Evidências escrita por Jaqueline S


Capítulo 3
Precaução




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Catherine não demonstrou surpresa ao ler o recado. Todos a olhavam, não sabendo o que esperar dela.

- Eu sei quem é o assassino – por fim, ela disse.

Um lançava olhares curiosos para o outro, esperando que Catherine se explicasse.

- Há muitos anos, um homem frequentava regularmente a boate – ela continuou. – Deixava grandes quantias em gorjetas para cada dançarina e por um bom tempo tudo correu dentro do normal. Muitos outros clientes faziam exatamente como ele. Mas em determinado momento, o que oferecíamos já não o satisfazia. Ele queria mais. Ele queria as dançarinas. Comunicamos tudo ao dono da boate, que o expulsou e o proibiu de voltar ali. Ele foi embora, mas prometeu vingança.

Todos ouviam atenciosamente a história.

- Sabíamos que ele falava a verdade e temíamos o que poderia acontecer. Mas o tempo foi passando e então eu saí. Agora ele voltou e fez o que havia prometido. Mas eu não estava lá. Só falta eu.

Todos entraram em alvoroço. Cada um tentando confortar Catherine, dizendo que tudo ficaria bem. Catherine concordava e sorria, tentando tranquilizá-los.

Em meio a tudo isso, Grissom ordenou que todos voltassem ao trabalho e puxou Catherine para um canto.

- Cath – começou ele. – Acho que você realmente deveria ir para casa. Descanse.

- Esse homem sabe o que quer, Gil – disse ela em resposta. - Precisamos pegar ele e não posso ajudar em nada ficando em casa. Vou continuar no caso.

- Ele agora está atrás de você – disse ele. - Não quero vê-la trabalhando nos lugares por onde ele passou, onde ele conhece, onde ele pode estar... – não concluiu a frase.

Ouviram um disparo e o vidro da janela ao lado deles quebrou estrondosamente. Por instinto, Grissom atirou-se contra Catherine, derrubando-a no chão, fazendo de seu corpo um escudo para ela.

Os policiais que ali se encontravam entraram em estado de alerta e saíram à procura da fonte do disparo. Fizeram uma ronda completa pelas proximidades, sem sucesso.

- Que diabos está acontecendo? – Perguntou Brass, que havia se aproximado sem que Grissom percebesse.

- É ele – respondeu um Grissom nervoso. – É o assassino. E esse disparo foi para Catherine!

Dominado por um impulso de proteção, Grissom apertou a mão no punho de Catherine, conduzindo-a para seu carro.

- Grissom, o que você está fazendo? – Perguntou ela, tropeçando em seus próprios passos com a velocidade com que ele a puxava.

- Você não vai ficar aqui – respondeu ele.

- Grissom! – gritou ela. – Não existem provas de que aquele disparo era pra mim.

Catherine freou o passo, puxando o braço de Grissom, o fazendo parar.

- O que está acontecendo, Grissom? – Agora quem estava preocupada era ela. – Você nunca se baseia em suposições e não há fatos aqui, apesar de toda a história que contei. Colocando as cartas na mesa, aquele bilhete pode ser para qualquer Catherine que exista nessa cidade – concluiu.

Ele continuou a olhá-la, sem saber o que falar.

Ela tinha razão. O que está acontecendo com ele? Vinha prestando atenção nela mais do que o normal, ultimamente. Em instantes anteriores foi tomado por um impulso a ter uma atitude que normalmente não teria. Para começar, ele nunca agia por impulso e sempre levara as coisas na sua maneira racional.

- Grissom? – Chamou Catherine, tirando-o de seu devaneio.

Grissom forçou seus pensamentos a voltarem para a realidade.

- Desculpe, você tem razão – forçou-se a dizer. - Mas precisa concordar que o campo não é o melhor lugar pra você nesse momento e, não, não tenho provas para isso, então apenas como precaução quero que não permaneça em campo até terminarmos este caso.

Ela fez menção em protestar, mas desistiu. Sabia que aquele disparo era para ela, mas não queria admitir para que, por esse motivo, não fosse afastada do caso.

Respirou fundo e soltou o ar. Fez um aceno de cabeça e Grissom a conduziu ao carro.


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