2 anos depois...

Pov. Alicia

Já se passaram dois anos desde o dia em que meu coração foi partido em pedaços. Vocês querem saber sobre o Paulo, né?! Bom, ele viajou com a família para outro país, nunca mais tive noticias dele.

-Oi amor. –disse quando atendi o celular.

-Oi princesa, tudo bom? –perguntou carinhoso.

-Sim. –disse e sorri boba.

-Eu liguei pra dizer que não vou poder ir andar de skate com você. –fiquei triste.

-Por quê? Por favor. –pedi manhosa.

-Vou sair com os meninos, mas quando chegar eu passo lá na pista, ok?

-Fazer oque né Jorge?! Vou estar te esperando. –nos despedimos e desliguei.

Muita coisa mudou desses anos para cá, quando o Paulo me deixou fiquei sem chão, sem rumo e a pessoa que mais me ajudou e apoiou foi o Jorge, apesar de quando éramos crianças vivíamos em pé de guerra, mas crescemos e aprendemos a conviver um com o outro e isso nos tornou melhores amigos e agora namorados.

-Mãe estou indo andar de skate, até mais tarde. –saí de casa antes de ela começar a reclamar.

-Cadê o Jorge? –encontrei Valéria na esquina.

-Ele só vem mais tarde. –expliquei. -Cadê a Majo?

-Deve estar se arrumando. –Vale disse e ficou imitando uma patricinha desesperada.

-Já estão na esquina meninas? Ainda está cedo para o ponto. –Maria Joaquina se aproximou sorrindo.

-Hahaha... Muito engraçado, só que não. –eu e valeria dissemos juntas.

-Ok, ok, vamos logo não quero ficar debaixo desse sol. –reclamou e fomos para a pista de skate.

-Nossa, está cheio hoje. –disse quando vi varias pessoas andando de skate.

-Tem muita pessoa, eu não gosto. –Majo reclamou de novo.

-Oh menina que reclama, pelo amor. –disse para ela.

-Vou ficar ali sentada enquanto esse povo todo não sai. –apontou para um banco debaixo de uma arvore e foi se sentar.

-Mais é fresca. –Valeria falou balançando a cabeça negativamente.

-Esquece ela, vamos nos divertir. –subi no skate e fiz impulso com o pé para ela começar a se movimentar. –Vou fazer algumas manobras. –avisei e ela se afastou um pouco. Dei alguns giros e algumas manobras perigosas, estava me saindo super bem, até aparecer um idiota e que esparrou em mim, me jogando no chão.

-Olha por onde anda idiota. –levantei do chão e sentir meu bumbum doer. –Ai.

-Como sempre estressada. –o garoto disse e sorriu. Ainda não tinha olhado para cara do sujeito, então levantei meu rosto e olhei seu rosto.

-Não acredito. –fiquei boquiaberta.

-Voltei. –me olhou nos olhos e sorriu seu sorriso meu deixou sem folego, com acontecia anos atrás. –Senti sua falta Alicia. –me abraçou, mas estava em estado de choque e não meche um musculo.

-Também senti a sua falta Paulo. –disse sem pensar quando ele nos separou do abraço. –Mas oque você está fazendo aqui? –pisquei varias vezes saindo do transi.

-Estou andando de skate. –sorriu de lado.

-Não, oque você está fazendo aqui no Brasil? –formulei a pergunta direito.

-Ah, meus pais resolveram voltar, estávamos enjoados de morar em Londres, o Brasil é de fato bem melhor e eu não aguentava mais de saudades do Brasil, dos meus amigos, de você. –disse a ultima palavra sussurrando e olhando em meus olhos, senti sinceridade em suas palavras.

-OMG... Paulo? –Valeria surgiu atrás dele gritando.

-Marrentinha. –Paulo virou-se para ela e escutei sua risada rouca, que era minha musica preferida.

-Não acredito, senti tanta sua falta. –Valéria falou emocionada.

-Também senti a sua falta baixinha. –Paulo beijou sua testa. Fiquei com saudades do tempo em que ele também fazia isso comigo.

-Eu cresci ok? –Vale enxugou algumas lagrimas que caiam em seu rosto. –Ei fica com a gente? A Maria Joaquina está bem ali sentada. –Vale o convidou e apontou para Majo, que estava babando um menino que passou andando de skate sem camisa.

-Pelo visto ela não mudou nada. –ele disse e sorriram. –Vamos Alicia? –Paulo me chamou.

-Eu... Eu preciso pegar meu skate. –falei e fui busca-lo do outro lado da pista, pois com a queda ele foi parar longe. -Porque ele deve que voltar? Que droga. –disse para mim mesma, sentindo meus olhos lagrimejarem. –O pior é que ainda o amo.