Jogo Das Creepypastas escrita por Flandre Scarlet, Kim Shin Yeong, Ana Demoniac


Capítulo 8
Capítulo VII - Rio de sangue, oceano de dores.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem com vocês? Eu to bem, obrigada.
Aqui estou eu novamente, a Tia Naru :33 Olha, eu fiquei muuuuito feliz com os comentários de vocês! Pode parecer exagero, mas foi uma recepção melhor que a que eu esperava, isso só me motivou a continuar escrevendo . Olha, to preparando umas surpresas pra vocês, então o capítulo sete veio a ser necessariamente curto, desculpe D:



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Um som rítmico ecoava pelo quarto. Não era música ou algo do tipo, não era algo agradável, era algo perturbador. Olhei ao redor, a visão ainda um pouco turva, o corpo de Sally ainda estava ali ao lado da cama; caído de barriga pra cima, os braços estendidos, o olhar vago e fixo... E o punhal cravado na testa.

Percebi que ainda estava nua, então sai do quarto e fui até a suíte para pegar minhas roupas, percebendo que o som não ecoava apenas naquele quarto. E que era mais alto na suíte.

Era a pia do banheiro.

A torneira estava pingando, a gota d'água batia no fundo da pia e ecoava pelo andar inteiro. Aproximei-me da pia e fechei a torneira. Incrível como um simples gotejar foi capaz de acordar-me e me deixar temerosa. Peguei as roupas que ainda estavam sobre a tampa da privada e me vesti. Reparei que estavam sujas e fétidas, e pela primeira vez me incomodei por isso. Estranhamente, minha visão ainda estava turva. Ouvi novamente aquele maldito eco gotejando... Desta vez não vinha da pia do banheiro da suíte, estava mais distante. Fui ao corredor procurar pelo som, aparentemente ele vinha daquele mesmo quarto da qual eu saíra. Dirigi-me até a porta e penetrei no quarto.

O corpo de Sally havia sumido.

Então, onde ele estaria? E como sumira dali? Talvez Zalgo tivesse o apagado... Não, não. Se fosse assim, teria o feito antes. Notei algo de estranho no banheiro.

Oh, Zalgo, por que sempre no banheiro? Seja mais original!

Caminhei cautelosamente até o banheiro, pé ante pé para não fazer barulho algum, e abri a porta lentamente. Desta vez a porta rangeu de dar agonia. A imagem que vi ao abrir a porta era horrenda: o banheiro havia se tornado uma lagoa de sangue, havia tripas e cabelo castanho espalhado por todo lado. Dentro da pia havia dois olhos verdes. Senti meu estômago se embrulhar e revirar, não pude conter o vômito que me subiu pela garganta. Fiquei horrorizada com a situação. Não pelo banheiro ter se tornado um cenário de morte, mas sim por ter sido fragilizada diante daquilo. Tapei a boca e senti um líquido escorrendo por meu rosto e molhando minha mão: lágrimas. Sim, eu estava chorando sem ao menos perceber. "O que está acontecendo?!", pensei. Sai correndo do cômodo, indo direto às escadas. Minha visão que antes estava apenas turva, agora também estava duplicada. Tudo ao meu redor girava descontroladamente, estava tonta, os joelhos fracos. Ouvia risos infantis por todos os lados, a voz muito semelhante à de Sally. Malditos risos! Saiam da minha mente! A escadaria parecia não ter fim, meu corpo batia contra as paredes, acabei por cair e rolar os últimos degraus. Meu corpo inteiro voltou a doer, quase me esqueci de meus ferimentos. Levantei-me com certa dificuldade e cambaleei para fora do hotel. Foi quando me deparei com uma figura inusitada do outro lado da rua.

Slender Woman.

Os cabelos negros e rebeldes voavam livremente, lembrando a imagem mitológica da Medusa e seus cabelos de cobra. Ela estava imóvel, a posição firme, os punhos cerrados. E se ela tivesse olhos, eles estariam pousados em mim, me encarando fixamente, com certeza. Olhei ao redor e avistei duas facas caídas ao chão, na rua. Temia que se me movesse para pegá-las, Slender Woman me atacasse. Olhei para ela e depois olhei para as facas novamente, calculando meus movimentos. Ela com certeza percebeu. Pulei na direção das facas, agarrando-as e rolei para o lado, desviando do ataque de um de seus tentáculos que atingiu o asfalto, quebrando-o. A monstra cresceu, esticando o tronco, os braços e as pernas. Avancei em sua direção e pulei tentando atacá-la, porém, um de seus tentáculos me impediu agarrando minha cintura e lançando-me para longe. Bati as costas num poste e cai quase que derrotada. Joguei minhas duas lâminas contra ela e ela bateu nelas com as costas da mão, sem ao menos se ferir. Apoiei-me no poste e me levantei, e Slender Woman me surpreendeu.

Um de seus tentáculos atravessara meu abdômen, formando um buraco enorme.

Arregalei os olhos, apavorada. Não tive forças para gritar. Olhei para trás e lá estavam alguns de meus órgãos espalhados pelo chão, uma poça de sangue se formava.

– Por... Porra...

Não... Eu não posso morrer... Não posso desistir... Não agora. Não posso morrer antes de ter certeza que Jeff esteja morto! Não posso morrer sem ter a oportunidade de matá-lo, pôr minhas mãos nele! Não posso deixá-lo ganhar esta competição ridícula!

O rosto dela se rasgou formando um sorriso monstruoso, repleto de dentes enormes e pontiagudos. E sua língua era comprida e fina. Outro tentáculo aproximou-se de mim e envolveu meu pescoço. E minha cabeça foi arrancada.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :33 Até o próximo!