Capitulo 13-One step closer

Eu poderia estar olhando em frente mais via pelo canto do olhar ele, ate mesmo virado para mim me observando demoradamente. Eu simplesmente não conseguia controlar meu sorriso que ficava assim, exposto, para ele ver o quanto com um simples olhar me deixava... Assim.

Ele segurou minha mão entre as suas e a beijou, num ato que me surpreendeu.

-nossa você esta congelando... Me desculpa, eu...-murmurou começando a tirar seu paletó a me dar.

-eu estou bem... -murmurei segurando sua mão o impedindo. Mas ele negou e colocou-o sobre meus ombros ficando, a meu ver, perigosamente perto.

Ele deu um sorriso charmoso e aproximou seu rosto do meu, desviei olhando para baixo.

-Poppy...-resmungou se afastando e passando a mão sobre seu rosto.-qual o problema?! Porque eu nunca posso me aproximar de você?

-Bruce eu só quero que você fique bem...

-Poppy, o que vai me fazer bem e eu te beijar... Será que você não percebeu que e isso que eu quero? E isso que vai me fazer bem, que vai nos fazer bem... -murmurou indignado. -o que? Vou ter que me casar com você para poder... Tocar em você?!

-não... -fiz uma careta. Eu sei que era das antigas... Mas em varias questões que “amadureci” com o tempo. Ele suspirou pesadamente.

-o que há com você?

Antes que eu pudesse responder qualquer coisa, ouvi um barulho seguido por sentir meu corpo tomando um impulso enquanto sentia um formigamento em minha barriga próximo a lateral. Eu fui arremessada para fora da varanda.

Bruce gritou e estendeu a mão, mas não conseguiu me segurar. Eu estava em queda livre. Estiquei meu braço e alcancei o vidro de uma das janelas, conseguindo me segurar ali. Olhei para cima onde havia uma grande gritaria e gente indo ate a varanda.

Minha força e velocidade conseguiram me fazer subir mais rápido do que o necessário. Tomei impulso conseguindo pular novamente para onde eu estava antes. Aterrissei dobrando os joelhos conseguindo me equilibrar. Todos ficaram mudos ate a musica havia parado. Olhei a frente onde dentro da sala, com enormes janelas de vidro deixavam que vissem aqui de fora, Tony Stark estava em sua armadura, bêbado e me encarava boquiaberto sem reação. Devido ao ataque desconfiei que meus olhos mudariam, e também ao constatar todos me olhando curiosos e assustados pelo visual “demoníaco e assustador” que eu ficava ao estar com eles dessa cor.

Ouvi algo rosnando, e olhei, onde Bruce estava de joelhos se contorcendo, suas roupas estavam começando a abrir espaço para o novo tamanho que tomaria. Fui ate ele e segurei seu rosto, mas ele fechou os olhos gemendo e rosnando em alto controle.

-Bruce, olha para mim... Eu estou aqui... -sussurrei calma. A respiração descontrolada e os batimentos aceleraram me deixaram mais do que sedenta novamente com sua presença. Seu rosto estava em algumas partes, já maiores, dando a impressão de um inchaço se não fosse a coloração esverdeada que estava surgindo.-Bruce...-chamei-o máximo suave que consegui fazendo do o me olhar, o brilho verde deles, me fitaram demoradamente.-esta tudo bem...- o verde tanto de seus olhos e rosto começaram a “sair”. Sorri calmamente a ele. Enquanto ele suava frio e sua respiração ia se acalmando por ultimo fazendo as partes que começaram a mudar o tamanho retornarem a sua natural forma.

Ele me olhava boquiaberto e com lagrimas nos olhos e grande desespero. Ele agarrou minha cintura (isso porque ele estava ajoelhado, e eu não tinha muito tamanho também.) a abraçando forte. Sentia seu coração batendo contra minha pele, engoli a seco e respirei fundo. Levei uma mão aos seus cabelos os acariciando.

Os murmurinhos surgiam aos poucos, decidi por ignorá-los por completo.

-acho que você vai precisar se trocar... -ri fazendo-o me olhar. Ele acenou em concordância, ainda parecendo mais que surpreso e sem reação.

Segurando minha mão e se levantando, ele me levou dali junto com ele. Levei uma mão, que estava cortada devido a janela, a minha barriga onde havia um ferimento, os escondendo antes que alguém visse a cura instantânea.

Fomos ate o corredor onde conversamos mais cedo virando novamente o primeiro corredor dentro daquele e indo ate uma porta onde ele entrou deixando-a aberta para mim a fechando assim que entrei. Virei-me para ele, nos olhamos em silencio por um tempo.

-por um segundo achei que... Ia... Te perde...-murmurou confuso e com a voz engasgada aparentemente por um choro. Sorri suave.

-esqueceu que eu tenho velocidade, força e...

-você... -murmurou vindo ate mim e observando os machucados que já haviam começado a se curarem por si só. Ele respirou fundo e me olhou novamente. -eu... Eu vou me trocar... E já volto... -murmurou indo ate o closet.

Ele entrou e escorou a porta, pude o ouvir chorar o mais baixo que conseguiu para que eu não ouvisse, mas... Eu ouvia devido ao que eu era.

-ela esta bem... -sussurrou para si. Sorri brevemente, mas logo sabia que todos perguntariam “como?” “ o que e você?”.

Suspirei pesadamente observando o quarto e a cama macia ali. Algo me chamou a atenção ao olhar para a cama. Um pedaço de couro que estava amostra, em baixo do travesseiro. Aproximei-me, eu reconhecia aquela costura. Puxei o couro revelando-se ser minha jaqueta.

Logo minha mente me lembrou nosso primeiro encontro.

“Ele guardava ali?”-ri mentalmente.

-acho que você também... -começou voltando ao quarto e me vendo segurando a jaqueta. Ele deu um sorrisinho sem graça. -eu havia me esquecido de devolver... -murmurou.

Sorri e a vesti roçando ela bem contra mim e meu corpo. Mas não fiquei com ela muito tempo, e logo a retirei colocando-a de volta no lugar onde estava. Ele me olhou confuso.

-meu cheiro já deve ter saído... -justifiquei. Um embaraçoso silencio se instalou por um tempo ate ser quebrado por ele.

-Poppy...-chamou-me me fazendo olhá-lo. Engoli a seco compreendendo sobre o que se tratava. Neguei com a cabeça. -Por favor...

-são as leis... - argumentei.

-esta bem... Você tem leis... Mas, e quanto a mim? Acha justo eu ficar com alguém sem saber sobre ela? Sem tocá-la? Explique-me como eu posso viver com alguém dessa forma? Independente de leis, eu acho que a partir do momento em que você resolve ficar com alguém, você da ao direito da pessoa te conhecer, e aceitar você da forma que você e... Como você mesma já disse, mesmo com... O outro cara você me aceita... Porque você simplesmente não me fala? Eu quero aceitar você Poppy...

-você diz isso agora... -murmurei indo ate a janela e abraçando a mim mesma observando a vista. -ira me odiar ao descobri...

-não fale por mim Poppy.-indignou-se.

Eu estava ficando sem escolhas.

-Bruce eu não posso contar... Eu preciso proteger...

-EU NÃO QUERO SUA PROTEÇÃO!-assustei-me com seu grito me virando um quanto assustada. -eu quero você!-engoli a seco. Porque tinha que ser tão difícil, tão cabeça oca?!

-Bruce, você não sabe... Você não vê o quanto eu sou perigosa? -murmurei indignada.

-A ÚNICA COISA QUE EU VEJO E UMA GAROTA DE 18 ANOS MUITO MIMADA NA MINHA FRENTE!-ele respirou fundo. -eu me sinto um idiota pervertido de 44 anos completamente apaixonado por uma garota que prefere beijar um garçom a admitir o quanto eu sou patético!

-VOCÊ NÃO E BRUCE! Por favor, eu não posso infringir as leis! Mas eu quero ficar com você mais do que quis alguma coisa na vida, mais ate mesmo do que eu quero... -me calei antes que disse coisas que não devia. Mas ele estava irritado comigo.

-me trair com o primeiro que encontra?!-riu.

-NÃO BRUCE!-gritei já me exaltando também. Senti meus olhos arderem com lagrimas querendo sair, algo que não podia... Iria acabar me expondo... Sabia disso. Porque ele simplesmente não conseguia ver o quanto eu o queria?

-Popires, e impossível eu ter alguma coisa com você, sendo que você fica cheia de segredos... Antes eu achava isso era um charme seu... Me encantava, mas agora isso esta atrapalhando a nos dois... E se você não pode confiar em mim, vai embora daqui agora e nunca mais volte!-apontou a saída.

Senti-me explodindo em milhões de pedacinhos naquele momento. Sentia-me como se estivesse sendo torturada pela Jane. Como as palavras poderiam doer tanto? Minhas vistas começaram a embaçar ficando vermelhas abaixei a cabeça sentindo-as escorrer dentre meu rosto, indo direto ao carpete cor marfim, o manchando.

-Poppy?-chamou ele se aproximando preocupado. Virei meu rosto para que ele não visse. Porem ele se aproximou novamente e segurou meu rosto me fazendo olhá-lo.

Seu coração vacilou algumas batidas enquanto ele me olhou assustado e surpreso.

Sentia que a verdade estava começando a aparecer, aos poucos, e isso era apenas o começo de um novo mundo que ele estava prestes a conhecer...