POV Tom

Acordei mais cedo, com o pensamento de não encontrar James logo cego. Tomei banho o mais rápido possível, escovei os dentes e desci. Mas quando cheguei lá embaixo, ele havia tido a mesma idéia. Mal conseguia nem olhar pra ele, naquela manhã tomar café foi extremamente ruim. Quando levantei para colocar a xícara na pia, ele fez o mesmo, nós ficamos lado a lado. Subi peguei minha mochila, quando desci novamente escutei minha mãe falando com o James;

– Filho, espera o Tom! – Obrigado mãe, você só me ajudou (SQN) – Ah! Olha ele ai, filho vai com o James.

– Fazer o que né! – Falei baixinho

Já era ruim ter que ir com ele, mas piorou quando ele decidiu falar:

– Desculpa! – Eu não achava ruim ir pra escola com ele, na verdade, eu estava com vergonha de falar do acontecido de ontem – É que eu pensei que você também e-era, e poderia corresponder meus sentimentos – Nossa tava tão na cara assim. Nós continuamos a andar, e eu não falei nada. Chegamos à escola, e cada um foi pra seu lado, ele foi falar com uns amigos dele, e eu subi.

Cheguei na sala e novamente, Aiden estava sentado no meu lugar, corei ao velo ali, mas desta vez, ignorei e foi sentar do outro lado da sala. O professor entrou na sala e fechou a porta. Já na metade da aula eu mandei uma mensagem pra Ems:

Mensagens ON

Tom: Espero que já esteja na sala!

Ems: Já to! Bobão!

Tom: I need you!

Ems: Pq?

Tom: Além de querer te ver! Eu preciso falar umas coisas aí!

Ems: Quero saber de tudo!

Mensagens OFF

O professor tirou o celular da minha mão e levou com ele:

– Pegue no final do dia – fique sem reação

– M-Mas... – Eu precisava do meu celular

– Entendeu? – Queria chorar como uma criança que queria seu brinquedo de volta, mas não iria fazer aquilo nunca:

– Yep! – Ele voltou para mesa.

O sinal tocou, e ele saiu levando meu “brinquedo” .

POV Aiden

Tentei chamar a atenção dele sentando em seu lugar, mas não adiantou. Levantei pra ir falar com ele, mas uma garota me empurrou de volta pra cadeira, se sentou no meu colo:

– Ooiii! Gato – ela ficou querendo me beijar – Tudo bem? – ela começou a beijar meu pescoço e depois minha orelha, eu acho que ela não lembrou que nós estávamos em publico, e que também eu não queria nada com ela, mas quando vi que Tom havia percebido que ela estava quase me beijando, eu a empurrei, ela caiu no chão:

– Estúpido! – ela se levantou e venho pra cima de mim, me dando tapas, ela não acertou quase nenhum, os poucos que acertaram nem doeram. Uma garota saiu da sala e voltou com um inspetor.

– Parem! – ele, gritou – Sala da diretora. Agora! – Sai da sala relaxado, pois não tinha feito nada. Chegamos ao pátio, ela entrou primeiro, não demorou e, logo ela saiu chorando e com um papelzinho na mão, provavelmente uma advertência.

Entrei, a diretora era alta, e nova, a sala era muito bem organizada, me sentei:

– Então Sr. Aiden, segundo dia aqui, e já esta se metendo em confusão – olhei com uma cara de que “eu meti em confusão”.

– Mas eu não fiz nada.

– Por que a empurrou?

– Será por que ela se jogou em cima de mim – ela olhou com interesse – e parecia que ela iria transar comigo – chocou-se – eu não estava a fim de nada com ela, não pra jogar ela no chão, só que ela se desequilibrou e caiu!

– Não foi bem o que ela falou.

– E o que, que ela falou? – queria saber.

– Ela disse que você a puxou para seu colo, e do nada a empurrou pro chão – eu ia matar aquela garota.

– Diretora! Sinceramente... Eu sou gay – meu Deus por que eu falei aquilo, mas precisava achar um bom e verdadeiro argumento – Só não fale pra ninguém.

– Tudo bem. Pode ir – me levantei – se quiser não precisa voltar pra sala

– Ok! Brigado – sai e fiquei esperando o intervalo, que já estava quase na hora.

Continua...