CAPITULO 12 – POV NESSIE

– Eu... – pensei em minhas palavras – Aceito.

            Ele então colocou as duas mãos em minha cintura e, cuidadosamente, puxou-me para ele. Encostou sua boca em minha orelha e deu um beijo ali.

- Então vamos fazer com que pensem que estamos juntos. – ele desceu sua boca até a minha.

            Fiquei tensa, meu primeiro beijo! Pude sentir seu halito contra meu rosto, um cheiro meio amadeirado. Então ele uniu nossos lábios em um selinho. Depois de alguns segundos, ele pediu passagem com a língua e eu dei. Ele me puxou ainda mais para perto pela cintura, e eu coloquei meus braços em volta do pescoço dele. Quando faltou ar, ele nos separou com um selinho.

- Uau. – murmurei.

- Acho que podemos aproveitar um pouco, pelo menos. – ele disse risonho.

            Assenti e o puxei para mais um beijo. Me viciou fácil. Dessa vez, ele pediu passagem mais cedo e suas mãos apertaram minha cintura. Deixei uma das minhas mãos fazendo carinho em sua nuca, e a outra passeando entre seus cabelos.

            Separamos-nos com um selinho e ele sentou, puxando-me para seu colo.

- Bom... Vejo que vocês estão se entendendo muito bem. – Morg levantou e foi para fora da cabine – Eu vou deixá-los a sós e impedir que Tiago volte para te atormentar, Nessie.

             Mandei um beijo para ela e ela saiu, fechando a porta.

- Vejo que você gostou do beijo. – Henrique brincava com a barra da minha blusa.

- Posso te falar uma coisa? – perguntei, corada.

- Pode. – ele sussurrou em meu ouvido.

- Foi meu primeiro beijo. – falei envergonhada.

- Que honra! – ele puxou meu rosto para cima pelo queixo.

- Eu... Gostei. – disse, e depois corei violentamente.

            Ele deu um risinho e encostou nossos lábios de novo, num selinho demorado. Separou e então olhou em meus olhos.

- E desse? – ele disse, dando outro selinho depois que perguntou.

- Também. – murmurei, quase encostando meus lábios nos dele – Acho que estou viciada.

            Ele riu e me beijou mais uma vez, dessa vez como nas primeiras.

- Então... – ele começou – Se vamos ser namorados, temos que nos conhecer.

- Também acho. – sorri, ele parece tão perfeito! – Qual casa você gostaria de ir?

- Grifinoria. – ele disse, sorrindo – Meu pai foi da Grifinoria.

- Oh! – falei, surpresa – Mas você não é brasileiro?

- Sou. – ele disse – Mas digamos que tenho uma história bem longa e complicada.

- Duvido que seja mais que a minha.

- Vamos fazer um acordo? – ele perguntou e eu assenti – Eu te conto a minha história, e você me conta a minha.

- Tudo bem. – disse, selando nossos lábios em mais um selinho.

- Meu pai conheceu minha mãe, que era trouxa. – ele disse – Nessa época, Você-Sabe-Quem ainda perseguia trouxas. Meus pais estavam sendo perseguidos, por isso se mudaram para o Brasil. Porem minha mãe estava grávida. – ele ficou com uma cara triste – Quando eu nasci Bellatrix encontrou-os e matou minha mãe. Ela disse ao meu pai que teria que me criar sozinho, com a culpa de ter matado a mulher que ele amava e ter me deixado sem mãe.

- Eu a odeio. – disse, lembrando-me de tudo que Tiago e Fred me contaram – E sabia que ela tem duas netas?

- Como? – ele ficou vermelho de raiva.

- As gêmeas Black. – eu disse com nojo – Pelo que sei, Bellatrix teve uma filha e a deixou em um orfanato. Quando a menina fez onze anos, foi para Beauxbatons. E ganhou uma carta da mãe que dizia toda a verdade sobre ela. Ela teve duas filhas mestiças, que estudam em Hogwarts.

- E a sua história?

            Contei-lhe a minha história, e depois conversamos sobre assuntos variados. O conheci muito, e acabamos reconhecendo várias coisas semelhantes em nós. No final, ele até poderia me ajudar a superar Tiago.

            Afinal, se ele não ligava para mim eu não tinha que ficar acabada por ele. Mas, não era tão fácil assim.

            Henrique fazia graça quando percebia que eu estava pensando demais, me roubava beijos quando ficava um silencio por mais do que alguns minutos. Comecei a gostar dele.

- Vamos, o trem já parou. – ele levantou-se e me equilibrou quando eu quase cai.

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            Henrique veio para a Grifinoria, e sentou-se ao meu lado. Tiago estava com a Chang a alguns metros, e sempre que podia fuzilava Henrique com o olhar. Depois da janta, Minerva chamou a atenção para si.

- Esse ano, teremos uma nova atração para vocês. – ela disse – Um palco aberto. Toda sexta-feira, vocês poderão ir até um salão que está sendo organizado pelos monitores chefes e cantarem uma música, fazer uma apresentação. Porém... – ela disse – Somente alunos do terceiro ano para cima poderão se apresentar e assistir, pois será depois do toque de recolher. E também o uso do uniforme só será obrigatório para o primeiro e segundo ano.

            Ela deu mais alguns avisos e então liberou-nos. Eu seguia caminho de mãos dadas com Henrique, mas eu puxei-o e o levei até a torre de astronomia.

- O que está fazendo? – ele sussurrou.

- Te mostrando o meu lugar preferido daqui. – sussurrei de volta, assim que chegamos.

            Ele soltou um ‘uau’ de admiração e me abraçou por trás.

“Sabia que iria gostar” disse em sua mente, o que o fez me virar para ele e olhar para seus olhos violetas lindos.

- Eu amo quando você faz isso. – ele disse, dando selinhos em mim a cada palavra.

            Pois é, esquecer Tiago seria fácil.

“Eu estou gostando de você.” Disse em sua mente, abaixando o olhar.

- Olhe para mim, Anjo. – ele colocou a mão em meu queixo e levantou minha cabeça gentilmente.

“Anjo?” perguntei, com os olhos brilhando.

- Sim. – ele sorriu – Você parece um anjo.

“Obrigada, Henrique.” Disse em sua mente.

- Eu também acho que estou gostando de você, Anjo. – ele me beijou mais uma vez.

            Seu beijo era tão calmo, sereno, tranquilo e... Bom. Um beijo perfeito.

Depois de mais alguns minutos abraçados olhando a lua e as estrelas, eu o guiei até o salão comunal da Grifinoria.

            Pensem em minha supresa ao entrar e encontrar, ninguém mais ninguém menos, que Tiago sentado em uma poltrona de frente para a lareira.

- Sobe, isso não vai ser nada bonito. – disse depois dando um selinho em Henrique, que colocou uma mecha do meu cabelo para trás e me deu outro selinho antes de subir.

            Respirei fundo e andei até ele.

- Porque está me esperando, Sirius? – usei seu segundo nome, que só usava sozinho quando estava ou muito magoada ou muito irritada com ele. Nesse caso, os dois.