Como Não Amar Você escrita por MEVieira


Capítulo 5
04 - O que a do cabelo vermelho faz aqui?


Notas iniciais do capítulo

Ok, podem me esfolar, antes vou explicar o por que da demora, esse capítulo era pra ter sido postado sexta passada, mas o computador deu um defeito no dia que eu ia viajar, ai não deu pra postar, eu acabei ficando na casa da minha tia mais tempo do que eu esperava. Mas o próximo eu vou postar domingo, ou na segunda.
Agradeço a todos que mandaram reviews.
É só isso.
Boa Leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/391920/chapter/5

Depois que eu passei quase o resto dia jogando vídeo game com o Potter idiota, a Sra. Potter chegou.

— Lily, você já chegou? — Ela pergunta, e eu aceno a cabeça em resposta. — Então Jay, será que você pode levar ela lá pra cima, pra ela poder se instalar?

Ela fez a última pergunta ao Potter, que estava com os olhos vidrados na tela da TV.

— Ahn?O que foi? — Ele pergunta confuso.

— Você ouviu o que eu disse? Leve a Lily para o quarto pra ela poder se instalar... A é, e Lily querida pode colocar suas roupas no lado esquerdo do closet.

— Mas mãe, vai ser mesmo naquele quarto?

— Sim James, mas só por enquanto.

Sinceramente eu não faço a mínima ideia do que eles estão falando, ou melhor, discutindo.

— Então...? – Falo olhando para eles, mas ambos não escutam. — EU AINDA ESTOU AQUI! — falei mais alto, quase gritei na verdade dessa vez.

— James, chega de drama, ouviu bem? É apenas temporário. — Dorea diz olhando com olhar de súplica para o filho. — Lily, é a terceira porta a esquerda.

— Por que não pode ser no quarto do Almofadinhas? — ouvi o Potter resmungando antes de levantar do sofá e ficar olhando pra mim. — Eu sei que sou irresistível ruiva, agora você vai ficar aqui admirando minha beleza ou vai subir pra ver o quarto?

— Desde quando você é irresistível Potter? — Pergunto me levantando e olhando ele de cima em baixo. — Só se for no planeta dos macacos. Pensando bem, acho que nem te aceitariam lá.

— Crianças, — a Sra. Potter nos chama, foi aí que nós dois percebemos que ela ainda continuava ali. — Se acabaram de discutir, Lily por que não vai ver seu quarto?

Tive uma pequena impressão de ouvir o Potter resmungar “Meu quarto” mas deixei pra lá, e apenas sorri para a Sra. Potter.

Claro Sra. Potter.

— Lily por favor, me chame de Dorea.

— Está bem, Sra. P... Ér, Dorea.

Então fui em direção as escadas, mas infelizmente o Potter veio atrás de mim. Caminhei pelo corredor que era branco, e fui em direção a terceira porta á esquerda, que era verde claro. Eu abri a porta e deparei com um quarto dos sonhos, tinha uma cama de casal, coberta por uma colcha roxo escuro, um criado em cada lado da cama, uma escrivaninha no canto próximo da janela, uma poltrona no canto oposto, e um closet. A janela era imensa e o sol batia bem rente a cama, iluminando o tapete próximo da escrivaninha. Próximo ao criado do lado esquerdo, havia uma porta branca, que devia ser o banheiro, quando eu vi tudo que tinha no quarto minha boca abriu em um grande “O”.

— É nesse quarto que eu vou ficar? — Pergunto.

— Infelizmente, sim. — Potter responde suspirando.

— Por que infelizmente?

Espera aí, o Potter estava discutindo com a Dorea sobre algum quarto em especial, e depois resmungou “Por que não pode ser no quarto do Almofadinhas?”, ah não, não é possível será que esse quarto é do...

— Por que esse é meu quarto! — Ele finalmente responde.

O.k, isso não é verdade, é só brincadeira do Potter, eu não vou ficar no mesmo quarto que ele, muito menos dormir na mesma cama que aquele acéfalo. Olhei de novo pro quarto e pra confirmar que esse não é MESMO, o quarto dele, fui caminhando até o closet, e abri o lado direito, justamente por que ela disse pra não colocar as minhas roupas no lado direito, então deve ter alguma coisa lá, ou não. Por Merlim não!

Que foi que eu fiz sério? Ta bom, eu taquei fogo na mochila da Vance, no 8° ano, mas ela realmente mereceu, então não conta. E teve aquela vez que sem querer , - querendo - eu coloquei o pé na frente de um garotinho, mas por que ele ficou me enchendo o saco, me perguntando “Por que você tem cabelo vermelho?”, ou “É por que ele tá pegando fogo?”, e depois o pirralho ainda jogou uma garrafinha com suco na minha cabeça, eu corri atrás dele, mas ele escondeu em algum lugar, quando eu vi ele sair, pedi a Lene pra ela dar um susto nele, então ele saiu correndo, pus o pé na frente ele tropeçou, caiu, quebrou o nariz, contou pro Diretor Dumbledore, que por mais que me ame, isso mesmo, ele me disse isso. Falou que era errado eu ter feito apesar de dizer que o menino mereceu, e disse que eu ganharia uma detenção de uma semana.

Mas fora isso, eu não me lembro, se fiz outra coisa... Na verdade lembro sim, mas isso também não conta. Voltando a realidade, EU NÃO ACREDITO! O lado direito do closet tinha roupas, na verdade roupas masculinas, roupas do Potter. Beleza, eu vou ficar completamente calma e não vou me virar na direção do Potter como eu estou fazendo exatamente agora, não vou olhar mortalmente pra ele, muito menos começar a gritar e sair correndo atrás dele.

—AHHHHHHH! — Grito enquanto corro atrás do Potter.

Ele saiu do quarto e começou a correr pela casa, e eu fui atrás dele. Ele correu na direção das escadas, droga. Mas mesmo assim eu continuei atrás dele, e ele caiu quase no fim da escada, aproveitei pra descer um pouco mais devagar. Não vale a pena descer correndo também e quebrar meu rosto lindo e divo.

— Jay? — Dorea pergunta quando olha para o final das escadas. — O que aconteceu? — Ela levanta do sofá onde estava assistindo a algum filme e corre pra ver como o Potter estava.

— Dorea, — comecei a perguntar calmamente. — Por que eu vou ficar no quarto do Po... quero dizer, com seu filho?

— Ah! Esqueci de dizer Lily, nosso quarto de hospedes está em reforma, por que ouve um pequeno — ela olha para o Potter, devia ser culpa dele eu não poder ficar no quarto — incidente nele.

Comecei a contar de 1 até 10, pra mim não surtar e pular em cima do Potter, era culpa dele!

— Mas, pode ficar tranquila que é só por um tempinho! — Dorea tenta me tranquilizar.

— Quanto é, um “tempinho”? — Pergunto fazendo aspas com os dedos.

— Um mês, mais ou menos. Ou pode demorar menos tempo, se certas — ela olha para o Potter novamente — pessoas, não atrapalharem.

Um mês? Amaldiçoei mentalmente a minha mãe, a viajem misteriosa dela e o Potter por ter feito alguma coisa, da qual eu não sei, no quarto que eu ficaria.

. . .

Depois que eu tomei um banho bem demorado para relaxar a cabeça, sequei meu cabelo, e coloquei um pijama roxo, assim que sai do banheiro, Potter estava deitado na cama, ouvindo música e, é sério isso? Também estava babando.

Dei de ombros e fui me deitar também, empurrei ele pro lado e fui dormir.

Ouvi um barulho, acho que tem alguém subindo as escadas, e como meu sono costuma ser leve, acordo com qualquer barulho, deve ser a Dorea, ou o Black, por que o Potter ainda continua do meu lado, e agora está roncando. Quando eu estava tentando dormir novamente, ouço o barulho da porta, alguém está tentando abrir. Quando a pessoa tentou deitar na cama, deitou em cima de mim. Aí eu dei um pulo assustando a pessoa, depois, procurei a garrafa e o bastão de beisebol debaixo da cama, que eu tinha colocado lá mais cedo antes de tomar banho. Eu acordo com sede de madrugada então sempre deixo uma garrafa próxima para não precisar buscar na cozinha.

Abri a garrafa e joguei água na pessoa.

— AHHH! — Ela grita, acordando o Potter.

— AHH! — Ele também grita levando um susto ao ver duas sombras e uma com um taco de beisebol no ombro, ele levanta e sai andando pra tentar achar o interruptor, mas de tão escuro, bateu a cara na parede ao lado da porta, vai ser cego e lerdo assim lá longe.

— Ai! — Diz esfregando a mão na cara, quando achou o interruptor e ligou a luz.

E adivinha quem era a pessoa que atrapalhou meu sono, deitou em cima de mim e está olhando pra mim com cara de vaca. A própria vaca em pessoa! Quem disse Emmeline Vaca Oferecida Vance acertou. Agora a pergunta é: O que essa criatura que deveria estar no pasto faz aqui?

— O que a do cabelo vermelho faz aqui? — A vaca pergunta.

— Vermelho, é como a sua cara vai ficar quando eu te acertar com o Sam.

— Quem é Sam sua maluca?

— Esse aqui é o Sam. — Aponto para meu taco de beisebol. — E maluca é você sua invasora de casas aleatórias. —Lanço um olhar assassino a ela que recua para o canto da cama, por que eu estava com uma cara assassina e com um bastão de beisebol no ombro e vamos combinar, se eu estivesse descabelada e um tanto suja de sangue eu tenho certeza que eles sairiam correndo  — Potter, o que ela faz aqui?

— Ela? Bem, ela... — Ele começa a responder passando a mão pelo cabelo um tanto desconcertado.

— Eu vim ficar com o James. — Ela responde se intrometendo.

— Ta aí duas coisas que eu não sabia de você Vance, primeira, que defunto, fala. E a segunda, que você ficava aqui com o Potter.

Ainda com o bastão no ombro fui até a porta e a abri, tinham mais duas portas no corredor a outra também era verde, julguei ser a do Black, eu não iria incomodar a Dorea. Então a última opção era ele. Bati na porta dele, nada, bati de novo, nada, bati mais uma vez. E adivinha? NADA! O.k, minha paciência acabou. Eu abri, na verdade escancarei a porta e lá estava o Black dormindo tranquilamente, cheguei perto da cama.

— Black, acorda preciso da sua ajuda! —Falo bem próximo do ouvido dele, que acorda assustado.

— TÁ BOM, TÁ BOM! — Ele levanta praticamente gritando. — Ah ruiva, é você! Espera, o que você faz aqui?

— Onde eu acho roupa de cama, ou onde acho alguém que saiba onde elas ficam? — Pergunto calmamente.

— Por que você não procura a Dory?

— Por que você não procura ela, por mim?

— O que é que eu vou ganhar com isso? — Ele pergunta esfregando os olhos.

— Eu vou dizer o que você não vai ganhar, se você for procurá-la pra mim, você não ganha isso. — Faço um movimento com o taco no ar como se estivesse acertando a bola.

— Já é suficiente. — Ele responde se levantando.

Ele foi andando pelo corredor, virou, andou um pouco mais e chegou no final, lá tinha uma porta branca. Ele bateu umas 3 vezes, na terceira uma mulher atendeu, na verdade ela parecia um pouco, um pouquinho, velha. Tinha cabelo castanho que batia nos ombros e olhos castanho claros, era mais baixa do que o Sirius e estava usando pijamas, touca e luvas, ela sentia muito frio ao que aparentava.

— Em que posso ajudar Sr. Black? — ela pergunta esfregando os olhos. — E você é a Srta.? — Ela olha para mim tentando me reconhecer.

— Pode me chamar de Lily. — Respondo sorrindo.

— A ruiva precisa de roupa de cama.

— Claro, Srta. Lily. Eu já vou ir lá pra trocar — Dito isso ela sai andando pelo corredor.

Me senti meio mal por fazer essa pobre moça acordar no meio da noite pra trocar a roupa de cama, mas devo lembrar que é tudo culpa do embuste do Potter.

— Aproposito ruiva, por que tudo isso?

— Por que eu não vou, não vou mesmo, dormir num lençol, onde a Vance chegou a dormir, vai que eu me contamino com essência de vaca.

— A Emmeline está aqui? — Ele ergue a sobrancelha olhando para mim.

— Lá no quarto com o Potter.

Fomos pra lá e eu deparei com o Potter agarrado se com a Vance, ainda ensopada, graças a mim e a minha garrafinha guardada debaixo da cama. Já não aguentava mais ver aquela cena. Então Sirius pigarreia alto.

E os dois se separam em um solavanco um tanto ofegantes. O Potter alterna o olhar entre mim e Black

— Desde quando ela vem aqui? — Black perguntou.

— Desde...

— Desde que o Jay me deu a chave. — A intrometida respondeu.

— Então você vai me devolver ela agora. — Falo olhando para o taco, ela continuou lá, parada e olhando que nem retardada. — E quando eu digo agora, é NESSE MOMENTO!

Ela resmungou e tirou uma chave do short dela, que era extremamente curto. Por que eu não estou surpresa com isso? Simples, ela e a sua gangue de vacas só usam roupas e curtas, e são completamente oferecidas. Depois de retirar a chave do short caminhando até mim e me entregou a chave.

— E você, — aponto para Potter. — Nem se atreva a dar outra chave a ela. — Ele assentiu olhando pro taco ainda em meu ombro.

— Por que você guarda uma garrafa e um taco debaixo da cama? — Potter perguntou.

— A água é pra espantar os demônios, caso tenha algum tentando atrapalhar o meu sono e...

— Você tá assistindo Supenatural demais. — Murmura o Black, me interrompendo, eu o fuzilo e ele se cala.

— E o taco é pra se algum idiota, no caso o Potter, ou outra pessoa me atormentar. — Eu terminei dando de ombros e voltando a esperar a Dory trazer a roupa de cama, pra trocar, e eu não meu infectar.

Depois de tudo trocado finalmente me deito, mas escuto uma discussão no andar de baixo, portanto levando e caminho na ponta dos pés até o começo da escada. Pela luz fraca do abajur ao lado da porta dava para ver Potter e Emmeline discutindo baixo.

— Você não me disse que ela viria dormir aqui! — A vaca diz encarando Potter com os braços cruzados.

— E você acha que eu sabia? Minha mãe só disse que a filha de uma amiga viria passar um tempo aqui, não me deu nomes. — Ele responde estressado.

— Como vamos fazer?

— Você vai ter que parar de vir aqui, não quero mais problemas por agora.

— Mas Jay...

— Sem discussão Emmeline, estou fazendo mais do que posso pra te ajudar, mas não extrapola.

Dito isso ele abre a porta e ela vai embora, ele fecha e gira a chave e em seguida começa a subir as escadas, volto rápido para o quarto e me deito antes que ele chegue e também se deite para tentar dormir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A parte na qual a Lily chama a Emmeline de defunto, foi inspirada no filme "O auto da Compadecida".
Gostaram?
Beijos, até o próximo.