Os Convocadores escrita por Matheus Rabelo


Capítulo 1
Acontecimentos estranhos


Notas iniciais do capítulo

Por favor comentem! *.*



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Com os olhos semicerrados enxerguei meu quarto, embaçado, mas consegui. Realmente não queria ir a escola hoje, estava tão cansado, mas acredito, não.. Tenho certeza que minha mãe não deixaria. Ela é super rígida em relação a educação.

Tirei minha roupa leva e fresca, que geralmente uso para dormir, e vesti meu uniforme, felizmente o uniforme era só a camisa da minha escola Town School, estou no meu último ano de ensino fundamental, e tenho quatorze. Abri a porta do meu guarda- roupa, e lá tinha um espelho afixado a parte interna, e havia um garoto me fitando: um garoto loiro, olhos mel esverdeados, e com um corpo meio definido.

Vesti uma calça preta meio justa e coloquei um tênis de cano médio que ia até um pouco mais alto do tornozelo, esse era o meu uniforme, e por fim coloquei o uniforme branco, e no lado do coração havia um símbolo de um livro aberto e em volta escrito "Town School", em cor azul.

Desci para a cozinha, minha casa- modéstia parte- é espetacular, bem não éramo exatamente ricos, mas nossa condição financeira não era ruim. Fui para a bancada da cozinha e lá estava minha mãe, seus longos cabelos pretos escorriam pelas suas costas, e formavam pequenos cachos nas pontas, seus olhos eram mel claro, e sua pele branca, mas um pouco escura. Bem desde que me entendo por gente, sou adotado, minha mãe e meu pai nunca me esconderam isso, e eu particulamente não me incomodo nem um pouco. Minha mãe, falando dela sem conhecer, parecia uma mulher rígida e que só se preocupa com o trabalho, mas não, ela é caseira, e sempre está disposta a ser minha amiga, e meu pai não fica muito atrás, ambos são completamente legais e por incrível que pareça... Joviais, eles não eram antiquados nem monótonos, às vezes eles que me obrigavam a sair de casa e sair para me divertir, tenho um irmão mais novo, Brandon, ele é a cara do meu pai, e meu amigo, um dos melhores, ele não tem aquela coisa que as séries e novelas da televisão mostram- aquela briguinha figinda entre irmãos- , éramos companheiros, sempre que pudíamos cobríamos um ao outro de uma travessura, ele tem a mesma idade que eu a única diferença é que eu sou um meses mais velho do que ele, minha mãe me achou em uma lixeira enquanto estava grávida dele, então ela me amamentou.

- Bom dia mãe- disse quando me sentei junto a bancada.

- Bom dia filho.

- Cadê o Brandon?- olhei pela cozinha e não o vi.

- Ele já está descendo, bati na porta dele quando estava vindo, ele deve estar se arrumando.

- Certo.

Enquanto minha mãe coava o café- ela fazia o café no modo tradicional, ela odiava usar a nossa cafeteira, pois segundo ela, deixava o gosto artificial e ela só usava quando estávamos completamente atrasados para algo- ouvi passos vindo atrás de mim.

- Bom dia mãe, Thomas. - disse Brandon se dirigindo a minha mãe e a mim.

- Bom dia.- respondi eu e minha mãe em um coro.

Brandon se sentou ao meu lado, e minha mãe trouxe o café e dois pratinhos com bolos, bolachas e mais alguma coisinhas. Ah! Detalhe: minha mãe é uma ótima cozinheira, aliás, ela é boa em tudo que faz.

- Comam rápido, pois vocês têm somente... - ela consutou o relógio- quinze minutos para sair.

- Certo. - murmurou Brandon com a boca cheia de comida.

- Não fale de boca cheia menino!- ralhou minha mãe.

Eu ri.

Brandon diferente de todos na casa, tinha a pele mais clara, mas isso não o deixava menos parecido com o restante da família, ele era- como já disse- a cara do meu pai, e olhe que isso é um elogio e tanto! Minha mãe e meu pai são realmente... Bonitos, todos têm corpos saudáveis, e sempre higiênicos e cheirosos, eu achava isso estranho, pois todos os amigos da minha escola tinham pais meio " atacados pelo tempo".

Subi as escadas com Bran, e fomos ao banheiro escovar os dentes, depois nos dirigimos cada um ao nossos quartos e pegamos nossas mochilas e descemos.

- Tenham um bom dia na escola. - disse minha mãe se levantando um pouco para beijar a minha testa e a de Bran.

- E a senhora no trabalho. - disse Bran e eu ao mesmo tempo, toda manhã fazíamos isso, então já éramos acostumados.

Depois de mais um beijo e abraço, minha mãe nos deixou ir.

Minha mãe trabalha no mesmo prédio que meu pai, eles são empresários, mas meu pai sempre acorda mais cedo que todos para chegar ao escritório mais cedo para "organizar" as coisas.

Bran e eu, todo dia vamos a pé para a escola, era alguns quarteirões depois da nossa casa. Essa manhã estava realmente boa, com uma leve brisa gélida batendo no meu rosto, e de vez em quando fazendo meu cabelo voar.

- Hoje tem treino?- pergunta Bran, ele sempre fora meio desorganizado com horários.

- Sim. - respondi. - Depois da escola.

- Ah. - respondeu ele.

Nós dois fazíamps parte do time de futebol na escola, por isso temos físicos bons. Ficamos conversando o restante do caminho, quando chegamos a escola. Nossa escola era grande, e tinha quatro andares, nossa sala ficava no segundo andar, logo na entrada tinha uma pequena escada em direção ao portão de entrada, onde tinha várias pessoas nas bancadinhas conversando e um outro grupo tocando violão.

Nós fomos direto para a sala deixar nossas coisas, ainda faltava uns dez minutos para a aula começar, então ficamos andando pelo segundo andar. Tomei água no bebedouro e Bran foi ao banheiro. Nós éramos razoavelmente populares, conhecíamos gente do ensino médio e grande parte do fundalmental.

Voltamos a sala, e já tinha começado a primeira aula, História, Bran e eu até que éramos meio "nerds" temos notas boas quase em tudo, mas como quase todos os adolescentes, não somos muitos fãs de escola, e minha mãe também quer que a gente se esforçe muito nos estudos e geral.

Nem vi o tempo passar e já era recreio, eu e Bran nos sentamos com a galera do time, os Wild Tiger, nosso time vinha vencendo todos os campeonatos que participávamos, estamos numa maré boa este ano.

Depois do recreio, voltei para sala, e para minha grande infelicidade era Matemática, na realidade todos devem pensar "É normal odiar matemática, todos odeiam", mas no meu caso é fierente, matemática me tira do sério, embora eu consiga notas boas, mas isso é quase torturando meu cérebro, e fora que o professor era sinistro, o senhor Smith, ele é alto e meio magricela, mas ele tem uma pequena barriguinha, e é calvo, e os poucos cabelos que lhe restam são um to castanho indo para branco, seus olhos são sem vida e pretos.

Como de costume ele começou a aula, e percebi que seriam dois horários, mas mesmo assim, fixei toda a atenção que eu tinha para o senhor Smith.

- O que você está fazendo?- disse Bran me dando um leve empurro no braço.

- Anh... Nada. - disse.

Mas percebi o que eu estava fazendo: estava com os olhos semicerrados, olhando o professor, como se eu fizesse força para enxergar, alguns alunos me olhavam soltando leves risos, então parei com a bobagem e fiquei no meu "normal".

Dando o horário para ir embora, peguei minhas coisas e colquei na mochila que logo estava nas minhas costas, eu já estava saindo quando o senhor Smith começou a cochichar bem baixinho.

- Tenha cuidado... Tenha cuidado... -ele me viu o encarando, então ele continuou a me encarar e só moveu os lábios dizendo: tenha cuidado.

- Venha logo cara!- disse Bran.

- J- já vou. - disse ainda encarando o senhor Smith que agora estava vendo alguns papéis.

Fomos para o campo de futebol americano, para nosso treino, e vi que todos já estavam lá, só estava faltando eu e Bran.

- Onde vocês estavam?- brigou o capitão do time, que era um cara do segundo ano.

- Hum... É... Estávamos... É- tentou dizer Brandon.

- Ah esquece! Venham treinar!

Ficamos treinando por um longo tempo, mas nada me desviava a atenção do que o senhor Smith disse: tenha cuidado. Ele teve um efeito tão estranho- mais que o normal-, que chegou a me arrepiar. Então senti uma forte colisão na minha cabeça, então vi que foi a bola do jogo que me bateu.

- Presta atenção Parker!- disse o capitão a mim.

- Ah sim! Desculpa. - e retornei a jogar a bola.

O treino foi um completo desastre, eu estava desatento, mas felizmente acabou.

Depois de uma ducha fui para casa com Brandon.

- O que houve com você no treino hoje?- perguntou ele.

- Anh?- disse ainda destatento.- Ah sim, nada, nada.

Fiquei refletindo se não deveria contar isso a alguém, e quem seria o melhor "alguém" do que Brandon? Então resolvi contar. No final de tudo ele disse:

- Ah cara, relaxa sempre soubemos que o senhor Smith é estranho.

- Eu sei, eu sei, mas dessa vez foi diferente, foi como se ele estivesse me ameaçando ou coisa do tipo.

- Ah cara, não viaja! Mesmo se ele estivesse te ameaçando, quem iria sair roxo seria ele!

Em geral Brandon estava certo, se Smith estivesse me ameaçando em me bater, quem iria sair pior seria ele, eu até que luto bem.

- É você está certo, eu to viajando... - disse refletindo.

- Viu? O que seria de você sem mim?- eu e ele rimos- Tô brincando, mas é sério agora: esquece isso.

- Beleza.

Chegamos a porta de casa, e fui recebido pelo meu adorável cão Sparkles, ele é vira- lata e tem o tamanho médio, mas incrivelmente inteligente, ele é realmente muito inteligente, é o animal mais inteligente que já vi, certa vez ele avisou a minha mãe que ela deixara o gás ligado, isso mesmo. E teve outra vez que eu estava procurando meu celular, e segundos depois lá estava ele com meu celular- todo babado- na sua boca, e essas foi só umas das espertezas de Sparkles.

Depois de um carinho em Sparkles entrei em casa, minha mãe não estava ela chegaria somente ás cinco horas junto com meu pai, e agora era só duas ainda, então eu fui tomar banho depois Bran tomou, e fomos jogar XBox, e comemos também.

Quando deu umas cinco horas aproximadamente, minha mãe chegou junto com um homem corpulento, de olhos verdes (iguais a do Brandon) e cabelos escuros que encaracolavam na nuca, e de tom de pele meio branca, esse era meu pai.

- Oi pai!- disse eu e Bran juntos.

- Oi Thomas! Oi Brandon!- respondeu ele, sua voz era grave.

Depois de um jantar pedido em um fast- food, fomos dormir, eu fui direto ao meu quarto, mas dei falta do meu celular, que estava na sala, então saí do quarto e fui em direção a escada, mas parei por um instante quando ouvi a voz de Brandon:

-... ele que me contou, acho que ele está correndo perigo, é melhor tirá- lo da escola.

- Não, não podemos!- disse minha mãe, com sua doce voz calma. - Ele vai suspeitar.

- Mas querida, se ele realmente está correndo perigo, podemos tirá- lo de lá, de uma forma menos suspeitosa.

- Sei não... Thomas é muito esperto.

- É mesmo, foi ele quem viu o senhor Smith falar e ninguém mais, ele é detalhista, com certeza ele vai sacar algo.

- O que faremos então?- perguntou meu pai em tom grave.

- Faremos o óbvio- disse minha mãe com um tom de indignada na voz- teremos de reforçar as guardas, ora essa!

- Por hora essa é a melhor solução, entrarei em contato com Patterson, para enviar mais pessoal, que nem que seja uma ou duas pessoas.- disse meu pai com sua voz ainda mais grave que o habitual.

- Faça isso querido, e eu vou reforçar a segurança da casa, e você meu filho, esteja o mais perto de Thomas que puder.

- Sem problema!- disse Brandon com uma satisfação na voz. - sabe... Não é muito difícil ficar perto de Thomas, ele é super legal.

- Certo então... Vamos dormir, e vamos começar a tomar providências amanhã.

- Beleza então, boa noite mãe e pai. - Então ouvi um barulhinho.

- Boa noite amor. - disse meu pai.

- Boa noite querido.- disse minha mãe, e tudo ficou quieto.

Então caindo em mim novamente me perguntei: como Brandon se foi, se não ouvi a porta abrir?

Voltei ao meu quarto aturdido, e fiquei pensando: O que foi aquilo?


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler! Esperando sua review o/



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