acalmar. Ela assentiu e se afastou limpando as lagrimas e depois se aproximou de Ally.

– Você tem que acordar logo. Sei que a conheço faz menos de uma semana, mas é como se nos conhecemos desde pequenas, eu nunca tive uma amiga como você. E logo agora que nos conhecemos você não pode nos deixar – Trish falou tentando se manter calma e eu percebi que ela falou “nos deixar” – Eu volto mais tarde – Ela disse e apertou a mão de Ally.

– Precisamos falar com o medico – Trish sussurrou agora para mim, assenti em resposta mesmo não querendo deixar Ally. Trish se levantou e saiu silenciosamente do quarto. Me aproximei novamente Ally e me inclinei sobre ela.

– Nós já voltamos – Sussurrei e beijei sua testa demoradamente. Era tão bom finalmente vê-la, mas era ainda pior vê-la desacordada.

Sai do quarto rapidamente e procurei Trish com os olhos, quando finalmente a encontrei, ela estava no final do corredor com o mesmo medico que cuidava de Ally. Andei até lá e ele acenou em cumprimento para mim.

– Tudo bem, preciso explicar algumas coisas. A paciente esta ligada aos aparelhos até ela ter energia suficiente para respirar sozinha, o que não irá demorar muito, por isso ela será transferida para o quarto normal quando seu estado estiver mais estável. Ela está sendo medicada fortemente, mas nada que a impeça de acordar quando ela estiver pronta, diferente de Melissa Dawson como eu já expliquei. Entretanto, a criança ficara aqui apenas por mais quatro dias em observação, depois disso poderá ir para casa. – Ele explicou calmo e simpático.

– Tudo bem – Respondi e respirei fundo – E quanto às visitas?

– Sobre a criança é permitido um acompanhante e visitas no período da manha e da tarde, mas como são vocês que estão a acompanhando, por que não podemos entrar em contato com a família, liberaremos dois acompanhantes. E Ally Dawson enquanto está na UTI é muito rigoroso o horário de visitas. São apenas três horas de visitas pela manha, mas quando ela for para o quarto o horário é normal, de manha e de tarde. – Ele explicou pacientemente.

– Entendemos, obrigada – Falei e Trish concordou. O medico assentiu novamente e saiu de lá. Respirei fundo varias vezes tentando absorver todas essas informações.


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Notas finais do capítulo

Até que ficou maior do que o normal neh?kkk Não vou postar semana que vem porque vou viajar (eee)kkkk então até a outra semana.
QUERO REVIEWS E NÃO MEREÇO MAIS UM RECOMENDAÇÃO? OK