Seus Olhos escrita por Beatriz de Moraes Soares


Capítulo 4
Um intruso desejável


Notas iniciais do capítulo

Bom, obrigada às garotas que comentaram e deram suas opiniões, isso me incentiva muito meninas. E os novos leitores, por favor, comentem! Deem suas opiniões!

Espero que gostem! Beijinhos, Bia.



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Pego meu bloco de notas, entrego a Meredith e ela observa atentamente. Vejo que Pete estica o pescoço para tentar ver o que está escrito no bloco, Meredith tenta desviar, mas Pete é bem rápido e por fim Meredith cede, então ele pega o bloco nas mãos e termina de ler:

– O que? Você também anotou a lingerie para a noite de núpcias? – diz Peter – você pensou em tudo hein, Valerie!

– Claro, é o casamento da minha melhor amiga, tudo tem que estar perfeito! – digo satisfeita.

– Não sei o que seria de mim sem Valerie – diz Meredith.

Noto que desde que cheguei Meredith não para de disparar elogios sobre mim.

– Meri – a chamo, enquanto me levanto da cadeira e então Eric se levanta rapidamente e empurra a cadeira para mim, agradeço apenas sorrindo amarelo para ele – será que poderia me acompanhar ao toalete?

– Claro – diz ela, se levantando também.

Assim que chegamos ao banheiro, vou direto ao ponto:

– Meredith, o que você pensa que está fazendo? – digo exasperada.

– Sobre o que você está falando? – diz ela inocente.

– Sobre esse jantar armado, sobre como me fez sentar ao lado de Eric e como você só sabe me elogiar desde que chegamos – faço uma pausa para respirar – Meredith, você acha que eu sou burra?

– Valerie – diz ela suspirado – eu só acho que você deveria ao menos tentar. Eric é um cara incrível, converse um minuto com ele e tenho certeza que vai adorá-lo. Sei lá, se você notar que não é pra ser mesmo, pelo menos vocês poderão ser amigos. Não precisa ser nada forçado.

– Tarde demais, Meredith, você já está forçando tudo. Ele deve me achar uma encalhada do jeito que você só sabe me colocar no centro das conversas. Você não deixa ninguém tocar em outro assunto, ele nem ao menos falou uma palavra sequer a não ser “Boa noite” e “É mesmo?”.

– Tá, eu exagerei um pouquinho...

– Um pouquinho? – exclamo com ironia – está de brincadeira, não é Meredith?

– Tá legal, desculpe. Dessa vez eu paro mesmo. – suspira ela – mas só pra constar, Pete disse que ele te adorou.

Meu coração dá um sobressalto que pode ser ouvido a quilômetros de distância. Ele me adorou? Posso sentir o rubor em minhas bochechas e Meredith nota isso e sorri para mim maliciosamente, então mostro minha língua para ela.

– Vai parar mesmo? – pergunto.

– Claro.

Voltamos à mesa e termino de falar sobre minha lista com Meredith, dizendo que precisamos ir à igreja amanhã para falar com o pastor e arrumar um lugar para a festa. Sugeri um salão, mas Meredith disse que seus pais gostariam que a festa fosse feita no jardim da mansão.

Eu achei perfeito. Era um jardim amplo e muito bonito.

Conversamos a noite toda sobre o casamento de Meredith e Pete, eles pareciam tão certos de que era aquilo mesmo que iriam querer para o resto de suas vidas. Depois do jantar, Pete pediu uma garrafa de vinho do porto para nós. Parecia que o assunto nunca iria acabar aquela noite, eram muitas coisas a ser tratadas para uma noite só, então Meredith sugeriu de nos encontramos amanhã para jantar novamente – e dessa vez seríamos apenas nós duas.

Depois de vários copos de vinho, eu podia sentir minhas pernas formigarem e risos brotarem de meus lábios sem motivo algum e parecia que não era apenas eu. Meri estava assim ou pior. Nós nunca reagimos muito bem ao álcool. Desde o colegial, quando eu arrumava algum tempo entre os ensaios de balé, Meri junto de nosso amigo Conrad, sempre me convenciam ir a festa de alguém da escola. Sempre me sentia meio deslocada, mas conseguia me divertir muito bem, principalmente quando bebia algumas doses de cerveja.

– Acho melhor nós irmos – sugere Pete, então olha para seu relógio e depois exclama – Nossa! Já é tão tarde assim? Melhor irmos mesmo!

– Ah, já querido? – diz Meri, fazendo biquinho – estava tão bom aqui.

Pete chama o Maître e pede a conta.

– Deixe que eu pago, Pete – pela primeira vez na noite, eu posso ouvir com clareza a voz de Eric. Quase não o percebi a noite inteira, apenas o notava entre uma risada e um olhar tímido a mim, mas não passava disso. Parecia que ele estava ali apenas como um mero observador, não opinava em nada e evitava se intrometer nas conversas, exceto quando Pete ou Meredith o perguntavam algo ou pediam sua opinião, mas fora isso, Eric evitava as atenções para si.

– Que isso, irmão – diz Pete – eu pago.

– Por que vocês não param com essa boiolagem logo e dividem a conta? – disse Meredith, impaciente.

Pete e Eric riem e então assentem.

Enquanto eu e Meredith vamos pegar nossos casacos, Pete e Eric vão pagar a conta. Eles demoram um tempo e então decidimos ir para o lado de fora esperá-los.

– E então? – perguntou Meredith.

– E então, o que?

– O que achou dele? Eric.

– O que eu achei sobre o que? Ele não abriu a boca a não ser para comer a noite inteira.

– Isso por que você parecia fingir que ele não estava lá – disse ela, cruzando os braços.

– Não fingi, não! – nego.

– Fingiu sim, Valerie – ela disse – fingiu.

Eu fingi? Eu fiz isso? Pobre Eric. Que tipo de pessoa sem educação eu sou? Tudo bem eu não querer nada com ele, mas eu não precisava fazer isso, certo? Eu poderia ser ao menos cortês com ele.

– Que droga! – eu disse e Meredith assentiu que sim com cabeça.

– O que é uma droga? – diz Pete.

– Esse frio que estou sentindo – diz Meri e então pula nos braços de Pete – você bem que poderia me esquentar, né bebê?

– Sempre – diz Pete e então a beija.

Quando pensei que o beijo iria finalmente terminar, ele parece ficar mais quente. Desvio o olhar sem graça e então encontro os olhos de Eric, aquele belo par de olhos azuis. Ficam tão lindos à noite e a luz do luar parece combinar perfeitamente com eles. Ele sorri pra mim, tão sem graça quanto eu, então eu decido retribuir o sorriso.

– Bom, acho melhor eu ir – digo – vou chamar um táxi.

Então finalmente Pete e Meredith se separam, seus lábios estão inchados e vermelhos. Eu solto um risinho, eles me olham confusos, mas não perguntam nada.

– Não, que isso! Nós a levamos, Valerie – diz Pete.

– Acho melhor não.

– Eu a levo, então – sugere Eric, um tanto hesitante.

Eu o observo por um instante e meu primeiro pensamento é recusar sua carona, é claro. Mas eu tenho sido tão rude com ele desde que nos conhecemos e estou tão arrependida, que ao menos aceitar sua carona ajudaria a me redimir.

– Tudo bem – digo.

Meredith e Pete parecem surpresos. Eric também, pois arregala seus olhos por um breve instante.

– Boa noite – digo a Meredith e Eric.

– Boa noite, Valerie – diz Meredith, ainda parecendo estar em choque.

– Boa noite, Valerie – diz Pete e então depois de um instante – boa noite, Eric.

– Boa noite Pete, Meredith – diz Eric.

Ele olha para mim e estende seu braço para que eu o pegue, mas eu não faço. Apenas passo pelo espaço da calçada e sigo na sua frente até chegamos próximo a um carro preto, que ele diz ser o seu. Com cuidado, ele abre a porta para que eu possa entrar e então eu entro. Ele dá a volta e entra no lugar do motorista, aperta as mãos no volante e olha para mim quando estou de cabeça baixa. Por algum motivo, não consigo encará-lo.

– Ainda estou me acostumando com os carros daqui – Eric comenta. Olho para ele o encaro confusa. Ele parece ficar sem graça – sabe, os carros daqui o motorista fica do lado direto e lá na América o motorista fica do...

– Não. Não, eu sei – eu digo ainda o olhando, ele continua sem graça e então sacode a cabeça, parecendo confuso e aperta fortemente o volante, ligando o carro e seguindo pelas ruas de Londres.

Depois de um tempo, me sinto mal por ter feito Eric ficar daquele jeito novamente, não foi intencional. É que eu fiquei tão confusa por ele estar querendo puxar assunto comigo depois de tê-lo ignorado a noite toda, mesmo que fosse o assunto mais bobo do mundo, como por exemplo, a diferença do lugar do motorista dos carros da Europa e da América.

Explico a ele o caminho a seguir até minha casa. Ele estaciona o carro em frente aos portões de minha casa e a observa por alguns instante. Nossa casa era realmente enorme, se é que podia ser chamada de casa, pois era mais ou menos uma mansão. Eu nunca consigo chama-lá assim. Para mim era apenas minha casa, apenas o meu lar desde que eu era pequena.

Ela era um lugar amplo com piscina externa, uma quadra de tênis que não era usada desde que eu e Charlie crescemos e papai tem ficado muito ocupado ultimamente. Por dentro havia três suítes, dois quartos de hóspedes, uma cozinha grande, uma sala de estar, uma sala de TV, uma sala de jantar, uma sala de reuniões – normalmente usada por papai –, um pequeno cinema particular, uma biblioteca, um salão de festas, uma piscina interna e uma antiga brinquedoteca usada por Charlie e eu quando éramos pequenas.

– Uau – exclama Eric – seu pai é um magnata russo ou o quê?

Ele olha para mim e percebo que ele parece ter se arrependido de ter dito isso, pois parece sem graça novamente. Quando ele abre a boca para dizer algo, eu o interrompo:

– Não, apenas um empresário – digo sem graça e depois faço uma pausa e completo – e britânico, não russo.

Ele sorri.

– Enquanto isso, meu pai é dono de uma falida loja de música– diz ele – e minha mãe de uma floricultura de Los Angeles.

– Música e flores – digo pensativa – ótima combinação.

– Pois é – diz ele, dando ombros.

– Por isso que você trabalha com música – digo e ele me encara, arqueando a sobrancelha – Meredith comentou uma vez, desculpe.

– Não precisa desculpar-se – ele sorri – Sim, é por isso. Meu pai sempre me influenciou muito, ele é um amante da música... Mas música boa! – acrescenta ele e eu sorrio – Meu nome, por exemplo. É Eric, por causa de Eric Clapton.

– Uau! – exclamo – e você tem irmãos?

– Janis e David.

– Deixe-me ver... Janis Joplin e David Bowie? – pergunto.

– Exato! – confirma Eric.

– Que legal!

– Não acha muito... Sei lá, fanatismo? – pergunta.

– Não. Acho bem legal – faço uma pausa pensando se devo contar a ele, mas dou os ombros e continuo – Eu mesma, se tivesse uma filha, ela com certeza teria o nome de uma das músicas dos Beatles, que na verdade é minha banda favorita.

Lucy In The Sky With Diamonds... – cantarola ele com a voz suave e pensativa – The Beatles, hein?

– Sim. Desde criança – estufo o peito com orgulho – por quê?

– Sei lá. Você não tem cara que curte The Beatles – comenta ele, com aquele sotaque americano dele, que era a propósito, muito sexy.

– E eu tenho cara de que curto o quê?

– Não sei, algo como Luciano Pavarotti.

– Que bobagem!

Então rimos e então percebo que depois de um tempo só eu estou rindo. Eric tem a feição séria e me encara. Realmente não sei o que fazer, então desvio o olhar do seu e digo de forma desajeitada que preciso entrar. Sem ao menos me despedir direito ou agradecer sua carona, abro a porta do carro e saio.

Eric Dawson me causa coisas que eu mesma desconheço.

Entro em casa com um sorriso bobo nos lábios, me recusando a pensar que talvez seja pela conversa de segundos atrás, uma conversa curta, mas divertida. Eu havia conhecido um pouco mais Eric.

Eric. Eric Dawson. Qual será seu nome do meu meio? Quantos anos ele teria? Ele me parece jovem, talvez deva ser apenas alguns anos mais velho que eu, não devendo passar dos vinte e sete. Qual será a sua cor preferida? Quais seu filmes e livros favoritos? 

De repente, sinto um pequeno movimento vindo do meu antebraço e entro em pânico: irei ter uma crise.

Corro o mais rápido que posso em direção ao meu quarto. Estou quase no último degrau da escada quando sinto um espasmo em minha perna, fazendo com que eu tropece, bata a cabeça e perca a consciência.

“Eu sabia!” Ouço uma voz familiar gritar. “Eu sabia, Roland que era uma péssima ideia a deixar sair. Não sei onde eu estava com a cabeça quando eu te ouvi!”.

Tudo está escuro e não consigo ver nada. Apenas ouvir. Só ouvir...

“Bridget, vamos com calma.”

“Calma, Roland? Você está me pedindo calma? Nossa filha é uma garota doente e você me pede calma?”

Uma garota doente? Era isso que minha mãe achava de mim? Que eu era apenas uma garota doente? Apesar do meu corpo estar completamente imóvel, eu podia sentir a raiva que aquelas palavras fizeram fluir sobre mim.

“Senhor Novack”, outra voz também conhecida entra em minha cabeça. “Trouxe a radiografia da cabeça de Valerie. Ela teve uma pequena lesão, nada grave. A lesão apenas a deixou inconsciente, mas está tudo bem com ela. Ela está sedada devido à crise que teve, mas fora isso, amanhã já posso dar alta.”

“Obrigada, Doutora Schwartz”

“Não foi nada, Senhor Novack”

E então tudo simplesmente desaparece.

Abro meus olhos, sinto minha vista um pouco embaçada e depois de alguns segundos consigo ver tudo com um pouco de nitidez. Há uma enfermeira ao meu lado que está arrumando meu travesseiro. Ao ver que estou acordada, ela sorri. Eu já a conheço, quase sempre quando venho parar aqui no Hospital, ela está lá, sempre me acompanhando.

– Boa tarde, Srta. Novack – ela diz.

Boa tarde?

– Que horas são?

– Bom, creio que mais ou menos uma hora da tarde – diz ela, olhando seu relógio de pulso.

– Ah, meu Deus! Meus alunos! – exclamo, localizo minha bolsa em uma poltrona do outro lado do quarto – pode pegar para mim, por favor? – peço a ela.

– Claro.

Ela vai até lá e logo me trás a bolsa. Vasculho à procura do meu celular e quando o acho, disco o número do San Frances.

– Centro Comunitário San Frances, Carrie Dickerson. Boa tarde!

– Carrie, olá! Boa tarde. Aqui é Valerie, tudo bem? – digo.

– Oi Valerie, tudo sim e você como está? Soube que... Bom, que teve... É... Desculpe, eu não devia... – ela não sabia como perguntar, como algumas pessoas que não conheciam muito bem sobre minha doença faziam. Elas não sabiam lidar e achavam que era uma ofensa tocar no assunto.

– Estou bem, Carrie – digo – eu liguei para saber sobre meus alunos.

– Sua mãe nos ligou logo cedo para avisar que você não poderia vir pelo menos essa semana. Então tivemos tempo de avisar alguns alunos que tinham telefone em casa. Alguns vieram até aqui, mas já foram informados que essa semana não haverá aulas.

Mais uma semana meus alunos ficariam sem aulas.

– Obrigada, Carrie – digo a ela.

– Não há de quê.

Desligo e a enfermeira me entrega alguns remédios. Após tomá-los, ela se despede e sai do quarto, me deixando sozinha com meus pensamentos. Tudo aquilo que eu havia ouvido seria de verdade ou eu apenas teria imaginado? Eu não queria que fosse, pois todo aquele diálogo havia me deixado muito enfurecida.

A porta se abre e vejo Charlie entrar. Ela sorri para mim e logo atrás dela, Hunter entra. Nunca havia o visto mais do que uma ou duas vezes. Hunter evitava ir a nossa casa, pois sempre havia uma tensão entre ele e papai. Hunter era filho de um dos diretores de uma corporação rival com a de papai. Era uma bobagem, é claro. Todos achávamos isso, menos papai, que levava tudo muito a sério.

– Está se sentindo melhor? – pergunta Charlie, vindo até mim e me dando um beijo na bochecha.

– Sim – digo – só estou um pouco tonta, mas acho que é por causa dos remédios.

– Você está com o rosto horrível – brinca Charlie.

– E seu cabelo está com frizz.

Charlie tateia seu cabelo desesperadamente, então Hunter e eu rimos. A porta se abre e quem entra desta vez é mamãe e papai. Respiro fundo. Papai encara Hunter, que olha para Charlie. Com apenas um olhar, os dois parecem ter um conversa rápida. Depois de alguns segundos, Charlie anuncia que vai sair e Hunter a segue para fora do quarto. Com isso, fico sozinha com papai e mamãe.

– Como está, querida? – pergunta mamãe, sentando-se na cama e segurando minhas mãos. Ela me encara com seus belos olhos verdes.

– Bem – digo secamente.

Eles se entreolham e então ficamos em silêncio.

– Valerie, eu acho que... – começa mamãe, mas eu realmente não estava nem um pouco afim de ouvir suas lamentações ou suas censuras com relação a mim.

– Mãe, para! – grito – só para, está bem?

– O quê? – ela diz.

– O que está acontecendo, Valerie? – pergunta meu pai.

– Por favor, me deixem sozinha – digo, me levantando da cama. Sinto certa vertigem, mas consigo chegar até a porta e abrí-la para eles.

– Valerie, o que você está fazendo? Somos seus pais e... – indaga mamãe.

– Bridget... – diz papai, enquanto coloca a mão no ombro dela – vamos deixá-la.

E então papai segura a mão dela e a leva para fora do quarto.

Por volta de cinco horas da tarde, a Doutora Schwartz me deu alta. Cheguei em casa e fui para meu quarto. Pedi para Meredith remarcar nosso jantar para outro dia e ela entendeu perfeitamente. Perguntou se eu gostaria de sua companhia, mas eu preferi estar sozinha naquele momento.

Eu estava farta de tudo aquilo. Da minha mãe, do meu pai, da minha vida e, principalmente dela, a Esclerose Múltipla. Nada parecia estar correto para mim naquele momento. Tudo parecia errado, tudo parecia ridículo.


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Notas finais do capítulo

Nota/Beta: Olá, pessoas! Mas a Valerie é mesmo muito boboca da vida, se ela não caísse da escada, eu mesma fazia uma aparição e jogava ela de lá de cima. Onde já se viu, fugir do Eric Perfeição? "Minha filha, aproveita o que você tem se não eu tomo de você!".

E vocês, o que acharam? Pra mim, o ponto alto foi a queda da Valerie. Sim, sou má e quero o Eric pra mim. '-'