Appear escrita por Elabeth Werth


Capítulo 23
Capitulo 22- Discussões


Notas iniciais do capítulo

Oe!
então gente, mudei a capa o que acharam?
vou responder hoje os reviews ok?



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Capitulo 22- Discussões

Acordei ainda me questionando se não fora um mero sonho, se seus lábios, suas mãos, haviam realmente me tocado, o sol estava se pondo, eu fiquei olhando o brilho alaranjado sobre a cidade, através da janela. Troquei-me preguiçosamente enquanto me deitava e preguiçosamente, pensando, sobre tudo.

Dois mil anos aproximadamente vagando por ai... E agora, Bruce... Sentimentos e tanta confusão em minha mente. Era estranho “olhar para trás” e ver o quanto eu já “andei”. Ver que todo esse tempo eu estava “esperando” por ele. Agora mais do que nunca eu entendia... Marcus, Edward e Bella, Alice e Jasper.

Mas sempre em cada caso seria diferente.

Dessa vez não era como os outros. “Era o conto de dois monstros.”- ri brincando com meus lábios, durante o pensamento.

Meu celular começou a tocar, apenas estiquei o braço o alcançando, e olhei o visor. Deixei um longo suspiro escapar antes de finalmente atender.

― Algum problema papa?

― Não sei, me diga você... ― fiquei em silencio, e suspirei para que ele ouvisse minha irritação. ― O que anda me escondendo, Poppy?

― Nada... Por que esconderia algo de você?

― Então por que apagou a mente de Demetri?

― Por algo que você e ele não dão as pessoas, chamada, privacidade.

― Popires, não e bem assim! Eu sei que você esta me escondendo algo. Sou seu pai tenho o direito de saber ― Ótimo, começamos uma discussão!

― Errado! Você não age como um pai, você age como um mestre, papa, eu não sou um de seus subordinados...

― Você é minha filha Popires. Eu mereço respeito como sendo seu pai! Estou zelando e cuidando de você, porem você não enxerga, vê isso ― sua voz soou séria, porém ele estava se controlando.

― Eu acho que já sou grandinha o suficiente para me cuidar papa! Você só me quer ai para usufruir de meus poderes perante a sua guarda e súditos. ― sempre quando me lembrava disso, o que sempre soou para mim como a mais pura verdade, eu me sentia como um pedaço de pano velho sujo e rasgado, um trapo jogado a poeira.

Popires, odeio quando você começa a dramatizar coisas sem nexo.. ― eu só podia rir... Rir sarcasticamente diante a tal afirmação!

― ”Dramatizar coisas sem nexo?” Aro, você lembra o que você fez? Você se lembra ao motivo pelo qual eu sai dai? Como você tem coragem de dizer-me tal coisa?! ― ele ficou em silêncio. ― Como você pode? ― murmurei sentindo o nó em minha garganta trazida pelas lembranças.

― Foi necessário para um bem maior! ― sua voz tremulou como uma chama prestes a apagar.

― Necessário? ― sussurrei segurando as lagrimas. ― Me surpreende eu ter conseguido sair dai sem que você...

― Eu nunca faria isso com você, Poppy, você é minha filha! ― sua voz imponente como um trovão me fez afastar o celular da orelha, aproveitei para colocar no viva voz.

O silencio reinou por um tempo. Ele não desistiria em saber o real motivo pelo qual eu apaguei a mente de Demetri, mas eu não podia contar a ele. Sabia que não aceitaria por um todo!

Pipa, eu estou sozinho, você pode me contar... O que você anda fazendo.

― Céus! Papa, eu não estou fazendo nada! Apenas o mesmo de sempre saindo me alimentando, nada demais.

― Então porque apagou a mente dele? Se for apenas isso não teria nada demais dele mostrar-me! ― respirei fundo mira bolando uma desculpa qualquer. Sabia que essa em especifica soaria estranha e... Péssima.

― Eu tive que apagar a mente dele, por que... ― eu já ate podia visualizar ele ansioso pela verdade. ― Eu estava numa boate dupla, a parte de cima era, normal, mas o subterrâneo era... Era uma boate de... Garotas... c-com pouquíssimas roupa. ― engoli a seco, torcendo para que ele aceitasse aquela desculpa. ― eu fiquei envergonha por ele me encontrar ali, então arrastei-o para cima novamente e apaguei sua mente!

― Não compreendo. Boate de garotas com pouca roupa?

― Uma... Uma boate de stripper, papa!

― E o que foi fazer lá!? ― pelo seu timbre de voz ele pensou o pior, pelo o qual uma mulher poderia entrar numa boate daquela

― Estava seguindo um cara que aparentou-me delicioso. E estava por sinal...

Ele ficou em silencio por um tempo. Sabia que ele não acreditaria, Papa, era muito esperto.

― Claro... Se diz, Pipa.

― Como estão as coisas por ai?

Tivemos um caso em Florença de uma criança imortal. Já o resolvemos.

― Após tanto tempo, eles não aprenderam as leis?! ― murmurei indignada.

― Eram quase recém-nascidos, tinha um base sobre as leis. Mas de qualquer forma tínhamos que o fazer.

― Claro.

Novamente o silencio. Em casos como esse, o que poderia ser uma bela poesia, se tornava algo irritante e sinônimo de puro nervosismo.

Havia em mente que cedo ou tarde teria que contar a ele sobre Bruce, porém, isso era algo que teria que ser introduzido aos poucos. Era um assunto delicado e que com certeza seria julgado. Mesmo que ele fosse, geneticamente modificado, ele ainda era um humano.

― Gostaria que viesse vir me fazer uma visita nas próximas semanas... ― gelei internamente sentindo o temor se apoderar de meu corpo.

― Eu não sei... Ando um tanto quanto, emocionalmente abalada, não sei como reagiria em ir ai, mas entre tanto, posso tentar, quando eu estiver menos emotiva, em tentar tal visita, ate mesmo pegar algumas coisas minhas, também, algumas peças de roupas antigas que percebi que entraram em alta em breve.

― Emotiva, sim... ― ouvi batidas fracas a porta de onde ele estava.

― Mestre... ―era Jane, sua voz infantil, a mim, era incrivelmente enjoativa e irritante, talvez fosse por conhecê-la e saber o quanto ela era obcecada com Papa.

― Não a como nem termos uma conversa sem que crianças interrompam. ― ri para que ela ouvisse.

Agora não, Jane querida Papa calmamente mandou aquela “jovem” embora. ― Pipa, ate hoje não compreendo sua aversão a Jane e Alec, e muito menos seu relacionamento com Santiago.

― É porque, apenas pelo os “falsos bruxos”, serem do mais alto escalão eu deveria ser super íntima deles, se são previsíveis metidos, arrogantes e insuportáveis, enquanto posso ser amiga de pessoas com muito mais caráter e carisma que eles?!

― Cada vez mais parecida com sua mãe... ― resmungou com um riso suave de fundo. Fitei o colchão segurando o celular, mais próximo da boca enquanto mordia o dedo.

― Por que... Você... ― respirei calmamente tomando coragem e fôlego. ― Por que você nunca me conta muita coisa sobre ela?

― Eu tenho que ir agora, Pipa... ― abaixei a cabeça sorrindo, sempre ele fugia.

― Está bem. Ligo-te depois...

― Se for esperar por você me ligar, acredito que seja uns 500 anos... Para mais. Partir de agora, eu, irei te ligar de um em um mês.

Fechei os olhos e mordi o lábio.

― Está bem. Até Papa.

Até, Pipa.

Deixei o celular cair de entre meus dedos pousando na cama e observei a noite através da janela.

Eu sabia tão pouca coisa sobre minha mãe. Sabia que ela fora, uma pessoa “iluminada”, uma mutante. Tinha uma personalidade forte e ao mesmo tempo amável. Era só isso que eu sabia sobre ela. E claro, ela morreu dando a luz a mim.

Logo retornei ao iPhone sobre a cama, o pegando e ligando o wi-fi.

“Não posso esquecer-me de ir a biblioteca amanha!” ― lembrei mentalmente, enquanto acessava a biblioteca online.

Passei a noite lendo sobre o incidente de Bruce e estudando o pouco que achava online sobre radiação gama. Queria ajudá-lo ser útil em algum momento a ele, não simplesmente a namorada que tem que se segurar para não drená-lo completamente toda vez que se aproxima dele.

Assim que começou a amanhecer eu me arrumei tomando cuidado para que não me expusesse, mesmo me sentindo mal pela luz ainda fraca da manha, eu caminhei rumando a biblioteca, onde peguei uma grande quantidade de livros sobre radiação gama e radiações variáveis, cuja me interessei. Acabei vendo uma sorveteria de esquina, onde eu acabei sorrindo antes de rumar ate a mesma e pedir um sorvete de baunilha com caramelo, enquanto saia como uma criança, feliz da vida com o seu doce.

Infelizmente eu estava começando a me sentir sem força, estava com grande dificuldade para carregar a quantidade de livros dentro daquela enorme sacola de pano. Acabei chamando um taxi.

Quando subia observei a empregada que limpada o corredor, levei os livros para o quarto e depois me alimentei.

Programei meu celular para desperta às 19:00 horas, assim não atrapalharia o jantar de Bruce. E finalmente após isso eu “descansei”, por um tempo, ate cair no sono, com sapato, jaqueta, sobre livros e tudo mais.


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Notas finais do capítulo

então o que acharam?
'3'