PDV Edward.

Jasper andava de um lado para outro, me deixando nervoso. Carlisle e Emmet haviam se arriscado a subir, mas ainda não haviam voltado.

Será que eles estavam bem? Ou Esme e Rosalie resolveram tortura-los? Ou não estavam nem se falando?

- Jasper, para de ficar andando! – reclamou Jacob. – tá parecendo um esquilo faminto!

- O que foi? – Jasper reclamou. – não dá para se acalmar sabendo que a qualquer momento podemos ser torturados, o que será que elas estão fazendo com eles lá em cima?

- Nada. – respondi. E era verdade, eu não conseguia ler nada.

Bella, claro. Eu sabia que ela usaria sua arma assim que estivesse valendo. Eu não conseguiria desvendar os mistérios e as estratégias delas tão cedo enquanto a aposta valesse.

No fundo, era até justo, mas é claro que não seria nada mal saber o que o inimigo planeja!

- Sogrão! – chamou Jacob, o olhei furioso. Eu destetava aquele apelido, e ele sabia. – você não consegue ler pensamentos não?

- Claro que sim! Acontece que sua sogra está com o escudo envolto em todo o andar de cima. Não consigo ler nada. – respondi. – nem mesmo os pensamentos daqueles dois!

- Hey, hey! – festejou Emmet enquanto descia a escada acompanhado por Carlisle.

- E aí? – perguntei.

- Elas pediram para que a gente pegue leve. – Carlisle explicou. – mas isso só vale mesmo para elas. – ele completou num sussurro.

- Então vai ser isso? – Jasper retomou. - elas têm que achar que vamos horar o acordo?

- Claro! – Jacob respondeu. – temos que faze-las acharem que estamos dispostos a qualquer acordo, paz e tal, mas a gente vai faze-las enlouquecer!

PDV Bella

Mais que droga. Cadê aquele... aquele... Edward! Alguns dos homens subiram, mas por que ele quis me deixar sozinha?

Ele deve estar furioso pelo escudo, se bem que, pensando por esse lado, é melhor que ele não suba. Se uma mulher perder, as outras vão perder também.

Perder uma aposta para aquele bando de... homens... nossos maridos...

É deixa-los pensar que são mais fortes e isso com certeza não são.

Saí do quarto. Entrei no quarto de Alice e a puxei pelo braço.

- O que é isso? – ela perguntou quando eu a puxei para fora.

Ainda segurando Alice, entrei no quarto de Rosalie e a puxei pelo braço também. Seria mentira dizer que não percebi seu vestido, tadinho do Emmet.

Entrei no quarto de Nessie e a chamei, ela se levantou e nos acompanhou.

Embora todos os protestos, chegamos ao quarto de Esme. Ela se virou surpresa.

- Trouxe vocês aqui para nossa primeira reunião.  – as quatro me olharam um pouco confusas.

- Ah, então por isso você resolve entrar no quarto dos outros sem bater e saí puxando todo mundo? – reclamou Rosalie.

- Meninas, - chamou Esme. – não é hora de brigar. Se vamos vencer, temos que estar unidas.

- Mas temos que agir logo, já que... – Alice deu uma risada sem graça. – eles já estão agindo...

- Como? – perguntou Nessie.

- Sabe o que é? – Alice começou a emendar. – eu vi...

- Fala logo, querida. – pediu Esme calmamente. Alice respirou fundo antes de continuar, pressão psicológica agora não era muito bom, mas...

- Acabei de ver que eles chamaram cinco...

- Garotas de programa?! – perguntou Esme, assustada.

- Não são bem garotas de programa são só... Modelos. – ela respondeu constrangida.

Alice era ciumenta, mas agora ela estava receosa pela forma como íamos reagir. Não tiro a razão dela, afinal, essa “forma” não será um das melhores.

- Tudo bem. – respondeu Esme sem se importar.

- O que? Mãe, eles tem que... – começou Rose.

- Eles têm que ver que somos superiores e que não nos abalamos com esse tipo de joguinho.

- Então não vamos fazer nada? – perguntou Alice.

- Ela não disse isso... – falei e Esme piscou para mim.

(...)

Ouvimos o carro estacionar. As “modelos” haviam chegado. Descemos e nos deparamos com cinco mulheres - bonitas por sinal - , conversando intimamente com nossos maridos.

PDV Esme

A modelo, a mais comportada, tinha cabelos castanhos mel e olhos verdes. Sua pele era quase do mesmo tom da minha, parecia uma dama. Ela até seria uma dama se não estivesse conversando tão intimamente com o meu marido.

Os dois estavam no sofá e vi ele lhe sussurrar alguma coisa, fazendo os dois rirem.

Estávamos todas escondidas, apenas observando. Até que Carlisle e a mulher subiram. Fervi de raiva, ainda bem que eu não dava para perceber meu rosto esquentar.

Fui subir em direção a escada para segui-los, mas Alice puxou meu braço.

- Vê lá o que você vai fazer. – ela avisou.

- Só vou observar. – respondi e subi.

Ouvi a voz dela no escritório, a porta estava fechada. Cheguei perto e comecei a escutar.

- Então, só preciso dar em cima de você? – ela perguntou.

- De mentira. – ele reforçou.

Abri lentamente a porta, de forma que nenhum dos dois sequer notou a porta entreaberta e eu espiando.

Ela estava acariciando as costas dele, mas Carlisle se afastava, visivelmente incomodado com a situação.

- Qual delas é a sua esposa?

- A mais linda, com certeza. – eles riram. – é uma de cabelos caramelos, pequena...

- Ah eu a vi embaixo da escada.

- O quê?

Droga. Droga, droga, droga, droga !!! Que ódio!!! Já não basta estar alisando meu marido, tem que estragar meu plano!

- Oh... Acho que não era para vocês saberem... – mas é claro que não! – mas ela é realmente bonita. Parece meiga.

- Ela é. Mas você viu todas debaixo da escada?

- De algumas só vi mesmo a silhueta. Mas acho que todas estavam lá. São cinco né?

- Isso.

- Mas, Carlisle... – ela continuou calma segurando o ombro dele. – não tira a razão de sua esposa. Afinal, como você mesmo disse, temos que irrita-las e bom, se alguma mulher entrasse na minha casa e desse em cima do meu marido, acho que eu também me esconderia.

- Esme é muito mais que minha esposa. Ela é tudo e eu não queria essa aposta idiota. De todo jeito, com ou sem beijo, eu ainda amo aquela malandrinha.

Saí de perto da porta com um sorriso enorme. Ele ainda era ele. Meu malandrinho.